137 episódios

Este é um devocional diário, pois o homem não vive de pão somente, mas de toda palavra que vem da boca de Deus (Mt 4.4). Isto é, a Palavra de Deus nos sustenta todos os dias e é tão necessária para nossa saúde espiritual como o alimento é para a saúde física. Em alguns dias, você pode se ver lendo a Palavra de Deus com alegria, e em outros você pode ler mais pelo dever; porém ela é essencial todos os dias.

Devocional Verdade para a Vida Ministério Fiel

    • Religião e espiritualidades

Este é um devocional diário, pois o homem não vive de pão somente, mas de toda palavra que vem da boca de Deus (Mt 4.4). Isto é, a Palavra de Deus nos sustenta todos os dias e é tão necessária para nossa saúde espiritual como o alimento é para a saúde física. Em alguns dias, você pode se ver lendo a Palavra de Deus com alegria, e em outros você pode ler mais pelo dever; porém ela é essencial todos os dias.

    O Senhor seja convosco! - Rute 2.4

    O Senhor seja convosco! - Rute 2.4

    Eis que Boaz veio de Belém e disse aos segadores: O Senhor seja convosco! Responderam-lhe eles: O Senhor te abençoe! (Rt 2.4)
    Você pode aprender muito sobre uma pessoa pelos seus cumprimentos.
    Quando Boaz entrou em seu campo (e no livro de Rute) e cumprimentou seus trabalhadores, a profundidade de seu caráter e de seu relacionamento com Deus ficou clara.
    Boaz vivia com a consciência da presença de Deus, e isso se mostrava em sua rotina. O mesmo é verdade de muitos santos em todo o Antigo Testamento. Eles não viam separação entre o sagrado e o secular; em vez disso, toda a vida deveria ser vivida diante da face de Deus. Quando você e eu vivemos com devoção semelhante, experimentamos transformação radical e bênçãos tanto em nossas palavras quanto em nossos relacionamentos.
    Observe que, quando Boaz apareceu, ele não simplesmente soltou o nome do Senhor de maneira casual ou profana. Ele, com intenção e reverência, usou o nome de Deus em seu cumprimento, reconhecendo o lugar de autoridade e intimidade que Deus tinha em sua vida. Tal reverência restringe a superficialidade em nossa conversa e nos encoraja a buscar a bênção de Deus em todas as circunstâncias — quando nos deitamos, nos levantamos, caminhamos pela estrada ou conversamos com outras pessoas (Dt 6.7).
    Ao entrar no campo, Boaz estabeleceu o padrão para seus obreiros, abençoando-os. Seu exemplo deve provocar em nós a seguinte indagação: “Que padrão estou estabelecendo no meu local de trabalho, na minha casa, no supermercado, na minha igreja?” Se a bênção e o contentamento do Senhor fazem parte da sua vida, seja você um diretor executivo ou um estagiário, quer seu trabalho envolva contabilidade ou trocar inúmeras fraldas, você pode retribuir a bênção com bênção, apontando para ele em tudo o que faz e diz.
    Se Cristo realmente entrou em sua vida como Senhor e Salvador, sua fé deve ecoar em toda parte, em todos os momentos. Não encare o “tempo com Deus” apenas como uma reunião diária de 15 minutos, esperando que isso o sustente pelo resto do dia. Você nunca será capaz de levar os outros à presença de um Deus em cuja presença você não vive. Fale dele em sua conversa. Traga a presença e as promessas dele à mente nos pequenos triunfos e dificuldades do seu dia. Procure formar o hábito de conversar com ele durante as horas em que estiver acordado. Viva com a consciência da presença de Deus, e isso aparecerá em suas rotinas e reações.
    Somente, ó Senhor, em teu querido amor,
    Prepara-nos para o perfeito descanso no alto;
    E ajuda-nos, este e todos os dias,
    A vivermos mais perto ao orarmos.

    • 3 min
    A tapeçaria da providência de Deus - Rute 2.3-4

    A tapeçaria da providência de Deus - Rute 2.3-4

    Aprofunde sua devoção a Deus em fiel.in/devocional
    Ela se foi, chegou ao campo e apanhava após os segadores; por casualidade entrou na parte que pertencia a Boaz, o qual era da família de Elimeleque. Eis que Boaz veio de Belém. (Rt 2.3-4)
    O que muitas vezes nos parece um emaranhado de nós é apenas a visão de trás da tapeçaria que Deus está tecendo.
    Noemi e Rute experimentaram sua parcela de fios desgastados na vida. Elas chegaram a Israel viúvas e sem dinheiro — uma posição perigosa para as mulheres em uma sociedade sem lei (veja Jz 21.25). Na sociedade israelita do Antigo Testamento, a Lei permitia que os pobres entrassem nos campos e catassem (respigassem) as sobras de grãos enquanto seguiam os passos dos ceifeiros oficiais. Essa Lei foi estabelecida pelo próprio Deus e revelava seu cuidado e preocupação pelos necessitados. Mas a Lei de Deus nem sempre — poucas vezes — foi observada nesse período.
    No entanto, quando Rute resolveu ir para os campos, Deus operou através desta Lei a fim de prover tangivelmente para ela e Noemi. A decisão aparentemente mundana de Rute tornou-se uma ilustração do plano providencial de Deus para as duas mulheres — e para toda a história da Redenção!
    Rute acabou respigando na terra de Boaz, um parente distante do falecido marido de Noemi e um homem de posses e proeminência. Os antigos israelitas entendiam que a família era a unidade básica da sociedade, com os membros da família mais ampla tendo obrigações de amparar e proteger parentes que passavam dificuldade, como Noemi. Tudo isso sugere que Deus proveu generosamente para Rute e para Noemi, até mesmo de maneiras que parecem ordinárias à primeira vista.
    Na verdade, ao lermos a história de Rute, notamos que muitos de seus detalhes se desdobram como se tivesse sido por acidente. Por casualidade, Rute decidiu respigar naquele dia. Por casualidade, Noemi a encorajou a fazer isso. Por casualidade, Boaz escolheu aquele momento para colher em seu campo. Por casualidade, Rute escolheu o campo dele. Contudo, quando olhamos para a história como um todo, vemos que todas essas casualidades foram instrumentos do cuidado providencial de Deus no desdobramento de seu propósito de redenção. Afinal, da linhagem de Boaz e Rute viria o rei Davi e, um dia, o próprio Senhor Jesus Cristo — um provedor e protetor maior que também “veio de Belém”.
    Conforme Deus tecia esses fios em sua bela história de provisão, Rute e Noemi certamente pensariam parecer emaranhadas, desconectadas e desgastadas em alguns momentos. Satanás muitas vezes quer que nos concentremos em circunstâncias aparentemente confusas e desanimadoras, duvidando de Deus e de sua boa provisão. Esquecemos tão facilmente que o que parece ser uma bagunça é apenas a visão de trás da tapeçaria que Deus está tecendo. Um dia, porém, quando tivermos a chance de ver sua obra de frente, todos esses fios estranhos e escuros provarão ter sido parte do padrão glorioso dele. Hoje, lembre-se de que não existem “coincidências”, que incertezas e dificuldades são oportunidades para confiar em Deus e que, por trás de todas elas, ele está operando em seus planos para fazer prosperar o seu povo na fé e na piedade, a fim de levá-los para casa.

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    Devocional Verdade para a vida, por Alistair Begg | Editora Fiel.
    Conteúdo oferecido em parceria entre Truth For Life e Ministério Fiel.Aprofunde sua devoção a Deus em fiel.in/devocional
    Ela se foi, chegou ao campo e apanhava após os segadores; por casualidade entrou na parte que pertencia a Boaz, o qual era da família de Elimeleque. Eis que Boaz veio de Belém. (Rt 2.3-4)
    O que muitas vezes nos parece um emaranhado de nós é apenas a visão de trás da tapeçaria que Deus está tecendo.
    Noemi e Rute experimentaram sua parcela de fios desgastados na vida. Elas chegaram a Israel viúvas e sem dinheiro — uma posição perigosa para as mulheres em uma sociedade sem lei (veja Jz 21.25). Na sociedad

    • 4 min
    Levante-se e aja - Rute 2.2

    Levante-se e aja - Rute 2.2

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    Rute, a moabita, disse a Noemi: Deixa-me ir ao campo, e apanharei espigas atrás daquele que mo favorecer. (Rt 2.2)
    Você já começou o dia deitado na cama pensando em tudo o que está à sua frente e ao seu redor? Você se sente sobrecarregado com os desafios do dia seguinte ou desapontado com a rotina?
    Ao acordar naqueles primeiros dias de sua nova vida em Belém, Rute provavelmente teve de tirar um momento para se lembrar de onde estava e de tudo o que havia acontecido: Meu marido morreu. Agora estou morando com minha sogra, também viúva, em uma terra estrangeira. Sei que tomei a decisão de partir, mas espero ter feito a coisa certa. E agora?
    Rute não ficou sentada esperando por alguma intervenção milagrosa antes de prosseguir com sua vida. Não: para ela, o bom senso a levou a pensar cuidadosamente, e pensar cuidadosamente a levou a uma ação prática. Rute sabia que ela e Noemi precisavam de provisões, e percebeu que era capaz de trabalhar. Ela, portanto, procurou o conselho de Noemi e sua aprovação antes de sair para os campos para trabalhar e encontrar comida.
    O senso comum não significa que confiamos em nossas próprias percepções ou habilidades. Devemos confiar em Deus e buscá-lo. Mas também devemos usar as capacidades que ele nos deu para viver uma vida sensata, de acordo com sua vontade. Devemos estar preparados para fazer o que pudermos e deixar o resto aos cuidados de Deus. Não confunda passividade com piedade. Antes, por sua atitude e ações, Rute nos ensina que tudo o que Deus provê — cada oportunidade de obter o que precisamos — é uma misericórdia e favor imerecidos do Doador de toda boa e perfeita dádiva (Tg 1.17).
    À medida que nos levantamos e agimos, podemos confiar que Deus não está ocioso. Ele está fazendo tudo de acordo com sua vontade (Rm 8.28), não como um pacote que desce do céu em uma corda, mas como um pergaminho que se desenrola a cada dia, conforme vivemos nossa vida. Seu favor nas coisas comuns da vida nos mantém marchando por mais um dia. Seu dia pode não parecer emocionante ou glorioso. Você pode não ter certeza de como superará o que o confronta. Mas é o dia que Deus lhe deu, e ele dará tudo de que você precisa para fazer tudo o que ele o chama a fazer.
    Você, como Rute, vai se levantar e seguir com esta vida, que lhe foi dada, e viver para Deus e a glória dele?

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    Devocional Verdade para a vida, por Alistair Begg | Editora Fiel.
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    • 3 min
    Uma teologia do luto - Rute 1.20-21

    Uma teologia do luto - Rute 1.20-21

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    Não me chamem de Noemi, mas de Mara, porque o Todo-Poderoso me deu muita amargura. Quando saí daqui, eu era plena, mas o Senhor me fez voltar vazia. (Rt 1.20-21)
    Quando Noemi retornou a Belém, deixando os túmulos de seu marido e filhos em Moabe, podemos apenas imaginar a dor e o sofrimento que ela experimentou ao voltar para lugares e rostos familiares. Que pensamentos e memórias teriam surgido? Ah, aquela é a Sra. Fulana de Tal, e aqueles devem ser seus filhos. Olha como eles cresceram! É aqui que eu costumava trazer os meninos. Este é o lugar onde Elimeleque e eu costumávamos caminhar…
    Quando a amargura sobre sua situação se instalou, Noemi, cujo nome significa “agradável”, decidiu que um nome mais adequado para si mesma era Mara, que significa “amarga”. Ela não tentou colocar os desafios da vida de lado e convencer a todos de que estava tudo bem. Fazer isso teria sido menos do que honesto — uma traição à teologia que sustenta sua fé em meio ao que o escritor de hinos William Cowper chamou de “uma providência carrancuda”.
    A situação de Noemi fala do fato de que, mesmo para o povo de Deus, certas dores na vida parecerão insuportáveis, algumas circunstâncias parecerão injustas e algumas perguntas permanecerão sem resposta. Sua resposta levanta uma questão: o que faremos quando o luto atingir nossa própria vida? A realidade do sofrimento é um problema para o cristão, mas não é um problema menor para todas as outras pessoas. Todos precisam lutar com o problema da dor. Um ateu não pode fazê-lo satisfatoriamente, porque, se não há Deus, simplesmente vivemos em um universo de acaso, onde as coisas simplesmente desmoronam. Mas o cristão pode perguntar — na verdade, devemos perguntar — assim: “Onde está Deus no meio disso?”
    A expressão honesta de emoção de Noemi condiz com sua teologia. Ela não atribui tudo o que aconteceu ao acaso, mas reconhece a mão de Deus em ação. Ela declara que Deus está bem no meio de sua dor; ela o chama de Shaddai, “Todo-Poderoso”, o Deus providente e protetor. O que significa Shaddai? É a característica de Deus que significa que suas melhores respostas vêm em nossas piores circunstâncias. Noemi passou por fome, perda, tristeza, dúvidas e despedidas — mas, por conhecer a Deus como Shaddai, ela poderia deixar a explicação e a responsabilidade por tais provações amargas com ele.
    Para onde você vai quando as ondas batem, quando as rodas saem da estrada, quando tudo dá errado? Deve ser do seu conhecimento sobre quem Deus é e como ele lida com o seu povo. Esta é uma base segura sobre a qual se apoiar. Para onde mais podemos ir?
    Quando Noemi deixou Belém, havia fome. Quando ela voltou, houve colheita. Através das nuvens de tristeza, a luz da esperança começou a brilhar, conforme o palco foi sendo montado, para que Deus providenciasse abundantemente para Noemi e para Rute. Quando Deus está operando, até mesmo a desesperança pode ser a porta de entrada para novos começos e novas oportunidades. Um dia ele dissipará toda a escuridão. Deus é seu Shaddai. Em que parte da sua vida você precisa ouvir isso hoje? E quem ao seu redor precisa que você lhe compartilhe isso?

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    • 4 min
    O Deus do ordinário - Rute 1.22

    O Deus do ordinário - Rute 1.22

    Aprofunde sua devoção a Deus em fiel.in/devocional
    Assim, voltou Noemi da terra de Moabe, com Rute, sua nora, a moabita; e chegaram a Belém no princípio da sega da cevada. (Rt 1.22)
    Em uma manhã qualquer, enquanto você lê, assiste ou ouve as notícias, já se pegou pensando que é muito pequeno? Você já se perguntou: “Deus realmente sabe quem eu sou ou onde estou? Que interesse ele, o Criador de tudo, teria em mim?”
    Você e eu somos bastante ordinários — e podemos facilmente acreditar que “ordinário” equivale a “não tem utilidade”. No entanto, a história de Rute e Noemi revela algo diferente. Nela, descobrimos a mão soberana e providencial de Deus operando nas rotinas da vida e através destas. Ele sabe e ele cuida; ele sustenta e ele provê.
    O livro do relato de Rute sobre a provisão e o cuidado de Deus começa com um erro. Elimeleque tomou a decisão infeliz de deixar a Belém faminta pela próspera Moabe com sua esposa Noemi e seus dois filhos — mas ele e seus filhos morreram lá.
    Quer o motivo de Elimeleque tenha sido desespero, descontentamento ou desconfiança, a Escritura ilustra, através de sua escolha, que nossa tolice não pode deixar de lado a providência de Deus. Mesmo quando respondemos às circunstâncias com o espírito errado — quando figuradamente nos retiramos da terra da promessa de Deus —, ele ainda pode cumprir seus propósitos. Quando somos tentados a temer que Deus tenha negligenciado nossa vida por causa de nossos erros, podemos descansar em sua providência, que é capaz de trabalhar através de nossos maiores — ou menores — passos em falso.
    Você já viu Deus se mover nos momentos ordinários da vida? Você o viu operando através dos seus erros? Ou você está preso na mentira de que Deus só opera de maneiras espetaculares e extraordinárias, ou através de nossos momentos de maior obediência?
    Quando olhamos apenas para o extraordinário, sentimos falta da glória de Deus no ordinário — em uma tigela de maçãs na mesa, uma refeição bem preparada, um pássaro cantando, uma conversa com um amigo, a lua brilhando no céu noturno nublado. Quando presumimos que Deus só trabalha quando somos bons, deixamos escapar a graça de Deus ao operar através dos pecadores — através de uma conversa sobre Cristo com um vizinho, o arrependimento de um pai para um filho depois de ter-lhe falado impacientemente, uma oração feita por alguém porque a ansiedade nos impediu de dormir. Para Rute e Noemi, a própria visão de um campo de cevada, maduro para a colheita, era, em certo sentido, uma visão muito ordinária — mas, na verdade, declarava a provisão de Deus para elas. Erros foram cometidos e tristezas foram suportadas, mas a colheita de cevada mostrou que Deus sabe, cuida, sustenta e provê.
    Deus não mudou. Embora tenha todo o universo para cuidar, ele direciona o olhar para você e para mim, e diz: Eu te conheço. Seu nome está escrito na palma da minha mão. E, tão certo quanto cuidei de Noemi e de Rute, estou cuidando de você também (veja Is 49.16). Deus está sustentando e guiando seus filhos. Que saber disso conforte seu coração e traga paz a você hoje — por mais ordinário que o dia possa ser.

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    • 4 min
    O vale da decisão - Rute 1.16

    O vale da decisão - Rute 1.16

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    Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. (Rt 1.16)
    Há momentos ao longo da vida que exigem uma decisão. E, como o pastor e autor Rico Tice diz: “Somos as escolhas que fazemos”.
    Depois de ser atingida pela tripla tragédia de enterrar seu marido e seus dois filhos em Moabe, Noemi decidiu voltar para sua cidade natal, Belém. No entanto, em vez de forçar suas noras, Rute e Orfa, a voltarem com ela, Noemi pediu que permanecessem em sua própria terra natal, Moabe, voltassem para suas famílias, se casassem de novo e vivessem uma vida plena (Rt 1.8-9). Rute e Orfa foram repentinamente confrontadas com uma escolha transformadora.
    As vidas dessas três mulheres estavam entrelaçadas. Elas viveram uma com a outra, experimentaram a perda juntas, lamentaram juntas e choraram juntas. Por fim, Orfa escolheu ficar para trás, e Rute decidiu viajar para Belém com Noemi. Essencialmente, Orfa fez o que era esperado e sensato. Rute, por outro lado, abandonou o conhecido pelo desconhecido. Ela desistiu da probabilidade de se casar novamente para se agarrar à sogra idosa e indefesa.
    Rute entendeu que sua decisão não deveria ser guiada por familiaridade, segurança ou possibilidades de relacionamentos. Este momento moldaria sua vida e seu destino. Permanecer em Moabe significaria permanecer com os falsos deuses de sua criação e dar as costas a tudo o que ela presumivelmente descobriu por Noemi sobre o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. O Deus de Noemi se tornou o Deus de Rute. É por isso que ela decidiu ficar ao lado de Noemi.
    A decisão de Rute no caminho para Belém aponta para o vale da decisão ao qual Jesus chama cada um de nós a ir: Vocês querem ser meus discípulos ou querem voltar à vida que conheceram? Quem é que vai abandonar seu pai e sua mãe e tudo o que conhece — tudo o que representa estabilidade e segurança — por minha causa? (veja Lc 14.26). Podemos dizer com confiança a Cristo: “Aonde quer que fores, irei eu”? Podemos declarar: “Embora o caminho a seguir não seja nem familiar nem popular, ainda assim o seguirei”?
    Esta não é uma decisão que tomamos apenas no momento da salvação. Nós a fazemos todos os dias de nossa vida: voltaremos aos nossos velhos caminhos pecaminosos ou seguiremos o caminho da verdade? Faremos sacrifícios e correremos riscos para seguir a Deus e servir o seu povo?
    A resposta ousada e fiel de Rute a essa escolha fundamental é um exemplo para nós ao considerarmos quais diplomas obter, quais carreiras seguir, como gastamos nosso tempo e com quem o gastamos, quanto dinheiro temos e como vamos administrá-lo, ou onde vamos viver e servir. Tais decisões, tomadas corretamente, nos marcarão como diferentes — como comprometidos sem reservas em seguir Jesus Cristo, aquele em quem de fato encontramos vida em abundância (Jo 10.10).

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    • 3 min

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