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Elza Soares, a inimiga do medo Passagens

    • Documentary

Elza Soares é o resultado de uma equação que se constrói há quase nove décadas, com elementos fortes como audácia, coragem e talento. Nascida na Vila Vintém, antiga favela da Moça Bonita, e criada num cortiço no bairro da Água Santa, enfrentou racismo, machismo, a repressão militar e a miséria. Fez de tudo instrumento de luta e segue sem medo, em busca de eco para seu grito. "Quando canto, sinto um desabafo, sinto que estou pedindo socorro. Eu continuo pedindo socorro, pedindo ajuda, apoio ao povo", diz uma Elza que faz de seu canto um esplendor da resistência.

Nesta entrevista, a artista, que prefere não falar sobre idade ("Eu não tenho idade, eu existo", disse brincando), faz um balanço do papel da música em sua vida, dos desafios que vive o Brasil e o papel da arte no enfrentamento. Das muitas cicatrizes, a mulher que foi obrigada a se casar aos 11 anos e perdeu quatro filhos precocemente, hoje encara a dor como parte de seu ser, inclusive as feridas mais profundas, como a do racismo. "O racismo é uma ferida que não cicatriza nunca. Se cicatrizar pode me transformar em outra pessoa, e não sei se eu vou gostar dessa pessoa", afirma.


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Elza Soares é o resultado de uma equação que se constrói há quase nove décadas, com elementos fortes como audácia, coragem e talento. Nascida na Vila Vintém, antiga favela da Moça Bonita, e criada num cortiço no bairro da Água Santa, enfrentou racismo, machismo, a repressão militar e a miséria. Fez de tudo instrumento de luta e segue sem medo, em busca de eco para seu grito. "Quando canto, sinto um desabafo, sinto que estou pedindo socorro. Eu continuo pedindo socorro, pedindo ajuda, apoio ao povo", diz uma Elza que faz de seu canto um esplendor da resistência.

Nesta entrevista, a artista, que prefere não falar sobre idade ("Eu não tenho idade, eu existo", disse brincando), faz um balanço do papel da música em sua vida, dos desafios que vive o Brasil e o papel da arte no enfrentamento. Das muitas cicatrizes, a mulher que foi obrigada a se casar aos 11 anos e perdeu quatro filhos precocemente, hoje encara a dor como parte de seu ser, inclusive as feridas mais profundas, como a do racismo. "O racismo é uma ferida que não cicatriza nunca. Se cicatrizar pode me transformar em outra pessoa, e não sei se eu vou gostar dessa pessoa", afirma.


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