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Vencedor por Prémio Leya 2023, "Não Há Pássaros Aqui" de Victor Vidal é um livro que põe a nu o efeito do trauma numa criança que cresce desenraizada e que tem como único amigo um menino também ele completamente à deriva.

Muitos anos depois, quando Ana recebe um telefonema a dizer que Andrea, a sua mãe, desapareceu, o regresso a esse mundo negro da infância é inevitável, mas o reencontro com Benjamim, o seu amigo de infelicidade, pode ser o que Ana precisava para mudar a sua vida. Ou será que não?

Mas a crueldade e a violência que caracterizam este livro são mesmo necessárias? E que tipo de leitura proporcionam? É o que vos contamos neste episódio.

Com a publicação recente de "A Palavra que Resta" de Stênio Gardel e de "Não Há Pássaros Aqui" de Victor Vidal, os dois autores estiveram em Portugal para divulgar os livros e, a convite da Leya, tive a oportunidade de falar um pouco com eles.



Fiquem a conhecer melhor dois escritores que representam o melhor que a literatura brasileira contemporânea tem para oferecer.

Imbuídos do espírito do #lusitanautores, escolhemos para a leitura de junho do Clube Livrólicos Anónimos um livro de uma escritora portuguesa muito especial. Falamos de "No Tempo das Cerejas" de Célia Correia Loureiro, editado recentemente pela Aurora.

Com uma pesquisa exemplar e uma escrita que revela muito talento e trabalho, o livro leva-nos para a Lisboa dos anos 20 aos anos 50, acompanhando a história de Irene, uma cantadeira endinheirada que relata a um jornalista e escritor a sua vida, especialmente os episódios que envolvem a sua amiga Lena.

Mas afinal, o que aconteceu entre Irene e Lena? E será esta história suficientemente cativante para levar um jornalista a investir tempo a ouví-la e nós a lê-la? É o que vos contamos neste episódio.

A Feira do Livro de Lisboa é o ponto alto do ano de muitos livrólicos. Uma oportunidade única de encontrar muitos amigos feitos online, de estar com os escritores favoritos e de comprar muitos livros que aguardarão pacientemente na estante a sua vez de serem lidos.

Mas como foi ao certo a nossa Feira do Livro de Lisboa 2024? Que livros comprámos? Em que eventos participámos? E o que achámos daquela que é considerada a maior Feira de sempre? É isso mesmo que vos contamos neste novo episódio.

Com um pouquinho de atraso, falamos finalmente da leitura de maio do Clube Livrólicos Anónimos: "Refúgio no Tempo" do International Booker Prize Gueorgui Gospodinov, editado em Portugal pela Relógio d'Água com tradução feita diretamente do búlgaro.

Partindo de clínicas para doentes com Alzheimer, em que os pacientes podem reviver a década de que guardam melhores memórias, o reencenar o passado ganha grandes proporções, numa narrativa em que ficção e realidade se misturam continuamente.

Mas como será a experiência de ler um livro tão ambicioso e com tanto de único?

Junho e julho são meses de #lusitanautores, a iniciativa em que vos desafiamos a lerem autores portugueses vivos. Porque quanto mais lermos autores portugueses, mais oportunidades criamos para que outros possam ser publicados.



E claro, não vos lançaríamos um desafio, sem vos dae sugestões e sem revelar algumas das nossas leituras.



João recomenda:

"Augusta B" de Joana Bertholo

"Lilias Fraser" de Hélia Correia

"A Menina Invisível" de Rita Cruz

"Crónicas de Lisboa" de Ferreira Fernandes e Nuno Saraiva

"O Duelo" de Inês Viegas Oliveira



Silvéria recomenda:

"Nas Minhas Mãos, a Morte" de Anabela Lopes

"Os Anjos Não Morrem e Tu Morreste Duas Vezes" de Marta Duque Vaz

"Os Segredos de Juvenal Papisco" de Bruno Paixão

"O Sono Delas" de Filipa Fonseca Silva, Iris Bravo, Maria Isaac, Helena Magalhães e Susana Amaro Velho

"Os Avós São as Pessoas Preferidas dos Pássaros" de Raquel Patriarca e Sérgio Condeço:



João vai ler:

"Transparente" de Mariana Rio

"Um Dedo Borrado na Tinta" de Catarina Gomes

"De Nome Esperança" de Margarida Fonseca Silva

"Sinais de Fumo" de Alex Couto

"Teoria das Catástrofes Elementares" de Rita Canas Mendes



Silvéria vai ler:

"No Tempo das Cerejas" de Célia Correia Loureiro

"Souvenir" de Marta Hugon

"O Lento Esquecimento de Ser" de Miguel d'Alte

"Impunidade" de H. C. Cancela

"Misericórdia" de Lídia Jorge