PAPO DOC Paulo Taman

“Estamos conectados, ponto a ponto, formando a grande teia da vida.”

Barbante, prego e martelo. Esses são os materiais usados pelo artista Felipe Pelikian para produzir suas obras de arte. No episódio 7 da série Papo Doc, Felipe conta sobre como chegou ao seu estilo e explica como o seu trabalho, Teia Urbana, traça um paralelo com a forma como vivemos em sociedade.

“Isso é uma mentira: ‘Somos Todos iguais’. Não somos todos iguais. Se fôssemos iguais, não aconteceriam tantas coisas horríveis com a maior parte da população negra, indígena e pobre.” Com essa análise incisiva, Crica Monteiro inicia o episódio 6 da série Papo Doc que tem como tema o racismo estrutural e seus terríveis efeitos. Criadora de tantas mulheres negras retratadas em obras cheias de cor e alegria, a artista visual faz do seu trabalho um meio de defesa da representatividade de seu povo e usa sua fala para causar reflexão sobre questões absolutamente necessárias.

"Eu falo para os colegas artistas: quem quer pintar, tem que viver de arte, tem que ser uma profissão." 

Para o artista visual, fazer da sua arte uma profissão é desafio duro. Luan Ribeiróvski faz parte de um reduzido e privilegiado grupo que tem conseguido. No episódio 5 da série Papo Doc, ele desromantiza o papo sobre arte e dinheiro e reflete sobre dificuldades, obstáculos e estratégias que os artistas de graffiti podem ter nessa difícil empreitada.

"A autossabotagem acompanha quem trabalha com arte."

Em uma conversa franca, o artista Felipe Bit joga a real: "A síndrome do impostor está sempre colada em nós, artistas". O episódio 4 da série Papo Doc traz à tona temas difíceis quando o assunto é viver de arte. Identidade, prestígio social, dificuldades emocionais... Que artista nunca se viu descrente sobre o próprio talento? Que artista nunca desvalorizou o próprio trabalho nessa sociedade de conceitos deturpados sobre o que é sucesso e o que é fracasso?

"Por que para a mulher é sempre tão complicado?", questiona a artista, que tem a figura feminina como foco central do seu trabalho. Em meio a este e outros pensamentos contundentes e necessários, Karine nos convida a refletirmos sobre arte e feminismo.

"Eu sou um homem trans gay. Hoje eu sei quem eu sou."

Hoje reconhecido e prestigiado no meio do graffiti, o artista Kuêio, no segundo episódio da série Papo Doc, nos inspira a pensar não só sobre arte, mas sobre transexualidade, autoaceitação, identidade de gênero, acolhimento e respeito.