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Jornalista (preferencialmente digital), educador (preferencialmente digital), trabalhando para tornar o mundo um lugar melhor

O Macaco Elétrico @PauloSilvestre

    • Negócios

Jornalista (preferencialmente digital), educador (preferencialmente digital), trabalhando para tornar o mundo um lugar melhor

    IA pode deixar o mundo mais seguro e perigoso

    IA pode deixar o mundo mais seguro e perigoso

    Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊
    Como de qualquer ferramenta, os resultados da inteligência artificial dependem das ações de quem a utiliza. Quem faz usos positivos dela produz bons frutos. Já os de má índole podem causar danos profundos.

    Com seu poder disruptivo, essas consequências podem ser críticas! Esse foi o tema de um dos principais painéis do Web Summit Rio, um dos mais importantes eventos globais de tecnologia, mídia e inovação, que aconteceu no Rio de Janeiro, de terça a quinta da semana passada.

    Um dos problemas deriva de a IA oferecer mecanismos para se alterar a realidade ou criar mentiras convincentes. Isso abre muitas possibilidade de golpes, ameaçando indivíduos, empresas e sociedades inteiras, como no caso de eleições. “Se a confiança for perdida, ficará muito difícil continuar inovando em coisas boas na IA”, disse no painel o estoniano Kaarel Kotkas, CEO da empresa de segurança Veriff.

    Felizmente a mesma IA oferece recursos para combater essas ameaças. “A gente precisa pensar que seremos cada vez mais uma sociedade baseada em tecnologia”, me disse no evento Cesar Gon, CEO da empresa de tecnologia CI&T. “É importante acompanhar para onde a tecnologia vai e criar limites, mas garantindo que a ciência e a tecnologia continuem evoluindo para resolver os problemas humanos”, explicou, ressaltando que a IA deve sempre estar alinhada com os interesses da sociedade.

    Diante de tanto poder computacional, chega a ser irônico que a maioria dos golpes não envolva invasão de sistemas. O elo mais frágil na segurança continua sendo o ser humano, enganado para que repasse informações pessoais (como senhas) ou realize ações prejudiciais. O que muda nessa engenharia social com a IA é que os procedimentos para confundir as pessoas se tornam mais convincentes, difíceis de se identificar, e agora atingem muita gente, para aumentar a chance de fazerem suas vítimas.

    Como podemos nos proteger disso tudo? É sobre isso que falo nesse episódio.

    E você, como usa a IA com segurança e produtividade?

    • 9 min
    IA pode atrapalhar seu sonho profissional

    IA pode atrapalhar seu sonho profissional

    Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊
    Você já pensou que, mais que aumento do desemprego, a inteligência artificial pode levar a uma crise de identidade?

    Não é catastrofismo!

    A enorme visibilidade em torno da IA desde que o ChatGPT foi lançado reacendeu o velho temor de que, em algum momento, perderemos os nossos empregos para as máquinas. Mas para o futurista em IA Zack Kass, a tecnologia pode provocar outras mudanças no mundo do trabalho, que podem levar a essas crises de identidade.

    Kass, um dos primeiros profissionais da OpenAI (criadora do ChatGPT), onde atuou por 14 anos, acredita que as pessoas continuarão trabalhando. Mas em muitos casos, elas não poderão fazer o que gostam ou no que foram formadas, porque a função será realizada por um robô. E aí nasce o problema!

    “Nós conectamos intrinsicamente nossa identidade de trabalho à nossa identidade pessoal”, explica o executivo, que esteve no Brasil na semana passada para participar do VTEX Day, um dos maiores eventos de e-commerce do mundo. Segundo ele, mesmo que as necessidades das pessoas sejam atendidas, não poderem trabalhar com o que desejam pode lhes causar fortes reações. “Esse é meu maior medo”, disse.

    Se nada for feito, essa previsão sombria pode mesmo se concretizar. Diante dessa perspectiva, os profissionais experientes e os recém-formados devem fazer os movimentos certos para não ficarem desempregados ou para não serem jogados nessa crise profissional e de identidade, o que seria ainda mais grave.

    Mas quais são esses movimentos? Como podemos nos proteger? Qual o papel das empresas desenvolvedoras e até dos governos? É sobre isso que falo nesse episódio.

    • 8 min
    Como a IA pode ajudar a aprender

    Como a IA pode ajudar a aprender

    Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊
    Como a inteligência artificial pode contribuir para o engajamento de alunos com o que aprendem?
    Uma métrica eficiente para se identificar uma boa aula é medir o quanto os estudantes falam nela sobre o conteúdo. Quando interagem, os alunos aprendem melhor. Agora a inteligência artificial pode ajudar professores a envolverem mais suas turmas.

    Ser professor pode ser uma tarefa solitária. Fora dos centros de excelência, os docentes costumam criar seus planos de ensino com apoio mínimo, e ministram suas aulas sem uma avaliação contínua, com a qual poderiam aprimorar o processo.

    Não é uma tarefa fácil. Produzir esse tipo de análise exige recursos que as escolas normalmente não têm. Além disso, se essa informação vazasse, o monitoramento de aulas poderia municiar membros de uma parcela da sociedade que decidiu perseguir professores explicitamente nos últimos anos.

    Diante disso tudo, a IA surge como uma poderosa aliada pedagógica. Se bem usada, ela pode acompanhar as aulas do professor e lhe oferecer o apoio necessário de maneira eficiente e segura. Pode ainda atuar como um supervisor educacional para os docentes e como um tutor permanentemente disponível aos alunos.

    Como tudo que se refere à inteligência artificial, soluções que parecem mágicas precisam ser bem compreendidas para que aparentes milagres não se tornem pesadelos. O robô pode mesmo oferecer grandes vantagens educacionais, mas ele não pode, de forma alguma, substituir o professor, como alguns poderiam pensar.

    Qual o caminho para se conseguir esse bom uso? É sobre isso que falo nesse episódio.

    E você, tem sugestões sobre como usar a tecnologia digital de maneira positiva na educação?

    • 8 min
    Inteligência coletiva entre pessoas e máquinas

    Inteligência coletiva entre pessoas e máquinas

    Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊
    A cada dia, surgem mais aplicações com inteligência artificial. O ChatGPT mostrou para as massas como essa tecnologia pode trazer grandes ganhos, e isso ciou uma sensação de que a IA automatizará tudo. Mas isso não é verdade: o ser humano ainda precisa supervisionar seu aprendizado e suas conclusões. Ainda assim, a colaboração inteligente entre máquinas e pessoas pode tornar possível coisas até então inimagináveis.

    Esses foram alguns dos principais temas da conferência Gartner Data & Analytics, que aconteceu em São Paulo na terça e na quarta. Na palestra de abertura, Aura Popa, diretora-sênior, e Kurt Schlegel, vice-presidente da consultoria, fizeram uma analogia entre a inteligência coletiva do mundo animal e o que podemos fazer junto com a inteligência artificial.

    Esse fenômeno se observa desde enxames de abelhas até matilhas de lobos. Nelas, cada indivíduo tem autonomia em suas decisões, mas também trabalha para o grupo. Dessa maneira, não apenas sobrevive, como também prospera, atingindo coletivamente ganhos que não conseguiria sozinho.

    A inteligência artificial funcionaria como um facilitador para as pessoas criarem valores inéditos juntas. Mas, para isso, as empresas precisam reorganizar seus modelos operacionais para dar autonomia e flexibilidade aos profissionais. Devem também ampliar sua educação para usos conscientes dos dados e da IA. Por fim, precisam distribuir autoridade e responsabilidade para que todos atuem com um propósito bem definido, em todos os níveis da organização.

    É uma proposta interessante, neste momento em que ainda tateamos a IA para encontrar boas formas de usá-la. Na conferência, ficou claro que não se deve delegar decisões críticas completamente à máquina, pois ela pode cometer erros graves. Fazer isso também aceleraria o temor generalizado de termos nossos empregos substituídos por robôs.

    Você sabe como criar essa inteligência coletiva com o apoio da IA? É sobre isso que falo nesse episódio. E como vem usando essa tecnologia?

    • 8 min
    As guerras do futuro (ou do presente?)

    As guerras do futuro (ou do presente?)

    Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊
    Como a inteligência artificial pode alterar o próprio conceito das guerras?

    Para mim, elas representam a falência da humanidade. Quando governos recorrem a armas para impor pontos de vista ou obter ganhos às custas de incontáveis vidas humanas e enorme destruição, algo dramaticamente deu errado, partindo para a força.

    A tecnologia vem abrindo novos caminhos para a guerra, em que as armas dividem seu protagonismo com o mundo digital.

    Talvez cheguemos a um cenário em que se vença um conflito sem que nenhum tiro seja disparado, o que não quer dizer que não mais existirão prejuízos e sofrimento. Ainda não estamos lá, mas a brutal invasão russa na Ucrânia fez dos dois anos desse teatro de guerra um campo de testes tecnológicos de drones, novos materiais e inteligência artificial para fins militares, que estão transformando o conceito da guerra.

    Ela sempre esteve associada à ciência, para o desenvolvimento de melhores estratégias e armamentos. Grandes avanços para a humanidade também se derivaram disso, como a penicilina e até os fornos de micro-ondas.

    Agora a Ucrânia vivencia uma guerra de algoritmos, inteligência artificial e satélites. O desconhecido se torna claro, previsível e muitas vezes evitável. Por outro lado, tropas e civis se tornam mais vulneráveis. Generais criam assim suas estratégias com o apoio de algoritmos preditivos e de armas que cumprem “suas missões” sozinhas.

    Mas então por que o conflito da Ucrânia chegou a um impasse, sem conclusão aparente? Por que as cidades seguem sendo destruídas e as pessoas continuam sendo mortas? É sobre isso e sobre o papel da tecnologia digital que falo nesse episódio.

    Como se pode ver, nesse videogame, ninguém tem vida extra.

    • 9 min
    Regulamentando a IA do jeito certo

    Regulamentando a IA do jeito certo

    Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊
    A Europa resolveu organizar a inteligência artificial! Será que vai dar certo?

    O Parlamento Europeu aprovou na quarta a Lei da Inteligência Artificial, legislação pioneira que visa proteger a democracia, o meio ambiente e os direitos fundamentais, enquanto promove o desenvolvimento dessa tecnologia.

    As novas regras, que entrarão em vigor ao longo de dois anos, estabelecem obrigações para desenvolvedores, autoridades e usuários da IA, de acordo com potenciais riscos e impacto de cada aplicação.

    Na semana anterior, a Europa já havia aprovado uma lei que regula a atuação das gigantes da tecnologia, favorecendo a competição. Tudo isso consolida a vanguarda do continente na organização do uso do mundo digital para proteger e beneficiar a sociedade, inspirando leis pelo mundo. O maior exemplo é a GDPR, para proteção de dados, que no Brasil inspirou a LGPD, nossa Lei Geral de Proteção de Dados.

    Legislações assim se tornam necessárias à medida que a digitalização ocupa espaço central na vida, transformando profundamente a sociedade. Isso acontece desde o surgimento da Internet comercial, na década de 1990. De lá para cá, cresceu com as redes sociais, os smartphones e agora com a inteligência artificial.

    O grande debate em torno dessas regras é se elas podem prejudicar a sociedade, ao atrapalhar o desenvolvimento tecnológico. A preocupação é legítima, mas ganha uma dimensão muito maior que a real por influência dessas empresas, que se tornaram impérios por atuarem quase sem regras até agora, e gostariam de continuar assim.

    Infelizmente essas big techs abusaram dessa liberdade, sufocando a concorrência e criando recursos que, na prática, podem prejudicar severamente seus usuários. Portanto, essas leis não devem ser vistas como ameaças à inovação (que continuará existindo), e sim como necessárias orientações sociais para o uso da tecnologia.

    Para saber mais como funciona a nova lei europeia, ouça esse episódio. E depois conte para nós aqui o que acha de regulamentações de tecnologias.

    • 9 min

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