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Gaza. “Nunca me esquecerei das crianças vivas, mas mortas por dentro”, diz Jorge Moreira da Silva
A ajuda humanitária não chega a quem mais precisa em Gaza. Há 19 mil crianças órfãs, 50 mil crianças desnutridas e um milhão de pessoas em situação de fome. Como era previsível, a situação deteriorou-se com os ataques a Rafah, no sul do enclave.
A guerra tem impossibilitado as agências das Nações Unidas, e outras organizações humanitárias, de prestarem auxílio à população civil. 250 instalações, escolas e outras instalações da agência das Nações Unidas para os Refugiados na Palestina foram atacadas e já morreram mais de 200 funcionários. É uma circunstância inédita: trabalhar nas Nações Unidas ou em agências humanitárias já não é uma garantia de protecção.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução a apoiar a proposta dos EUA para pôr fim aos combates entre Israel e o Hamas . Para Jorge Moreira da Silva, subsecretário-geral das Nações Unidas e director executivo dos serviços de projectos da agência, a solução passa, não só por um cessar-fogo, mas também pelo regresso a uma solução de dois Estados. “Israel tem direito à sua segurança, mas a Palestina também tem direito a ser um Estado”.
Neste episódio, Jorge Moreira da Silva partilha com os ouvintes do P24 as imagens que não consegue esquecer dos dias que passou em Rafah.
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Euro 2024: vamos ter surpresas a meio-campo e somos favoritos
A selecção portuguesa apurou-se para este europeu com toda a tranquilidade, evitando o desespero de outros apuramentos, mas teve um comportamento mais inconstante nos jogos de preparação, que servem para que os treinadores experimentem outras soluções. O que não deveria ser um drama. Mas é, às vezes.
O que acontece quando falamos da selecção nacional de futebol é que oscilamos sempre entre a confiança e a desconfiança total. Não há meio-termo. A vitória sobre a Irlanda pode contribuir para restaurar essa confiança, que o mínimo desaire corrói.
O europeu que começa amanhã na Alemanha deverá ser o último de Cristiano Ronaldo e aquele em que Bruno Fernandes e Bernardo Silva serão as principais estrelas da selecção.
Todavia, nesta equipa de talento único é bem possível que outros jogadores se destaquem de forma evidente. Quem? Só lhe posso dizer que eles estarão no meio-campo.
Para saber mais, ouça este episódio do P24. Nuno Sousa, editor do Desporto do Público, faz os seus prognósticos na altura certa e garante que Portugal é um dos candidatos à vitória nesta competição.
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Só não há cessar-fogo em Gaza se Israel não quiser
O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou a proposta dos EUA para um acordo de cessar-fogo em Gaza. A Rússia absteve-se na votação e 14 dos 15 membros do conselho votaram a favor.
O Hamas reagiu a esta votação, afirmando estar disponível para colaborar como os mediadores na aplicação deste plano de cessar-fogo, mas Israel ainda não se pronunciou.
Este plano tem três fases e pressupõe o cessar-fogo permanente em Gaza, a retirada total das tropas israelitas, a troca de prisioneiros e, claro está, a entrega dos reféns nas mãos do grupo terrorista.
Os EUA tentam com este plano pressionar o primeiro-ministro israelita a terminar a ofensiva e a aceitar um cessar-fogo. Mas os aliados mais radicais de Benjamin Netanyahu ameaçam fazer cair o governo caso este aceite o acordo de paz.
Esta será a última tentativa de Joe Biden de colocar sobre Benjamin Netanyahu o ônus da aceitação ou não do plano, o que obviamente aumenta a pressão da opinião pública. Caso Netanyahu o recuse, fica claro que quem não quer um cessar-fogo é o primeiro-ministro de Israel.
É isto e muito mais o que nos explica Joana Ricarte, especialista em Médio Oriente, professora e investigadora na Universidade de Coimbra.
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Que geometrias políticas saem das eleições, em Portugal e na Europa?
"O PS é a primeira força política em Portugal!" Pedro Nuno Santos reagiu assim à vitória deste domingo, por curta margem, nas eleições europeias. Os socialistas ficaram à frente na votação, com 32,10% - uma diferença de quase um ponto percentual para o segundo classificado, a Aliança Democrática (31,12%). Ainda assim, o secretário-geral do PS afirmou que "não será pelo PS que haverá instabilidade política".
Já Luís Montenegro considerou que o resultado da Aliança Democrática, ainda que não tenha chegado ao objectivo traçado, dá "muito, mas mesmo muito alento" à coligação para continuar "a caminhada que nos trouxe até aqui".
O Chega cai a pique em relação às últimas eleições, Iniciativa Liberal sobe e fica quase empatada com a terceira força política. À esquerda, Bloco de esquerda e CDU conseguem eleger um deputado cada. Livre e PAN ficam à porta do Parlamento Europeu.
Em Bruxelas, a esperada subida da direita radical aconteceu, mas com menos peso do que o esperado.
Como se medem agora os equilíbrios de forças, no Parlamento Europeu, mas também na política portuguesa?
Neste P24, ouvimos David Santiago, editor de política do PÚBLICO, e também Rita Siza, correspondente em Bruxelas.
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Sondagens apontam vitória do PS, mas ainda há espaço para surpresas nas europeias?
A dois dias de a larga maioria dos eleitores portugueses ir às urnas para escolherem os 21 deputados nacionais no Parlamento Europeu, mantém-se tudo em aberto. O inquérito realizado na primeira semana de campanha mostra que o PS sairia vencedor, com 33% dos votos, mas com a AD – Aliança Democrática (a coligação entre PSD, CDS-PP e PPM) a ficar apenas dois pontos abaixo (31%), o que, na prática, cabe dentro do intervalo para o empate técnico. Ainda há espaço para surpresas nestas europeias? Neste P24 ouvimos João António do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa.
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IRS: é a “cheringonça” que manda no parlamento?
O parlamento chumbou ontem o projecto de lei apresentada pela AD para a descida do IRS e aprovou uma proposta alternativa, apresentada pelo PS. O que fez com que as duas tivessem destinos diferentes foi o sentido de voto do Chega, que se absteve nos dois casos.
Os deputados da AD e da Iniciativa Liberal não foram suficientes para aprovar a proposta que apresentaram em substituição da proposta de lei original do Governo. Enquanto isso, a proposta socialista passou graças ao voto favorável de todos os partidos de esquerda e da Iniciativa Liberal e a uma nova abstenção do Chega.
Esta alteração à tabela do IRS implica uma descida das taxas nos seis primeiros escalões de rendimento, e não nos oito primeiros, como propunham PSD e CDS-PP:
Como seria de esperar, a AD dramatizou o chumbo e acusou o PS e o Chega de “conluio”, alegando que os dois partidos da oposição estão a construir uma “cherigonça”.
O PS reclamou vitória e sublinhou que é aos socialistas que se deve a redução do IRS deste ano, enquanto o Chega diz que o “tripartidarismo funciona muito melhor do que o bipartidarismo”.
A oposição parece ter mais condições para formar uma maioria, aquilo a que se tem chamado uma coligação negativa, do que as bancadas dos partidos do governo?
Porquê? E que consequências é que isso pode ter no parlamento e na vida política dos próximos meses?
É sobre estas questões que vamos falar com Patrícia Calca, cientista política, investigadora do ISCTE e investigadora principal do projecto POLE: Perspectives of Legislative Effectiveness. Patrícia Calca tem estudado e publicado sobre as instituições políticas, nomeadamente parlamentares.
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