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Versão podcast do programa de entrevista ancorado pelo jornalista Adalberto Piotto. É voltado ao debate aprofundado de temas que mídia tradicional não aborda, mas afeta o dia a dia das pessoas e o futuro do País.

Pensando o Brasil CIEE

    • Society & Culture

Versão podcast do programa de entrevista ancorado pelo jornalista Adalberto Piotto. É voltado ao debate aprofundado de temas que mídia tradicional não aborda, mas afeta o dia a dia das pessoas e o futuro do País.

    O Brasil em quadrinhos: entrevista com Mauricio de Sousa, escritor, desenhista, empresário

    O Brasil em quadrinhos: entrevista com Mauricio de Sousa, escritor, desenhista, empresário

    Os brasileiros adultos que hoje tomam decisões no país, seja no poder público ou nas empresas do setor privado, muito provavelmente leram os gibis da Turma da Mônica. Seus filhos também. Seus netos leem. Seus bisnetos lerão.

    A Turma da Mônica é um fenômeno criado pelo desenhista, cartunista e escritor Mauricio de Sousa que parece não ter fronteiras de gerações, tamanha a empatia que construiu com o imaginário infanto-juvenil ao longo de décadas e que ainda gera uma relação de afeto recíproco entre público e autor. Nas bienais do livro pelo país, Mauricio provocava multidões em filas intermináveis para saraus e sessões de autógrafos.

    Nesta entrevista ao “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE, Mauricio foi perguntado justamente sobre isso, sobre como é saber que gerações de brasileiros leem os gibis e assistem aos desenhos nos canais infantis, além de consumir produtos com a imagem dos seus personagens, que frequentemente superam os grandes ícones da fantasia internacionais.

    “É uma imensa responsabilidade”, disse ele. Aos 87 anos de idade, Mauricio não para de trabalhar, diz que trabalhou ainda mais durante a pandemia e que se sente revigorado com a vida porque trabalha com jovens que trazem novidades e que cada vez mais se envolvem com a ciência.

    Aliás, ciência é tema da conversa quando ele fala sobre meio ambiente, de suas lembranças de férias na casa de uma tia que morava ao lado do rio Tietê em São Paulo, com “água limpa” - ele faz questão de frisar - e que também é tema de seu último livro “Sou um rio”, recentemente lançado. Diz que vai divulgar ainda mais a ciência às crianças e que seu personagem Franjinha será o interlocutor desta narrativa.

    No bate-papo, Mauricio de Sousa ainda contou sobre suas inspirações nos gibis de sua infância, o “não” quase traumático que levou quando tentou vender seus primeiros desenhos à empresa Folha da Manhã, seu trabalho como revisor do jornal, repórter policial e como seu sonho lhe fez ser um empreendedor de sucesso.

    Fala também de Chico Bento, de o quanto o personagem é querido pelos chineses e até dos latidos do Bidu, durante a gravação em sua casa.

    #PensandooBrasil

    • 32 min
    A globalização dos brasileiros: entrevista com Alvaro Lima, pesquisador

    A globalização dos brasileiros: entrevista com Alvaro Lima, pesquisador

    Economista de formação, ele é autor do livro “Os brasileiros nos EUA” e de várias pesquisas sobre a realidade dos brasileiros que vivem no exterior.

    A sua própria condição bem-sucedida de imigrante, de funcionário de um órgão da administração pública americana, mostra que os brasileiros têm avançado na vida política e econômica dos países para os quais decidiram migrar.

    Nesta entrevista ao “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE, Alvaro faz uma análise aprofundada não só da vida brasileira no exterior, mas como discursos economicamente protecionistas e moralmente preconceituosos estão sendo expostos mundo afora de maneira nunca antes vista, justamente porque se ampliaram as pressões de organizações de direitos humanos.

    A globalização dos anos 90 causou enorme mudança no perfil das populações nos países no mundo todo, sobretudo em países economicamente mais poderosos, com alto poder de atração de estrangeiros. Nos Estados Unidos, ele diz perceber que a sociedade americana tradicional tem receio dessas mudanças e de se tornar minoria dentro de seus países, sem dar o devido valor às contribuições socioeconômicas dos imigrantes.

    “Aqui nos Estados Unidos, quando um americano vê um imigrante, ele vai logo dizendo com orgulho que os EUA são um país de imigrantes. Mas é preciso que tenham orgulho não apenas do imigrante do passado, mas também os do presente”, diz ele.

    Na conversa, Alvaro ainda mostra o tamanho das perdas econômicas e sociais pelo recrudescimento das leis de imigração, tanto para os países quanto para as pessoas. “O país que formou um profissional perde com a migração em si. E o país que recebe não absorve o talento do imigrante porque não lhe dá um visto de trabalho na sua área de formação. É uma perda dupla para o mundo!”

    #PensandooBrasil

    • 36 min
    O potencial da bioeconomia brasileira: entrevista com Gesner Oliveira, economista e professor

    O potencial da bioeconomia brasileira: entrevista com Gesner Oliveira, economista e professor

    Para o economista Gesner Oliveira, a agenda do meio ambiente, tema tão polêmico nas relações internacionais entre o Brasil e o mundo, é a favor do país.

    Professor da Fundação Getúlio Vargas e Coordenador do Centro de Estudos de Infraestrutura e Soluções Ambientais, além de sócio da consultoria GO Associados, ele diz que se hoje já colhemos uma mega safra de soja, temos todas as condições de colher igualmente uma safra de produtos ecossistêmicos de alto valor agregado, o que colocaria o país na vanguarda da economia verde global.

    O Brasil é, pela extensão territorial, os recursos hídricos e ambientais e pela grandiosidade da Amazônia territorial em si, uma potência de bioeconomia que tem tudo para liderar as ações globais de contenção e redução de danos ao planeta, transformando a economia mundial de maneira única e sustentável.

    Na entrevista ao “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE, Gesner Oliveira não reduz a importância do agronegócio brasileiro na equação da nova economia. Na verdade, agrega ambos os talentos nacionais. Se por um lado já somos o imprescindível celeiro de alimentos para o mundo, razão de boa parte das críticas internacionais que recebemos, dada a eficiência e a competitividade brasileiras no campo, por outro lado, precisamos liderar a bioeconomia planetária por iniciativa própria, apresentar projetos e avançar na agenda ambiental. Os recursos viriam como consequência natural de ações brasileiras de liderança.

    O Brasil é um dos poucos países do mundo que pode crescer sem gerar problemas maiores de emissão, dada a matriz energética majoritariamente limpa das hidrelétricas e com o benefício de crescimento exponencial da geração de energia solar e eólica.

    Durante a conversa, Gesner ainda analisa o grande avanço da infraestrutura no atual governo de Jair Bolsonaro, que teve o mérito de manter e ampliar ainda mais as bases estabelecidas no governo Temer, fala do respeito aos contratos, apesar de casos de insegurança jurídica, e do perfil do investidor de longo prazo que tem chegado ao país, com visão de futuro que se dissocia do barulho político do dia a dia ao olhar pra frente.

    #PensandooBrasil

    • 32 min
    Saneamento básico é lei! - Entrevista com Édison Carlos, presidente do Instituto Trata Brasil

    Saneamento básico é lei! - Entrevista com Édison Carlos, presidente do Instituto Trata Brasil

    O saneamento básico no Brasil, agora, é lei! Depois de quatro anos de discussão no governo e no Congresso, em julho de 2020, a nova lei do saneamento foi promulgada pelo presidente Jair Bolsonaro.

    A legislação vigente é resultado do novo marco regulatório do setor que substituiu a antiga lei de 2007 que, em pouco tempo, mostrou-se incapaz de enfrentar o problema porque privilegiava as antigas estatais que atuavam no setor sem impor metas de eficiência e prazo de realização das obras.

    Agora, até 2033, 99% dos brasileiros deverão ter acesso à água potável e 90% à coleta e tratamento de esgotos. Metas e prazos estabelecidos em lei com necessidade de comprovação de capacidade técnica e financeira das empresas que vão se apresentar para oferecer o serviço.

    Em entrevista ao “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE, Édison Carlos, presidente executivo do Instituto Trata Brasil, diz que os diferenciais da nova lei são claros e rígidos para se garantir o atingimento das metas, permitindo que apenas empresas que comprovem condições reais de oferta do serviço, com qualidade no prazo estipulado, serão aceitas na oferta das concessões no início do ano de 2022.

    Desta vez, o avanço do saneamento no Brasil tende a ser efetivo não apenas pelo arcabouço legal mais exigente, realista e factível, mas porque a população evoluiu na compreensão do saneamento básico, nos benefícios socioeconômicos que trazem a oferta ampla de água potável e tratamento de esgotos e, com isso, um nível mais elevado de acompanhamento público dos serviços prestados.

    #PensandooBrasil

    • 33 min
    As travas do Brasil: entrevista com Jorge Maranhão, escritor

    As travas do Brasil: entrevista com Jorge Maranhão, escritor

    Como juntar num único debate os diversos projetos para o Brasil, a discussão sobre governo e sociedade, esquerda e direita, o real conservadorismo brasileiro, a urgência em se ter elites pensantes à serviço do país, a ainda resiliente mania nacional de nos discutirmos a partir da opinião de estrangeiros, a insensata busca de fóruns internacionais para críticas domésticas a opositores domésticos e, por fim, darmos o passo definitivo ao futuro que nos prometemos enquanto sociedade?

    Para o escritor Jorge Maranhão, empreendedor social, editor do portal “A voz do cidadão” e autor do livro “Destorcer o Brasil”, toda essa discussão passa pelo que ele chama de compreender e superar nosso “Barroquismo Mental”.

    Em entrevista ao “Pensando o Brasil com Adalberto Piotto”, pela TV CIEE, ele diz que o “barroquismo” como defeito de conduta não se reporta à riqueza da arte e do estilo arquitetônico do Barroco, movimento artístico que começou no século XVI, que domina muito da paisagem histórica de Minas Gerais, Bahia e Pernambuco. É a “exacerbação de tudo”, que se na arte é uma qualidade, na vida real não combina com a objetividade e a funcionalidade precisa, célere e eficiente que as atividades de órgãos públicos e mesmo do setor privado demandam.

    “O Barroquismo cultural na Justiça é o ‘juridiquês’ inacessível e a lentidão de julgamentos sob a imensidão de recursos que protelam o real senso de justiça para um grupo de privilegiados”, diz ele. “Na política, é o desvirtuamento da noção de servidor público ou do político eleito de se imaginarem uma casta superior na hora de servir ao público”, complementa.

    Na conversa, Jorge Maranhão ainda fala da aliança no Brasil entre liberais na economia e conservadores nos costumes – uma tese defendida por Paulo Guedes, ministro da Economia -, dos valores da monarquia, do próprio Dom Pedro II, do passado de homens públicos como Joaquim Nabuco e Rui Barbosa, da capacidade preservacionista dos indígenas brasileiros em meio ao debate ambiental e do avanço na participação dos brasileiros na vida pública do país.

    #PensandooBrasil

    • 37 min
    O agro que veio para o debate: entrevista com Camila Telles, agroinfluencer

    O agro que veio para o debate: entrevista com Camila Telles, agroinfluencer

    Que o agronegócio é fundamental para a vida brasileira, é fato.

    Que o agronegócio é um dos setores que mais se desenvolveram no país, garantindo sucessivos superávits comerciais nas contas externas, é produtivo e eficiente, bem, tudo isso são fatos comprovados pelos números.

    Que o agro tornou o Brasil um celeiro de alimentos em expansão com condições de garantir o sustento da crescente população mundial, é notório.

    Então, qual a razão para ser um dos setores mais criticados, dentro e fora do país, com acusações de ser o vilão do meio ambiente e da insegurança alimentar?

    Para Camila Telles, a jovem produtora rural gaúcha que se tornou uma celebridade da internet ao defender os produtores rurais brasileiros, são várias as explicações. A começar da histórica falta de comunicação do setor com a sociedade.

    Em entrevista ao "Pensando o Brasil com Adalberto Piotto", pela TV CIEE, ela conta que se de um lado o setor se comunica mal, do outro, a mídia é mal formada sobre o tema da produção agropecuária brasileira, artistas e ativistas confundem as pessoas com visões ideológicas em vez de informação, e a polarização política nacional contamina o debate. Além, claro, de disputas comerciais internacionais com o agro brasileiro, altamente competitivo, que expõe a ineficiência de outros países no campo, sobretudo os europeus.

    Na conversa, Camila Telles, que é formada em Relações Públicas, disse que ao ver tanta informação deturpada e ataques injustos decidiu fazer vídeos explicativos que contam a vida do produtor rural do país como ela é, dos seus feitos e tudo o que setor investe e faz para promover um agronegócio sustentável, combatendo o que considera "fake news" e lacrações contra a produção agropecuária brasileira. Incluindo um vídeo em que fez uma paródia de uma música de sucesso da cantora Anitta, no qual desmente a artista e que acabou viralizando na internet.

    Na entrevista, Camila ainda fala de agricultura biodinâmica, a polêmica sobre defensivos agrícolas, povos indígenas produtores de soja, de Greta, de Macron e dos brasileiros.

    • 35 min

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