Brasileiríssimo Mariana Artusi
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- History
O podcast Brasileiríssimo propõe trazer debates historiográficos de temas variados referentes à História do Brasil.
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#3 Desvalorização dos professores e destituição da participação nas decisões políticas
Nesse episódio, abordamos a desvalorização dos professores e destituição da participação nas deliberações políticas educacionais, a partir da análise do artigo "Imprescindíveis e silenciados: desvalorização dos professores e destituição da participação nas decisões políticas", de Áurea de Carvalho Costa e Robson da Silva Rodrigues, publicado na Revista USP em 2020. Para este debate, convidamos o Prof. Paulo José das Neves. Paulo é professor da rede pública estadual e municipal de São Paulo e secretário de formação adjunta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP).
Roteiro:
Gisele de Oliveira Bezerra.
Voz:
Gisele de Oliveira Bezerra.
Entrevistado:
Prof. Paulo José das Neves
Edição:
Mariana Utunomiya Artusi
Material de referência e indicações de aprofundamento:
COSTA, Áurea de C.; RODRIGUES, R. da S. Imprescindíveis e silenciados: desvalorização dos professores e destituição da participação nas decisões políticas. Revista USP, 2020, (127), 41-52.
SAVIANI, D. Escola e democracia. 40.ed. Campinas: Autores Associado, 2008.
Esse trabalho foi produzido no âmbito da disciplina Políticas Educacionais: O. E. Brasileira da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas/UNICAMP, ministrada pelo Prof. Dr. Evaldo Piolli. -
#02 Insurreições Liberais do Nordeste - Um Novo Olhar
Exploramos nesse episódio um pouco sobre a historiografia das classes subalternas, a partir da vivência e pesquisas do professor Marcus Joaquim Maciel de Carvalho. Iniciamos nossa entrevista indagando o professor sobre suas influências intelectuais e metodologias que levaram-no a seguir a linha da "história vinda de baixo", uma historiografia social. Assim pudemos então adentrar em um debate sobre as classes subalternas na região de Pernambuco, abordando o papel de pretos livres e escravos nas revoluções pernambucanas, a política indigenista da região e até mesmo realizando um paralelo com a obra de um historiador da conjuntura baiana, João José Reis, no capítulo “O jogo duro do 2 de julho: O partido negro na independência da Bahia” do livro de Reis e Eduardo Silva, “Negociação e conflito: a resistência negra no Brasil escravista”.
Roteiro:
Gisele de Oliveira Bezerra, Dara Monteiro Ramos.
Voz:
Dara Monteiro Ramos, Mariana Utunomiya Artusi.
Entrevistado:
Prof. Dr. Marcus Joaquim Maciel de Carvalho.
Direção e edição técnica:
Mariana Utunomiya Artusi.
Material de referência e indicações de aprofundamento:
CARVALHO, M. J. M. O outro lado da Independência: Quilombolas, negros e pardos em Pernambuco (Brazil), 1817-23. Luso-Brazilian Review, University of Wisconsin Press, v. 43, n.1, p. 1-30, 2006.
MATTOS, Hebe Maria. Escravidão e cidadania no Brasil monárquico. Rio de Janeiro: Zahar, 2000.
REIS, João José. “O jogo duro do 2 de julho: O partido negro na independência da Bahia”. in: REIS, J J & SILVA, Eduardo. Negociação e conflito: a resistência negra no Brasil escravista. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, pp. 79-98.
Legenda da imagem da capa:
MEIRELLES, Victor. Batalha dos Guararapes. 1875-1879. Pintura à óleo, 500 cm x 925 cm.
Esse trabalho foi produzido no âmbito da disciplina História do Brasil II, do curso de História da Universidade Estadual de Campinas/UNICAMP, ministrada pelo Prof. Dr. Ricardo Figueiredo Pirola, no segundo semestre de 2020. -
#01 Valas Clandestinas na Ditadura Militar Brasileira
Estudar a ditadura militar é sempre trabalho complexo. Enquanto para alguns ela representa um tema doloroso, para outros, ela deveria ser suavizada e até silenciada. O objetivo de nosso trabalho é abordar um dos aspectos da repressão existente naquele período, as valas clandestinas. Para tanto, buscaremos uma possibilidade analítica na Arqueologia da Repressão e da Resistência, debateremos o que foram as valas e como elas se constituíram com o Professor Doutor Pedro Paulo Funari e finalizaremos realizando uma discussão sobre a especificidade do gênero nessa questão, trazendo relatos de mulheres vítimas desse sistema opressivo. Esperamos contribuir para tal campo de estudos tanto no sentido de situar a problemática, quanto dando voz a sujeitos historicamente silenciados.
Roteiro e vozes:
Augusto Antônio de Assis, Leonardo Gomes Spina, Mariana Utunomiya Artusi
Leitura dos relatos:
Akemi Mogami, Ana Julia Bacce Kuhl, Gisele de Oliveira Bezerra, Julia Santos Souza, Julia Magri, Marina de Albuquerque
Entrevistado:
Prof. Dr. Pedro Paulo Funari
Direção e edição técnica:
Mariana Utunomiya Artusi
Material de referência e indicações de aprofundamento:
BARETTA, Jocyane R. Arqueologia da repressão e da resistência e suas contribuições na construção de memórias. Revista Arqueologia Pública, vol. 8, n. 2[10], 76-89, 2015.
BARETTA, Jocyane R. Por uma arqueologia feminista na ditadura militar no Brasil (1964-1985). Revista de Arqueologia, vol. 30, n. 2, 2017.
BARROSO, Eloísa P.; LONGO, Clerismar A. Mulheres que foram à luta: relações de gênero e violência na ditadura civil militar brasileira (1964-1985). Revista Territórios & Fronteiras, Cuiabá, vol. 10, n. 2, ago.-dez., 2017.
BRASIL. Comissão Nacional da Verdade. Mortos e desaparecidos políticos / Comissão Nacional da Verdade. Brasília: CNV, 2013-2014.
CARDOSO, Ítalo; BERNARDES, Laura (organizadores). Vala clandestina de Perus: desaparecidos políticos, um capítulo não encerrado da história brasileira. São Paulo: Ed. do Autor, 2012.
FUNARI, Pedro Paulo A.; ZARANKIN, Andres; REIS, Jose Alberioni dos (organizadores). Arqueologia da repressão e da resistência na America Latina na era das ditaduras: (décadas de 1960-1980). São Paulo: Annablume/Fapesp, 2008.
LEMOS, C. M. Construindo “memórias materiais” da ditadura militar: a arqueologia da repressão e da resistência no Brasil. Revista de Arqueologia, v. 29, n. 2, p. 68-80, 31 dez. 2016.
MERLINO, Tatiana; OJEDA, Igor. Direito à memória e à verdade: Luta, substantivo feminino. São Paulo: Editora Caros Amigos, 2010.
Legenda da imagem da capa:
Funcionários da prefeitura colocam em sacos plásticos ossadas encontradas em uma vala do cemitério Dom Bosco em Perus, São Paulo (04/09/1990). Foto: Itamar Miranda/Estadão Conteúdo/Arquivo.
Esse trabalho foi produzido no âmbito da disciplina História do Brasil IV, do curso de História, da Universidade Estadual de Campinas/UNICAMP, ministrada pela Profa. Dra. Luana Saturnino Tvardovskas, no segundo semestre de 2020.