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Rodrigo Casarin
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O Página Cinco fala de livros. Dos clássicos aos últimos sucessos comerciais, dos impressos aos e-books, das obras com letras miúdas, quase ilegíveis, aos balões das histórias em quadrinhos. Rodrigo Casarin é jornalista pós-graduado em Jornalismo Literário. Vive em São Paulo, em meio às estantes com as obras que já leu e às pilhas com os livros dos quais ainda não passou da página 5.

  1. #185 – A literatura e a sensibilidade de Virginia Woolf

    13 SEPT

    #185 – A literatura e a sensibilidade de Virginia Woolf

    “Mrs. Dalloway disse que ela mesma iria comprar as flores”. Temos aqui um dos começos mais célebres da literatura na tradução de Claudio Alves Marcondes. Clarissa Dalloway compraria flores em algum canto daquela Londres de um século atrás para a festa da noite. É esse dia na vida da personagem que está em “Mrs. Dalloway”, um dos principais romances da língua inglesa e o mais famoso de Virginia Woolf. Autora também de obras como “Orlando”, “Ao Farol” e “As Ondas”, Virginia é uma das gigantes da literatura no século 20. Nome incontornável do modernismo, essa britânica que nasceu em 1882 e morreu em 1941 costuma ser lembrada pela forma como explora a consciência de seus personagens. Há quem se intimide diante dos romances de Virginia. Mas não tenhamos medo. A ideia do papo com Mell Ferraz é mostrar caminhos para se entender com a obra da autora. Mell é formada em estudos literários pela Unicamp e mestre em estudos da literatura pela Universidade Federal Fluminense, onde fez pesquisas sobre o fluxo da consciência na obra de Virginia Woolf. Desde 2010 que a Mell toca o Literatura-se, canal de incentivo à leitura e à literatura que está no Youtube e em outras redes sociais. As marcas da escrita da Woolf, a mulher por trás da artista e outras vertentes de sua obra, como a Virginia ensaísta, também foram assuntos da nossa conversa. * Aqui o caminho para a newsletter da Página Cinco: https://paginacinco.substack.com/

    46 min
  2. #184 – Em defesa da ficção: papo com Ligia Gonçalves Diniz

    30 AUG

    #184 – Em defesa da ficção: papo com Ligia Gonçalves Diniz

    “Se toparmos um leve exagero e aceitarmos que a leitura é uma experiência suavíssima de alucinação, nos perguntamos: quantas vezes nós, mulheres, alucinamos ser homens? E que espécies de aventura – muitas delas interditas a nós na vida real – vivenciamos na pele virtual deles? Por meio da nossa imaginação, homens ficcionais existem, e carregam efeitos dessa existência para nossas vidas concretas”. Retiro o trecho da apresentação de “O Homem Não Existe”, livro que a pesquisadora, doutora em literatura, professora e crítica literária Ligia Gonçalves Diniz acaba de publicar pela Zahar. O livro é um longo ensaio no qual Ligia mostra ao leitor como busca compreender e, de alguma maneira, vivenciar a masculinidade por meio da ficção. Sexualidade, raiva e beleza (ou feiura) são alguns dos assuntos pelos quais a autora passa enquanto se debruça sobre obras de autores como Albert Camus, Philip Roth, Roberto Bolaño, Herman Melville, Dante, Graciliano Ramos e Homero. Mas nem só de homens se faz a bibliografia de Ligia. Estão por lá autoras como Susan Sontag, Anne Carson e Audre Lorde. Indo além das letras, há acenos improváveis a músicas de grupos como Art Popular e Engenheiros do Hawaii ou a filmes como “Crepúsculo”. “O Homem Não Existe” também é uma argumentação sobre viver outras experiências por meio da arte. Conversei com Ligia a respeito desse deslocamento numa época em que tantos buscam por espelhos no papo que vocês ouvirão a seguir. Os amores proibidos, as paixões assumidas e a relação entre obra, autores e leitores também foram assuntos da nossa conversa. * Aqui o caminho para a newsletter da Página Cinco: https://paginacinco.substack.com/

    1h 4m
  3. #183 – A literatura árabe contemporânea: papo com Safa Jubran

    5 JUL

    #183 – A literatura árabe contemporânea: papo com Safa Jubran

    Quais são as obras e os autores que você conhece da literatura árabe? Sim, eu sei que “As Mil e uma Noites” veio à cabeça. Mas tentemos ir além do clássico. Para conversar sobre essa tradição literária, ou as tradições irmanadas por uma língua em comum, que convidei Safa Jubran para o papo desta edição do podcast. Safa é libanesa e vive no Brasil desde a juventude. Pesquisadora e professora as USP, é um dos grandes nomes no país quando o assunto é cultura árabe. Como tradutora, Safa verteu para o português autores importantes da literatura árabe contemporânea. Coube a ela passar para a nossa língua títulos como “Porta do Sol”, do libanês Elias Khoury. “Tempo de Migrar para o Norte”, do sudanês Tayeb Salih. “Homens ao Sol”, do palestino Ghassan Kanafani. “Damas da Lua”, de Jocka Alharthi, autora do Omã que venceu o Internatiuonal Booker Prize em 2019. E “Detalhe Menor”, romance que em outubro fez sua autora, a também palestina Adania Shibli, ser alvo de uma truculência promovida pela Feira do Livro de Frankfurt. Conversamos a respeito disso no papo que vocês ouvem a seguir. A conexão entre arte e política, a diversidade dessa literatura e caminhos para quem quer começar a conhecê-la melhor também são assuntos desse papo com Safa. * Aqui o caminho para a newsletter da Página Cinco: https://paginacinco.substack.com/ Crédito da imagem usada na arte do podcast: Jebulon, Public domain, via Wikimedia Commons.

    50 min
  4. #181 – Coleção Vaga-Lume, Murilo Rubião e outras histórias: papo com Jiro Takahashi

    7 JUN

    #181 – Coleção Vaga-Lume, Murilo Rubião e outras histórias: papo com Jiro Takahashi

    Jiro Takahashi é um dos maiores nomes da história do mercado editorial brasileiro. Já faz quase 60 anos que Jiro se dedica à edição de livros. Nessas décadas, passou por editoras como Ática, Nova Fronteira, Ediouro, Editora do Brasil e Global, além de ter sido um dos fundadores da Estação Liberdade. Muita gente fundamental na literatura brasileira passou pelas suas mãos. Clarice Lispector e Carlos Drummond de Andrade, por exemplo. Murilo Rubião, um dos meus favoritos, foi revelado num dos muitos trabalhos de Jiro. Ele fala sobre o peculiar autor de “O Pirotécnico Zacarias” no papo a seguir. Jiro costuma ser lembrado sobretudo pelas coleções que ajudou a criar. Ele é uma das cabeças por trás de tesouros da história literária brasileira, como a Nosso Tempo, a Para Gostar de Ler e sobretudo a Coleção Vaga-Lume. Sim, também conversamos sobre bastidores dessa série de livros pensados para jovens que até hoje mexe com as melhores lembranças de muitos leitores. No começo de maio, Jiro Takahashi recebeu o troféu Contribuição ao Mercado Editorial do Prêmio PublishNews. É mais um reconhecimento pela admirável carreira. O papel de um editor, os caminhos para a formação dos leitores e alguns dos livros fundamentais da vida de Jiro também foram assuntos da nossa conversa. * Aqui o caminho para a newsletter da Página Cinco: https://paginacinco.substack.com/ **A foto de Jiro usada na arte do podcast foi feita por Jedson Santos para o Publishnews

    1h 8m

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O Página Cinco fala de livros. Dos clássicos aos últimos sucessos comerciais, dos impressos aos e-books, das obras com letras miúdas, quase ilegíveis, aos balões das histórias em quadrinhos. Rodrigo Casarin é jornalista pós-graduado em Jornalismo Literário. Vive em São Paulo, em meio às estantes com as obras que já leu e às pilhas com os livros dos quais ainda não passou da página 5.

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