10 episodes

Olá, bem-vindo(a) ao podcast ADDVERSO! Aqui, Madu Porto recitará poemas e textos autorais e de outros autores, mergulhando em um mundo intenso e ADDVERSO. Venha você também!

“O que pode um poeta sem o sofrimento? O poeta precisa de sofrimento tanto quanto de sua máquina de escrever.” -Charles Bukiwski

ADDVERSO Podcast Madu Porto

    • Arts

Olá, bem-vindo(a) ao podcast ADDVERSO! Aqui, Madu Porto recitará poemas e textos autorais e de outros autores, mergulhando em um mundo intenso e ADDVERSO. Venha você também!

“O que pode um poeta sem o sofrimento? O poeta precisa de sofrimento tanto quanto de sua máquina de escrever.” -Charles Bukiwski

    O cadarço/Charles Bukowski

    O cadarço/Charles Bukowski

    Palavras de insanidade de um “velho safado”. Nesse episódio Madu Porto recita o poema “O cadarço” de Charles Bukowski, apresenta brevemente o autor convidado o ouvinte a conhecer mais de suas obras e finaliza com um poema autoral compartilhando a sua experiência com os textos desse autor sem igual.

    • 4 min
    Escrita à moda “publiciotária”/Madu Porto

    Escrita à moda “publiciotária”/Madu Porto

    Escrita à moda “publiciotária”.
    Ser redatora publicitária significa expor palavras gordas em vitrines exibicionistas.
    Possuir vogais como mercadorias e formar textos com cédulas.
    Não existe arte nem beleza, apenas futileza.
    As campanhas emocionais, não são tão sentimentais.
    As ações beneficentes, não são tão recorrentes.
    Com toda a podridão, tenho desenvolvido apenas aversão.

    Prosa autoral. Madu Porto

    • 3 min
    Eu engulo/Madu Porto

    Eu engulo/Madu Porto

    “Eu engulo” uma poesia que exterioriza o interno.
    Autora: Madu Porto

    Coloque seus fones, aperte o play e imerja nessa reflexão emocional.

    Eu engulo meus problemas,
    Coloco na boca as dores alheias e as minhas,
    Enfio no fundo da garganta as preocupações e o estresse,
    a ansiedade e o medo,
    E me obrigo a mastigar…
    Com os olhos cheios d’água e uma lágrima escorrendo em meu rosto por esforço e dor, eu engulo.
    Eu engulo, eu engulo, eu engulo.
    E quando acho que finalmente estou bem, que sou forte e estou pronta para continuar,
    O meu estômago embrulha.
    Lotado de angústias e energias ele transborda.
    Não aguenta mais segurar.
    Não aguenta mais digerir.
    Está cansado. Está doente.
    Um refluxo, um vômito,
    E tudo volta à tona.

    • 3 min
    A arte de perder/Elizabeth Bishop

    A arte de perder/Elizabeth Bishop

    Elizabeth Bishop
    A arte de perder

    “A arte de perder não é nenhum mistério;
    Tantas coisas contêm em si o acidente
    de perdê-las, que perder não é nada sério.

    Perca um pouquinho a cada dia. Aceite, austero,
    A chave perdida, a hora gasta bestamente.
    A arte de perder não é nenhum mistério.

    Depois perca mais rápido, com mais critério:
    Lugares, nomes, a escala subseqüente
    da viagem não feita. Nada disso é sério.

    Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero lembrar a perda de três casas excelentes.
    A arte de perder não é nenhum mistério.

    Perdi duas cidades lindas. E um império
    que era meu, dois rios, e mais um continente.
    Tenho saudade deles. Mas não é nada sério.

    - Mesmo perder você (a voz, o riso etéreo que eu amo) não muda nada. Pois é evidente que a arte de perder não chega a ser mistério por muito que pareça (Escreve!) muito sério.”

    • 3 min
    Neologismo em fuga/Madu Porto

    Neologismo em fuga/Madu Porto

    Após um distanciamento do “eu mesmo”, da escrita e consequentemente do podcast, decidi retornar com o episódio “Neologismo em fuga”, recitando uma poesia autoral e acrescentando uma nova dinâmica aos episódios. Aperte o play e entre em um mundo ADDVERSO comigo!

    Poesia: Neologismo em fuga

    A fuga se faz presente cada vez mais.
    Antes era apenas uma tendência, algo hereditário ou então astrológico.
    Logo, surgiu uma intriga, pulginha atrás da orelha, sabe?
    Pensamento, de tantos sussurros se formou.
    Depois, tornou-se um desejo.
    Tardiamente, concretizou-se em um hábito.
    E agora… uma necessidade?

    Ah, fugir!

    Fugir de compromissos, fugir de vontades, de pessoas, do eu mesmo, e quando vi, fugi da realidade.

    Tropiquei, galopei, corri, acelerei, sem olhar pra trás me encontrei “fugido”. (Ou então perdido?) Não! “Fugido”.

    Fugi por escolha. Sei muito bem a cidade, o bairro, a rua, o nome, o número; até o CEP eu já decorei da minha “FUGA”.

    Fugir, “fugagem” se me permite apropriar de um verbo inexistente, não é uma arte para qualquer um, como disse, foi cativado, ignorado, alimentado, porque aliás, reprimir é potencializar, não?

    Não vem ao caso, a questão é que… foragido ou não, a fuga se faz presente cada vez mais.
    Então, abrace logo ou seja “fugado”.

    • 4 min
    O relógio/Larissa Campello

    O relógio/Larissa Campello

    O relógio-Pé de Nuvem/Larissa Campello

    “Estava parado quando a conheci. Daqui do alto, nesse lugar sagrado, observava de longe aquela pressa que a movia, mas não a deixava sair do lugar. Ainda pequena, ouviu dizer do mundo que tinha de correr. Não sabia pra onde e nunca parou para escutar. Passou a vida toda indo, poucas vezes foi. Ansiava tanto pelas chegadas que raramente reparava no caminho. Desatenta, cometia sempre os mesmos erros - e corria ainda mais para fugir deles! Os ponteiros ensinaram que o mais importante era seguir em frente. Ela só não percebia que, como eles, andava em círculos. De tanto girar, ficou tonta. Não resistiu aos vultos de suas próprias multidões. Agora era a vida que ventava sob seus olhos! Com a vista embaçada, e sem conseguir abri-los direito, foi obrigada a olhar para dentro. Há tanto tempo não se via, que quase não se reconheceu. Teve medo de nunca se encontrar - e quem a esperaria? Mas lá no fundo, diante da eternidade, percebeu que o tempo nem existia. Não havia relógios para ditar a hora certa de crescer e seus aniversários já não a pressionavam tanto a sair do casulo. Só o amor a libertava da vida presa na ilusão. E era por meio dele que ela se descobria. A cada sentido resgatado, o vento ia diminuindo até virar brisa. Foi quando olhou aqui pra cima e reparou que eu ainda marcava a mesma hora desde que viu a sua vida passar. Não vamos falar em tempo perdido, até porque preso a números e ponteiros nunca ando para trás. Mas, deste dia em diante, ela nunca mais me trocou as pilhas. Passou anos alimentando ansiedades e expectativas e pela primeira vez teve o controle de suas vontades no coração. Hoje, sabe que todo despertar vem de dentro e espera, pacientemente, que o mundo respeite o ritmo da sua caminhada.”

    • 2 min

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