Birras de Mãe

Birras de Mãe

Nestas Birras de Mãe discutem, sem sombra de politicamente correcto, medos, irritações, perplexidade, raivas e mal-entendidos entre gerações.

  1. 21 NOV

    “Tinha medo de fazer mal ao meu filho”. A depressão pós-parto é para levar a sério

    Pintamos o nascimento de um filho de cores claras e chilrear de passarinhos, como se tudo fosse felicidade, tornando quase impossível que uma mãe se sinta capaz de pedir ajuda quando os pensamentos mais negros lhe enchem a cabeça. Como é que terá coragem de confessar, por exemplo, que tem medo de se magoar a si mesma ou, vergonha das vergonhas, cometer um acto de desespero contra o seu recém-nascido, que não pára de chorar? Pois, é tão difícil não julgar os outros, e as mães que sofrem de depressão pós-parto sabem que é assim e por isso calam o seu gigantesco sofrimento, deixando perdidos também a sua família mais próxima. Porque ninguém lhes disse, ou se disse nem ela, nem quem a rodeia acreditam realmente, que sofrem de uma doença, uma doença a que é preciso urgentemente acudir. Mas que tem cura. Foi para chegar a cada vez mais mães e prevenir os casos graves que uma equipa de psicólogos clínicos da Universidade de Coimbra criou a plataforma digital Be a Mom (beamom.pt), com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, e que já foi testada num universo de mais de mil mulheres. Uma aplicação fácil de usar no telemóvel, adaptando-se à rotina e à necessidade de confidencialidade, destinada a todas as recém-mães, com conselhos e sugestões, mas também com a capacidade de avaliar o nível de depressão e de alertar em caso de risco. Entre neste episódio de Birras de Mãe e fique a saber mais sobre este projecto, que é urgente divulgar. O Birras de Mãe está disponível na Apple Podcasts, Spotify e em todas as restantes aplicações para podcasts.   See omnystudio.com/listener for privacy information.

    13 min
  2. 14 NOV

    Aprender a adiar a gratificação: a experiência do marshmallow

    A experiência da Universidade de Stanford já tem décadas, mas continua a ser fascinante e divertida de ver: uma criança é deixada num gabinete sozinha com uma guloseima à frente e é-lhe dito que se conseguir ficar uns minutos sem a comer, o investigador vai recompensá-la com duas guloseimas. A forma como cada uma delas reage é registada, e há de tudo: desde os mais impulsivos que querem lá saber do futuro e tratam de engolir o marshmallow imediatamente, até aos que inventam estratégias que os ajudam a resistir à tentação, como virar a cadeira para não ter de encarar a armadilha, ou lambendo-a suavemente, sem a trincar. As conclusões deste ensaio levaram os psicólogos a perceber que as crianças mais pequeninas são, pura e simplesmente, incapazes de adiar o prémio, mas que a capacidade de adiar a gratificação aumenta não só com a idade, mas também com o treino. E que vale a pena treinar, porque as pessoas que são capazes de adiar o prazer são, por regra, mais felizes, serenas e mais altruístas. Mas como é que isto se faz, sobretudo num tempo em que não são só os nossos filhos que querem tudo agora e já, e a internet/telemóveis/jogos nos oferecem tanta coisa em milésimos de segundo? O episódio destas nossas Birras de Mãe dá-lhe algumas estratégias — partilhe connosco as suas. A avó começa logo por dizer que se fosse ela comi-a o logo! See omnystudio.com/listener for privacy information.

    17 min

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Nestas Birras de Mãe discutem, sem sombra de politicamente correcto, medos, irritações, perplexidade, raivas e mal-entendidos entre gerações.

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