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maio poesia quase todo dia

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recentemente migrei meu podcast para o substack. antes, ele era hospedado pelo spotify. manter meus textos e áudios sob o mesmo teto vai facilitar muito minha vida, permitindo que eu grave episódios com mais frequência. então, se prepare para o que está por vir :)
para dar início, estou te enviando hoje maio, um de dois poemas que escrevi abordando o desejo e, mais do que isso, as dificuldades do desejo. esses dois textos foram feitos para a mesma personagem.
maio é um poema pelo qual tenho grande carinho, devido às circunstâncias que o inspiraram e as referências que carrega. foi escrito quando eu terminava de ler paixão simples e o jovem da annie ernaux (motivo pelo qual há uma referência a “maio de 68” aqui).
como o envio de episódios de podcasts por email ainda é algo novo para mim, responda abaixo o que acha da ideia e me ajude a evoluir esse formato. quero fazer algo que faça sentido para mim e para você :)
você me diz que ninguém nunca prestou atenção na sua fome eu te respondo com a mão sobre o ventre: eu te devoraria, mas não o alimento aos outros só sei dar meus restos assumo uma postura altiva e esguia estamos numa dança embora não pareça (uma dança é uma repetição de pés mas aqui pisamos tudo pela primeira vez) é maio de 1968 a vida é um massacre é manhã de abril no brasil de 64 e ainda é possível ser feliz por mais um minuto certas vezes tenho vontade de te contar sobre o que não amo de te apresentar um diário não do que odeio mas do que nunca cheguei a gostar muitas vezes gostaria de escrever seu nome ali mas faltam páginas reguei a terra com seu suor para que eros pudesse renascer como uma flor certas flores são comestíveis nos diz este documentário na tv algumas delas com a boca o alimento da vida são outras vidas você ainda tem fome e entende que estar satisfeito é uma dádiva sim, talvez mas é também uma maldição para aquilo que se come é aqui que fica claro o que quero eu te devoraria para te dar assim a chance de me dar o troco ao se lembrar de mim e amaldiçoar meu nome


This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit newsletter.eduardofurbino.com

recentemente migrei meu podcast para o substack. antes, ele era hospedado pelo spotify. manter meus textos e áudios sob o mesmo teto vai facilitar muito minha vida, permitindo que eu grave episódios com mais frequência. então, se prepare para o que está por vir :)
para dar início, estou te enviando hoje maio, um de dois poemas que escrevi abordando o desejo e, mais do que isso, as dificuldades do desejo. esses dois textos foram feitos para a mesma personagem.
maio é um poema pelo qual tenho grande carinho, devido às circunstâncias que o inspiraram e as referências que carrega. foi escrito quando eu terminava de ler paixão simples e o jovem da annie ernaux (motivo pelo qual há uma referência a “maio de 68” aqui).
como o envio de episódios de podcasts por email ainda é algo novo para mim, responda abaixo o que acha da ideia e me ajude a evoluir esse formato. quero fazer algo que faça sentido para mim e para você :)
você me diz que ninguém nunca prestou atenção na sua fome eu te respondo com a mão sobre o ventre: eu te devoraria, mas não o alimento aos outros só sei dar meus restos assumo uma postura altiva e esguia estamos numa dança embora não pareça (uma dança é uma repetição de pés mas aqui pisamos tudo pela primeira vez) é maio de 1968 a vida é um massacre é manhã de abril no brasil de 64 e ainda é possível ser feliz por mais um minuto certas vezes tenho vontade de te contar sobre o que não amo de te apresentar um diário não do que odeio mas do que nunca cheguei a gostar muitas vezes gostaria de escrever seu nome ali mas faltam páginas reguei a terra com seu suor para que eros pudesse renascer como uma flor certas flores são comestíveis nos diz este documentário na tv algumas delas com a boca o alimento da vida são outras vidas você ainda tem fome e entende que estar satisfeito é uma dádiva sim, talvez mas é também uma maldição para aquilo que se come é aqui que fica claro o que quero eu te devoraria para te dar assim a chance de me dar o troco ao se lembrar de mim e amaldiçoar meu nome


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