Convidados: Ana Raquel Azevedo - Presidente do PSD Baião Paulo Portela - Candidato à CM de Baião A política, como governo dos homens, administração das coisas, organização e direção dos Estados, tem sido encarada ao longo dos tempos, de acordo com as doutrinas filosóficas e políticas, como sendo uma arte, uma ciência, uma ideologia e uma filosofia. Diremos que são níveis que se entrelaçam ou dialeticamente se postulam. Todos sabemos que as democracias se fundamentam nos partidos políticos, considerados como associações de carácter permanente, organizados para a intervenção no exercício do poder e procurando no apoio popular a realização de um programa de fins gerais. No entanto, os partidos políticos têm sido alvo de críticas de vários quadrantes, aproximando-os da realidade cruel retratada por Maquiavel, na qual o paraíso, o bem e a honestidade estão cada vez mais distantes de nós e distanciando-os da situação imaginada por Cícero, que apontava uma ordem natural do bem e da honestidade intrínseca do ser humano. Vejamos a invocação das seguintes razões: - Profissionalização da política e as suas tendências oligárquicas (no sentido de poucos para poucos), inviabilizando a renovação; - Deformação do mandato representativo, ao colocarem-se entre o povo e os seus representantes; - Quebra da unidade nacional, em consequência da luta partidária pelo poder, por vezes, não olhando a meios para atingir os fins; - A falta de ética e de transparência, bem como a existência de corrupção no exercício da função política, conduzindo a uma cada vez maior desconfiança entre os cidadãos e a vida político-partidária. Assim, hoje pretendemos abordar esta temática, percebendo como é que podemos trazer mais transparência para a política, credibilizando-a e dando a confiança necessária aos nossos cidadãos, para que estes também se possam envolver e participar ativamente na defesa das suas freguesias, dos seus municípios e do seu país.
