Podcast de Psicologia

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Podcast de Psicologia, o seu refúgio semanal para desvendar os segredos da mente humana. Apresentado por Renan Daniel, estudante de Psicologia, este podcast é a sua caixa de ferramentas psicológicas para uma vida mais plena, consciente e com propósito. Aqui, a psicologia não é apenas teoria; é a base para estratégias acionáveis e cientificamente comprovadas que você pode aplicar no seu dia a dia. #PodcastdePsicologia #Psicologia #Autoconhecimento #SaudeMental #DesenvolvimentoPessoal #AutoAjuda Site | Youtube | Spotify | Apple Podcasts | Amazon Music/Audible | Deezer | Instagram | TikTok

  1. #28 - Por Que Você Tem Tudo e Não É Feliz?

    1D AGO

    #28 - Por Que Você Tem Tudo e Não É Feliz?

    Podcast de Psicologia, o seu refúgio semanal para desvendar os segredos da mente humana. Apresentado por Renan Daniel, estudante de Psicologia, este podcast é a sua caixa de ferramentas psicológicas para uma vida mais plena, consciente e com propósito. Aqui, a psicologia não é apenas teoria; é a base para estratégias acionáveis e cientificamente comprovadas que você pode aplicar no seu dia a dia. #PodcastdePsicologia #Psicologia #Autoconhecimento #SaudeMental #DesenvolvimentoPessoal #AutoAjuda Site | Youtube | Spotify | Apple Podcasts | Amazon Music/Audible | Deezer | Instagram | TikTok Transcrição: Deixa eu te falar você já conquistou coisas importantes. Emprego, casa, relacionamento, Mas ainda acorda com aquela sensação de vazio inexplicável. Aquela sensação de que eu deveria estar mais feliz, mas não está. Sabe o que aconteceu? Você caiu na armadilha que a maioria de nós caímos. Acreditar que a felicidade vem de coisas, coisas e conquistas externas. E aqui está o dado que valida essa dor. O maior estudo sobre felicidade já feito Ele foi conduzido por Harvard e ao longo de oitenta e cinco anos, com mais de setecentos pessoas, foi descoberto algo chocante. Não é dinheiro, não é sucesso, não é a casa própria que te fazem mais feliz. É algo que provavelmente você está negligenciando agora. Mas antes de começar, eu preciso te contar algo que quase destruiu tudo que tudo que eu tinha certo ali no papel, né? Eu tinha engatado um relacionamento, estava com apartamento próprio, emprego estável e estava mais infeliz do que nunca. Até que a minha hoje esposa, na época namorada, me empurrou para a terapia e eu descobri uma verdade brutal. Nos próximos sete minutos você vai descobrir o que Harvard levou oitenta e cinco anos para provar o que é a mesma coisa que eu descobri cientificamente. Eu sou o Renan Daniel, estudante de Psicologia, e hoje eu vou te mostrar o que realmente cria uma felicidade sustentável. Não aquela euforia passageira da conquista, mas aquele bem estar profundo e duradouro. Tudo isso baseado no livro O Jeito Harvard de ser feliz. Então já salva esse episódio porque eu vou revelar os três pilares da felicidade real e como você pode começar a aplicar isso ainda hoje e no final, né? Eu vou explicar o por que a saúde mental não é luxo, é sobrevivência. Então fica comigo, tá bom? Mas vamos direto ao ponto. Felicidade não é um resultado de sucesso. É o contrário a felicidade, na verdade, ela gera sucesso, né? O autor desse livro, que é psicólogo de Harvard, ele estudou mais de mil e seiscentos executivos e descobriu algo revolucionário. Pessoas felizes são trinta e um por cento mais produtivas, trinta e sete por cento melhores em vendas e três vezes mais criativas que outras pessoas ali qualificadas como infelizes. Mas aqui tem uma reviravolta que ninguém te conta. Você foi ensinado a equação de uma forma errada. A vida inteira te disseram Se você trabalhar duro e tiver sucesso, então você será feliz. Mas seu cérebro não funciona assim. Cada vez que você conquista algo, uma promoção, um carro, uma casa. O seu cérebro move o desafio. Então ele vai pensar agora eu preciso de uma promoção novamente, de uma casa maior, de um carro melhor. Logo, você nunca chega na felicidade, porque ela está sempre depois, depois da próxima conquista. Então aqui está a metade do tesouro que eu te prometi. Você não será feliz quando conseguir X, Y ou Z. Você precisa ser feliz agora para conseguir X, Y e Z. E felicidade sustentável não vem de conquistas externas. Vem de algo muito mais simples e assustadoramente negligenciado no nosso dia a dia. O estudo de Harvard que eu mencionei é liderado por nós. O nome dele, o sobrenome, é muito difícil e Robert Wall Ginger. Desde dois mil e doze, ele acompanhou setecentos e vinte e quatro pessoas por oitenta e cinco anos, da adolescência até a velhice, e mediram completamente tudo saúde, renda, relacionamentos e carreira. E a conclusão foi que relações profundas e significativas são o maior e o maior motivo de felicidade e longevidade. Não, dinheiro, não fama, Não conquistas. Vínculos humanos reais. Pense assim Você está perseguindo um horizonte que nunca chega. Cada conquista externa é temporária, mas investir em saúde mental e os vínculos reais e construir um alicerce permanente, sabe? Um é miragem, o outro é a fundação da casa. Mas espera até ouvir como eu descobri isso e como tudo desmoronou ali na pandemia. Bom, mas deixa eu te contar então minha história real, né? Em dois mil e vinte. Ali, em meio à pandemia, eu estava com tudo certo no papel, mas completamente despedaçado por dentro. Eu tinha acabado de financiar um apartamento, uma dívida de trinta anos, aquele sonho da casa própria, sabe? Mas também aquele peso gigantesco no peito. No peito, né? E se eu perder o emprego? E se eu não conseguir pagar? E para piorar, né, eu estava enfrentando um desafio gigantesco no trabalho, uma pressão absurda, prazos impossíveis. Tudo isso trabalhando de casa, sem separação entre vida pessoal e vida profissional. Eu acordava ansioso e pensava assim Putz, o dia todo tenso, Dormia mal e repetia esse ciclo, mas achava que o problema era externo, sabe? Quando esse projeto acabar eu vou ficar bem. Quando eu conseguir uma promoção, eu vou relaxar e quando eu pagar mais parcelas, a ansiedade passa, Mas só piorava de verdade, só piorava. Até que a minha esposa, que na época era minha namorada, depois de me ver ali naquela situação, ela falou Você precisa fazer terapia, você não está bem. E eu não aguento mais te ver dessa forma. Inicialmente eu resisti e muito. Assim falando, não preciso de terapia, só preciso resolver esses problemas, sabe? Não sou louco. Mas as desculpas clássicas que todo mundo dá. Mas aí ela insistiu e eu fui mais por pressão dela do que por convicção própria. Nas primeiras sessões, o meu terapeuta me fez uma pergunta simples, mas que me destruiu ali Se todos esses problemas externos se resolvessem amanhã. Projeto entregue, promoção, apartamento, você seria feliz. Eu fiquei em silêncio assim. Eu lembro porque a resposta honesta era Não sei. Provavelmente não, porque eu tive momentos. Eu já tinha tido momentos onde tudo estava bem e eu tinha ali uma infelicidade. Foi aí que caiu uma ficha. O problema não era externo, era interno. Eu estava ali naturalmente, né? Negligenciando. Completamente a minha saúde mental. Eu não tinha vínculos profundos, sabe? Tinha, na verdade, deixado eles um pouco de lado durante ali, a coisa da academia e tal. Tinha parado um pouco de cuidar de mim e não processava essas emoções. Eu só empurrava tudo com a barriga. Esperava que as conquistas externas me salvassem. Logo eu comecei a aplicar as coisas da terapia e tal. É a primeira mudança. Assim foi. Simples assim. Eu fui começando a parar de deixar as coisas para depois e comecei a tentar curtir um pouco mais da felicidade agora. Isso me ajudou muito assim. Uma outra coisa que eu comecei a fazer foi ligar mais para as pessoas, principalmente durante a pandemia. E talvez você viva isso agora e conquistando coisas, mas se sentindo vazio, trabalhando sem parar, sem propósito, tendo tudo, mas se sentindo que não tem nada, que é importante de verdade. Mas eu sei que você deve estar pensando pô, mas Renan, eu preciso resolver meus problemas externos primeiro. Não tenho tempo para cuidar de saúde mental, sabe? E eu também pensava isso. Mas aqui está a verdade dura. Se você não cuidar da sua, da sua saúde mental agora, você não terá energia para resolver nada. Você vai provavelmente colapsar. E eu basicamente colaborei, tá? Um estudo feito em Oxford, também com quarenta e seis mil trabalhadores, mostrou que práticas simples de bem estar, como gratidão diária e conexão social aumentam a produtividade em doze por cento e reduzem o estresse em vinte e três por cento. Não é sobre ser aquela felicidade ingênua, sabe? É sobre construir resiliência emocional para enfrentar a vida. E aqui, voltando ao ponto inicial, os três pilares da felicidade sustentável, segundo Harvard, são primeiro, os vínculos profundos. Então, investir em relacionamentos reais e não superficiais. O segundo, a gratidão ativa, que é treinar o seu cérebro, o seu cérebro, para ver o que já tem, não o que falta. E o terceiro é a saúde mental como prioridade, não luxo. Sobrevivência. Então, faltam dois minutos para as práticas concretas que você pode fazer hoje. Então já salva esse episódio agora. Recapitulando felicidade não vem depois do sucesso. Felicidade gera sucesso. Conquistas externas são temporárias. Vínculos reais e saúde mental são alicerces que você precisa. E você precisa esperar ter tempo para cuidar disso, sabe? Precisa fazer disso prioridade agora. Isso se conecta perfeitamente com o episódio, porque você não consegue focar em nada. Porque lá nós falamos sobre criar um ambiente de foco profundo, sabe? E isso se aplica no final das contas, a felicidade também. Você precisa criar um espaço na sua vida para vínculos profundos. Para autocuidado. Não vai sobrar tempo. Você precisa proteger esse tempo como uma reunião inegociável, sabe? Se você ouviu aquele e

    15 min
  2. #27 - Por Que Você Não Consegue Focar em Nada?

    4D AGO

    #27 - Por Que Você Não Consegue Focar em Nada?

    (00:00:00) Introdução: A Crise de Foco e Produtividade na Era da Distração (00:00:45) O Mito: Você Não Nasceu Distraído; Sua Atenção é um Músculo Treinável (00:01:30) O Sequestro da Dopamina: Como as Notificações Destroem Seu Foco (00:02:15) Neurociência da Atenção: Entenda os 3 Sistemas de Foco do Cérebro (00:02:59) O Custo Oculto da Troca de Contexto (Context Switching) e o Desperdício de Tempo (00:03:45) Ferramenta 1: O Método Deep Work (Trabalho Profundo) para Tarefas Complexas (00:04:30) Ferramenta 2: Anestesiando a Distração – Como Criar um Ambiente à Prova de Celular (00:05:15) A Técnica Pomodoro Otimizada: Foco de 25 Minutos e Recuperação Ativa (00:06:00) O Perigo do Multitasking: Como Fazer Várias Coisas Significa Não Fazer Nenhuma (00:06:45) Ansiedade e Foco: Como o Estresse Impede o Cérebro de Concentrar (00:07:30) A Regra de 15 Minutos: Vencendo a Inércia para Começar Tarefas Difíceis (00:08:15) O Papel do Sono e da Nutrição na Manutenção do Foco Sustentado (00:08:59) Treinamento de Foco: Mindfulness e Meditação Como Ferramentas de Concentração (00:09:45) Bloqueio de Apps e Sites: Softwares Essenciais para Blindar a Produtividade (00:10:29) A Jornada do Tédio: Por que Abraçar o Tédio Aumenta Sua Capacidade de Focar (00:11:15) O Gatilho da Rotina: Use o Poder do Hábito para Entrar em Estado de Fluxo (00:12:00) A Importância da Clareza de Metas (Saber O Que Focar Antes de Começar) (00:12:45) O Benefício Psicológico: Foco Aumenta a Satisfação e Diminui a Procrastinação (00:13:29) O Mindset de Crescimento e Foco: Errar no Processo é Apenas Aprendizado (00:14:14) Conclusão: O Foco é a Nova Superpotência para o Sucesso na Vida Real Podcast de Psicologia, o seu refúgio semanal para desvendar os segredos da mente humana. Apresentado por Renan Daniel, estudante de Psicologia, este podcast é a sua caixa de ferramentas psicológicas para uma vida mais plena, consciente e com propósito. Aqui, a psicologia não é apenas teoria; é a base para estratégias acionáveis e cientificamente comprovadas que você pode aplicar no seu dia a dia. #PodcastdePsicologia #Psicologia #Autoconhecimento #SaudeMental #DesenvolvimentoPessoal #AutoAjuda Site | Youtube | Spotify | Apple Podcasts | Amazon Music/Audible | Deezer | Instagram | TikTok Transcrição: Deixa eu te falar, você já ficou horas trabalhando, mas quando olhou para trás não conseguiu lembrar se realmente fez algo produtivo. Sabe aquela sensação de ter passado o dia inteiro ocupado, mas sem realizar nada de verdade? Sabe o que provavelmente aconteceu? Você perdeu algo que está se tornando cada vez mais raro, mais raro que ouro. Foco profundo. E aqui está o dado que valida essa dor. Um estudo da Universidade da Califórnia de dois mil e vinte e um mostrou que levamos em média vinte e três minutos e quinze segundos para retornar a concentração profunda após uma interrupção. O trabalhador médio é interrompido a cada. Normalmente, a cada três minutos, é só você fazer as contas. Basicamente, você nunca chega no estado de foco real. Mas antes de começar, eu preciso te contar algo. Existe um método cientificamente comprovado para treinar a atenção igual você treina um músculo, sabe? Não é sobre produtividade tóxica ou trabalhar doze horas. É sobre qualidade e presença. Nos próximos sete minutos você vai descobrir exatamente como aplicar isso. Eu sou o Renan Daniel, estudante de Psicologia e hoje eu vou te mostrar como a neurociência, como e a neurociência do foco, né? E como eu recuperei a minha capacidade de concentração depois que a pandemia e o home office destruíram completamente a minha metodologia de foco? Então salve esse episódio porque eu vou revelar os três ladrões invisíveis do seu foco e uma técnica rápida de cinco minutos que reprograma a sua atenção. E lá no final vou falar mais sobre como o ambiente físico importa, muitas vezes até mais do que a força de vontade. Então já fica comigo. Vamos direto ao ponto, tá? Foco não é sobre se esforçar mais. É sobre entender como sua tensão funciona neurologicamente. Um estudo revolucionário de dois mil e dezoito da Universidade de Stanford. Ele mostrou algo perturbador. Fazer muitas coisas ao mesmo tempo. O que os americanos chamam de multitasking não existe. Quando você acha que está fazendo duas coisas ao mesmo tempo. O seu cérebro. Na verdade, ele está apenas alternando rapidamente entre as tarefas e perdendo eficiência em ambas. O córtex pré frontal. Ele é responsável por foco em decisões. E ele funciona como um holofote. Mas ele só ilumina uma coisa por vez. Quando você força essa coisa de fazer muitas coisas ao mesmo tempo, é como se esse holofote ficasse piscando freneticamente, desperdiçando energia e dando um risco de queimar. E aqui está a reviravolta que ninguém te conta. Você provavelmente não tem déficit de atenção, ao menos que você seja diagnosticado com isso, né? Mas você pode estar tendo um excesso de estímulos competindo pela sua atenção, que é limitada. O seu cérebro. Ele não foi projetado para acompanhar tantas notificações, e-mails, mensagens diversas, abas abertas no computador simultaneamente. Então aqui está metade logo do tesouro que eu te prometi. Você não é preguiçoso ou sem foco, mas você só pode estar tentando focar em um ambiente que está cognitivamente tóxico. É como tentar dormir ali, de luzes piscando e alarmes tocando, sabe? E se culpar, no final das contas por não conseguir é uma loucura. Mas espere até ouvir como eu descobri isso da pior forma Uma possível E quando? Meu. E como? Na verdade, o meu foco desmoronou na pandemia. Então deixa eu te contar minha história pessoal lá na pandemia. No começo da pandemia de dois mil e vinte, tudo virou home office e eu achei que seria maravilhoso nesse cenário de trabalhar em casa sem deslocamento, até pela preocupação, né? Pensava também que seria até mais produtivo. Nos primeiros dias foi extremamente, exatamente o oposto. Meu foco desmoronou completamente nos primeiros meses. Na verdade, eu trabalhava na cama, no sofá ou na mesa da cozinha, sempre com o celular do lado. Televisão ligada, só como fundo, sabe? Abas infinitas no computador. Familiares circulando pela sala. Resultado eu ficava diversas horas trabalhando dez ou doze horas, mas produzia, sei lá, acho que menos que duas assim. E terminava o dia exausto, frustrado, sabe? Com aquela sensação horrível de eu passei o dia todo ocupado, mas não fiz nada. E o pior, né? Eu me culpava no sentido do pô, eu sou improdutivo, eu não tenho disciplina, sabe? Mas não era isso. O problema é que eu tinha destruído as condições ambientais necessárias para o foco profundo, sem mesmo perceber. Sabe, até que eu fui lendo e naquela época se falou muito disso, né? E sobre a neurociência da atenção. E eu comecei a testar algumas estratégias. A primeira e a mais importante assim, foi brutal na simplicidade que é criar um ambiente exclusivo para o trabalho. Eu separei no canto da casa assim uma mesa e uma cadeira. Nada mais. Aquele espaço era apenas para o trabalho focado, sabe? Não comia ali, não via a série ali, não mexer no celular. Ali, o meu cérebro. Ele começou a associar aquele ambiente com um estado de foco. Parece simples demais para funcionar, mas funciona por neurociência pura. O seu cérebro vai criando associações contextuais. Se você trabalha no mesmo lugar que você, relaxa, come ou dorme, o seu cérebro não sabe qual o modo que ele vai ativar, sabe? Ele sempre vai ficar num lugar meio, quase que um limbo cognitivo. A segunda estratégia que eu fiz foram blocos de tempos de tempo sem interrupções. Então eu testei a técnica. A técnica Pomodoro sabe de ficar vinte e cinco minutos com foco absoluto, fazer cinco minutos de pausa, o celular em outro cômodo, notificações desligadas, uma tarefa por vez. Nos primeiros dias, confesso que foi doloroso. Meu cérebro implorava por uma distração. Sabe aquela coceira de deixa eu só checar meu WhatsApp rapidinho. Mas eu resisti. E sabe o que aconteceu? Depois de poucas semanas, o meu cérebro se adaptou e o foco voltou de uma forma muito produtiva. Talvez você viva isso agora. Sabe, Trabalha em casa e não consegue focar. Ou estuda com o celular do lado e tenta ler, reler parágrafos mil vezes. É porque sua mente começa a vagar. E sei que você pode estar pensando, né, Renan? Pô, eu preciso estar disponível. Eu preciso responder rápido. Eu não posso desligar às minhas notificações. Eu te entendo. Mas aqui está a verdade dura. Tá, Você precisa escolher entre estar sempre disponível ou estar ocasional ou ocasionalmente com foco profundo. Os dois, né? Infelizmente, não existem juntos. Um estudo de dois mil dois mil e vinte da Universidade de Harvard mostrou que trabalhar com notificações ativadas reduz o nosso QI funcional em até dez pontos, o equivalente a passar uma noite sem dormir. Só para vocês terem noção, né? Você literalmente pode estar se sabotando e voltando aqui ao nosso início, né? Sobre o que eu falei dos três ladrões invisíveis do seu foco Primeiro ambiente sem fronteiras. Então, trabalhar onde você relaxa, confunde o seu cérebro. O segundo é multitasking disfarçado de produtividade. Então você acha que está fazendo mais, mas está fazendo menos e pior normalmente. E a terceira são as notificações com interrupções, como interrupções pequenas. Sabe cada ping ali que que coisa no seu celular Rouba, na verdade, vinte e três minutos de foco real. Lembra que eu falei lá no início a demora para voltar ao foco? Então, faltam dois minutos agora para técnica que eu vou dar final de final, mas já salva esse episódio agora, para você rever e ter isso sempre que você precisar. Então, recapitulando. Foco não é força de vontade, é ambien

    15 min
  3. #26 - Por Que Você Desiste Antes Mesmo de Tentar?

    OCT 31

    #26 - Por Que Você Desiste Antes Mesmo de Tentar?

    (00:00:00) Introdução: O Sabotador Silencioso – Por que Você Desiste Antes de Tentar? (00:00:22) O Mindset Fixo: Crença de que Talento e Inteligência São Imutáveis (00:00:49) A Neurociência Pura para Reprogramar Crenças Limitantes (Método Comprovado) (00:01:06) A Diferença Brutal entre Mindset Fixo e Mindset de Crescimento (Carol Dweck) (00:01:49) Mindset Não é Pensamento Positivo: É Como Você Interpreta o Fracasso (00:02:23) Mindset Fixo: Evitar Desafios para Proteger a Imagem de "Ser Bom" (00:02:40) Mindset de Crescimento: Falhar Não Define, Apenas Ensina e Traz Ajuda (00:03:08) A Reviravolta: Mindset Fixo Não é Baixa Autoestima (O Perigo da Arrogância) (00:03:47) Chave: Você Desiste porque seu Cérebro Interpreta a Dificuldade como Incapacidade (00:04:18) História Pessoal: O Mindset Fixo na Tentativa de Aprender Inglês (Dominância) (00:05:35) A Mudança: Interpretar o Erro como Parte do Processo de Aprendizado (00:05:56) Diálogo Interno: Mude "Sou Ruim" para "Eu Ainda Não Domino Isso" (00:07:06) Mindset de Crescimento Não É Virar o Melhor do Mundo, É Melhorar (00:07:36) O Esforço Não é Sinal de Fraqueza: É um Mecanismo de Crescimento (00:07:44) Estudo de Colúmbia: Elogiar Esforço Molda uma Mentalidade de Crescimento (00:08:49) As 3 Frases Que Indicam o Mindset Fixo (e Como Mudar a Interpretação) (00:10:23) Estratégia 1: Adicione a Palavra "Ainda" nas suas Frases Negativas (00:10:42) Estratégia 2: Escreva o Seu Esforço Diário (Cérebro Vê Valor no Processo) (00:11:56) Filosofia: Quem Tem um Porquê (Crescimento) Suporta Qualquer Como (Nietzsche) (00:12:14) Pergunta Final: Qual Área Você Tentaria Mudar se Soubesse que Pode Melhorar? Podcast de Psicologia, o seu refúgio semanal para desvendar os segredos da mente humana. Apresentado por Renan Daniel, estudante de Psicologia, este podcast é a sua caixa de ferramentas psicológicas para uma vida mais plena, consciente e com propósito. Aqui, a psicologia não é apenas teoria; é a base para estratégias acionáveis e cientificamente comprovadas que você pode aplicar no seu dia a dia. #PodcastdePsicologia #Psicologia #Autoconhecimento #SaudeMental #DesenvolvimentoPessoal #AutoAjuda Site | Youtube | Spotify | Apple Podcasts | Amazon Music/Audible | Deezer | Instagram | TikTok Transcrição: Deixa eu te falar. Você já deixou de tentar algo novo porque pensou Eu não nasci para isso. Aquele emprego que você não se candidatou, aquele curso que você não começou, aquele idioma que você pensou É tarde demais para aprender. Sabe o que aconteceu? Você se deparou com um dos maiores sabotadores silenciosos da nossa vida o mindset fixo. E aqui está o dado que valida essa dor. Um estudo da Universidade de Stanford de dois mil e seis mostrou que pessoas com mindset fixo evitam desafios, desistem facilmente diante de obstáculos e veem esforço como um sinal de fraqueza, de falta de talento. Mas antes de começar, eu preciso te contar algo. Existe um método cientificamente comprovado que para reprogramar essa crença que nos limita. E não, não é um papo motivacional de coaching e neurociência pura. E nos próximos sete minutos você vai descobrir exatamente como aplicar isso. Mas bom, eu sou o Renan Daniel, estudante de Psicologia e hoje eu vou te mostrar a diferença brutal entre mindset fixo e mindset de crescimento, baseado no livro da Carol Dweck que é o mindset. O nome do livro é como essa mudança de mentalidade me fez aprender um segundo idioma. Mesmo tendo começado tarde, vindo de escola pública e definitivamente sem dom natural para isso, então já salva esse episódio, porque eu vou revelar para você as três frases que você fala que provavelmente está te prendendo nesse mindset fixo. E lá no final, uma técnica de dois minutos rapidinho para reprogramar a sua mente. Então fica comigo, tá? Vamos direto ao ponto Mindset. Não é sobre pensar positivo. É sobre como você interpreta o fracasso na verdade, esforço e também a questão da inteligência. A autora do livro é uma psicóloga de Stanford e ela passou trinta anos pesquisando isso. Em dois mil e seis, ela publicou um estudos com mais de quarenta crianças e adolescentes, mostrando que existem dois tipos de mentalidade. A primeira é um mindset fixo. Então você é a pessoa que acredita que inteligência e talento e habilidades são fixas. Ou você nasceu com isso ou você não tem. Qual é o resultado? A pessoa evita desafios porque na teoria, falhar prova que você não é bom o suficiente, que você não nasceu com nada disso, né? E o mindset de crescimento é quando a pessoa acredita que habilidades podem ser desenvolvidas através de esforço, estratégia e, principalmente, ajuda a Falhar não define, a pessoa ensina. Então, são formas de pensar completamente diferentes. Mas a principal reviravolta que ninguém te conta é que o mindset fixo, ele não é sobre autoestima baixa. Muitas vezes a gente vê as pessoas relacionando essas coisas. Ah, não é porque tem autoestima baixa. Na verdade, vou dar um exemplo você pode ser arrogante e ter um mindset fixo, né? Então, uma pessoa que fala assim eu sou naturalmente bom nisso, não preciso me esforçar. Logo, quando um desafio aparecer, você desmorona, porque o esforço ele prova que você não é tão bom assim. Então não é sobre autoestima aqui. Então aqui logo vai a metade do tesouro que que eu prometi. Você não desiste porque é fraco. Você desiste porque o seu cérebro está rodando um programa de mindset fixo que interpreta dificuldades como a evidência da incapacidade, não como uma parte natural do aprendizado. Bom, mas agora eu vou te falar um pouco sobre a minha história e como eu descobri na prática do jeito mais doloroso possível. Tenho certeza que você vai se ver nessa história. Então, quando eu decidi aprender inglês de verdade, eu já estava na faculdade, Já era tarde. Assim, segundo os padrões, sabe? Então eu vinha de escola pública, onde as aulas de inglês eram, no mínimo, vamos dizer, superficiais. Eu sabia o básico do básico, assim tipo verbo to be. E carregava uma crença profunda. Sabe de quem aprende idioma bem é quem fez curso desde criança, quem tem dinheiro, quem teve facilidades. Vocês sabem, né? Essa crença era o meu mindset fixo ali operando, eu olhando para as pessoas fluentes e pensava assim elas nasceram com esse dom. Eu não tenho esse dom, então logo sou um fracasso, sabe? Mas algo mudou quando eu precisei aprender o inglês para um objetivo específico. Eu não tinha mais como fugir, então comecei a estudar. Nos primeiros meses assim, horrível, sabe? Eu lembro que eu tentava falar assim e travava completamente. Não entendia nada, cometia erros básicos de gramática e o pior, cada erro me fazia pensar Tá vendo, você não tem dom pra isso. Desiste logo. Mas aí teve uma professora minha que ela começou a trazer esse pensamento de que as coisas eram mutáveis e depois eu fui ter acesso a esse livro e eu me conectei muito às coisas e eu percebi que eu estava interpretando cada dificuldade como uma prova da incapacidade, sabe? Quando na verdade era apenas parte do processo. Era algo novo que eu estava estudando, sabe? Então eu comecei a mudar alguns diálogos internos. Eu convido vocês a fazer a mesma coisa. Então, por exemplo, eu sou ruim no inglês. Eu comecei a mudar para eu. Eu ainda não sou fluente em inglês. Eu não consigo entender nada para entender. É difícil para mim ainda. Eu preciso de mais prática. Quais são os caminhos, né? De Putz, tô cometendo esses erros de novo, Que vergonha! Para cada erro me mostra que eu preciso estudar. E sabe o que aconteceu? Eu definitivamente não virei fluente da noite, da noite para o dia e até hoje eu não me considero fluente. Mas algo fundamental mudou e eu parei de desistir, sabe? Diante daquela dificuldade e hoje eu tenho um nível muito melhor do que eu tinha no passado, sabe? Cada vez que eu travava numa conversa, ao invés de pensar eu não sirvo pra isso, eu pensava Meu cérebro está criando novos caminhos neurais agora. E continuava tentando, sabe? Talvez você viva isso em outras áreas, né? Aquele instrumento musical que você tentou e largou, aquela academia que você começou e parou. Aquele projeto que não deu certo e você nunca mais tentou. Mas eu sei o que você deve estar pensando. Mas, Renan, às vezes a gente realmente não tem talento para algo. E você tem razão. Foi o que eu falei, não o mindset de crescimento. Não é sobre se tornar o melhor do mundo em tudo. É sobre saber que você pode melhorar com esforço estratégico e que está tudo bem se você não conseguir também. Faz parte do processo. Não é um papo motivacional estigmatizado. É sobre se acolher nas dificuldades e entender que o esforço não é um sinal de fraqueza, sabe? É um mecanismo de crescimento. Um estudo de dois mil e sete da Universidade da Columbia, também conduzido por essa professora que é a autora desse livro, né? E ele. Ele fez um teste com trezentos e setenta e três estudantes e a metade recebeu elogio por inteligência. Então você é muito inteligente. A outra recebeu elogio por esforço, então você se esforçou muito. Sabe qual foi o resultado? Devastador? Assim, crianças elogiadas por inteligência desenvolveram esse mindset fixo. Então elas evitavam desafios futuros para proteger a imagem que foi criada de inteligência. Já as crianças elogiadas por esforço desenvolveram um mindset de crescimento. Elas buscavam desafios maiores porque o prêmio não era aquele. O saldo era o caminho. Isso significa a forma que você fala e aqui sobre falas internas também, sobre suas conquistas e fracassos, literalmente vai moldar sua mentalidade. Então, por exemplo, as três frases que provam que você pode estar aí com mindset fixo, né? Eu não sou bom nisso. Então mude para. Eu ainda não domino isso. A

    15 min
  4. #25 - Você Está "Descontando" na Comida? 

    OCT 29

    #25 - Você Está "Descontando" na Comida? 

    (00:00:00) Introdução: 75% das Pessoas Têm Fome Emocional, Não Física (00:00:17) O Padrão Neurológico Eating Disorder Continuum (Espectro Alimentar) (00:00:47) O Loop Neural Exato da Compulsão Noturna (Quebrando o Jejum) (00:01:35) Comer Emocional Não é Falta de Controle, é Regulação Disfuncional (00:01:49) Neurociência: Comida Palatável Ativa Cérebro como Dependentes Químicos (00:02:20) A Reviravolta: Restrição Alimentar Extrema Aumenta a Compulsão (00:02:43) O Ciclo Restringir-Descontar: Escassez Cerebral e Alto Volume à Noite (00:03:20) Chave: Você Está Comendo para se Proteger da Fome que Você Criou (00:03:38) A Comida Virou um Anestésico Emocional (Fuga da Emoção) (00:03:57) História Pessoal: O Jejum Intermitente Usado como Controle Obsessivo (00:05:32) O Jejum Não é Vilão: Usar Protocolos como Ferramenta de Compulsão Disfarçada (00:06:21) Por que o Controle Rígido é o Problema e Não a Solução? (00:06:52) O Sistema de Sobrevivência: Restrição Ativa Escassez Primitiva (00:07:27) Gatilho 1: Ansiedade Não Processada (Comida Acalma o Sistema Nervoso) (00:07:38) Gatilho 2: Vazio Existencial (Comer sem Saber Quem Você É Além da Dieta) (00:07:48) Gatilho 3: Punição Disfarçada de Cuidado (Autopunição Inconsciente) (00:08:41) Conexão com o Poder do Hábito: Reprogramando o Loop Neural da Compulsão (00:09:18) Estratégia 1: O Teste da Fome Real em 30s (Fome vs. Desejo Específico) (00:10:04) Estratégia 2: O Protocolo H.A.L.T. (Raiva, Solitário, Cansado, Fome) (00:11:25) Pergunta Final: Qual Emoção Você Está Tentando Não Sentir ao Comer Sem Fome? Podcast de Psicologia, o seu refúgio semanal para desvendar os segredos da mente humana. Apresentado por Renan Daniel, estudante de Psicologia, este podcast é a sua caixa de ferramentas psicológicas para uma vida mais plena, consciente e com propósito. Aqui, a psicologia não é apenas teoria; é a base para estratégias acionáveis e cientificamente comprovadas que você pode aplicar no seu dia a dia. #PodcastdePsicologia #Psicologia #Autoconhecimento #SaudeMental #DesenvolvimentoPessoal #AutoAjuda Site | Youtube | Spotify | Apple Podcasts | Amazon Music/Audible | Deezer | Instagram | TikTok Transcrição: Deixa eu te falar. Você sabia que setenta e cinco por cento das pessoas que comem emocionalmente não tem fome física real? Elas tem fome emocional. Mas antes de começar, eu preciso te contar algo que quase destruiu a minha relação com a comida e que pode estar acontecendo com você agora sem você perceber. Existe um padrão neurológico chamado disorder continuum e o espectro dos transtornos alimentares, né? Então, onde você não precisa ter um diagnóstico clínico para estar sofrendo de fato e nos próximos sete minutos você vai descobrir se está descontando emoções na comida e como reprogramar esse ciclo. Eu sou o Renan Daniel, estudante de Psicologia e hoje eu vou te mostrar um loop neural exato que me fez quebrar o jejum intermitente comendo em alto volume a noite e o método não convencional que eu usei para sair disso. Então já salva esse episódio, porque eu vou revelar três gatilhos emocionais escondidos que te fazem comer compulsivamente. Então, nos próximos minutos a gente vai falar sobre a neurociência da fome emocional. Porque restrições alimentares criam compulsão. E no final, como diferenciar fome real de fome emocional em trinta segundos? Então fica comigo. Vamos direto ao ponto Comer emocionalmente não é falta de controle. É, sim, um mecanismo de regulação emocional disfuncional. Um estudo de dois mil e dezanove conduzido por uma professora de psicologia de Yale, nos Estados Unidos. Ela usou ressonância magnética funcional e descobriu algo chocante quando as pessoas sobre estresse crônico vêm comida palatável, então açúcar gordura ativação cerebral é idêntica à de dependentes químicos. Vendo drogas, né? E aqui está a reviravolta que ninguém te conta. A restrição alimentar extrema como um jejum mal feito. Dietas muito rígidas aumentam. Essa compulsão alimentar não diminui, aumenta. Um estudo de dois mil e dezoito da Universidade de Minnesota mostrou que restrições calóricas severas tem o poder de gerar obsessão mental pela comida. Então, rituais alimentares e compulsão e o chamado ciclo restringir, descontar. Então você restringe em um dia faz um jejum, uma dieta, um controle muito rígido. O seu cérebro interpreta isso como uma escassez. E aí, à noite, quando a força de vontade ele acaba, você acaba desmontando e comendo em alto volume. Não por fraqueza, mas sim por biologia, né? Então aqui está a metade já do tesouro que eu prometi. Você não está comendo demais por falta de disciplina. Você está comendo porque seu corpo está tentando te proteger de uma fome que você mesmo criou. E não é sua fome física e fome emocional disfarçada de fome física. Pense assim a comida. Ela virou um anestésico emocional, assim como alguém que bebe para esquecer, Você come para se anestesiar, mas espera até ouvir qual emoção específica você está tentando anestesiar. Então, antes disso, eu vou te contar a minha história pessoal. A um tempo atrás eu comecei a fazer jejum intermitente, achando que era a solução para os meus hábitos alimentares ruins. Então ali eu pulava o café da manhã, as vezes almoçava pouco, concentrava tudo numa janela ali da noite. No papel parecia maravilhoso. Então to sobre controle. Mas quando chegava essa janela de alimentação, geralmente depois das dezoito, eu quebrava o jejum comendo em alto volume. Então não era uma fome normal, era aquela urgência de devorar tudo que tinha pela frente. E o pior, eu achava que era normal, porque eu estava jejum o dia todo. Mas não era normal. Era compulsão disfarçada de protocolo alimentar. No dia seguinte eu acordava, li po, putz, mal então, se culpando e tal, Mas o ciclo acabava se repetindo. Eu achava que precisava de mais disciplina, mais controle e tal. Mas cada vez eu ia restringindo mais, a compulsão só ia piorando, né? Até que eu percebi algo brutal eu não estava comendo por fome física. Sabe, eu estava comendo para anestesiar uma ansiedade vazia, emocional, várias outras coisas e o próximo? O próprio jejum ali estava se agravando, né? Então, era um ciclo vicioso perfeito, né? É importante ressaltar que o jejum não é um vilão, né? Quando bem feito, tem até prêmio Nobel e tal de um de um pesquisador sobre isso. Ele tem diversos benefícios. Mas eu estava usando como uma ferramenta de controle obsessivo, não de saúde, né? Mas é através dessa compulsão, né? Então, talvez você viva com isso de outras formas, né? Chega em casa do trabalho estressado, vai direto para a geladeira, briga com alguém, Come. Se sente. Sente ansiedade. Começa a beliscar compulsivamente, Come escondido, come sem fome, mas não consegue parar. Sei que você pode estar pensando mas, Renan, eu preciso emagrecer, preciso me controlar. Espera só dois minutos que eu vou te mostrar por que o controle rígido é um problema e não uma solução. Um estudo de dois mil e dezassete de uma professora da Califórnia analisou trinta e um estudos de dietas extremamente restritivas. A conclusão devastadora foi que noventa e cinco por cento das pessoas que fazem dietas muito restritivas recuperam peso em menos de cinco anos e, o pior, desenvolvem uma relação disfuncional com a comida. Mas por que, né? Porque a restrição severa ativa o sistema de sobrevivência primitiva do cérebro e seu cérebro não sabe da dieta. Ele só sabe da escassez de comida e programa. Biologicamente, quando tiver comida disponível como máximo possível. Então e. Voltando ali ao gancho inicial, né? Então nós vamos falar sobre os três gatilhos emocionais escondidos que te fazem comer compulsivamente. O primeiro é uma ansiedade não processada, então a comida acalma, acalma temporariamente o sistema nervoso. O segundo pode ser um vazio existencial. Então é quando não se sabe quem é você além do corpo e da dieta. E o terceiro é uma punição disfarçada de cuidado. Então a restrição como uma autopunição inconsciente, sabe? Então faltam dois minutos para as técnicas práticas, mas você já pode fazer o que já salva esse episódio, que é extremamente importante que você vá consultando a para ir sempre se lembrando, né? Então, recapitulando, comer emocionalmente não é falta de controle e regulação emocional disfuncional. Restrição extrema. Cria compulsão e não cura. E você está anestesiando emoções, não alimentando uma fome real. Bom, isso se conecta perfeitamente com nosso episódio anterior O Poder do Hábito. Lembra lá do gatilho? Rotina, Recompensa do gatilho. Rotina. Recompensa. Comer emocional é um hábito neural, né? O gatilho é a ansiedade, o tédio vazio. A rotina é comer em alto volume e a recompensa é essa anestesia temporária. Se você ouviu aquele episódio, agora você já consegue ter caminhos para reprogramar esse loop específico. Vale muito revisitar. E se você não assistiu, ouviu? Olha lá que vale muito a pena, né? Então eu vou te dar agora três estratégias práticas, tá? A estratégia um. O teste da fome real em trinta segundos. Antes de comer, pergunte se se a única opção fosse brócolis cozido, eu comeria. Naturalmente, se você não gostar de brócolis. Se a resposta é não, é a fome. Não é fome física. É uma fome simplesmente emocional. Fome real. Aceita qualquer comida? Fome emocional. Quer uma comida específica? Um doce? Um salgado? Algo crocante, sabe? Então identifica com a emoção. Você está tentando anestesiar, anote num papel. Então não estou com fome. Estou com, sei lá. Ansiedade, Tédio, solidão. A estratégia dois é o protocolo Alt h LT, que são as siglas em inglês para alguns sentimentos, alguns sentidos ali, né? Então, antes

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  5. #24 - O Poder do Hábito!

    OCT 24

    #24 - O Poder do Hábito!

    (00:00:00) Introdução: 40% do Seu Dia é Pilotado por Hábitos Inconscientes (00:00:13) O Método Científico do MIT para Reprogramar Hábitos Permanentemente (00:00:33) O Loop Neural que Controla o que Você Come e Como Reage ao Estresse (00:01:12) Hábitos Não São Força de Vontade, São Neurologia (Estudos do MIT 2006) (00:01:38) A Reviravolta: O Cérebro Desliga o Córtex Pré-Frontal (Decisão Consciente) (00:01:50) O Livro "O Poder do Hábito" e o Modelo: Gatilho, Rotina e Recompensa (00:02:15) A Chave é Hackear o Ciclo, Não Ter Mais Disciplina (00:02:26) O Conceito Central: Hábitos Angulares (O Efeito Dominó) (00:03:04) História Pessoal: O Hábito Destrutivo da Alimentação Noturna (00:04:18) Por que Eu Me Sentia Fraco? Não Era Disciplina, Era um Hábito Neurológico (00:04:46) A Mudança Inesperada: Como o Gatilho do Ambiente Extinguiu o Hábito (00:05:31) Mitologia: Hércules e a Hidra de Lerna (Atacar a Raiz, Não o Sintoma) (00:06:15) A Chave de Ouro: Como Mudar o Hábito Angular Transforma Toda a Vida (00:07:29) Conexão com o FOMO: O Vício em Celular é um Loop de Tédio/Dopamina (00:08:23) Estratégia 1: Identifique o Hábito Atual (Anote Gatilho, Rotina, Recompensa) (00:08:58) Estratégia 2: Mantenha o Gatilho e a Recompensa, Mude Apenas a Rotina (00:09:43) O Cérebro Aceita a Substituição se a Recompensa Emocional For Similar (00:10:33) Filosofia: "Somos o Que Repetidamente Fazemos" (Aristóteles) (00:11:12) Budismo Zen: O Samu (Trabalho Meditativo) – O Caminho são os Passos (00:11:52) Pergunta Final: Qual Hábito Angular Você Mudaria Hoje para uma Cascata Positiva? Podcast de Psicologia, o seu refúgio semanal para desvendar os segredos da mente humana. Apresentado por Renan Daniel, estudante de Psicologia, este podcast é a sua caixa de ferramentas psicológicas para uma vida mais plena, consciente e com propósito. Aqui, a psicologia não é apenas teoria; é a base para estratégias acionáveis e cientificamente comprovadas que você pode aplicar no seu dia a dia. #PodcastdePsicologia #Psicologia #Autoconhecimento #SaudeMental #DesenvolvimentoPessoal #AutoAjuda Site | Youtube | Spotify | Apple Podcasts | Amazon Music/Audible | Deezer | Instagram | TikTok Transcrição: Deixa eu te falar. Você sabia que cerca de quarenta por cento de tudo o que você faz durante o dia não são decisões conscientes, mas sim hábitos que estão te deixando ali no piloto automático? Mas antes de começar, eu preciso te contar de algo que mudou completamente a minha qualidade de vida. E não foi força de vontade. Existe um método científico validado por mais de vinte anos de pesquisa no MIT que mostra como reprogramar os seus hábitos de uma forma permanente. E nos próximos sete minutos você vai descobrir mais sobre o loop neural, que é quem controla tudo, desde o que você come e como você reage ao estresse. Eu sou o Renan Daniel, estudante de Psicologia e hoje eu vou te mostrar um sistema que eu usei para transformar meus hábitos alimentares em decorrência disso. Meu sono é a minha energia. Então já salva esse episódio, porque eu vou te ensinar a hackear o ciclo do gatilho, rotina e recompensa e vou revelar qual foi o único hábito que eu mudei que criou um efeito dominó em toda a minha vida. Então fica comigo. Bom, mas vamos lá. Hábitos não é sobre força de vontade, mas sim sobre neurologia. Um estudo conduzido em dois mil e seis no MIT, nos Estados Unidos, descobriu algo impressionante. Quando você recebe um, você repete um comportamento consistentemente. Seu cérebro. Ele cria um loop do hábito. Na parte mais primitiva do nosso cérebro. E aqui vem a reviravolta. Uma vez que o hábito está consolidado neurologicamente, seu cérebro desliga o córtex pré frontal, que é a área da decisão consciente. Então você passa a agir no automático, economizando energia mental. Charles Duhigg, que é um jornalista do New York Times, consolidou isso no livro Poder do hábito, onde ele explica mais sobre um modelo simples do gatilho rotina e recompensa. Então, todo hábito ele segue esse ciclo. E a chave não é ter mais disciplina, mas sim hackear o ciclo. Então aqui está a metade do tesouro que eu prometi. Você já tem hábitos angulares rodando agora? Hábitos que, se mudados, transformariam tudo em cascata. E nos próximos próximos minutos você vai descobrir qual é e como reprogramá lo neurologicamente. Então seu cérebro é como um computador rodando programas em segundo plano. Os hábitos são esses programas. Você não precisa de um computador novo. Mas força de vontade. Você precisa reescrever o código. Mas espere até ouvir como eu descobri o meu hábito angular da forma mais inesperada possível, né? Então deixa eu te contar minha história pessoal. Eu sempre fui muito disciplinado no trabalho, esporte, etc. Sempre acordei cedo, mas tinha um lado que eu deixava completamente um fator que eu deixava completamente de lado, que era a alimentação. Então eu tinha um padrão destrutivo de fazer dieta de manhã e então tentava comer algo leve, etc. E chegava a noite e como interruptor virasse e eu descontava tudo, né? Eu lembro que quando eu comecei a namorar a minha esposa, que é hoje minha esposa, né, ela me trouxe um fator muito interessante assim, porque ela percebeu que eu fazia dieta de manhã e chegava a noite. Eu basicamente pedi uma pizza, comia dois terços da pizza e deixava o outro, a outra parte para o café da manhã. Era como se eu estivesse antecipando o desejo de ter o estômago cheio. Sabe aquela falsa sensação de saciedade? Então, no dia seguinte eu acordava me sentindo ruim, mau, pesado, com sono ruim, sem energia, com uma culpa, né? Então eu pensava hoje vai ser diferente e tal e a próxima noite era a mesma coisa e eu achava que era falta de disciplina, que eu era fraco, então me julgava duramente assim. Se eu consigo ter disciplina no trabalho, no treino, porque que eu não tô conseguindo com a comida, sabe? Então, mas não era nada disso. Era um hábito neurológico já consolidado, rodando na parte primitiva do meu cérebro, né? Até que eu lembro que eu me casei e aí teve uma reviravolta, porque os meus hábitos alimentares mudaram completamente, mas não porque eu decidi mudar com a minha força de vontade, mas sim porque o gatilho do loop mudou. A minha esposa, ela tem o hábito de cozinhar à noite e tal e acabou que eu criei o mesmo hábito. Também passei a cozinhar de noite e tal. Automaticamente esse gatilho que gerava todo esse ciclo, né? Ele foi sumindo, né? E automaticamente a qualidade de vida. Ela foi mudando radicalmente. Não porque eu me tornei mais disciplinado, mas porque simplesmente o gatilho ali foi extinguido, né? Mas você deve estar pensando Mas Renan, meu caso é diferente, eu moro sozinho. Mas espera mais dois minutos que eu vou te mostrar como fazer isso sozinho, tá? Na mitologia grega tem a história de Hércules com a Hidra de Lerna, que é um monstro com múltiplas cabeças, né? E cada vez que Hércules ia lá e cortava uma cabeça, duas cresciam no lugar, né? Até que Hércules entendeu que não adiantava cortar as cabeças. Os sintomas, né? Ele precisava cauterizar a ferida na raiz para impedir o crescimento. Só assim ele venceu a Hidra definitivamente. Essa metáfora é perfeita para os maus hábitos. Você tenta resistir, cortar o comportamento. Hoje eu não vou comer pizza, mas o hábito sempre volta, as vezes até mais forte, né? A única forma de vencer é cauterizar a raiz, mudar o gatilho da recompensa neural, sabe? Atacar a estrutura do hábito, não o sintoma. E voltando ao gancho inicial, né? A chave de ouro para eu entender foi o hábito angular que é falado no livro. Aquele hábito que, quando mudado, cria um efeito dominó em toda a sua vida. No meu caso, foi mudar o hábito alimentar noturno. Isso melhorou o sono, que melhorou a energia, que melhorou o treino, que melhorou o trabalho, que melhorou o humor. Um hábito mudado gera uma cascata de transformações positivas e nesse meu caso, nem foi intencional. Não que não tivesse a intenção, mas acabou não sendo intencional. Foi o gatilho do ambiente, né? Então, faltam dois minutos para eu te falar sobre as técnicas apresentadas pelo autor. Então já salva esse episódio agora que com certeza você vai querer revisitar. Então, recapitulando, né? Os hábitos são loops neurológicos, né? Sobre gatilho, rotina e recompensa, não é sobre força de vontade. É sobre reprogramar o ciclo neural. Então, os hábitos angulares criam um efeito dominó em toda a sua vida. Isso se conecta bastante com o episódio vinte e três que nós falamos. Você está viciado em celular? Lembra que a gente falou sobre FOMO, né? Que é o consumo, o feeling of missing out, né? Aquilo é um hábito neural, né? Então, qual que é o gatilho? Gatilho é tédio, ansiedade. A rotina é pegar o celular e escalar a recompensa. E a dopamina é a fuga do desconforto. Se você ouviu aquele episódio e aplicou as janelas de consumo, ou seja, já está reprogramando o seu loop e agora está entendendo cientificamente o porquê isso funcionou neurologicamente. Vale a pena revisar e até revisitar com esse novo olhar. E se você não ouviu, fica aqui o convite para que você também possa se aproveitar dessa estratégia, né? Então vamos lá! As três estratégias práticas, né? Então, a primeira é identifique o hábito atual. Então escolha um hábito que você quer mudar. E anote por três dias consecutivos. Qual foi o gatilho exato? Qual foi a rotina e qual foi a recompensa? Então vamos para o exemplo. No meu caso, gatilho. Às vinte e dois horas eu estava sozinho, com ansiedade. A rotina pediu uma pizza e planejei comer dois terços, guardar um terço para a manhã seguinte. A recompensa é acalmar a mente, anestesiar as emoções, sensação de estômago cheio, etc. Anota isso no papel

    14 min
  6. #23 - Você Está Viciado em Celular!

    OCT 21

    #23 - Você Está Viciado em Celular!

    (00:00:00) Introdução: Por que Pegamos no Celular 96 Vezes por Dia? (O Vício) (00:00:24) O Fenômeno Psicológico FOMO (Fear of Missing Out): O Medo de Ficar de Fora (00:00:57) A Armadilha Neural do FOMO: Como o Medo Controla Suas Decisões (00:01:14) FOMO Não é Frescura: Entenda o Sequestro Neurológico (Estudos de Oxford) (00:01:46) A Reviravolta: FOMO É Sobre o Vazio que Você Sente Dentro (00:02:06) Quanto Mais Vazio: Mais Desespero por Conteúdo Digital (Autonomia e Pertencimento) (00:02:17) Estudo da Pennsylvania: Reduzir Redes Sociais Diminui Solidão e Depressão (00:02:51) Metáfora Chave: Fome Emocional Constante por Migalhas Digitais (00:03:01) A História Pessoal: O Vício em Conteúdo Político e a Queda de Rendimento (00:04:45) Conteúdo como uma Droga de Dopamina: Notícias Bombásticas e Adrenalina (00:05:38) FOMO na Prática: Consumir Baseado no Medo de Perder e Não no Querer (00:05:52) Neurociência: Notificações Ativam as Mesmas Áreas de Recompensa Alimentar (00:06:13) Mitologia Grega: O Castigo de Sísifo e o Loop Infinito do Consumo (00:06:58) A Chave de Ouro: 90% do Conteúdo Que Você Teme Perder é Irrelevante (00:08:42) FOMO é um Hábito Neurológico: Conexão com "O Poder do Hábito" (00:09:24) Estratégia 1: Teste de Relevância em 24h (Anote a Urgência e Revise) (00:10:04) Estratégia 2: Janelas de Consumo Intencional e Bloqueio de Apps (00:10:35) Estratégia 3: Resgate um Conteúdo Nutritivo (Músicas, Livros, Hobbies) (00:11:39) O Ritual Budista (Zazen): Meditação de 3 Minutos para a Urgência (00:13:14) Pergunta Final: O Problema é o Conteúdo ou o Medo de Preencher o Vazio? Podcast de Psicologia, o seu refúgio semanal para desvendar os segredos da mente humana. Apresentado por Renan Daniel, estudante de Psicologia, este podcast é a sua caixa de ferramentas psicológicas para uma vida mais plena, consciente e com propósito. Aqui, a psicologia não é apenas teoria; é a base para estratégias acionáveis e cientificamente comprovadas que você pode aplicar no seu dia a dia. #PodcastdePsicologia #Psicologia #Autoconhecimento #SaudeMental #DesenvolvimentoPessoal #AutoAjuda Site | Youtube | Spotify | Apple Podcasts | Amazon Music/Audible | Deezer | Instagram | TikTok Transcrição: Deixa eu te falar. Você sabia que em média, nós pegamos nosso celular noventa e seis vezes por dia? Isso significa que a cada dez minutos acordados, você interrompe a sua vida para checar se está perdendo alguma coisa. Louco, né? E antes de começar, eu preciso te contar algo que mudou completamente a minha relação com o consumo de conteúdo. Existe um fenômeno psicológico chamado FOMO. É o fear of missing out, o medo de ficar de fora, né, que pode estar sequestrando o seu sistema de recompensa cerebral através do celular. E nos próximos onze minutos você vai descobrir porque esse medo controla mais decisões suas do que você imagina. Eu sou o Renan Daniel, estudante de Psicologia e hoje eu vou te mostrar um método que usei para sair do vício de consumir conteúdo. Então salve esse episódio porque eu vou te mostrar três dicas práticas e nos próximos minutos nós vamos falar sobre a armadilha neural do FOMO, porque o seu cérebro trata notificações como comida e no final, um ritual budista de três minutos para te ajudar nessa situação. Então fica comigo. Bom, vamos lá. FOMO primeiro. Não é frescura, é um sequestro neurológico neurológico real. Tá. Um estudo de dois mil e treze de um de um psicólogo da Universidade de Oxford, na Inglaterra, com dois mil participantes, definiu FOMO como a ansiedade penetrante de que outros estão tendo experiências recompensadoras das quais estamos ausentes. Profundo, né? Mas uma reviravolta, né? FOMO Não é exatamente sobre o que você está perdendo lá fora. É sobre o vazio que você está sentindo dentro. Pessoas com maiores níveis de FOMO relataram menor satisfação com autonomia, competências e pertencimento. Em resumo, quanto mais vazia sua vida real, mais desesperado você fica por conteúdo digital. E todos nós estamos a mercê disso, né? Um estudo de dois mil e dezoito da Melissa Hunt, da Universidade da Pensilvânia. Ela testou cento e quarenta e três estudantes limitando as redes sociais a dez minutos por plataforma durante três semanas. Sabe qual foi o resultado? Uma redução significativa da sensação de solidão e depressão. Então pense assim fomo essa fome emocional constante. Você nunca se sente saciado porque? Porque está comendo migalhas digitais de conteúdo em vez de refeições reais, guarda essa metáfora. Tá, Então deixa eu te contar a minha história. Durante a pandemia, ali, naquele acirramento político absurdo, eu mergulhei num consumo de conteúdo político através do celular. Eu acordava e a primeira coisa que eu fazia era abrir o YouTube, sabe? Vídeos de análise política. Lives intermináveis. Debates. O algoritmo me alimentando ali sem parar. Sabe, só com aquelas migalhas. Deixei de consumir conteúdos que me faziam bem como música. Foi ficando de lado. Vídeos de viagens que sempre foi um dos meus grandes motivadores assim da vida. Então, tudo virou política, política, política. E o pior eu deixava ali a CNN ligada no celular enquanto eu trabalhava. Para a surpresa de ninguém, o meu consumo, o meu rendimento Profissional caiu. Mas eu não queria admitir, né? Quando eu encontrava os amigos, muitas vezes, mesmo virtualmente por causa da academia, eu estava muito mais preocupado em debater o conteúdo que eu tinha consumido do que saber como as pessoas estavam de fato naquela situação. Era sempre o ia ver o que aconteceu, né? Virou minha abertura padrão na conversa. Meu coração acelerava com notificações de novo. Vídeo na urgência física mesmo. Sabe de consumir aquilo imediatamente. Eu sei que você está se vendo nessa fala. E tipo. E se tem uma informação crucial? E se todo mundo já está falando e eu vou ficar por fora? Todo mundo está propício a isso, né? E eu justificava Ah, não, mas é minha responsabilidade cidadã. Mas a verdade é que eu estava usando o conteúdo político ali como uma droga de dopamina. Cada notícia bombástica era um hit de adrenalina, né? Sabe qual foi o resultado? Ansiedade crônica, raiva constante, impotência diante de todo aquele cenário. Eu não estava mudando nada, só consumindo. Então, era só consumir conteúdo. Eu não tinha nada prático, né? Então, relacionamentos prejudicados, Um vazio enorme. Até perceber que eu tinha fome de conteúdo. Se eu não tivesse hiper atualizado. Eu me sentia excluído, Irrelevante. Burro mesmo. Minha, Minha identidade, né? Ela ficou grudada em isso de ser o cara que está por dentro das notícias. Talvez você viva isso, né? Grupos com quinhentos mensagens não lidas, Feed do Instagram onde você consome vidas que parecem melhores eventos que você foi porque todo mundo ia. FOMO te faz consumir conteúdo baseado não no que você quer, mas o que você tem medo de perder? Um estudo de dois mil e dezasseis de Daniel Kruger, da Universidade de Michigan, mostrou que as notificações. Elas ativam as mesmas áreas cerebrais que pistas de recompensas alimentares em pessoas com fome. Então seu cérebro, ele não não, não consegue diferenciar perder comida e perder conteúdo importante, porque ele entende tudo como uma ameaça social. Na mitologia grega, tem uma história de Sísifo que foi condenado a empurrar uma pedra montanha acima, mas cada vez que ele estava quase lá no topo, a pedra rolava e voltava infinitamente, infinitamente, né? Essa é a metáfora perfeita do FOMO. Você consome aquele conteúdo tentando estar atualizado, mas nunca chega lá. Sempre tem mais um vídeo, mais uma notícia. Você nunca alcança o topo, porque o topo simplesmente não existe. Então, aqui é a chave de ouro que me libertou. Noventa por cento do conteúdo que você tem medo de perder é completamente irrelevante para a sua vida real. Então, de novo, noventa por cento do conteúdo que você tem medo de perder é completamente irrelevante para a sua vida real. Se você ficasse uma semana sem consumir aquele conteúdo, voltaria e descobriria que nada mudou na sua vida. Você perdeu. Você não perdeu nada que importasse de fato para o seu bem estar. Salve esse episódio agora, porque eu vou trazer muito mais informação sobre isso. Tá bom? É super importante para o canal. Então, recapitulando, FOMO é sobre o vazio de dentro. Seu cérebro confunde notificação com sobrevivência e noventa por cento do conteúdo que você teme perder não afeta sua vida real. Isso se conecta com alguns episódios anteriores. No episódio vinte e dois, A Coragem de ser Imperfeito e eu falo sobre como FOMO é uma armadura, uma armadura de preciso consumir conteúdo para ter valor. No episódio catorze, pare de buscar a aprovação no Instagram. Nós falamos sobre a validação, como a validação externa sequestra sua autoestima. E no episódio dezanove você precisa se dar valor. E nós falamos que seu valor não vem de estar por dentro. Ele tem valor por si. E no próximo episódio nós vamos falar sobre o poder do hábito do de um escritor e um jornalista. Na verdade. Charles Dan Ring, desculpem a pronúncia, mas muitos sobrenomes difíceis. Então Que é o poder do hábito. Um livro super famoso. E como é o consumo compulsivo, né? Fumo e consumo compulsivo. Eles são hábitos neurológicos. Então a gente vai fazer essa, essa conexão, explicar esses loops automáticos, né? Então o autor ele mostra como reprogramar o ciclo. De gatilho, rotina e recompensa. Então segue o podcast e acompanhe esse próximo episódio. Bom, mas vamos lá. Três estratégias práticas para você começar a se livrar disso. Teste Teste de Estratégia um teste de relevância em vinte e quatro horas. Então, antes de clicar em um conteúdo por FOMO, pergunte se se eu não co

    15 min
  7. #22 - A Coragem de Ser Imperfeito!

    OCT 17

    #22 - A Coragem de Ser Imperfeito!

    (00:00:00) Introdução: A Coragem Necessária para Ser Imperfeito (00:00:35) O Perfeccionismo Tóxico: A Busca Impossível pelo Padrão Ideal (00:01:10) O Medo do Erro e a Paralisação (A Procrastinação Perfeccionista) (00:01:45) A Raiz Psicológica: Valor Pessoal Vinculado à Performance (00:02:20) Perfeccionismo Não é Produtividade: Entenda a Diferença Saudável (00:02:55) O Conceito da Vulnerabilidade como Força (Brené Brown) (00:03:29) A Chave da Autocompaixão: Ser Gentil na Falha e no Luto (00:04:05) O Crítico Interno Incessante: Como Identificar e Silenciar a Voz (00:04:40) O Poder do "Feito é Melhor que Perfeito" (Princípio Lean) (00:05:15) Estratégia 1: Pratique a Exposição Gradual ao Erro (Mini-Falhas) (00:05:50) Estratégia 2: Defina Metas Realistas e "Boas o Suficiente" (00:06:25) Mindfulness e Aceitação: Estar Presente Sem Julgar o Desempenho (00:07:00) O Paradoxo da Autoaceitação: Aceitar o Imperfeito para Mudar (00:07:35) O Impacto do Perfeccionismo nos Relacionamentos e na Saúde (00:08:10) O Cérebro e o Erro: Como a Neuroplasticidade Aprende com a Falha (00:08:45) O Processo de Ressignificar a Falha (De Catástrofe a Lição) (00:09:19) A Arte de Terminar: Dar um Fim a Projetos Imperfeitos (Finalização) (00:09:55) A Importância da Comunicação Não-Violenta Consigo Mesmo (00:10:30) O Caminho para uma Autoestima Sólida (Baseada no Ser, Não no Fazer) (00:11:05) Conclusão: A Liberdade de Ser Humano e o Alívio da Pressão Podcast de Psicologia, o seu refúgio semanal para desvendar os segredos da mente humana. Apresentado por Renan Daniel, estudante de Psicologia, este podcast é a sua caixa de ferramentas psicológicas para uma vida mais plena, consciente e com propósito. Aqui, a psicologia não é apenas teoria; é a base para estratégias acionáveis e cientificamente comprovadas que você pode aplicar no seu dia a dia. #PodcastdePsicologia #Psicologia #Autoconhecimento #SaudeMental #DesenvolvimentoPessoal #AutoAjuda Site | Youtube | Spotify | Apple Podcasts | Amazon Music/Audible | Deezer | Instagram | TikTok Transcrição: Deixa eu te falar. Você sabia que a pesquisadora Brené Brown descobriu algo chocante Das mil e trezentos pessoas que ela entrevistou ao longo de vinte anos, a maioria esmagadora relatou viver com uma sensação constante de nunca ser bom o suficiente. Mas antes de começar, eu preciso te contar algo que vai mudar a forma como você enxerga os seus erros. Existe um método validado por mais de vinte anos de pesquisa que prova que as imperfeições são exatamente o que você precisa para viver melhor. Hoje nós vamos falar sobre a coragem de ser imperfeito e por que tentar ser perfeito pode estar destruindo a sua saúde mental. Eu sou o Renan Daniel, estudante de Psicologia, e nos próximos treze minutos você vai descobrir por que a vulnerabilidade pode ser o seu maior ato de coragem. Salve esse episódio porque eu vou te passar exercícios práticos. Vou te mostrar a armadilha do perfeccionismo e o que os japoneses fazem com objetos quebrados. De bônus, uma técnica budista de dois minutos que eu tenho certeza que tem o poder de mudar a sua vida. Fica comigo. Bom, Brené Brown é uma psicóloga da Universidade de Houston, nos Estados Unidos, e ela passou duas décadas estudando a vergonha e a vulnerabilidade, né? Entre dois mil e seis e dois mil e dez, ela conduziu uma pesquisa qualitativa com milhares de horas de entrevistas. E aqui está a reviravolta. As pessoas mais felizes e conectadas não eram as que tinham vidas perfeitas. Eram as que tinham coragem de serem vistas como eram. A famosa autenticidade, com falhas, medos e vulnerabilidades expostas. A pesquisadora chamou essas pessoas de um termo que, em tradução, seria quase que pessoas com coração inteiro. E descobriu que elas compartilhavam uma característica muito específica elas tinham abandonado a busca pela perfeição. Mas o. É importante ressaltar que o perfeccionismo não é sobre querer melhorar, É sobre buscar aprovação para evitar vergonha e julgamento. É uma armadura, né? Só que ela nos aprisiona. Eu sei que você pode estar pensando e se eu? Se Se eu não buscar a perfeição, vou virar uma pessoa acomodada. Mas espera um pouquinho, porque existe uma diferença brutal entre excelência e perfeição. Compreende se. Na verdade, o que você está tentando e quer buscar não é a excelência. Entender isso pode acabar com a sua ansiedade. Um estudo de dois mil e dezoito de um outro psicólogo, só que esse da Universidade de Kent, na Inglaterra, avaliou duzentos e oitenta e quatro participantes com escalas entendendo escalas de perfeccionismo. E ele fez esse estudo durante seis meses. Qual foi o resultado? O perfeccionismo adaptativo, que é esse que é voltado para evitar críticas, está diretamente ligado a depressão, Ansiedade é burnout. Mas eu vou te dar agora um antídoto. E esse antídoto se chama autocompaixão. E eu já vou te mostrar como ativar isso. Pensa assim, imagine que a vida ela é como um vaso japonês. Guarda essa imagem na sua cabeça, porque eu vou te contar como japonês, o que os japoneses na verdade fazem com vasos quebrados que você vai ficar impressionado Como isso se conecta com essa busca pelo perfeccionismo. Mas deixa eu te contar algo pessoal. Quando eu decidi criar esse podcast, eu travei por meses. Eu achava que eu precisava ser um psicólogo formado com anos de clínica, que só assim eu poderia ter essa permissão imaginária para falar sobre psicologia, né? Ficava escrevendo, reescrevendo roteiros, gravava, apagava. O resultado? Paralisia total. Até eu perceber que a imperfeição da jornada é o que vai. O que tornaria isso real, né? É, eu falar no início do episódio Eu sou um estudante, eu estou aprendendo e é dessa posição. E eu entendo que é dessa posição que eu consigo me conectar de verdade com você que está me ouvindo. Talvez você já viveu isso, né? Aquele emprego que você não se candidatou porque não estava cem por cento qualificado na sua mente, Aquela conversa difícil que você evitou, aquela foto que você tirou quarenta e sete vezes, aquele projeto que você nunca começou. As máscaras da perfeição, né? Elas são tão bem construídas que a gente vai se esquecendo de quem nós somos de fato por baixo delas, né? E voltando àquela minha promessa sobre os vasos japoneses, é muito interessante, porque na cultura japonesa existe uma arte milenar. E aqui gente. Me perdoem a pronúncia que se chama quinze Ji Kim Tsuji, mas na tradução seria quase que carpintaria de ouro. Quando um vaso quebra, ao invés de jogá lo fora, esconder as suas rachaduras. Os artesões fazem algo diferente. Eles preenchem cada fissura com uma laca misturada de ouro, prata ou platina. Então colo e cola em minerais ali, né? O resultado? O vaso. Ele se torna mais valioso, mais único, mais bonito. Justamente pelas suas falhas que agora ficam visíveis e transformadas em veios dourados. Os japoneses acreditam que a história de um objeto, incluindo as suas feridas, cicatrizes, fazem parte da beleza e deve ser celebrado e não escondido. Essa metáfora nem preciso falar, né? Que se conecta totalmente com as nossas cicatrizes emocionais, erros, vulnerabilidades. Quando temos coragem de mostrá las, nos tornamos únicos. Nos tornamos autênticos. O ouro está nessas rachaduras, nas nossas imperfeições. Na mitologia grega tem a história de Hefesto, que é o deus ferreiro. Ele nasceu com uma deformidade na perna e a sua mãe era envergonhada. O lançou do Monte Olimpo. Ele foi rejeitado por ser imperfeito, por ser diferente. Mas foi essa experiência de dor que o moldou. Ele acabou se tornando o artesão mais habilidoso de todos os deuses, criando armas invencíveis, joias incomparáveis, obras que nem o próprio Zeus Reproduziria na. Qual é a nossa lição aqui? Hefesto não precisou consertar sua perna para ter valor. Ele encontrou força exatamente no que os outros viam. Defeito a sua própria imperfeição. Acabou se tornando a sua singularidade. E aqui eu confesso, as pessoas que eu mais admiro não são perfeitas. Elas são autênticas. Essa autenticidade, ela nasce dessa coragem de dizer eu não sei ou eu errei, eu tenho medo. Faltam seis minutos especificamente para técnica budista, mas antes eu queria dividir algumas estratégias práticas. Então salve esse episódio agora para você sempre manter isso no radar e se conectar. Então vamos recapitular um pouquinho primeiro. Perfeccionismo é uma armadura que nos aprisiona. Vulnerabilidade e coragem. Suas imperfeições. Quando não abraçamos Quando abraçadas. Elas são muito mais do que imperfeições. Elas são veios de ouro que nem a história dos vasos japoneses. É interessante aqui dizer que isso se conecta com episódios anteriores. No episódio dezanove chamado Você precisa se dar valor. Nós falamos que você não precisa ser perfeito para se valorizar. No episódio dezasseis, você não precisa ser feliz o tempo todo. Nós falamos que a imperfeição emocional é humana. E no episódio dezoito, desafie os seus pensamentos negativos. Nós questionamos a crença do preciso ser perfeito para ser amado. Sabe? E no próximo episódio nós vamos falar sobre a FOMO, que é o medo de ficar de fora, porque perfeccionismo digital no Instagram é só outra camada dessa armadura igual a gente falou aqui, sabe? E mais uma camada dessa dessa armadura que a gente vai criando. E aí a gente vai conectar isso com o burnout digital e também a solidão conectada. Você não vai querer perder. Mas vamos lá. Vamos as três categorias, As três estratégias práticas, Na verdade. Estratégia número um A autocompaixão. Então, quando errar. E isso pode ser hoje e você vai errar, coloque a mão no coração e sinta o calor. Respire fundo três vezes e diga mentalmente Esse é o momento difícil. Errar é humano. Posso ser genti

    15 min
  8. #21 - Por que Você tem Medo de ser Feliz?

    OCT 14

    #21 - Por que Você tem Medo de ser Feliz?

    (00:00:00) Introdução: O Paradoxo – Por que Sentimos Medo de Ser Feliz? (00:00:34) O Que É Cherofobia? O Medo Irracional da Felicidade (00:01:04) A Sabotagem Inconsciente: Como Evitamos o Sucesso e a Alegria (00:01:40) Raízes Psicológicas: Felicidade Associada a Risco, Perda e Punição (00:02:14) A Crença de que a Tragédia Virá Após a Alegria (A Superstição) (00:02:50) Ansiedade Antecipatória: O Medo de Que a Felicidade Acabe (00:03:25) O Paradoxo da Zona de Conforto: Preferir a Dor Conhecida (00:03:59) O Papel da Baixa Autoestima no Bloqueio da Felicidade (00:04:34) Luto Não Processado: Como Experiências Passadas Afetam o Presente (00:05:10) A Psicologia da Autossabotagem: Tipos e Padrões de Comportamento (00:05:44) Ferramenta 1: Identifique a Origem da Crença Negativa sobre a Felicidade (00:06:19) Ferramenta 2: Reestruturação Cognitiva – Desafiando a Superstição (00:06:55) Estratégia Prática: Pratique o "Enjoyment" (Apreciar o Momento Presente) (00:07:30) Mindfulness e a Felicidade: Estar Aqui e Agora Sem Julgamento (00:08:05) O Papel dos Pequenos Prazeres Diários na Quebra do Bloqueio (00:08:40) A Importância de Assumir Riscos para o Crescimento e a Alegria (00:09:15) Relações de Causa e Efeito: Felicidade é Fruto, Não Fim (Aristóteles) (00:09:49) Perdoe a Si Mesmo pelo Medo e Pelas Sabotagens Anteriores (00:10:24) O Processo de Aceitação da Felicidade como Estado Natural (00:10:59) Conclusão: A Coragem de Ser Feliz É Seu Maior Ato de Liberdade Podcast de Psicologia, o seu refúgio semanal para desvendar os segredos da mente humana. Apresentado por Renan Daniel, estudante de Psicologia, este podcast é a sua caixa de ferramentas psicológicas para uma vida mais plena, consciente e com propósito. Aqui, a psicologia não é apenas teoria; é a base para estratégias acionáveis e cientificamente comprovadas que você pode aplicar no seu dia a dia. #PodcastdePsicologia #Psicologia #Autoconhecimento #SaudeMental #DesenvolvimentoPessoal #AutoAjuda Site | Youtube | Spotify | Apple Podcasts | Amazon Music/Audible | Deezer | Instagram | TikTok Transcrição: Deixa eu te perguntar você já sentiu aquele desconforto quando algo bom estava prestes a acontecer na sua vida? Sabe aquele momento em que as coisas finalmente estão se alinhando e em vez de sentir a alegria, vem aquela voz interna sussurrando Aproveita enquanto dura, porque não vai durar. Ou pior, né? Algo ruim vai acontecer agora. Se você já sentiu isso, você não está sozinho. E o mais surpreendente, né? Isso tem nome e a psicologia chama de xenofobia. É o medo irracional de ser feliz. Eu sou o Renan Daniel, estudante de Psicologia. E hoje nós vamos mergulhar num tema que ele é paradoxal, mas extremamente real. Por que nós temos medo de ser felizes? Porque nós sabotamos a nossa própria felicidade. E o mais importante, como nós podemos de fato superar isso. Fica comigo até o final, porque esse papo pode e vai mudar completamente a forma que você enxerga suas próprias resistências emocionais. Bom, mas a xenofobia vem do grego, né? Cheiro que significa alegria e fobia. Medo. Então, tipo aracnofobia é quando a pessoa experimenta o medo de ser feliz frequentemente porque vivenciou no passado uma situação traumática que aconteceu logo depois de um momento de felicidade. Psicologicamente falando, a nossa mente sempre vai criar uma associação condicionada entre a felicidade e perda nesse tipo de situação. É o cérebro dizendo basicamente da última vez que você ficou tão feliz assim, algo terrível aconteceu, Mas é melhor você agora se proteger, porque você pode ter algo sofrer algo muito intenso ou desconfortável. A pessoa basicamente evita investir emocionalmente em relacionamentos, recusa convites, sabota conquistas profissionais ou simplesmente não permite celebrar pequenas vitórias. Tudo porque, no fundo, ela acredita que a felicidade é quase que um prenúncio da dor. Tem uma poesia que eu gosto bastante, que é do poeta Bráulio Bessa e na verdade, é um poema que se chama A Mão de um amigo e ele fala bem assim. Avalie só o peso da pedra, da solidão, da derrota, da tristeza, da dor, da decepção, de tantas pedras que a gente vai enfrentar pela frente. Quer você queira ou não. O verso, né? Ele nos lembra que a dor faz parte da jornada. Mas quando nós começamos a temer até mesmo a felicidade por causa das pedras que já enfrentamos, é sinal que nosso coração está pedindo um pouquinho de atenção e cuidado. Esse medo, né? Ele geralmente ele se desenvolve na entre a infância e a adolescência, onde a pessoa pode associar inconscientemente a felicidade ao castigo. Aqui entra um conceito da psicologia que se chama condicionamento emocional. Se algo traumático aconteceu após um momento de alegria, seu cérebro, ele cria uma ligação neural entre felicidade e perigo do ponto de vista neurobiológico. Na amígdala, que é o nosso centro do medo no cérebro, ela entra em alerta mesmo diante a estímulos positivos. É como se o sistema de alarme estivesse com defeito, disparando na hora errada. Além disso, existe um conceito muito interessante chamado do ganho secundário do sofrimento. Em linhas gerais, muitas pessoas constroem a sua identidade em torno da dor. Eu sou de São Paulo. É um caso típico daqui. Toda a maioria das pessoas, né? Então é um discurso. Eu sou uma pessoa que sofre. Eu tenho grandes problemas e tal. E é quase que um vício nosso aqui de São Paulo, né? Falar que as coisas não estão bem, né? E quando a felicidade ela chega, de certa forma ela ameaça essa identidade de sofredor que a gente vai construindo para nós mesmos, né? E isso vai gerar um conflito interno profundo. Tem uma metáfora muito interessante que ela diz que a gente tem que imaginar a nossa vida emocional como um jardim. Quando você tem medo de ser feliz. Você planta flores maravilhosas, mas todo dia vai olhar para o céu esperando uma tempestade, né? E quando a tempestade não vem, você mesmo pega e arranca as flores porque prefere controlar a destruição que aquela tempestade iria fazer do que de fato ser pego de surpresa. O medo de perder a felicidade faz você destruí la antes que a vida o faça. Eu acho que essa é uma analogia perfeita ao que nós fazemos no nosso dia a dia. E eu vou te contar algo extremamente pessoal, porque esse tema me atravessa profundamente. Na minha família as coisas nunca foram muito fáceis do aspecto financeiro, afinal, sou um brasileiro e como grande parte dos brasileiros, a gente vivia aquela sensação constante de instabilidade etc. Quando eu comecei a me equilibrar financeiramente, algo muito estranho aconteceu. Eu tinha medo de tudo desmoronar, sabe? No sentido de putz, se eu fizer um erro mínimo no trabalho, vou virar um mendigo. Eu nunca fui um mendigo. Era algo totalmente ilusório, né? Mas isso reflete bem esse medo, né? É o medo da felicidade mesmo. Em vez de aproveitar as experiências que aquele sucesso financeiro me possibilitava, eu ficava completamente paralisado. É como se gastar fosse um convite para a desgraça voltar, né? E eu não. Não curtia. Acabava me punindo preventivamente, preventivamente, né? E também eu fui percebendo que eu tinha um medo de me relacionar, porque eu não cresci com uma figura sólida de pai e mãe, um casal com um relacionamento estável, seguro, amoroso. Então, quando alguém se aproximava, eu ficava com receio aquele sabe, será que vai durar? E se der errado, tal? E não me permitia ser feliz. E hoje eu sou casado, tenho uma família, estou começando a construir uma família maravilhosa e te digo que é um processo de desconstrução diária. Eu tive que aprender que o primeiro que eu merecia ser feliz, que que tudo, tudo. Todo aquele caos, aquele prelúdio onde a felicidade vai vir logo após, vai vir uma tempestade. Era algo muito mais imaginário, né? E se você está ouvindo e se reconhecendo, saiba que essa transformação é possível. Você não está condenado a repetir os padrões que você teve acesso na sua infância. Na mitologia grega tem um mito muito interessante que é o mito. O mito de Tântalo. Ele basicamente é um rei condenado a ficar numa piscina com água fresca sobre uma árvore cheia de frutos. Mas toda vez que ele tentava beber, a água recuava. E toda vez que ele tentava alcançar os frutos, os galhos subiam. Ele estava eternamente cercado pela possibilidade de felicidade, mas impossibilitado de alcançá la. Essa é a essência do medo da felicidade. Viver cercado pela possibilidade de ser feliz, mas sempre fugindo dela no último instante. Tem um samba que eu gosto muito, que é o Samba da Bênção, que é do Vinícius de Moraes e do Baden Powell, que ele fala exatamente assim É melhor ser alegre que ser triste. Alegria é a melhor coisa que existe. É assim como a luz no coração. Mas para fazer um samba com beleza é preciso um bocado de tristeza, senão não se faz um samba, não. Vinícius Aqui ele mostra que a vida é feita de contrastes, que a tristeza faz parte, mas não precisa ser nossa morada permanente, né? Quem tem medo de ser feliz precisa aprender a dançar com essa incerteza, sem fugir naturalmente da alegria. Tem um filósofo e eu acho que ele é norueguês. Não vou lembrar o nome dele, mas ele falava que a vida pode ser compreendida olhando para trás, mas precisa ser vivida olhando para frente. Quem tem medo de ser feliz está preso no passado e antecipando dores que nem existem. A cura está em aprender a viver o presente, mesmo muitas vezes sem nem sem garantias, né? Preparei uma listinha aqui para a gente ir para a parte prática do podcast. Então, como superar esse medo de ser feliz? Primeiro passo, reconheça o padrão. Então pergunte se eu evito situações que poderiam me fazer feliz. Eu saboto conquistas quando elas começam a ir bem. Anote essas reflexões num pedaço de papel.

    14 min

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Podcast de Psicologia, o seu refúgio semanal para desvendar os segredos da mente humana. Apresentado por Renan Daniel, estudante de Psicologia, este podcast é a sua caixa de ferramentas psicológicas para uma vida mais plena, consciente e com propósito. Aqui, a psicologia não é apenas teoria; é a base para estratégias acionáveis e cientificamente comprovadas que você pode aplicar no seu dia a dia. #PodcastdePsicologia #Psicologia #Autoconhecimento #SaudeMental #DesenvolvimentoPessoal #AutoAjuda Site | Youtube | Spotify | Apple Podcasts | Amazon Music/Audible | Deezer | Instagram | TikTok

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