João Sousa: “O ténis deu-me tudo o que tenho. Anunciar o fim da carreira foi das decisões mais difíceis da minha vida. Mas é um até já, não é um adeus”

Geração 80

Nasceu em 1989, em Guimarães. O pai, juiz e tenista amador, levava-o para os torneios de ténis que fazia com amigos ao fim de semana. “Ele dizia sempre que se ficasse quietinho e me portasse bem, no final do jogo jogava um bocadinho comigo. E eu ficava ali, uma hora, à espera”, recorda. Competitivo desde pequeno - “até a jogar às cartas” - começou no futebol, mas foi no ténis que encontrou uma paixão. O verão era passado em família, no Algarve, e nem de férias dava descanso à bola e à raquete. Aos 12 anos já era campeão nacional. Sabia que em Portugal não ia crescer na modalidade. “Só havia investimento no futebol” e foi preciso “tomar decisões”. Foi a mais de 1000km de casa que chegou ao topo do ténis mundial. Com 15 anos foi sozinho para Barcelona atrás do sonho. O caminho até ao top 30 mundial foi duro e dispendioso. É o melhor de sempre do ténis português. Conhecido como o “Conquistador”, foi pioneiro em quase tudo. João Sousa é o convidado do último episódio do Geração 80. Em 2024, aos 35 anos, anunciou o fim da carreira. Nesta conversa com Francisco Pedro Balsemão, fala sobre aquela foi a decisão mais “pesada” que tomou na vida, mas também a mais “pensada e ponderada”. “Não é um adeus, é um até já”, admite. Ouça-o aqui.

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