1 hr 18 min

O leite, a comida e a sexualidade Mirante

    • Society & Culture

Estamos acostumados a pensar que o bebê humano, diferentemente dos filhotes de outras espécies, é completamente dependente do outro.

 

Freud, já em 1885, no “Projeto para uma psicologia científica, entendia que quando as necessidades corporais exigem satisfação, o bebê com fome grita e esperneia. No entanto, esses movimentos não o saciam. É a ação de cuidado do outro que o assiste, e portanto, que permitirá que a experiência de satisfação aconteça, pondo fim às estimulações internas que provém das necessidades.

 

O seio da mãe é oferecido não apenas com o intuito de nutrição, mas de apaziguamento das tensões, minimizando as sensações de desconforto que o ego incipiente do bebê não pode ainda sustentar. Neste sentido, para a psicanálise, a relação com o seio é ampla e complexa.

 

Nos “Três Ensaios sobre a teoria da sexualidade” (1905), Freud assinala que a pessoa que se ocupa dos primeiros cuidados do bebê - "que geralmente é a mãe - dedica-lhe sentimentos que se originam de sua própria vida sexual: acaricia, beija e embala a criança, claramente a toma como substituto de um objeto sexual completo".

 

É a partir dessa experiência com o corpo do outro, que a pulsão sexual é despertada no bebê, deixando marcas e criando possibilidades desejantes. Dessas marcas, principalmente a partir da retirada do seio e de alguma separação em relação à mãe, observaremos os mais diferentes destinos pulsionais que se expressam na vida humana.



Seriam os filhotes de outras espécies realmente menos desamparados que os nossos? E ainda, como psicanalistas, que aspectos da nossa sexualidade estariam postos nesta relação política que travamos com as fêmeas de outras espécies?



Para nos ajudar a pensar sobre o sexual na Polis convidamos a artista Cecília Cavalieri e a psicanalista Luciana Saddi.

Estamos acostumados a pensar que o bebê humano, diferentemente dos filhotes de outras espécies, é completamente dependente do outro.

 

Freud, já em 1885, no “Projeto para uma psicologia científica, entendia que quando as necessidades corporais exigem satisfação, o bebê com fome grita e esperneia. No entanto, esses movimentos não o saciam. É a ação de cuidado do outro que o assiste, e portanto, que permitirá que a experiência de satisfação aconteça, pondo fim às estimulações internas que provém das necessidades.

 

O seio da mãe é oferecido não apenas com o intuito de nutrição, mas de apaziguamento das tensões, minimizando as sensações de desconforto que o ego incipiente do bebê não pode ainda sustentar. Neste sentido, para a psicanálise, a relação com o seio é ampla e complexa.

 

Nos “Três Ensaios sobre a teoria da sexualidade” (1905), Freud assinala que a pessoa que se ocupa dos primeiros cuidados do bebê - "que geralmente é a mãe - dedica-lhe sentimentos que se originam de sua própria vida sexual: acaricia, beija e embala a criança, claramente a toma como substituto de um objeto sexual completo".

 

É a partir dessa experiência com o corpo do outro, que a pulsão sexual é despertada no bebê, deixando marcas e criando possibilidades desejantes. Dessas marcas, principalmente a partir da retirada do seio e de alguma separação em relação à mãe, observaremos os mais diferentes destinos pulsionais que se expressam na vida humana.



Seriam os filhotes de outras espécies realmente menos desamparados que os nossos? E ainda, como psicanalistas, que aspectos da nossa sexualidade estariam postos nesta relação política que travamos com as fêmeas de outras espécies?



Para nos ajudar a pensar sobre o sexual na Polis convidamos a artista Cecília Cavalieri e a psicanalista Luciana Saddi.

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