P24

P24

De segunda a sexta às 7h. Antes de tudo: P24. O dia começa aqui

  1. Marcelo sai em defesa da lei das freguesias que foi feita “à marretada”

    2 天前

    Marcelo sai em defesa da lei das freguesias que foi feita “à marretada”

    Logo depois de a Assembleia da República ter aprovado um decreto-lei que restaurava 302 freguesias extintas pela Lei Relvas de 2012, o PS pôs a circular esta mensagem de celebração no YouTube. A extinção das freguesias sempre tinha sido combatida pela esquerda e desta vez o PS tinha arrastado atrás da sua iniciativa o próprio PSD e o CDS. Era uma vitória que justificava a festa. Do que ninguém estava à espera era de um chumbo do Presidente ao diploma. Marcelo, que em 2012, tinha afirmado que a Lei Relvas tinha sido feita à marretada, Marcelo que, em Janeiro, tinha anunciado nada ver contra a promulgação do decreto para a desagregação, surpreendeu e chumbou o diploma. O Presidente sustenta a sua posição política em três ordens de razões. Primeiro, não acredita que seja possível as freguesias separarem-se a tempo de elegerem os seus novos representantes nas autárquicas de Setembro ou Outubro; segundo, tem dúvidas sobre a forma como o Parlamento aprovou as 302 separações depois de a comissão parlamentar que aplicou os critérios da lei ter concluído que apenas 274 freguesias estavam em condições para os cumprir. Finalmente, o Presidente receia que a lei implique uma reversão num caminho de reordenamento e de racionalização do Poder Local. Entre dúvidas de natureza prática e dúvidas políticas, a decisão do Presidente ameaça o desejo da esquerda, das populações e dos autarcas em redesenhar o mapa das autarquias a tempo das eleições. O PS tem pressa e diz que irá confirmar o decreto de assim que lhe for possível. O PSD não parece assim tão empenhado em mudar, até porque teve dúvidas sobre a transparência com que o processo foi conduzido. Resta ainda assim a questão essencial: vale a pena reverter a lei Relvas e recriar 302 das 1168 freguesias extintas? Para que servem as freguesias nos dias da digitalização? Como nos comparamos em termos de administração de proximidade com os congéneres europeus? Para encontrar respostas a estas interrogações, convidamos para o episódio de hoje do P24 o professor António Cândido de Oliveira, professor Catedrático Jubilado da Escola de Direito da Universidade do Minho, presidente da direcção da Associação de Estudos de Direito Regional e Local. See omnystudio.com/listener for privacy information.

    18 分鐘
  2. A paz na Ucrânia nas costas da Europa e dos ucranianos

    3 天前

    A paz na Ucrânia nas costas da Europa e dos ucranianos

    Há três dias, o presidente norte-americano Donald Trump não escondia o seu optimismo sobre uma solução negociada para a guerra na Ucrânia. Esta quarta-feira, foi mais longe e disse ter tido uma longa conversa telefónica com Vladimir Putin para dar início a negociações. Objectivo imediato: um cessar fogo. Depois, delegações dos dois países começarão, de acordo com Trump, a encontrar as bases para um acordo de paz. Ainda segundo o presidente dos Estados Unidos, Putin quer que o processo seja conduzido pelo senso comum. Algo que Trump também defende. Se o anúncio se confirmar – e é preciso esperar sempre um pouco para que as declarações de Trump se clarifiquem -, entrámos num momento histórico. Depois de três anos de carnificina, o regresso da paz é uma grande notícia para o mundo. A história, porém, mostra-nos que há acordos de paz mentirosos e por vezes mais perigosos que a própria guerra. O Tratado de Versalhes pôs fim à Grande Guerra mas deixou as sementes do ódio para a II Guerra Mundial que foi ainda mais devastadora. Na Ucrânia, pode ser assim.  Vlodomir Zelensky já admitiu que a Ucrânia pode perder território. Se for a Crimeia, que historicamente é parte da Rússia, é uma coisa; se for o Donbass é outra – uma derrota. Para a Rússia, um acordo que lhe permita o controlo dos territórios ocupados – os mais ricos, por sinal – é suficiente para reclamar vitória. E alimentar o seu desígnio imperial. Nessa visão dos tempos do Czar, os estados bálticos, a Polónia ou a Finlândia não estão isentos de perigo. O fantasma do urso russo continuará a pairar sobre a Europa.O passo para a paz patrocinada por Washington não deixará de ser uma derrota diplomática para a Europa. A guerra é no continente europeu, e a União envolveu-se a fundo no conflito, mas no final do processo, é tratado como uma irrelevância. Uma vez mais, Trump mostra que olha para a Europa com o mesmo desdém que olha para o mundo: como um simples acessório da sua visão hegemónica da América. Para nos ajudar a reflectir sobre estas questões, convidámos José Alberto Azeredo Lopes. Ex-ministro da Defesa Nacional, professor de direito internacional do centro regional do Porto da Universidade Católica, Azeredo Lopes tornou-se uma voz indispensável para a leitura do conflito na Ucrânia. See omnystudio.com/listener for privacy information.

    16 分鐘
  3. Nuno Crato e a avaliação: os exames são bons para a aprendizagem dos alunos

    5 天前

    Nuno Crato e a avaliação: os exames são bons para a aprendizagem dos alunos

    Há poucos dias, o presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima, dava conta dos eventuais problemas logísticos com que muitas escolas do país se podiam confrontar para avançar com as provas de Monitorização da Aprendizagem (as agora famosas ModA) do 4º e 6º ano, e os exames do 9º ano. Nas TV ou nos jornais, a discussão faz-se, portanto, mais sobre a forma do que o conteúdo. Parece mais importante saber se as provas devem ser digitais, ou em papel, se as escolas têm computadores em condições e redes de wi-fi com boa velocidade do que perguntar para o que servem. Nota de agenda: as provas que estão a decorrer nestas escolas são testes de preparação para os testes reais mais lá para a frente. Há neste pano de fundo uma discussão inacabada que, essa sim, é decisiva para a educação. A de saber que tipo de exames e de provas se fazem e para quê. Em 2012, o Governo de Passos Coelho introduziu na agenda escolar avaliações nos 4, 6 e 9º ano que contavam para as notas finais dos alunos. Em 2016, o governo de António Costa acabou com essa avaliação e introduziu provas de aferição, sem consequências nas notas dos alunos, no 2, 5 e 8ª ano. Com o tempo, foram sendo feitos ajustes e, agora, o ministério de Fernando Alexandre decidiu que as provas de aferição vão acontecer no quatro e sexto ano e no nono haverá um exame que conta para 30% da nota do aluno. Se as escolas quiserem, as notas das provas do 4º e 6º ano também contam, mas não é obrigatório. Muitos professores farão questão que isto aconteça. Porque sentem que, se não contarem para nada, as provas não servem para nada. O debate sobre os exames e para que servem é importante. Sobre esses conceitos podem determinar-se não apenas o que se espera do sistema educativo, mas também o que deve motivar o trabalho dos alunos, dos professores e das famílias. Queremos que as provas sejam um indicador estatístico ou um instrumento para escrutinar a qualidade do ensino? Uma prova rotineira e inconsequente, ou um exercício que obriga alunos e professores a focar-se nos resultados? Importa mais uma escola que desenvolve competências, ou a que se empenha nos conhecimentos dos mais jovens provados em exames nacionais? O debate dura há anos e determina as apostas das políticas educativas mais à esquerda ou mais à direita, ou as opiniões que privilegiam mais os resultados ou o que se designa por vezes por desenvolvimento integral dos alunos.  Nessa discussão, Nuno Crato, o nosso convidado deste episódio, não tem dúvidas. É, desde há anos, um combatente empenhado na escola de exigências, que avalia com exames para melhorar. Nuno Crato é professor há mais de 40 anos, foi ministro da Educação e Ciência entre 2011 e 2015 e publicou há semanas o livro Aprender, uma edição da Fundação Francisco Manuel dos Santos. See omnystudio.com/listener for privacy information.

    18 分鐘
  4. As forças da União Europeia na fase mais crítica da sua história

    6 天前

    As forças da União Europeia na fase mais crítica da sua história

    A meio da semana passada, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, dizia aos embaixadores da União Europeia que vivemos num mundo novo, onde as regras da coexistência internacional dos últimos 70 anos estão a desaparecer, onde cada país ou cada bloco corre pela tecnologia, pelos negócios ou pelas armas para ganhar ascendente sobre o adversário. Nos corredores da Comissão, do Conselho ou do Parlamento Europeu vivem-se por estes dias os dramas e a ansiedade das incertezas de um tempo novo. A União Europeia está longe de dispor dos mesmos argumentos dos outros grandes blocos na ciência, tecnologia e na inovação económica, ou de ser capaz de enfrentar sozinha a agressividade imperialista do militarismo da Rússia. Mas, em Bruxelas, rejeita-se também o fatalismo. Num clima de crescente crispação, o soft power da Europa tem a sua sedução. Fala-se muito do que acontece por estes dias no manicómio em que a Casa Branca parece ter-se transformado, nota-se com crescente espanto o desempenho chinês em áreas de ponta como a inteligência artificial. Mas está, mais do que nunca, na hora de olharmos para a Europa e percebermos que muito do seu futuro, do futuro de Portugal, depende do que acontecer na União. Depende muito da resposta que der aos desafios. Depois dos alertas do Plano de Mário Draghi, como vai a Europa dispor de 800 mil milhões de euros por ano para se voltar a aproximar da liderança na economia mundial? Como vai a Europa manter-se na liderança do combate à crise climática e, ao mesmo tempo, reduzir a regulamentação que está a penalizar as suas empresas? Depois das ameaças da Rússia e da crise na relação com a América de Trump, como é que a Europa vai ser capaz de aumentar a despesa militar até os 5% do PIB que o actual secretário-geral da Nato, o holandês Mark Rutte, considera indispensável? Como vão as políticas de Coesão, que beneficiam os países mais pobres como Portugal, resistir à pressão da Defesa ou da Competitividade por recursos financeiros? No P24 de hoje temos connosco Sofia Moreira de Sousa, representante da Comissão Europeia em Portugal desde 2001. Sofia Moreira de Sousa é uma diplomata portuguesa com duas décadas de experiência nas relações externas da União Europeia que a levaram a países como Cabo Verde, onde foi embaixadora, a Etiópia ou a África do Sul.  See omnystudio.com/listener for privacy information.

    19 分鐘

評分與評論

5
(滿分 5 顆星)
3 則評分

簡介

De segunda a sexta às 7h. Antes de tudo: P24. O dia começa aqui

「Podcasts PÚBLICO」的更多內容

你可能也會喜歡

若要收聽兒少不宜的單集,請登入帳號。

隨時掌握此節目最新消息

登入或註冊後,即可追蹤節目、儲存單集和掌握最新資訊。

選取國家或地區

非洲、中東和印度

亞太地區

歐洲

拉丁美洲與加勒比海地區

美國與加拿大