Uma Semente Pra. Karla Pereira

Ministração Igreja Batista da Graça - 28 de Abril de 2024.

“Levantem-se, vão embora! Pois este não é o lugar de descanso, porque ele está contaminado e arruinado, sem que haja remédio.” (Mq 2:10)



O lugar de descanso é um ambiente onde as forças são refeitas. É quando silenciamos toda agitação e fechamos a porta para o tempo. É uma pausa para alinhar a respiração e fazer o coração voltar a bater num compasso desacelerado. Ambientes assim precisam ser específicos, e carregarem em si mesmos o poder de trocar o fardo pesado em um jugo leve. Por isso que o descanso é um lugar em uma pessoa. É um ambiente dentro do coração do Pai apoiado pelos limites dos seus braços. Muitos ambientes ofertarão a eficiência da paz, mas eles são como descansos genéricos. Israel estava assim. Apoiada em um ambiente contaminado, arruinado, sem que houvesse remédio para refazê-lo e tentando fazer daquele ambiente um lugar de renovo. Deus diz “levantem-se; vão embora”. Esse não é o lugar de descanso que vocês devem acessar. Descansos errados operarão atrito e serão cobertura de desequilíbrio sobre a minha mente. Esses ambientes, por não se encontrarem dentro da essência de Deus, se tornarão acionadores de síndromes, enfermidades e não moverão meu coração às águas tranquilas. O cansado descansa no secreto. O secreto é a cama para minha alma e para todas as esferas que me compõe. Se o cumprimento de rotinas causa loucura, desgastes, em Mateus 6:6 eu encontro a saúde para os meus ossos e o alivio para meu espirito. Quem acessa o Deus do Descanso tem equilíbrio sobre as águas, e o bom ânimo diante das tempestades se torna a chave que faz chegar do outro lado.

“Rebeca desceu à fonte, encheu seu cântaro e voltou.”(Gn. 24:16b)



A fonte que te supre, constrói. O que te satisfaz será estrutura para teus filhos. Supre você . Estrutura teu filho. Enche você e será construído naqueles que você está gerando. Estar na fonte era o ambiente onde Rebeca permanecia. Todos os dias ela estava ali, mas ela não sabia quantos diâmetros tinha o poço ou qual a profundidade teria que ser a ideal para que as águas brotassem. Não foi ela que havia construído, mas em João 4, fala de uma mulher samaritana que com o mesmo cântaro vai ao poço e lá ela encontra Jesus. E o versículo seis diz que Jesus estava sentado junto ao poço de Jacó. Jacó, filho de Rebeca, agora havia construído uma estrutura. A fonte de Rebeca se tornou a estrutura de Jacó. O ambiente que você busca recurso e saciedade serão ferramentas que seus filhos usarão para construir sua história .Que suas fontes sejam estruturas que marquem uma geração e de você muitos frutos sejam gerados e profetizados.

“Mas não sereis vós assim; antes, o maior entre vós seja como o menor; e quem governa, como quem serve.” (Lc 22:26)



O que doamos vale muito mais do mais do que aquilo que produzimos. Na parábola do Bom Samaritano, tanto o levita quanto o sacerdote eram representantes de Deus, mas não sabiam o que era se doar, servir e nem como podiam manifestar a vida do Cordeiro. Não adianta ser mestre de tudo e praticante de nada. Servir a Deus é servir pessoas Você não é o destino da benção. Deus te abençoa para que você reparta o que recebeu A forma como você servir fará você ser lembrado para sempre. Na carta de Pedro diz que somos sacerdócio real, e na origem hebraica, sacerdote significa pontífice, ou seja, construtor de pontes. Pontes conectam. Muralhas dividem. Quem constrói pontes liga destinos. Não é onde, mas quem eu posso servir. Não é sobre um cargo, mas é sobre quem está perto de mim. Você é uma fonte, não uma represa. Você nunca viu uma fonte ser abastecida, mas represa sim; se ela não for alimentada ela vem a secar. Então, multiplique suas águas e onde elas tocarem carregarão a glória do Filho e a cultura de um Reino de Amor.

" Assim, se alguém te forçar a andar uma milha, vai com ele duas." ( Mt 5:41)



Temos vivido dias de intensidade. Há um clamor, uma voz liberada do céu à procura dos braseiros. Homens e mulheres dispostos a queimarem por um propósito. Entregas intensas geram manifestações inéditas do Espírito. Queremos viver milagres como os profetas do passado, mas não queremos entregar para o Senhor o que esses homens entregaram. Eu quero ser a igreja da segunda milha, a igreja do excedente, da intensidade. Existe uma igreja que canta e celebra, mas existe aquela que adora e rompe cadeias como Paulo e Silas. Existe uma igreja que evangeliza, mas existe aquela que como Estevão entrega sua vida por um propósito. Existe uma igreja que ora, mas existe aquela que está disposta a subir a montanha e ficar lá quarenta dias só pra estar com Ele. Existe uma igreja que ama, mas existe aquela que tem sua justiça própria crucificada todos os dias. A igreja da segunda milha é aquela que atrai o coração do Noivo. É aquela que faz o que é certo, o que é justo, mas não se conforma em apenas honrar a presença do Amado. Ela traz consigo as lágrimas, o vaso de alabastro, os cabelos e choro de arrependimento como oferta de gratidão. Igreja da segunda milha é aquela que deseja ardentemente ser tocada pelo céu, abraçada pelo Espírito e incendiada por causas que manifestem o Reino. Igreja da segunda milha, surpreenda o Noivo com a sua entrega e movimente o céu com a essência da sua verdade.

“Olhando, pois, Arão e todos os filhos de Israel para Moisés, eis que a pele do seu rosto resplandecia; pelo que temeram de chegar-se a ele.”(Ex 34:30)



O início da vida de Moisés foi uma estação de desafios. Ele nasceu escravo, num tempo de perseguição, condenado à morte e colocado em um rio para uma possível sobrevivência. Foi adotado e criado em um reino completamente adverso a sua essência. Uma cultura, uma família que não lhe pertencia, e possivelmente, herdaria um trono que também não seria seu. Quando autoridades alteram destinos, Deus não altera propósitos. Quando removem nossa identidade, Deus não altera a promessa. O ambiente humano que te construiu, o destino que te afetou não é o mesmo que te gerou, e Deus vai alinhar seu coração ao ambiente que você pertence. Há um tempo de transição entre o palácio e o deserto, o trono e a sarça, o físico e o espiritual. Quando a ampulheta do céu vira e o ambiente começa a ser alinhado, o que era natural se torna inadequado. A sarça te atrai, o céu te encontra e tudo que você deseja é o Sinai no meio do deserto, os trovões que fascinam e a glória que te transforma. No tempo da manifestação, quem nasce para ver a glória não se limita aos privilégios do palácio. Quem te gerou fará você viver as promessas, e os desertos nunca serão ambientes para a morte, mas serão caminhos que te conectarão ao monte de Deus para refletir a glória do trono