5 min

DADTalks: O excesso de tela cria crianças menos empáticas‪?‬ Entre Fraldas

    • Crianças e família

A criança que passa muito tempo online será menos empática?

Bem vindos ao DadTalks, um podcast da família do Entre Fraldas.

Quando éramos crianças em um mundo sem conexão de internet, no qual a tela se limitava à TV da sala de casa, era mais comum irmos a casa dos colegas para realizarmos os trabalhos escolares, jogarmos jogos de tabuleiro em tardes chuvosas, brincar de detetive, amarelinha e tantas outras coisas presencialmente. Com o crescimento da internet e o aumento da violência nas ruas, é mais comum que crianças e adolescentes fiquem em casa, em frente a videogames e telas de celular. A interação face a face foi reduzida e isso pode trazer algum impacto para o futuro?

Li uma vez um estudo que afirmava que casais que estão juntos há muito tempo acabavam tendo expressões faciais semelhantes. Se isso acontece com amigos também, posso dizer que tendo convivido com o Rodrigo, meu parceiro no Entre Fraldas, há mais de vinte anos, muita gente além de confundir nossas vozes, costuma dizer que somos parecidos (eu discordo). A questão é que algumas pesquisas indicam como observamos e imitamos as expressões faciais de pessoas com as quais temos contato, isso, claro, também é uma forma de lermos essas expressões

Em 2012, cinquenta e uma crianças de escolas americanas visitaram um acampamento de verão, daqueles típicos de filmes infantis americanos. A maior parte delas possuía celulares que utilizavam com frequência, mas foram obrigados a deixar os aparelhos de lado para realizar caminhadas, jogos de desafio, esportes e outras atividades coletivas. Ou seja, durante um período de uma semana, essas cinquenta e uma crianças ficaram em uma imersão de atividades presenciais, afastadas de qualquer tela (celular, computador e mesmo TV).

No início da semana, os alunos foram submetidos a um teste de percepção de sentimentos expressos por adultos e crianças que eram apresentadas em imagens estáticas ou arquivos sonoros. Neste primeiro teste, em média, as crianças erraram 14 das 48 expressões apresentadas. Sem que tivessem acesso aos resultados do primeiro teste, as mesmas crianças foram avaliadas ao final do acampamento e a taxa de erro caiu para 9,5 em média. A melhora do desempenho desse grupo foi 50% maior do que a obtida pelo grupo de controle, que era composto por crianças com perfil semelhante que não foram ao acampamento e mantiveram o contato com telas.

Sem ver a pessoa com quem interagimos, parece ser uma conclusão lógica de que perderemos a capacidade de interpretar suas expressões faciais e corporais. Mesmo quando interagimos através de vídeo, há um número limitado de informações que somos capazes de perceber no enquadramento escolhido pelo emissor. Assim, se você deseja que sua criança seja capaz de compreender o outro e também se expressar facial, vocal e corporalmente, ela precisa de ter contato presencial com outros adultos e crianças, especialmente nas chamadas fases críticas do desenvolvimento, dos 0 aos 5 anos e dos 10 aos 15 (está aí uma das grandes importâncias do Ensino Fundamental de maneira presencial). 

Se você gostou desse episódio, não esqueça de compartilhar com os amigos. Envie para aquela pessoa que convive com uma criança em casa. Você pode entrar no nosso grupo do whatsapp, pelo link bit.ly/dadtalks e receber os arquivos dos episódios novos. Pode também assinar o DADTalks em seu agregador favorito ou nos seguir no Spotfy. Um abraço e até o próximo episódio.


Fale conosco:


E-mail: entrefraldas@desaprender.com.br
Facebook: facebook.com/entrefraldaspodcast
Twitter: @EFraldas
Instagram: @entrefraldaspodcast

A criança que passa muito tempo online será menos empática?

Bem vindos ao DadTalks, um podcast da família do Entre Fraldas.

Quando éramos crianças em um mundo sem conexão de internet, no qual a tela se limitava à TV da sala de casa, era mais comum irmos a casa dos colegas para realizarmos os trabalhos escolares, jogarmos jogos de tabuleiro em tardes chuvosas, brincar de detetive, amarelinha e tantas outras coisas presencialmente. Com o crescimento da internet e o aumento da violência nas ruas, é mais comum que crianças e adolescentes fiquem em casa, em frente a videogames e telas de celular. A interação face a face foi reduzida e isso pode trazer algum impacto para o futuro?

Li uma vez um estudo que afirmava que casais que estão juntos há muito tempo acabavam tendo expressões faciais semelhantes. Se isso acontece com amigos também, posso dizer que tendo convivido com o Rodrigo, meu parceiro no Entre Fraldas, há mais de vinte anos, muita gente além de confundir nossas vozes, costuma dizer que somos parecidos (eu discordo). A questão é que algumas pesquisas indicam como observamos e imitamos as expressões faciais de pessoas com as quais temos contato, isso, claro, também é uma forma de lermos essas expressões

Em 2012, cinquenta e uma crianças de escolas americanas visitaram um acampamento de verão, daqueles típicos de filmes infantis americanos. A maior parte delas possuía celulares que utilizavam com frequência, mas foram obrigados a deixar os aparelhos de lado para realizar caminhadas, jogos de desafio, esportes e outras atividades coletivas. Ou seja, durante um período de uma semana, essas cinquenta e uma crianças ficaram em uma imersão de atividades presenciais, afastadas de qualquer tela (celular, computador e mesmo TV).

No início da semana, os alunos foram submetidos a um teste de percepção de sentimentos expressos por adultos e crianças que eram apresentadas em imagens estáticas ou arquivos sonoros. Neste primeiro teste, em média, as crianças erraram 14 das 48 expressões apresentadas. Sem que tivessem acesso aos resultados do primeiro teste, as mesmas crianças foram avaliadas ao final do acampamento e a taxa de erro caiu para 9,5 em média. A melhora do desempenho desse grupo foi 50% maior do que a obtida pelo grupo de controle, que era composto por crianças com perfil semelhante que não foram ao acampamento e mantiveram o contato com telas.

Sem ver a pessoa com quem interagimos, parece ser uma conclusão lógica de que perderemos a capacidade de interpretar suas expressões faciais e corporais. Mesmo quando interagimos através de vídeo, há um número limitado de informações que somos capazes de perceber no enquadramento escolhido pelo emissor. Assim, se você deseja que sua criança seja capaz de compreender o outro e também se expressar facial, vocal e corporalmente, ela precisa de ter contato presencial com outros adultos e crianças, especialmente nas chamadas fases críticas do desenvolvimento, dos 0 aos 5 anos e dos 10 aos 15 (está aí uma das grandes importâncias do Ensino Fundamental de maneira presencial). 

Se você gostou desse episódio, não esqueça de compartilhar com os amigos. Envie para aquela pessoa que convive com uma criança em casa. Você pode entrar no nosso grupo do whatsapp, pelo link bit.ly/dadtalks e receber os arquivos dos episódios novos. Pode também assinar o DADTalks em seu agregador favorito ou nos seguir no Spotfy. Um abraço e até o próximo episódio.


Fale conosco:


E-mail: entrefraldas@desaprender.com.br
Facebook: facebook.com/entrefraldaspodcast
Twitter: @EFraldas
Instagram: @entrefraldaspodcast

5 min

Top podcasts em Crianças e família

Era Uma Vez Um Podcast
Carol Camanho
Livros que amamos - histórias para crianças
Denise Gomes
Paizinho, Vírgula! - Família e Infância
Abrace Podcasts
Our Miss Brooks
Humphrey Camardella Productions
Historinhas do Ninho do Periquito
Tiago Freitas
Histórias infantis de Pai para Filha
Pablo Uchoa