F1 Além da Pista F1 Além da Pista

Muita gente pensa que gostar de Fórmula 1 é sobre carros potentes, análise estratégica, conhecimentos sobre a rebimboca da parafuseta, dinheiro, política, pilotos, fama, gente poderosa, requinte, glamour, viagens, fofoca ou objetificação de pilotos. Ok, pode ser sobre um desses pontos ou sobre todos juntos. Não existe um único motivo para se gostar de algo e não existe uma única forma de apreciar a Fórmula 1 enquanto espetáculo.

Mas apesar de todo o fetiche tecnológico e de business, esse podcast chuta que todos, todos os que assistem a esse esporte o fazem porque ele é sobre seres humanos. Mais do que sobre octanagem do combustível, asas flexíveis, limites de pista, potência de motor e compostos de pneus, a Fórmula 1 é sobre a história de pessoas com ambições e sentimentos confusos.

Como todos nós.

Como o GP da Rússia de 2021 deixou claro, somos fascinados por histórias de pessoas. De um jovem piloto que sabe que é bom, que estava muito perto de alcançar pela primeira vez algo que queria muito, talvez o principal objetivo da sua vida, quando foi surpreendido pelo inesperado. Pela mudança repentina de condições.

E tudo aquilo pelo qual Lando Norris lutou e defendeu arduamente durante 45 voltas, se esvaiu de um segundo para o outro.

Enquanto o pilioto da McLaren saiu de Sochi certo de que seu momento ainda vai chegar, Lewis Hamilton atingiu a histórica marca de 100 vitórias. E Max Verstappen, seu oponente na briga pelo título, também colheu um segundo lugar com sabor de vitória, em um dia em que os três pilotos no pódio, completado por Carlos Sainz, tinham motivos para acreditar que saíram da Rússia num imenso lucro.

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Quando a Fórmula 1 chegou a Monza, em 1988, para o GP da Itália, os tifosi não tinham nada a ver com os problemas que levaram Prost e Senna a abandonar aquela corrida. Vestidos de vermelho, eles comemoraram uma improvável dobradinha da Ferrari na única corrida daquela temporada que não foi vencida pela McLaren.

“No dos outros, é refresco, gente”.

Esse deve ter sido mais ou menos o pensamento de Daniel Ricciardo, Lando Norris, Zak Brown, cachorro, papagaios e periquitos da McLaren na bandeirada do GP da Itália de 2021. Eles não tinham nada a ver com as tretas de Lewis Hamilton e Max Verstappen, com a punição pela troca de componentes na unidade de potência de Bottas ou com o gancho de 5 segundos de Sérgio Perez por cortar caminho.

No dos outros é refresco.

E, por mais que tenha sido circunstancial e relacionada a características específicas da pista de Monza, foi uma vitória bonita de ver. Fruto de uma ótima largada de Ricciardo, que pôde controlar o ritmo, o triunfo foi, na verdade, a primeira dobradinha da McLaren desde 2010.

Do tapinha de Ricciardo no popô do chefe Zak Brown a um malandro Lando Norris que preferiu o segundo lugar para reforçar sua base de apoio na equipe, os sorrisos mclaristas relaxaram um ambiente que anda muito carregado na Fórmula 1.

Porque Lewis Hamilton e Max Verstappen, os aspirantes a campeão de 2021, seguem sem querer ceder um milímetro nas pistas. Continuando nessa tônica, um campeonato muito disputado pode ser decidido na sala dos comissários.

Ou no hospital.

Com certeza, o título não será decidido na guerra de palavras que também tem marcado a disputa. Mas se o posicionamento fora das pistas contasse, Hamilton teria feito os 29 pontos disponíveis no fim de semana de Monza: no tapete vermelho do MET Gala, ele seguiu entregando beleza e reflexão a respeito de onde acha que sua gente merece estar.

Quem não se posicionou bem até aqui foram a própria Fórmula 1 e FIA, que serviram, pela segunda vez, um evento desinteressante na Sprint. A certeza: só não estamos reclamando tanto do formato porque estamos entretidos com um bom campeonato.

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Era uma vez, Príncipe George, o Zoiudo, o primeiro de seu nome, que estava há anos na linha de sucessão, sem chance de assumir a coroa.

Então, quando Valtteri, o Príncipe de Gelo, é deposto, George finalmente tem a sua chance. Mas o jovem terá que batalhar politicamente com o maior comandante de todos os reinos, Sir Lewis, o Rei de Wakanda, se quiser a chance de se tornar o novo soberano da Fórmula 1.

Enquanto isso, Toto Wolff Lannister precisará de pulso firme para administrar egos em defesa dos interesses da casa Mercedes.

Nesse enredo digno de Game of Thrones, a dança das cadeiras segue a todo vapor, com anúncios há muito esperados - como a aposentadoria de Kimi Raikkonen - e outros nem tanto - como a manutenção da dupla Pierre Gasly e Yuki Tsunoda na Alphatauri.

Além de tudo, o GP da Holanda voltou a Zandvoort em grande estilo, com Max Verstappen em uma de suas exibições mais certeiras, com respostas para todas as tentativas da Mercedes e de Lewis Hamilton de tentar a vitória.

The winter is coming para a Fórmula 1. Antes que ele chegue, muita coisa ainda vai pegar fogo, como você confere em mais um episódio do nosso podcast.

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É como dizia aquele antigo reclame: "os carros são como as lanchas". Talvez seja por isso que não teve corrida em Spa Francorchamps, afinal, as lanchas não trafegam no asfalto.

O GP da Bélgica de 2021 foi uma não-corrida, com tudo o de controverso que a Fórmula 1 pode servir: três voltas de encenação e quase 4 horas de enrolação para assegurar certas vantagens comerciais.

Não correr foi o certo. O timing para essa decisão ser referendada, no entanto, foi o pior possível. O que nos leva a um recado ao fã saudoso dos anos 80 "porque os pilotos eram muito macho".

Macheza que te faz ficar sete palmos abaixo da terra é burrice.

De mais a mais, até sábado houve um evento esportivo. Onde Lando Norris teve chances concretas de marcar a pole na mítica pista de Spa Francorchamps até bater na Eau Rouge no início do Q3. Mas não mais do que George Russell, dono da pole provisória até a volta voadora de Max Verstappen, habitualmente confiante e talentoso em condições adversas como a do circuito belga.

Com uma corrida que distribuiu apenas metade dos pontos, Verstappen reduziu a distância para Lewis Hamilton no campeonato de 8 para 3 pontos. E segue para Holanda, onde estará mais uma vez em casa e onde se espera que o comportamento da torcida fique restrito ao que corresponde ao esporte.

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Silverstone e a colisão entre Lewis Hamilton e Max Verstappen ainda estavam frescos na memória quando a Fórmula 1 chegou a Budapeste para o GP da Hungria de 2021.

E os ânimos exaltados trouxeram à baila a melhor corrida do campeonato até aqui, que terminou com um vencedor inédito: o francês Esteban Ocon, da Alpine, estreou no lugar mais alto do pódio.

Enquanto isso, Bottas causou um strike na largada, Hamilton relargou sozinho do grid, caiu para último, fez um corrida de recuperação e nos levou direto para 2007 ao reviver uma batalha com Fernando Alonso no travado circuito de Hungaroring.

Enquanto Max Verstappen continuou a perder pontos no campeonato, Sebastian Vettel trouxe mensagens a favor da comunidade LGBTQIA+ e arrancou um 2º lugar que se tornou uma desclassificação após a bandeirada por uma questão técnica.

Com tudo-acontecendo-ao-mesmo-tempo-agora, há detalhes que você perdeu no GP da Hungria e que a gente discute aqui!

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Quando Lewis Hamilton e Max Verstappen - os dois postulantes ao título de 2021 na Fórmula 1 - colidem na primeira volta do GP da Grã-Bretanha, a temperatura da briga pelo campeonato aumenta.

E com esse pano de fundo, Beatriz Marcarini e Fábio Andrade dão o passo zero do F1 Além da Pista, o podcast idealizado por um cara gay e uma mulher, ambos jornalistas e apaixonados por Fórmula 1, e que têm certeza que podem, sim, falar de esporte a motor.

No episódio piloto, além de se apresentarem, Bia e Fábio analisam a colisão entra Lewis a Max, o contexto anterior à batida, a reação da Red Bull e o recrudescimento de insultos racistas direcionados ao piloto da Mercedes.

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