124 episódios

BANTUMEN é um magazine online, com foco na cultura negra da lusofonia.

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    • Sociedade e cultura
    • 5,0 • 5 classificações

BANTUMEN é um magazine online, com foco na cultura negra da lusofonia.

    O segredo do campeão Zicky Té

    O segredo do campeão Zicky Té

    Zicky Té está indiscutivelmente numa das melhores fases da sua vida. Só em 2022, o universo do futsal elegeu-o o Melhor Jogador Jovem do Mundo e Melhor Jogador da Europa. Nesta entrevista exclusiva para a BANTUMEN - em que o conseguimos tirar, por um momento, das merecidas férias - o atleta do Sporting Clube de Portugal falou-nos sobre a sua trajetória no futebol, as suas origens e confirmou-nos que não se é campeão por acaso, é preciso ter e nutrir uma mentalidade de campeão.

    Nascido na Guiné-Bissau, Zicky revela que o seu percurso de sucesso deve muito à estrutura sólida que o apoia e que vai além das quatro linhas. É na família que tudo começa e acaba e de onde herdou o foco. O pai é o pilar que precisou sair da Guiné para garantir um futuro melhor para a sua descendência e a mãe é a base que sustenta o propósito de todos. Quanto aos irmãos, sobretudo o mais velho, ainda hoje telefonam para relembrar que o divertimento não pode estar acima da vida profissional. "E é olhar para essas pessoas e ver que o meu pai veio para cá e não tinha nada, não conhecia ninguém. Teve que começar a trabalhar nas obras. também contou com a ajuda de pessoas, claro, porque senão não seria possível. É muito difícil para uma pessoa, que não entende nem a língua, conseguir adaptar-se e mesmo assim não esquecer a família que deixou na Guiné. É um pilar e uma pessoa que vejo como inspiração. Se ele fez isso por nós, quem somos nós para não trabalhar, para retribuir pelo menos? Não que seja uma obrigação, mas acaba por ser, para retribuir tudo que ele fez por nós", explica-nos o atleta.

    Sobre o futebol, Zicky revela que - apesar de já ter pensado em ser advogado, considerando o seu gosto por debater e advogar pelas suas convicções - sempre soube que queria ser jogador. Vem daí o reconhecimento por ser um péssimo jogador de Playstation. Em miúdo, passava o tempo na rua, a jogar à bola. "Gostaria de ter o hobby de jogar play, de jogar jogos de computador e isso com os meus amigos mas passei tanto a minha infância na rua que não sei jogar Playstation. Pego num comando e estou sempre a levar 5 [golos] nos [primeiros] 10 minutos. Ainda nem começou bem a primeira parte e já estou a levar 4-0. Quando era miúdo, era mais sair, dez da manhã, ia jogar à bola, voltar só para comer, voltar para jogar à bola e essa era a minha rotina todos os dias", confirmou com saudades da infância.

    Questionado sobre a mecânica entre os seus pares no Sporting e a própria equipa técnica, o jogador não tem meias palavras. A estrutura familiar e as pessoas que trabalham comigo a nível profissional, sem dúvida é um dos segredos e uma das alavancas para estar neste processo, para ser o jogador que sou hoje e o jogador que eu quero me tornar ainda. A minha sorte, por assim dizer, é ter pessoas que me querem muito bem e que trabalham ao máximo para o meu sucesso.

    Nesta entrevista, realizada também em vídeo, Zicky falou-nos sobre a sólida irmandade da sua equipa e o apoio que sempre teve da parte técnica, o amor pela música - não, o jogador não se vai revelar, para já, aos microfones - e ainda deu um conselho aos jovens que lhe querem seguir as pisadas.

    • 47 min
    "Às vezes esquecemo-nos da beleza da caminhada", Alex d'Alva

    "Às vezes esquecemo-nos da beleza da caminhada", Alex d'Alva

    O cantor Alex D’Alva foi o último convidado da rubrica BANTUMENPodcast, agora conduzida por Paulo Pinheiro. Com dois concertos à porta - no dia 2 de fevereiro, no Lux Frágil (Lisboa), e a 24 de fevereiro no M.OU.CO, - o cantor falou-nos sobre a concepção do novo álbum, Somos, e em como a pandemia foi parte importante do processo criativo deste projeto.

    • 52 min
    Paulo Pinheiro, o novo host da BANTUMENPodcast

    Paulo Pinheiro, o novo host da BANTUMENPodcast

    Com o ano praticamente na reta final, na redação da BANTUMEN as mudanças continuam a ser alinhadas. Parte delas é o novo alinhamento dos podcasts, que conta agora com um novo condutor, Paulo Pinheiro.

    Cara conhecida do mundo digital e da TV em Angola, Paulo está agora a viver em Portugal e vai dividir a liderança da BANTUMENPodcast com Ana Rita d'Almeida.

    • 58 min
    Kady: "Temos de nos unir, munir e sermos fortes a fazer o que fazemos"

    Kady: "Temos de nos unir, munir e sermos fortes a fazer o que fazemos"

    Mãe, filha da fundadora do grupo Simentera e neta da figura de destaque na luta pela independência da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, Amélia Araújo: A segunda convidada da nova temporada da BANTUMENPodcast, Kady, apresentou-se no nosso cenário com voz segura e com o crioulo na ponta da língua.

    • 51 min
    Toty Sa'Med: "Falta-me um pouco de toxicidade"

    Toty Sa'Med: "Falta-me um pouco de toxicidade"

    Envolvido na produção de várias músicas artistas conhecidos, discretamente, Toty Sa’Med tem-se açambarcado dos ouvidos de quem gosta da música pop atracada nas sonoridades dos PALOP. Com Moxi, o álbum de estreia, quase à porta, o artista angolano que foi obrigado a confinar-se em Lisboa e que ali decidiu assentar raizes foi o primeiro convidado do BANTUMENPodcast com Ana Rita d’Almeida na condução.

    A conversa decorreu ia o dia longo, entre as quatro paredes do estúdio Arrecada Sons, de Pedro Silva, e com as câmeras em modo REC mas podia ter acontecido numa qualquer noite, entre amigos, regada com um bom vinho maduro, considerando o à vontade de Toty quanto às interrogações de Ana sobre o ambiente pré e pós eleitoral em Angola, as suas inspirações, a sensibilidade castrada do homem negro e, claro, a produção da obra que vai lançar já nesta sexta-feira, 21.

    • 1h
    Ana Rita D'Almeida, a nova host da BANTUMEN

    Ana Rita D'Almeida, a nova host da BANTUMEN

    A BANTUMEN, antes de tudo, é um projeto comunitário que procura abraçar a individualidade que cada um representa e que dá forma àquilo que a comunidade afrodescendente representa: pluralidade.

    Por isso, antes de avançar com uma nova temporada do BANTUMEN Podcast, decidimos que seria hora de apresentar novas caras, novas ideias, novas formas de comunicar, de ser e estar.

    Nessa procura fizemos felizes encontros. A Jez Samuel é uma jovem licenciada em Jornalismo, de raizes angolanas e cujo nome do meio deveria ser Aguerrida. Nunca desiste de uma missão assumida. A Jez é assim a nossa nova colaboradora editorial, que vai procurar alimentar a revista digital com os assuntos de atualidade sobre esta nossa lusofonia negra.

    A Natália Alves é um mimo de sangue guineense que, ao primeiro cruzar de palavras, não permite que a subestimem. Com uma luz de quem vive num mundo de princesas e um pensamento crítico apurado de quem está atento ao que se passa em seu redor, preparem-se para a verem dar cara e voz a temas pertinentes na revista e nas redes sociais da BANTUMEN.

    Fechamos este ciclo de encontros, por agora, com a Ana Rita d'Almeida. A sua árvore genealógica está fundeada em Cabo Verde, Portugal e Índia, quis ser cozinheira, cantora, jornalista e diplomata mas acabou no marketing digital e a liderar o projeto Ponto Parágrafo, no [falecido] Club House. Fundou a Curly Essence - que nasceu da necessidade de dar voz às mulheres que usam cabelo natural mas é no E-Commerce e no Marketing Digital para Pequenas e Médias Empresas que ganha a vida. A partir de agora, vamos poder [voltar a] ouvi-la na BANTUMEN Podcast, para dar lugar à sua verdadeira paixão, falar muito e rir alto, mas sobretudo partilhar e dar a conhecer histórias e estórias que inspiram.

    Apresentamos assim um novo episódio da BANTUMEN Podcast, com Ana Rita d'Almeida. A conversa foi conduzida por Eddie Pipocas que, com a sua sempre presente pertinência constrangedora, dá-nos a conhecer a nossa nova host, que é fã do Benfas e adora um bom bagaço [diz que faz bem à voz].

    • 25 min

Críticas de clientes

5,0 de 5
5 classificações

5 classificações

_cambutz ,

Criadores de Conteúdo Negro e Cativeiro Digital

Este episódio é muito importante para todos nós, que desejamos e planeamos ter um negócio próprio.

Formado de cariz muito inteligente, e sem dúvida abordou temas que dariam horas para debates para dias ou meses mesmo.

Concordo c o Eddie Pipocas quando diz que ainda estamos presos pela aprovação dos brancos para evoluirmos e alcançarmos o número de público elevado. Daí, os nossos irmãos perderem-se quando chegam a essa fase.

Sou da opinião em que devemos manter-nos fiéis e produzir conteúdo de nós para nós. Nunca excluindo a possibilidade de uma pessoa de tez branca poder também participar, opinião, assim como gostar do nosso produto. Só não concordo que devemos produzir conteúdo a pensar nas palavras bonitas que devemos usar para não ferir suscetibilidades de outrem. Sem dúvida, a bantumen foi a melhor plataforma de conteúdo negro que surgiu. Espero que se mantenha e evolua muito mais sem nunca se desviar do caminho.

Eddie, sem dúvida muito próximo da minha linha de pensamento. Não falaria melhor! Comunidade não tem de ser amigo.

eddiepipocas ,

Muito boa conversa

Estou adora as conversas que tenho ouvido nestes episodio

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