Arcanos do Quarto Evangelho

Lição Esotérica Podcast

Os quatro Evangelhos encerram significados profundos, cujos mistérios se encontram além da compreensão dos teólogos e religiosos comuns. Especialmente o Evangelho de João, o mais enigmático de todos, apresenta seus mistérios sob uma luz estranha que tem confundido as conclusões dos sábios intelectuais, cujas teses se apóiam em fatos materiais, biográficos e históricos a respeito da vida de Jesus.

O intuito dessa obra não é descrever milagres e prodígios realizados por um ser extraordinário, conhecido como filho de Deus, seu conteúdo refere-se a acontecimentos psicológicos e espirituais do próprio homem em seu processo evolutivo. Isso não exclui alguns fatos importantes como a vinda de Cristo na época assinalada pela história; nem sua luta contra os escribas e fariseus do antigo culto judaico que de forma alguma podiam aceitar suas idéias, como não aceitam até o presente. O que causa perplexidade é a forma ingênua e sentimental como ela é interpretada pelas religiões populares, que ainda hoje, depois de haver transcorrido mais de vinte séculos desde a sua apresentação, ainda não foi entendida pelos guias religiosos. Os fatos relatados em suas linhas continuam a ser considerados sob um ponto de vista fantástico e ilusório, contrariando a lógica e o bom senso das pessoas que pensam e raciocinam. Os milagres, como curas milagrosas de cegos, mudos, surdos, paralíticos, não se referem a fatos sobrenaturais ou a fenômenos incompreendidos, mas a transformações psicológicas produzidas pela aplicação dos seus ensinos, naqueles que os praticam regularmente e conscientemente. É sempre oportuno lembrar que a natureza é regida por leis sábias, justas e invariáveis e Cristo, apesar da sua grandeza, não poderia indispor-se com elas absolutamente, afinal, não declarou ele que “não havia vindo para revogar a lei e os profetas, mas sim para cumpri-las?” É um fato incontestável que sem as chaves do esoterismo, especialmente o rosacruciano, a interpretação dessa obra seria simplesmente impossível. Tomar os Evangelhos ao pé da letra, como é hábito das religiões populares, é dar uma demostração de ingenuidade ou no mínimo de ignorância. Esses livros encerram formulas iniciáticas de valor incalculável, de experiências espirituais pelas quais deverá passar o candidato à vida espiritual quando ingressa no caminho que conduz à iniciação. Paralela à história de Cristo, encontra-se outra de primordial importância: a peregrinação do homem em direção ao Gólgota interior, no qual se realizará a crucificação e a ressurreição espiritual ou Páscoa.

O Quarto Evangelho, especialmente, é a exposição mais misteriosa e transcendental dos mistérios cristãos. Ele descreve de forma “sui generis” o surgimento do homem Jesus de uma forma diferente dos demais evangelistas. Nele Jesus surge como um ser já adulto dirigindo-se a João Batista para solicitar-lhe o batismo. Este Evangelho foi escrito pela escola mais avançada do cristianismo, dentro do espírito cabalístico baseado na numerologia oculta. Difere amplamente dos demais, o que torna muito difícil sua interpretação para estudantes não versados nos mistérios da antiga numerologia, que atribuía valores numéricos às letras nos idiomas do passado.

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