EREMITA NOTIVAGO Antonio Nogueira

Carlos Marighella foi poeta que a vida fez revolucionário. 

Abordamos no texto e contexto de hoje sua poesia para refletir o período da ditadura civil-militar brasileira (1964-1984).  Época que a burguesia deixou explicito, mais que na própria democracia, que instituições fazem parte do teatro burguês. A figura do STF é carinhosamente lembrada como elemento chave dessa farsa ao assumir o papel de se passar por instituição democrática pós golpe. Três poderes que tocavam uma "nota só". Institucionalmente seria inviável qualquer diálogo com os setores ditatoriais; no legislativo, adestraram UDN (?) e PSD no MDB , criou-se o ARENA para tocar sua nota. Qualquer reação contra o regime tomaria o caminho dos porões da tortura. Este episódio aclama as vozes dos que denunciaram e lutaram contra qualquer forma de opressão no período destacado, mas acima disso, dos que nunca se iludiram com suas instituições e alienações.   

Federico Garcia Lorca- 1898-1936

Poeta espanhol retrata no poema "A aurora" A cidade de Nova Iorque da grande depressão econômica. Lorca estudou nos anos de 1929 e 1930 na Universidade de Columbia e foi testemunha ocular de uma Nova Iorque moribunda. A Nova Iorque de ontem faz nos pensar a Nova Iorque de hoje como uma farsa? Podemos voltar um ano antes-para 2019- do lançamento desse EP para pensarmos na pandemia das crises do capital?

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