27 episodes

Um espaço onde cabem todas as vidas, emocionalmente ligadas por experiências de provação e histórias de humanização. Para percorrer sem guião, com uma pessoa convidada a cada semana, sob condução de Georgina Angélica e Paula Cardoso.

O Tal Podcast Big Lisbon

    • Society & Culture

Um espaço onde cabem todas as vidas, emocionalmente ligadas por experiências de provação e histórias de humanização. Para percorrer sem guião, com uma pessoa convidada a cada semana, sob condução de Georgina Angélica e Paula Cardoso.

    Carla Santos

    Carla Santos

    “Tudo aquilo que tens de fazer é com amor. Só assim tem valor”. Mais do que citar as palavras da avó materna, Carla Santos dá-lhes vida com as suas escolhas e ações. A herança familiar é um dos temas que percorremos neste episódio, não apenas a partir das lições ancestrais, mas também dos laços que se transformam em nós, muitas vezes tão apertados que parecem impossíveis de desatar. Do stress pós-traumático do pai, consequência da vida militar, às aprendizagens do desporto, via de formação, passando pelas ‘amarras’ de uma relação romântica tóxica, haverá traços de continuidade para reconhecer e desfazer? Como podemos recuperar de situações de mutilação emocional? Além de conversamos sobre o poder que emerge da capacidade de acolhermos as nossas sombras, falamos sobre a necessidade de desapegar, libertando-nos de ligações que nos limitam, e de pesos que não nos pertencem. Para seguirmos mais livres.
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    Licenciada em Antropologia, e com uma pós-graduação em Gestão de Projetos, Carla Santos é master coach, certificada pela European Coaching Association, e também consultora especialista em migrações. Nascida e criada no Catujal, localidade do concelho de Loures, Carla desenvolveu aí a veia e o calo ativistas, primeiro numa associação juvenil criada com alguns amigos, e depois no trabalho com populações imigrantes. A intervenção comunitária, orientada para dar resposta às necessidades de grupos vulneráveis, conduziu-a à criação da própria empresa: a Capacitare. Pelo caminho, recebeu a distinção de Embaixadora da Paz. Assina ainda, em co-autoria, o livro “Descendentes de Imigrantes: um Lugar na Sociedade Portuguesa”.






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    • 1 hr 16 min
    Fábio de Pina

    Fábio de Pina

    Profissionalmente bem posicionado como especialista em felicidade, Fábio de Pina forçou o sorriso até ao limite da depressão. Admitir que se sentia profundamente infeliz, quando ganhava a vida a promover o bem-estar de outras pessoas, tresandava a fraude. Por isso, enquanto via o casamento ruir, e com ele, a construção familiar que sempre sonhou ter, Fábio simulou felicidade. Acabou por mergulhar numa espiral de sofrimento, processo que quase lhe custou a vida, e sobre o qual fala abertamente neste episódio.

    Hoje defende a importância de trabalharmos a infelicidade dentro das empresas, e assume o compromisso de fazer o tempo contar. Em especial quando está com a filha, procurando ser o pai afetuoso que não teve, mas sempre quis ter. Consciente dos desafios emocionais que enfrenta, Fábio reconhece que os mesmos passam muito pela relação com os pais, o reencontro com as origens cabo-verdianas, e a afirmação da sua identidade negra. Em reconstrução.

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    Licenciado em Gestão de Marketing, pela Escola de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal, Fábio de Pina apresenta-se como “Humano. Filho. Irmão. Pai”. Assim mesmo, com pontos finais – em vez de vírgulas – a demarcar cada papel, expressão perfeita do quanto procura ser e estar na vida de forma plena. Será esse o caminho para a felicidade? Enquanto trabalha nas próprias respostas, Fábio ajuda outras pessoas a encontrar as suas, na qualidade de gestor de felicidade especializado no sector empresarial.

    “O meu propósito é ajudar a humanizar todos os processos corporativos, que nos permitam rumar a uma vida de produção e serviço que se pretende plena, com sentido e significado”, diz o fundador e CEO da empresa HappyC, investido em criar e implementar dinâmicas que permitam às pessoas e organizações estarem em sintonia com os seus porquês. A missão é indissociável da gestão de emoções humanas, e pretende facilitar a construção de “um espaço seguro onde a diversidade, a inclusão, a heterogeneidade e a felicidade estejam e existam de facto”.






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    • 2 hr 3 min
    Solange Dias

    Solange Dias

    Há um antes e depois de Anitta na vida de Solange Dias. Foi a partir da actuação da cantora brasileira, no Rock in Rio Lisboa, que a bailarina percebeu que não poderia fugir mais da dança. O episódio marcante, vivido entre lágrimas, acelerou para o dia seguinte um incontornável – porém improvável – pedido de demissão. Até aí engenheira de sistemas, com uma situação profissional estável, Solange trocou o esperado pelo inesperado, e nunca mais voltou atrás. Nem sequer diante da forte reprovação parental, entretanto sanada. A determinação de não viver “by the book” acabou por ser recompensada, e tem numa campanha para a Nike um dos pontos altos, a que se juntam inúmeras colaborações com artistas, e presenças em programas de televisão. Feliz por cada conquista, Solange não deixa, contudo, de observar que muitas oportunidades continuam a estar vedadas a bailarinas negras. Mas já lá vai o tempo de “ficar desconfortável para que outros se sintam confortáveis”. Também por isso, importa dançar. E escutar!

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    Entrou no mundo da dança tardiamente, e sem qualquer plano de profissionalização. Na altura, Solange Dias precisava apenas de encontrar uma actividade que lhe permitisse libertar as tensões do dia-a-dia. Mas o que começou por ser uma escapadela da rotina laboral, despertou uma paixão, e revelou aquela que até ver, é a sua maior vocação.

    Nascida em Lisboa, com ascendência angolana, é nas danças urbanas que se forja a sua identidade artística, no Hip Hop, House, e Comercial. Além da presença em vários anúncios publicitários para grandes marcas, onde se destaca a Nike, podemos vê-la em videoclipes de músicos bem conhecidos, como Djodje, Soraia Ramos ou Matias Damásio. Os seus movimentos também já sobressaíram diante das audiências de programas de televisão, e em campeonatos de dança, integrada no grupo Bootcamp.








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    • 1 hr 21 min
    Gino Esteves

    Gino Esteves

    “Sexo é vida”, defende Gino Esteves, sublinhando que “o prazer está no cerne da nossa saúde sexual”, e acrescentando: “Sexualidade é poder”.

    Por detrás de cada uma dessas afirmações, partilhadas neste episódio, encontramos vivências, observações e estudos, coincidentes no reconhecimento de que “há vários medos associados ao desenvolvimento da sexualidade feminina”. Que receios são esses? Vamos saber, e, ao mesmo tempo, refletir sobre como o sexo tem sido usado enquanto “manobra política para manipular as pessoas”. Entre interrogações e afirmações, Gino assinala que “só existe intimidade entre duas pessoas, quando há disponibilidade para partilhar os segredos mais profundos da alma”. Embarquemos numa permanente descoberta do outro.

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    Sexólogo e terapeuta familiar, Gino Esteves promove “um espaço de cuidado da saúde sexual e do bem-estar psico-emocional e relacional”, a que chama “Sexologia com Laços”. Com uma prática despida de julgamentos, culpas ou preconceitos, propõe-se respeitar “a privacidade e o carácter único e inigualável de cada Pessoa”.

    Membro fundador da associação “Sexualidades”, cuja intervenção se foca na educação sexual, saúde sexual e erotismo, Gino é formador nas áreas de comunicação não violenta, gestão de conflitos e empoderamento sexual. A sua especialização assenta ainda numa graduação em Psicoterapia Somática, e num mestrado em Sexologia, que tornam cada vez mais longínqua, a formação em Direito.








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    • 1 hr 22 min
    Bárbara Wahnon

    Bárbara Wahnon

    Suportar piadas racistas no círculo de proximidade. Enfrentar mãos invasoras a avançar sobre o afro. Lidar com a falta de respostas ao envio de currículos e, a cada experiência, sentir um cúmulo de estranheza, incómodo e revolta. Tudo isso faz parte da história de Bárbara Wahnon, que, nesta conversa, reflete sobre o peso dessas e outras marcas na construção da sua identidade. Filha de mãe guineense, e pai cabo-verdiano, Bárbara conta que foi criada pela avó paterna, depois de, ainda na infância, ter perdido a progenitora. Com a morte da avó, a vontade de conhecer Cabo Verde intensificou-se e, a partir dessa viagem, a força do legado ancestral trouxe lugares de pertença até aí desconhecidos. Incluindo na morna, género musical do qual a sua bisavó Nha Maria Barba, foi a primeira embaixadora.

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    Aos 12 anos participou no concurso musical televisivo “Os Principais”, para descoberta de novos talentos. Mas seguir uma carreira artística estava longe de ser uma possibilidade. Por isso, na altura de escolher um curso superior, Bárbara Wahnon optou por Relações Internacionais. Foi, contudo, no Marketing que, nos últimos anos, acumulou experiência profissional, embora sem abdicar dos palcos, onde se manteve com os Gospel Collective.

    Mais recentemente, lançou o seu primeiro single, intitulado “O Pássaro (da asa cortada)”, tema que compôs para uma peça de teatro, em que se aborda a violência da mutilação genital feminina. Também participou numa homenagem a Sara Tavares, no Festival da Canção, e faz parte do elenco que tem apresentado, em vários países, a performance-instalação “O Barco”, de Grada Kilomba, que presta tributo às vidas negras apagadas pela expansão portuguesa.






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    • 1 hr 19 min
    Abdel Camará e Lúcia Correia

    Abdel Camará e Lúcia Correia

    Juntos há 11 anos, Abdel Camará e Lúcia Correia vivem uma história de amor ainda tida como excecional entre pessoas negras: trocam palavras e gestos românticos, expressam admiração e respeito, demonstram compromisso, e não se inibem de demonstrar a afetuosidade com que educam as três filhas. Neste episódio, abrimos o seu álbum de família, construído a partir da consciência de que o amor afrocentrado concretiza potencialidades. Não apenas individuais, mas também coletivas, tendo em conta que funciona como um antídoto para a nossa sobre-exposição a conteúdos que retratam as comunidades negras como “naturalmente” violentas, e as suas relações como “invariavelmente disfuncionais”. Contra essa “norma” de impossibilidades, Abdel e Lúcia escolhem amar e amar-se.

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    Ela formou-se em Comunicação Social, ele em Engenharia Mecânica. Ela tem raízes em Cabo Verde, ele nasceu na Guiné-Bissau. Hoje partilham vida no Reino Unido, mas foi em Portugal, e ao ritmo de música africana, que os seus caminhos se cruzaram.

    Falamos de Abdel Camará e Lúcia Correia, casal que se dá a conhecer nas redes sociais, em família, e profissionalmente. Ele como empreendedor, especialista em coaching de alta performance, e um apaixonado pelo marketing e comportamento humano; e ela enquanto criadora do projeto “Vamos Ler”, que, através dos livros, se propõe “fortalecer a confiança das crianças, melhorar a autoestima e, consequentemente, a comunicação e rotina familiar”. Abrimos a terceira temporada d’ “O Tal Podcast” com ambos.








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    • 1 hr 52 min

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