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E quando foi que tudo deixou de existir? 


Foi na primeira semana de um ciclo que se fechava e eu questionei se não haveria mudanças. Continuava igual, com o mesmo rosto, corpo, com o mesmo olhar. 


Ainda era/sou eu, nas estradas que me guiam andei perdida no caminho de sempre, encontrei as mesmas pessoas com feições diferentes. 


Procurava por algo, um final feliz? talvez, mas ainda estava no começo. Quando iniciou a segunda semana a cinta apertou, cortei o cabelo e comemorei dezoito anos de vida. E agora, será que mudou? 


Os planos de uma vida independente estavam anotados, os textos todos decorados, a escrita me lembrava diariamente que quanto mais pensava mais o tempo se passava,  estava andando sem sair do lugar. 


Senti a vida balançar de lá pra cá, de cá pra lá. Fechei os olhos, me acomodei, senti o corpo cansado, estava todos os dias correndo de lado a lado sem me movimentar. 


O mais difícil pra mim enquanto escritora é dar início a uma escrita, e assim também na vida. O jeito difícil foi o mais prático, ou acordava pra vida ou permaneceria dormindo o resto dela.



O gostoso é sentir o gosto do esforço, mas é inimaginável o quanto difícil foi, tive que preparar os ouvidos ao ouvir muitas críticas, às vezes nem eram construtivas. 


A delícia é ver as mudanças internas, é sentir paz mesmo com o quarto bagunçado. 


É eu sei, meio de processo às vezes o choro sai sem avisar, o coração vai apertando e o medo abre os braços oferecendo um aconchego. Felizmente já me rendi diversas vezes, com um choro baixo e alguns gemidos de doer os ouvidos, não é que eu não vá cair de novo nesses momentos, mas agora reconheço que faz parte da mudança. 


Exagero, exageradamente feliz é assim que fiquei ao andar, era como se tivesse dando meus primeiros passos da vida. Exageradamente chorosa ao ouvir um "não" é exageradamente  nostálgica após descobrir que o tempo não voltaria. 

O Acordar Carolina Domingos

    • Freizeit

E quando foi que tudo deixou de existir? 


Foi na primeira semana de um ciclo que se fechava e eu questionei se não haveria mudanças. Continuava igual, com o mesmo rosto, corpo, com o mesmo olhar. 


Ainda era/sou eu, nas estradas que me guiam andei perdida no caminho de sempre, encontrei as mesmas pessoas com feições diferentes. 


Procurava por algo, um final feliz? talvez, mas ainda estava no começo. Quando iniciou a segunda semana a cinta apertou, cortei o cabelo e comemorei dezoito anos de vida. E agora, será que mudou? 


Os planos de uma vida independente estavam anotados, os textos todos decorados, a escrita me lembrava diariamente que quanto mais pensava mais o tempo se passava,  estava andando sem sair do lugar. 


Senti a vida balançar de lá pra cá, de cá pra lá. Fechei os olhos, me acomodei, senti o corpo cansado, estava todos os dias correndo de lado a lado sem me movimentar. 


O mais difícil pra mim enquanto escritora é dar início a uma escrita, e assim também na vida. O jeito difícil foi o mais prático, ou acordava pra vida ou permaneceria dormindo o resto dela.



O gostoso é sentir o gosto do esforço, mas é inimaginável o quanto difícil foi, tive que preparar os ouvidos ao ouvir muitas críticas, às vezes nem eram construtivas. 


A delícia é ver as mudanças internas, é sentir paz mesmo com o quarto bagunçado. 


É eu sei, meio de processo às vezes o choro sai sem avisar, o coração vai apertando e o medo abre os braços oferecendo um aconchego. Felizmente já me rendi diversas vezes, com um choro baixo e alguns gemidos de doer os ouvidos, não é que eu não vá cair de novo nesses momentos, mas agora reconheço que faz parte da mudança. 


Exagero, exageradamente feliz é assim que fiquei ao andar, era como se tivesse dando meus primeiros passos da vida. Exageradamente chorosa ao ouvir um "não" é exageradamente  nostálgica após descobrir que o tempo não voltaria. 

    Viva o agora

    Viva o agora

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    • 5 Min.
    Quando foi que tudo deixou de existir

    Quando foi que tudo deixou de existir

    E quando foi que tudo deixou de existir?

    Foi na primeira semana de um ciclo que se fechava e eu questionei se não haveria mudanças. Continuava igual, com o mesmo rosto, corpo, com o mesmo olhar.

    Ainda era/sou eu, nas estradas que me guiam andei perdida no caminho de sempre, encontrei as mesmas pessoas com feições diferentes.

    Procurava por algo, um final feliz? talvez, mas ainda estava no começo. Quando iniciou a segunda semana a cinta apertou, cortei o cabelo e comemorei dezoito anos de vida. E agora, será que mudou?

    Os planos de uma vida independente estavam anotados, os textos todos decorados, a escrita me lembrava diariamente que quanto mais pensava mais o tempo se passava, estava andando sem sair do lugar.

    Senti a vida balançar de lá pra cá, de cá pra lá. Fechei os olhos, me acomodei, senti o corpo cansado, estava todos os dias correndo de lado a lado sem me movimentar.

    O mais difícil pra mim enquanto escritora é dar início a uma escrita, e assim também na vida. O jeito difícil foi o mais prático, ou acordava pra vida ou permaneceria dormindo o resto dela.


    O gostoso é sentir o gosto do esforço, mas é inimaginável o quanto difícil foi, tive que preparar os ouvidos ao ouvir muitas críticas, às vezes nem eram construtivas.

    A delícia é ver as mudanças internas, é sentir paz mesmo com o quarto bagunçado.

    É eu sei, meio de processo às vezes o choro sai sem avisar, o coração vai apertando e o medo abre os braços oferecendo um aconchego. Felizmente já me rendi diversas vezes, com um choro baixo e alguns gemidos de doer os ouvidos, não é que eu não vá cair de novo nesses momentos, mas agora reconheço que faz parte da mudança.

    Exagero, exageradamente feliz é assim que fiquei ao andar, era como se tivesse dando meus primeiros passos da vida. Exageradamente chorosa ao ouvir um "não" é exageradamente nostálgica após descobrir que o tempo não voltaria.

    • 6 Min.

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