Mulheres Reais

Rádio Eldorado
Mulheres Reais

As jornalistas Luciana Garbin e Carolina Ercolin trazem foco para as questões femininas na sociedade atual.

  1. HÁ 1 DIA

    #134: Licença-paternidade de 60 dias deve ser vista como investimento, diz coalizão

    A presidente da coalizão Licença Paternidade, Camila Bruzi, defende a ampliação do período de licença para pais na legislação brasileira. No Mulheres Reais, Bruzi explica que o período dedicado aos cuidados do bebê não beneficia apenas homens, uma vez que a primeira infância tem potencial para gerar um retorno econômico positivo no PIB. Além da ideia errônea de que cuidados infantis e domésticos são só responsabilidade materna, há preocupações com o impacto financeiro que uma licença paterna mais longa pode acarretar às empresas. Bruzi ressalta, no entanto, que os benefícios são maiores do que os custos e resultariam em ganhos para a família inteira.  “A cada 1 real investido na licença paternidade, retorna em 7 reais de aumento de produtividade e redução de custo no futuro para o estado. É a melhor forma de um governo investir dinheiro”, explica. No Brasil, a licença-paternidade é mal resolvida legalmente. Atualmente, é de apenas 5 dias, e a coalizão defende a ampliação para 30 dias inicialmente, aumentando para 45 e 60 dias gradualmente. Em dezembro, o Supremo Tribunal Federal deu 18 meses para o Congresso Nacional fazer uma lei sobre o tema, hoje regulamentado por norma transitória da Constituição. Durante a discussão no STF, ministros defenderam a necessidade de, entre outras coisas, equiparar o tratamento dado a homens e mulheres no mercado de trabalho. A discussão também aborda a necessidade de apoio do governo e do Congresso Nacional para aprovar a lei, bem como a importância da sensibilização dos parlamentares e da sociedade sobre os benefícios da licença paternidade.

    16min
  2. 18 DE NOV.

    #133: ‘Computação é coisa de preto’: Sonia Guimarães e a excelência de negros nas ciências exatas

    Em um mundo onde a representação negra em espaços de poder ainda é uma luta constante, a trajetória de Sonia Guimarães, primeira mulher negra a obter um PhD em Física no Brasil e professora do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), ressoa como um farol de inspiração. Desde cedo, Guimarães enfrentou desafios que poderiam desencorajar muitos. "Não era porque eu era negra, nem era porque eu era mulher, era porque eu era considerada incapaz", lembra, citando as palavras de desestímulo que ouviu na juventude. Sônia não apenas seguiu sua paixão pela física, como também se destacou na área, tornando-se uma inventora e uma referência em experimentos com semicondutores. No Mulheres Reais, Guimarães enfatiza a importância da representação e da inclusão, destacando como a história e a ciência foram injustamente narradas de uma perspectiva eurocêntrica. "Computação, por exemplo, é coisa de preto. Os códigos e faz dos orixás, que é hiper africano, é a base da computação", argumenta, desmontando a falácia de que negros não seriam capazes de excelência nas ciências exatas. Essa perspectiva não apenas desafia estereótipos, mas também reivindica o lugar dos negros na história da ciência e tecnologia. Além de sua contribuição acadêmica, Guimarães é uma voz ativa na luta por igualdade de oportunidades, especialmente para mulheres negras na ciência.  O Mulheres Reais vai ao ar às segundas-feiras, a partir das 8h, no Jornal Eldorado. O podcast é apresentado por Carolina Ercolin e Luciana Garbin e está disponível em todas as plataformas de áudio.

    13min

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