A geopolítica da privatização da Petrobrás

O Brasil poderia constituir uma "holding" - companhia que voltada a deter participações acionárias estratégicas em outras empresas - pública atuando coordenada e estrategicamente no setor de produção e pesquisa energética (petroquímico, fotovoltaico, eólico, hidroelétrico etc.), logístico, infraestrutura etc. Mas... a ideologia da República Velha, que busca retroagir aos governos de Washington Luís e Arthur Bernardes e à Constituição de 1891, está nos movendo a um neocolonialismo. 

Este setor cada vez mais vem sendo controlado, em vários elos, por gigantes estrangeiras, especialmente estatais. E sofre ainda com lóbi muito forte, rico e sorrateiro nos bastidores da política e na atuação aberta de governantes e congressistas.

E vai se inviabilizando para a Petrobrás a possibilidade – onde na verdade há uma imperativa necessidade – de se reorientar estrategicamente para ser muito mais do que uma empresa de petróleo, mas ser ator principal em um complexo de coordenação e operação estratégica para suprimento energético e derivados, de forma muito mais ampla. E assim sacramentamos um país em que engenheiros são entregadores de aplicativo.

Imagem: Wikicommons. Flâmula da Petrobras usada na ocasião da inauguração da Refinaria Presidente Bernardes em 16 de Abril de 1955.

Trilha: Jack Son Samba - artista Yanivi.

Fundo: Half Mystery by Kevin MacLeod

Link: https://incompetech.filmmusic.io/song/5026-half-mystery

License: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/