#37 - Retorno saudosista à idade da pedra
É visível na humanidade atual o sintomático movimento de retorno mental, em que dois terços de terrícolas retomam velhos hábitos, gostos e preferências infantis e anacrônicas, confundindo instintividade com novidades. Pressentindo a impossibilidade de equilíbrio e harmonia no seio da futura humanidade selecionada à direita do Cristo, então, só resta a esses retardatários do progresso espiritual no trato da matéria, o retorno saudosista à idade da pedra, a cujo modo de vida estão intimamente ligados e familiarizados. A sintonia mais flagrante desse primarismo, em que certa porcentagem da humanidade terrícola parece ter atingido um limite de suas possibilidades evolutivas, verifica-se, pouco a pouco, em quase todas as atividades atuais, inclusive nas fórmulas de exteriorizações mentais, embora disfarçadas com recursos e roupagens modernas. Acentua-se um mau gosto pelo berrante e grotesco, o culto incondicional à linguagem escatológica, e já se admite como novidade o “palavrão”, que antes era um direito de expressão apenas aos delinquentes ou sem qualquer educação. A poesia, literatura, cinematografia e o teatro são glorificados também com motivos fesceninos do sexo requintado; as pinturas rasantes, caricatas, primárias e entulhos de tintas berrantes extasiam os esnobes, malgrado elas traírem em sua base as garatujas infantis das grutas pré-históricas; a escultura moderna, apesar de sofismada mensagem simbolista esotérica ou pesquisa inusitada, lembra o mau aproveitamento de um leilão de saldos de matéria-prima. A música preferida é dissonante e histérica, sem melodia e inspiração, e seu fundo sonoro trai o ritmo selvagem, a gritaria dos requebros musculares dos velhos caiapós e xavantes. Admite-se como autenticidade e estesia as práticas sexuais livres, enfraquecendo costumes e inferiorizando níveis sociais, o que é pura libidinosidade, uma vez que ninguém prega a exposição em público das necessidades fisiológicas, o que também não deixaria de ser um culto pelo autêntico. Astros da TV e da cinematografia fazem confissões extemporâneas e escandalosas, demonstrando suas preferências pervertidas e condenáveis, que terminam consagradas pela imprensa e pelo povo. É a própria figura do anticristo, modelada pela turba subvertida e licenciosa, que, ao expor em público as suas mazelas pecaminosas, lança um desafio e desforra-se da mensagem de pureza e moral do Evangelho pregado por Jesus.