32 min

Lu, Lu, Lu, Neo-Ludismo… ou Rage Against the Machine – Odycast #32 Odycast

    • Technology

Odycast Episódio #32

Lululudismo ou Rage Against the Machine

Você tem raiva das máquinas? Junto com o marketing das novas tecnologias, velhas crenças enraizadas no medo do futuro e da mudança, se renovam. E talvez você faça parte dos conspiradores… ludistas.

O ludismo foi um movimento de trabalhadores ingleses no início do século XIX que se rebelaram contra a chegada das máquinas no começo da revolução Industrial. As máquinas otimizavam o trabalho e eliminaram a necessidade de braços.

Passado algum tempo, revivemos a desconfiança contra as máquinas 2.0. A discussão entre taxistas e Uber, a movimentação em direção a era das plataformas...

[Um hobby que tenho agora é olhar para os comentários deixados para os motoristas de Uber que estou aguardando… é uma forma de conhecê-los um pouquinho, e compartilhar pela brevidade da corrida, um dedo de prosa.]

Parte do que nos faz conectar socialmente é a capacidade de nos conectar emocionalmente uns com os outros. E estas conexões estão cada vez mais mediadas por plataformas como Uber, Facebook, Instagram...

Quais são as conexões pessoais que podemos fazer quando estas são curadas pelos algoritmos?

Atrás destas máquinas existem pessoas. A coalizão anti-tecnológica formada por ex-funcionários do Facebook e Google é um exemplo de como as pessoas podem criar outras reflexões a partir de suas experiências com a tecnologia. A relação constante e irrestrita com as máquinas está causando efeitos ainda pouco mapeados em nossos hábitos, afetos, saúde. Nosso corpo responde de forma diferente ao input dado pela tecnalia. Qual foi a última vez que você sentiu seu corpo vibrando como se fosse um celular em modo avião e nada havia em contato com sua pele?

Corta a cena - um menino taiwanês, em 2012, jogou Diablo 3 em um cybercafé por 40h. Ao perceber que o cliente não estava mais se movendo, um dos funcionários do lugar foi acordá-lo. O garoto se levantou, deu alguns passos e caiu desfalecido. Morreu no caminho do hospital em função de problemas cardíacos induzidos pela posição em que estava sentado por horas a fio. Não muito diferente dele, é possível que você já tenha assistido temporadas inteiras de sua série favorita no Netflix em uma única sentada. Não muito tempo atrás assistimos episódios.

Ainda sim nossa vida hoje é mais confortável, sob muitos aspectos, do que a nobreza feudal. Comemos melhor e temos acesso a uma saúde melhor do que imperadores, reis e rainhas de outras eras….

Ordem e progresso. Avanço da tecnologia. Avançar. Rage Against de Machine. A contra-cultura virou mainstream. É chique conspirar, duvidar dos dados oficiais, dos professores, do que escutamos. Vacina contra febre amarela FRACIONADA? Só pode ter algo muito errado.

A vida comum, coisas extraordinárias dentro do comum. Mas também coisas extraordinárias fora do comum. Como o portão eletrônico de nossas casas. Ou voar.

Falando em voar, não é possível que Elon Musk esteja certo.

Não é possível que realmente tenha criado um foguete, e antes disto carros elétricos, e antes disto, baterias eficientes, pensando em um sonho vermelho. Aposentar em Marte? Como isto é possível?

Não sabemos nem mesmo se a terra é redonda…

Sua terra é redonda?

De que formas o comum e o extraordinário da tecnologia tem feito sua fé em frangalhos?

O Neo-Ludismo está em todos os lugares.

Odycast Episódio #32

Lululudismo ou Rage Against the Machine

Você tem raiva das máquinas? Junto com o marketing das novas tecnologias, velhas crenças enraizadas no medo do futuro e da mudança, se renovam. E talvez você faça parte dos conspiradores… ludistas.

O ludismo foi um movimento de trabalhadores ingleses no início do século XIX que se rebelaram contra a chegada das máquinas no começo da revolução Industrial. As máquinas otimizavam o trabalho e eliminaram a necessidade de braços.

Passado algum tempo, revivemos a desconfiança contra as máquinas 2.0. A discussão entre taxistas e Uber, a movimentação em direção a era das plataformas...

[Um hobby que tenho agora é olhar para os comentários deixados para os motoristas de Uber que estou aguardando… é uma forma de conhecê-los um pouquinho, e compartilhar pela brevidade da corrida, um dedo de prosa.]

Parte do que nos faz conectar socialmente é a capacidade de nos conectar emocionalmente uns com os outros. E estas conexões estão cada vez mais mediadas por plataformas como Uber, Facebook, Instagram...

Quais são as conexões pessoais que podemos fazer quando estas são curadas pelos algoritmos?

Atrás destas máquinas existem pessoas. A coalizão anti-tecnológica formada por ex-funcionários do Facebook e Google é um exemplo de como as pessoas podem criar outras reflexões a partir de suas experiências com a tecnologia. A relação constante e irrestrita com as máquinas está causando efeitos ainda pouco mapeados em nossos hábitos, afetos, saúde. Nosso corpo responde de forma diferente ao input dado pela tecnalia. Qual foi a última vez que você sentiu seu corpo vibrando como se fosse um celular em modo avião e nada havia em contato com sua pele?

Corta a cena - um menino taiwanês, em 2012, jogou Diablo 3 em um cybercafé por 40h. Ao perceber que o cliente não estava mais se movendo, um dos funcionários do lugar foi acordá-lo. O garoto se levantou, deu alguns passos e caiu desfalecido. Morreu no caminho do hospital em função de problemas cardíacos induzidos pela posição em que estava sentado por horas a fio. Não muito diferente dele, é possível que você já tenha assistido temporadas inteiras de sua série favorita no Netflix em uma única sentada. Não muito tempo atrás assistimos episódios.

Ainda sim nossa vida hoje é mais confortável, sob muitos aspectos, do que a nobreza feudal. Comemos melhor e temos acesso a uma saúde melhor do que imperadores, reis e rainhas de outras eras….

Ordem e progresso. Avanço da tecnologia. Avançar. Rage Against de Machine. A contra-cultura virou mainstream. É chique conspirar, duvidar dos dados oficiais, dos professores, do que escutamos. Vacina contra febre amarela FRACIONADA? Só pode ter algo muito errado.

A vida comum, coisas extraordinárias dentro do comum. Mas também coisas extraordinárias fora do comum. Como o portão eletrônico de nossas casas. Ou voar.

Falando em voar, não é possível que Elon Musk esteja certo.

Não é possível que realmente tenha criado um foguete, e antes disto carros elétricos, e antes disto, baterias eficientes, pensando em um sonho vermelho. Aposentar em Marte? Como isto é possível?

Não sabemos nem mesmo se a terra é redonda…

Sua terra é redonda?

De que formas o comum e o extraordinário da tecnologia tem feito sua fé em frangalhos?

O Neo-Ludismo está em todos os lugares.

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