João Costa: “Tinha duas colegas com 14 anos que se prostituíam e amigos que não comiam e viviam em barracas; cresci irritado por ter privilégios”

Geração 70

Cresceu em Setúbal, vivia com os pais, os três irmãos e a avó, mas nasceu em Lisboa, em novembro de 1972, porque o pai era "alfacinha de gema". Depois da Revolução, o país ficou “demasiado frágil” e viu a “miséria” à porta de casa. “Tinha amigos que não tinham casa, viviam em barracas. Tinha duas colegas de turma que aos 14 anos prostituíam-se”. Teve uma infância e vida privilegiadas, mas as desigualdades sempre o incomodaram. Desde pequeno que quis ser professor, não gostava de jogar à bola na rua e no Verão ia com a mãe, professora, para a escola ajudá-la a fazer turmas. É escuteiro desde os 9 anos e fez teatro em criança. Hoje é professor catedrático de Linguística, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, mas nos últimos oito anos fez parte do Governo de António Costa. Veio da academia, não tem nenhum "passado político" e não foi para a política por vaidade. "Se quisesse popularidade não tinha sido Ministro da Educação". João Costa é o novo convidado do Geração 70. Esta é uma conversa conduzida por Bernardo Ferrão sobre a infância, vida e carreira do ex-ministro e sobre o papel dos professores, alunos e pais hoje nas escolas. “Ser pai não me dá o direito de negar ao meu filho o acesso à informação. A disciplina de cidadania pode ser comparada ao português ou à matemática: é informação”

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