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Saramago contra a utopia
Uma nova visão do conceito de utopia
Tenho uma má notícia para lhes dar. A má notícia que tenho a vos dar, sobretudo depois de ter escutado os nossos amigos que falaram antes de mim, é que eu não sou utopista. E a pior notícia ainda é que considero a utopia, ou o conceito de utopia, não só inútil como também tão negativo como a idéia de que, quando morrermos, todos, vamos ao paraíso.
A utopia, segundo se diz, começou com Thomas Moore, com seu livro A Utopia, publicado em 1516. E aí se coloca o nascimento de uma palavra, de uma idéia, mas poderíamos ir muito mais atrás. Poderíamos ir a Platão. No fundo, a utopia nasce sem nome e talvez seja o que está ainda a atrapalhar aqui, tudo isso, seja o nome. Porque, a rigor, tudo o que foi dito antes poderia ter sido dito com igual rigor, com igual propriedade, com igual pertinência, sem a intenção da palavra utopia.
Demonstrarei, ou pelo menos tentarei demonstrar mais adiante, por que há uma questão que é indissociável, da utopia, ou do pensamento utópico, ou do anseio do ser humano por melhorar a vida, e não só no sentido material de melhorá-la, mas também numa outra dimensão: na dimensão espiritual, na dimensão ética, na dimensão moral. Está indissociavelmente ligado, e parece que não, à revitalização e, se quiserem, à reinvenção da democracia.
Mas vamos primeiramente a Dom Quixote. Mas, antes de falar de Dom Quixote, queria dizer que os 5 bilhões de pessoas que vivem na miséria, conforme nos declarou Ignacio Ramonet (que havia falado na palestra antes de Saramago), na palavra utopia não significam rigorosamente nada. Os 5 bilhões de pessoas que vivem na miséria, esses a quem se referiu Ignacio Ramonet, no conceito da palavra, nas sílabas, no som de utopia, repito, não significa nada. E também não significará muito depois de que tenham suas necessidades essenciais satisfeitas, que passem também a usar ou a divulgar ou a utilizar um discurso mais ou menos emotivo da palavra utopia, como se isso viesse a acrescentar algo àquilo que foi conquistado com trabalho, com luta. -
Manifesto do Partido Comunista 1848 (Karl Marx e Friedrich Engels)
áudio extraído do vídeo no Youtube (visite e dê seu like, comente): https://youtu.be/5mwzNs6t7Pw
leia o ebook https://raw.githubusercontent.com/hedra-editora/marx_manifesto/master/_EPUB/marx_manifesto_epub.epub [epub, 276 Kb] -
Josef Stálin anúncia a vitória sobtre os nazista (9.5.1945)
Camaradas!
Caros e caras compatriotas!
Chegou o grande dia da vitória sobre a Alemanha. Os fascistas alemães, forçados à rendição pelo Exército Vermelho e pelas tropas de nossos aliados, reconheceram a derrota e anunciaram sua capitulação incondicional.
A 7 de maio foi assinado na cidade de Reims o protocolo preliminar de rendição. A 8 de maio, os representantes do alto comando alemão, na presença dos representantes do Alto Comando das tropas aliadas e do Comando Supremo das tropas soviéticas, assinaram em Berlim a ata final de rendição, que iria entrar em vigor à meia-noite.
Cientes dos hábitos ferinos dos figurões alemães, que veem tratados e acordos como letra morta, não temos razões para crer apenas em suas palavras. Porém, desde hoje de manhã, as tropas alemãs, em cumprimento à ata de rendição, começaram em massa a depor armas e se entregar a nossas tropas. Isso não é mais letra morta, mas uma capitulação autêntica das forças armadas da Alemanha. É verdade que um grupo de tropas alemãs nos arredores da Tchecoslováquia continua resistindo a se render. Mas espero que o Exército Vermelho consiga lhe impor a realidade.
Agora podemos com toda razão declarar que chegou o dia histórico da derrota final da Alemanha, o dia da grande vitória de nosso povo sobre o imperialismo alemão.
Os grandes sacrifícios que fizemos em nome da liberdade e independência de nossa Pátria, as incontáveis privações e sofrimentos por que passou nosso povo durante a guerra, o intenso trabalho no front e na retaguarda consagrado no altar da Pátria, não ficaram por menos e culminaram na vitória total sobre o inimigo. A luta secular dos povos eslavos por sua existência e independência terminou na vitória sobre os agressores alemães e sua tirania.
Doravante sobre a Europa tremulará a grande bandeira da liberdade dos povos e da paz entre eles.
Três anos atrás Hitler declarou publicamente que entre suas tarefas estava desmembrar a União Soviética e arrancar dela o Cáucaso, a Ucrânia, a Bielo-Rússia, os Bálticos e outras regiões. Ele disse claramente: “Destruiremos a Rússia de forma que nunca mais possa se reerguer”. Isso faz três anos. Mas as ideias malucas de Hitler não tinham como se realizar, e o curso da guerra as reduziu a pó. Na prática ocorreu algo claramente contrário aos delírios dos hitleristas: a Alemanha sofreu uma derrota completa. As tropas alemãs estão capitulando, e a União Soviética celebrando a vitória, embora não tencione nem desmembrar, nem destruir a Alemanha.
Camaradas! A Grande Guerra Patriótica terminou com nossa vitória total. Acabou a época da guerra na Europa, começou um tempo de evolução pacífica.
Parabéns pela vitória, meus caros e caras compatriotas!
Glória a nosso heroico Exército Vermelho, que defendeu a independência de nossa Pátria e alcançou a vitória sobre o inimigo!
Glória a nosso grande povo, o povo vencedor!
Glória eterna aos heróis que pereceram combatendo o inimigo e consagraram sua vida pela liberdade e felicidade de nosso povo! -
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Maracatu Estrela Brilhante
Tracklist:
00:00 Cheguei, meu povo
03:22 Horizonte
06:52 Costa velha
10:38 Morô omim má
13:36 Clementina de Jesus no Morro da Conceição – delírios da ressurreição
18:50 Dança Rainha
22:48 Evolução de bateria
22:25 Levante a bandeira
33:28 Nossos tambores
40:54 Obachirê
43:22 Vovó
48:21 Toque o gonguê
52:44 Brilhou -
Maracatu: evolução de bateria (Estrela Brilhante)
As batidas ritimadas de nossa alma 3