A influência do novo DeepSeek, a IA prioridade sobre a sustentabilidade e as novas recomendações do YouTube - e262s01
Neste episódio 262 falamos da queda do Chat GPT por causa de DEEP SEEK e o que diz WallStreet, se IA matou a sustentabilidade no marketing e as novas recomendações do YouTube.
Episódio de 30/01/2025
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MIGUEL
Chat GPT em queda? O que diz wallstreet sobre DEEP SEEK Nas últimas duas semanas uma notícia aterrou como uma bomba no mundo da Inteligência Artificial…A empresa chinesa DEEP SEEK lançou o seu modelo de Large Language Model e dizem que os seus modelos revolucionários oferecem uma performance semelhante à do Chat GPT o1 mas com um custo muito mais baixo. A APP mobile do modelo foi lançada agora no início de Janeiro e já está a bater records de downloads e instalações em todo o mundo. Acho que isto é uma excelente notícia para o Luís Montenegro e para a nossa Amália…pois os chineses acabaram de confirmar que com um pequeno investimento entre 5 e 10 milhões de dólares é possível competir com o Chat GPT. Peço desde já desculpa ao nosso primeiro ministro por ter duvidado sobre se valia ou não a pena fazermos este investimento. Mas adiante e fora de brincadeiras…a realidade é que realmente com um investimento bastante reduzido foi possível criar um modelo de grande qualidade e performance. Claro que os mais meticulosos vão dizer que XPTO, micro segundos, ou textos etc. Eu fiz um teste que costumo fazer sempre que vou testar um novo modelo que é pedir para me criar listas de palavras-chave para determinados produtos e serviços e fiquei surpreendido porque o chat GPT geralmente devolve algumas palavras-chave. O deep seek devolveu palavras-chave grupos categorizados como palavras de alto valor, palavras de intenção local, palavras long tail, e mais grupos. A questão não é se o deep seek é tão bom ou não… aparentemente está a altura. A questão torna-se como é que é possível ter sido tão mais barato que o chat GPT. OpenAI’s GPT-4: $600M + training cost DeepSeek: $6M total Há uns tempos atrás num episódio disse que neste momento qualquer um consegue fazer um LLM em casa…tecnicamente o segredo deixou de ser segredo e há tutoriais online. A grande diferença na qualidade dos outputs está na estratégia de Dados e nos Dados com que motor é treinado. No entanto o mundo ocidental aparentemente está focado na AGI, a inteligência artificial realmente inteligente etc…quando os chineses talvez por não terem o mesmo acesso aos chips focaram-se em tornar a AI barata. Outro factor importante…além de ter sido mais barato de construir é mais barato de utilizar: OpenAI: $100+ per million tokens DeepSeek: <$4 per million tokens Claro que isto lançou o CAOS na bolsa e neste momento alguns velhos do restelo colocam em causa todas as big techs de AI americanas…o que será que isto significa? Dizem que esta startup foi responsável por uma perda no valor de 3 triliões no mercado de stocks americanas…só a NVIDIA perdeu 500 Biliões! Mas será que faz sentido tanta euforia? Hoje partilho com vocês opiniões das consultoras de wallstreet para formarmos uma opinião e já agora peço aos meus colegas painelistas para dizerem com qual concordam mais: Jefferies: Acredita que a eficiência da DeepSeek poderá reduzir o entusiasmo em torno dos investimentos em capacidade, pressionando as empresas de IA a justificarem os seus planos de despesas crescentes, sem impactar significativamente, a curto prazo, o mercado de smartphones com IA. Citi: Interroga-se se as conquistas da DeepSeek foram alcançadas sem o uso de GPUs avançadas e sustenta que o acesso dos EUA a chips mais sofisticados continua a ser uma vantagem, duvidando que as empresas líderes se afastem das tecnologias mais avançadas. Bernstein: Argumenta que as inovações de custo da DeepSeek são importantes, mas não milagrosas, e prevê um aumento na procura por eficiência, conforme o paradoxo de Jevons, sem cair em pânico com as reações exageradas nas redes sociais. Morgan Stanley: Não confirmou a autenticidade dos relatórios sobre os modelos da DeepSeek, mas sugere que a capacidade de desenvolver LLMs avançados com menor investimento poderia alargar a utilização de IA para computadores mais pequenos e aumentar a procura por produtos relacionados. Goldman Sachs: Vê a possibilidade de uma competição mais intensa entre os gigantes da internet e startups devido à redução dos custos de entrada, e uma mudança do foco de treino para inferência, que exige menos recursos computacionais. J.P. Morgan: Destaca a eficiência dos modelos da DeepSeek e o potencial de redução de custos, mas nota que grandes investimentos não se traduzem necessariamente em mais inovação, mencionando a capacidade de disrupção. Eu pessoalmente acredito que as big tech vão parar com os anúncios parvos sobre AGI e vai haver um maior foco na eficiência nos anúncios que vão ser feitos em 2025… e também acredito que isto é uma nova oportunidade para start-ups desta área!
- Com quais destas opiniões se identificam mais?
- Tenho um amigo que aposta que daqui a 3 meses nem me lembro do Deep Seek…será verdade?
DIOGO
Estará a integração da inteligência artificial no marketing a matar a sustentabilidade no marketing? Um questionário da European Marketing Confederation e com a colaboração em Portugal pela APPM destacou que 44% dos marketers já colocam a utilização de IA no topo das suas prioridades para 2025, superando até mesmo a gestão de marcas e o marketing de performance. Segundo o survey a mais de 1600 marketers , as empresas estão focadas em ferramentas de hiperpersonalização, automação de processos e análises preditivas para criar experiências mais relevantes para os clientes. Contudo, tópicos como o propósito foram mencionados como prioridades por apenas 2% dos entrevistados. Para os marketers em Portugal, o top 3 de prioridades para 2025 são a IA no marketing em primeiro lugar, em segundo o foco na gestão de marca e alcance e em terceiro lugar o foco da sustentabilidade no marketing Ou seja, na verdade, em Portugal quando comparado com a média geral ainda temos a sustentabilidade no top 3. Destacar a crescente importância da IA no marketing pode ajudar as empresas a adaptarem-se mais rapidamente às tendências futuras e às mudanças emergentes na organização empresarial. Enfim, o estudo tem muito mais informação como o principal desafio para 2025 identificado pelos marketers serem a coleção e consolidação de dados e a falta de competências e e compreensão sobre a IA. Mas a questão em que me quero concentrar aqui é sem dúvida o ponto da sustentabilidade e clara priorização pela IA. Porque apesar das tendências nos dizerem que a sustentabilidade é algo prioritário para os consumidores (e relembro que na nossa análise das mais de 300 tendências, sustentabilidade era mencionada pela Kantar, Accenture entre outras).
Será que os marketers estão a fazer a escolha certa ao priorizarem AI?
European Marketing Agenda 2025_FINAL-v2.pdf
FRED
Em 2025, o YouTube não está apenas a recomendar vídeos, mas a compreender as nossas intenções como um livro aberto. Todos concordamos e falamos regularmente sobre como o ecossistema das plataformas digitais está mais dinâmico do que nunca. Entre a evolução da inteligência artificial no YouTube e a incerteza em torno do futuro do TikTok nos Estados Unidos, os criadores e as marcas estão a reinventar as suas estratégias para captar a atenção do público. Primeiro quero destacar a Personalização Inteligente: o novo foco do YouTube A plataforma fez saber que o algoritmo de recomendação do YouTube transformou-se num motor que prioriza a satisfação do utilizador. Mais do que cliques e tempo de visualização, agora avalia-se como os utilizadores se sentem em relação ao tempo que passam na plataforma, ou seja, o contexto desempenha um papel crucial. Dependendo do momento do dia e do dispositivo utilizado – seja o telemóvel de manhã ou a TV à noite – o YouTube ajusta as suas recomendações para oferecer a melhor experiência personalizada. "queremos ser mais como o chef especialista, que adapta receitas, e menos como alguém que apenas segue um manual." Depois o YouTube Premium com novas funcionalidades para criadores e utilizadores Com áudio de alta qualidade, o recurso picture-in-picture para iOS e downloads inteligentes de Shorts para visualização offline, o objetivo é claro: tornar a interação mais fluida e envolvente. E para fechar, a ameaça ao TikTok e a pesquisa por alternativas Enquanto o YouTube evolui, o TikTok enfrenta desafios. O risco de um banimento nos EUA levou marcas e criadores a explorar outras plataformas, como Instagram Reels e YouTube Shorts. A incerteza incentivou uma diversificação forçada que, embora desafiante, é uma lição para não depender exclusivamente de uma única ferramenta. Pausas nos anúncios no TikTok, ou expansão para outras plataformas têm sido algumas das opções. Uma coisa é clara: a capacidade de se adaptar e de criar estratégias baseadas na personalização Pergunta: Com a incerteza sobre o TikTok nos EUA e a diversificação para plataformas como Instagram Reels e YouTube Shorts a ganharem força, quais as prioridades estratégicas das marcas e criadores para se manterem relevantes num cenário t
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- PublishedJanuary 30, 2025 at 7:04 AM UTC
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