49 min

No Tribuna Livre do CMC Podcasts, a luta por uma política educacional mais inclusiva CMC Podcasts

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Vereadora Professora Josete trouxe duas convidadas para aprofundar debate de importante tema educacional para Curitiba.

A inclusão de pessoas com deficiência ou com transtornos no sistema de educação brasileiro tem como marco de referência a Lei Brasileira de Inclusão, também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, aprovada em 2015. Embora saliente que lei nacional traga importantes
avanços, a vereadora Professora Josete ainda sente falta de ações que concretizem o objetivo de incluir todas as pessoas com deficiência em instituições de ensino regulares em Curitiba. Foi por isso que a parlamentar municipal trouxe esse tema para ser debatido no Tribuna Livre do CMC Podcasts.

O debate foi enriquecido pela presença de duas professoras que, além da experiência em sala de aula, são mães de filhos com deficiência ou com transtorno do espectro autista (TEA). Uma das convidadas foi Adriane Alves da Silva, diretora do Sindicato dos Servidores do Magistério
Municipal de Curitiba (Sismmac), e Luciana Milcarek, fundadora e voluntária da Associação Paranaense da Síndrome de Williams e Transtorno do Espectro Autista. “Tivemos avanço no atendimento desses jovens na
rede pública municipal, mas pouco da legislação é realmente cumprido”, afirmou a vereadora Professora Josete.

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Para a vereadora, a legislação pede que estabelecimentos de ensino tenham um profissional de apoio escolar para atendimento a alunos com deficiência ou com TEA. O problema, no entanto, seria o fato de que, muitas vezes, esse apoio se limita para auxílio com alimentação, higiene ou locomoção. “O que a gente precisa é de um profissional com formação pedagógica. Como é o caso de crianças com transtorno do espectro autista. Eles não precisam desse profissional de cuidado, eles precisam de atendimento pedagógico”, ressaltou a parlamentar.

Josete criticou a contratação de estagiários para esse tipo de serviço no município de Curitiba. Diretora do Sismmac, Adriane Silva exemplificou importância do vínculo que o profissional de apoio pedagógico precisa ter com esses estudantes. Segundo Silva, crianças com TEA costumam ser hipersensoriais, com qualquer mudança no ambiente
escolar causando a desorganização desses alunos. “O vínculo é fundamental. Sendo um estagiário, ele não tem o preparo necessário”, disse a integrante do Sismmac, ressaltando que, sem o apoio adequado, há uma sobrecarga do professor em sala de aula.

Sociedade civil e recado para as lideranças políticas

Para a vereadora Josete, a participação da sociedade civil é importante para garantir que as políticas educacionais inclusivas sejam uma política de estado e não de governo. Para Luciana Milcarek, economizar na política educacional inclusiva é uma “economia burra”, pois vai exigir gastos sociais com essas pessoas no futuro. “Há inúmeros
benefícios para essas crianças em escola regular”, disse Micarek. Ela exemplificou com o caso do seu filho, que começou a regredir em seu comportamento ao frequentar uma escola “especial”. “A gente luta por essa inclusão porque passamos por esse processo e a inclusão funciona”,
salientou.

Enzo Milcarek, filho de Luciana, ilustra o benefício de uma política inclusiva eficiente. Mesmo com Síndrome de Williams e TEA, Enzo concluiu o ensino médio, faz um curso de programação web e integra o programa de jovem aprendiz da Petrobras. O sonho do jovem, atualmente com 18 anos, é estudar Turismo na faculdade. Enzo gravou um recado para os governantes, pedindo urgência na implementação de profissionais de apoio em todas as escolas. “Uma criança feliz logo será um adulto feliz”,
resumiu Luciana Milcarek.

Leia mais em:
https://www.curitiba.pr.leg.br/informacao/noticias/no-tribuna-livre-do-cmc-podcasts-a-luta-por-uma-politica-educacional-mais-inclusiva

#cmcpodcasts, #professorajosete, #educação, #inclusã

Vereadora Professora Josete trouxe duas convidadas para aprofundar debate de importante tema educacional para Curitiba.

A inclusão de pessoas com deficiência ou com transtornos no sistema de educação brasileiro tem como marco de referência a Lei Brasileira de Inclusão, também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, aprovada em 2015. Embora saliente que lei nacional traga importantes
avanços, a vereadora Professora Josete ainda sente falta de ações que concretizem o objetivo de incluir todas as pessoas com deficiência em instituições de ensino regulares em Curitiba. Foi por isso que a parlamentar municipal trouxe esse tema para ser debatido no Tribuna Livre do CMC Podcasts.

O debate foi enriquecido pela presença de duas professoras que, além da experiência em sala de aula, são mães de filhos com deficiência ou com transtorno do espectro autista (TEA). Uma das convidadas foi Adriane Alves da Silva, diretora do Sindicato dos Servidores do Magistério
Municipal de Curitiba (Sismmac), e Luciana Milcarek, fundadora e voluntária da Associação Paranaense da Síndrome de Williams e Transtorno do Espectro Autista. “Tivemos avanço no atendimento desses jovens na
rede pública municipal, mas pouco da legislação é realmente cumprido”, afirmou a vereadora Professora Josete.

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Para a vereadora, a legislação pede que estabelecimentos de ensino tenham um profissional de apoio escolar para atendimento a alunos com deficiência ou com TEA. O problema, no entanto, seria o fato de que, muitas vezes, esse apoio se limita para auxílio com alimentação, higiene ou locomoção. “O que a gente precisa é de um profissional com formação pedagógica. Como é o caso de crianças com transtorno do espectro autista. Eles não precisam desse profissional de cuidado, eles precisam de atendimento pedagógico”, ressaltou a parlamentar.

Josete criticou a contratação de estagiários para esse tipo de serviço no município de Curitiba. Diretora do Sismmac, Adriane Silva exemplificou importância do vínculo que o profissional de apoio pedagógico precisa ter com esses estudantes. Segundo Silva, crianças com TEA costumam ser hipersensoriais, com qualquer mudança no ambiente
escolar causando a desorganização desses alunos. “O vínculo é fundamental. Sendo um estagiário, ele não tem o preparo necessário”, disse a integrante do Sismmac, ressaltando que, sem o apoio adequado, há uma sobrecarga do professor em sala de aula.

Sociedade civil e recado para as lideranças políticas

Para a vereadora Josete, a participação da sociedade civil é importante para garantir que as políticas educacionais inclusivas sejam uma política de estado e não de governo. Para Luciana Milcarek, economizar na política educacional inclusiva é uma “economia burra”, pois vai exigir gastos sociais com essas pessoas no futuro. “Há inúmeros
benefícios para essas crianças em escola regular”, disse Micarek. Ela exemplificou com o caso do seu filho, que começou a regredir em seu comportamento ao frequentar uma escola “especial”. “A gente luta por essa inclusão porque passamos por esse processo e a inclusão funciona”,
salientou.

Enzo Milcarek, filho de Luciana, ilustra o benefício de uma política inclusiva eficiente. Mesmo com Síndrome de Williams e TEA, Enzo concluiu o ensino médio, faz um curso de programação web e integra o programa de jovem aprendiz da Petrobras. O sonho do jovem, atualmente com 18 anos, é estudar Turismo na faculdade. Enzo gravou um recado para os governantes, pedindo urgência na implementação de profissionais de apoio em todas as escolas. “Uma criança feliz logo será um adulto feliz”,
resumiu Luciana Milcarek.

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https://www.curitiba.pr.leg.br/informacao/noticias/no-tribuna-livre-do-cmc-podcasts-a-luta-por-uma-politica-educacional-mais-inclusiva

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