13 episodes

Vamos conversar sobre sociologia e filosofia e descobrir por que cavalo alado não é centauro.
Instagram @cavaloaladopodcast

Cavalo alado não é centauro Eric Fonseca & Lívia Terra

    • Education

Vamos conversar sobre sociologia e filosofia e descobrir por que cavalo alado não é centauro.
Instagram @cavaloaladopodcast

    Você sabe com quem está falando? Cidadania no Brasil

    Você sabe com quem está falando? Cidadania no Brasil

    Nesse episódio, vamos compreender o significado de cidadania, sua origem, sua ampliação ao longo do tempo, mas vamos entender também que a cidadania plena é ainda um princípio distante da realidade e uma difícil tarefa para nós enquanto sociedade. Passeamos pela cultura brasileira para entender como o jeitinho brasileiro, a cordialidade e a carteirada são fenômenos que moldam o jeito de ser brasileiro e colocam os interesses individuais acima dos interesses e direitos coletivos, o que distorce o exercício da cidadania no Brasil.

    Você pode nos seguir no Instagram @cavaloaladopodcast (www.instagram.com/cavaloaladopodcast) para acompanhar os novos episódios.

    ---

    GUIA

    · Cidadania: conjunto de direitos e deveres que variam ao longo da história;

    · Para Marshall, a cidadania corresponde a um conjunto de direitos que podem ser classificados como direitos civis, direitos políticos e direitos sociais.

    · DIREITOS CIVIS: inclui a liberdade de expressão

    · DIREITOS POLÍTICOS: inclui poder votar e o direito de ser votado

    · DIREITOS SOCIAIS: inclui seguridade social e bem-estar social

    · Esses direitos foram progressivamente ampliados conforme as demandas sociais de grupos que se movimentaram por melhores condições de vida e participação;

    · Jeitinho Brasileiro: tática utilizada para improvisar soluções para situações complicadas. Visto de modo negativo, serve para driblar as leis;

    · Cordialidade: aspecto da personalidade brasileira que coloca a emoção no lugar da razão. Segundo Sergio Buarque de Holanda, desdobra-se na resolução de conflitos por meio de amizades, prestígio e status social. Jeitinho e cordialidade se complementam;

    · Cidadania regulada: tipo de cidadania que se consolida na era Vargas e que atribui a condição de cidadão apenas àqueles com carteira de trabalho assinada; espécie de jeitinho brasileiro para limitar o acesso à direitos fundamentais que, ao longo do tempo, acabou se misturando à personalidade brasileira, culminando (em associação ao jeitinho brasileiro e à cordialidade) no “você sabe com quem está falando?”.

    ---

    REFERÊNCIAS

    Esse episódio usou as obras “Cidadania, Classe social e status” de Thomas H. Marshall, “Raízes do Brasil” de Sérgio Buarque de Holanda, “Cidadania e justiça: a política social na ordem brasileira” de Wanderley Guilherme dos Santos, “O jeitinho brasileiro” de Roberto DaMatta, “Gênero e Desigualdade: limites da democracia no Brasil” de Flávia Biroli.

    ---

    CRÉDITOS

    Esse episódio usou áudios de Band Jornalismo (youtu.be/zVcIEj_AMvw), Arquivo Nacional (youtu.be/Ldn3h9Wq3Z0), Poder360 (youtu.be/zjNe6NdGJAE), Rede Globo (globoplay.globo.com/v/8675745/), Rede TVT (youtu.be/6XsYp18hsyo) e do filme Suffragette (Dir.: Sarah Gavron, TM & Universal, 2015).

    As músicas utilizadas foram:

    Hall of the Mountain King (Edvard Grieg, 1876), Licensed under Creative Commons: By Attribution 3.0 License.

    Cálice (Chico Buarque; Gilberto Gil, 1978) interpretada por Chico Buarque e Milton Nascimento.

    Odeon (Ernesto Nazareth, 1912), Licensed under Creative Commons: By Attribution 3.0 License.

    Bachianas brasileiras nº 2, Tocata “O Trenzinho do Caipira” (Heitor Villa-Lobos, 1930) interpretado pela Osesp - Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, 2020 (youtu.be/KTKVgaY56NI).

    Trilha sonora incidental por Blue Dot Sessions (www.sessions.blue).

    • 28 min
    Conheça o Cavalo Alado não é Centauro

    Conheça o Cavalo Alado não é Centauro

    Conheça o podcast de sociologia e filosofia.

    • 2 min
    Epistemologia antiga: Aristóteles (parte 3)

    Epistemologia antiga: Aristóteles (parte 3)

    Por que as coisas existem ao invés de não existirem? Por que as coisas existem do jeito que são e não de outra forma? O que é isso que chamamos de real? Ele é feito apenas de coisas materiais ou também de coisas não materiais? Qual a origem e a causa de tudo isso? É a ação de um deus? Ou de uma explosão cósmica, que chamamos de Big Bang?

    Esse é o último episódio sobre Epistemologia Antiga e a 3ª parte sobre Aristóteles. Talvez a parte mais importante da filosofia dele e, segundo ele mesmo, a forma mais elevada de conhecimento humano, a Filosofia Primeira ou Metafísica.

    Você pode nos seguir no Instagram @cavaloaladopodcast (www.instagram.com/cavaloaladopodcast) para acompanhar os novos episódios.



    GUIA


    Metafísica: estudo dos princípios e das causas do “ser enquanto ser”. 
    Ser é entendido de maneira universal: substância (matéria e forma). 
    Substância na natureza: matéria com forma e forma com matéria. 
    O que explica a existência do ser? As suas causas
    Teoria das quatro causas:


    Causa material: matéria que constitui o ser (madeira, bronze, mármore, etc.);
    Causa formal: forma que o ser assumiu (mesa, estátua, etc.);
    Causa eficiente: o que ou quem deu o impulso para transformar o ser (carpinteiro, escultor, etc.);
    Causa final: a finalidade do ser, sua forma final, em vista do que ele se transforma. 


    As quatro causas estão ligadas e agem conjuntamente no processo de constituição e transformação do ser até que ele atinja sua finalidade e forma final.
    Transformação é movimento: devir.
    Movimento: ato e potência:


    ser em ato: o que ele é atualmente;
    ser em potência: o que ele potencialmente pode ou deve vir a ser (devir como possibilidade). 


    Ex: Uma semente é ato, mas também é potência, pois nesse forma inicial já está contida a possibilidade de uma árvore. As quanto causas agem para mover o ser de ato (semente) para potência (árvore). 
    Cada ser tem outro ser como causa eficiente: ser contigente.
    Teria havido um ser primeiro? Um ser que não teve outro ser como causa? Um ser que não tendo sido causado, foi causa dos outros seres?
    Motor imóvel: causa não causada; divindade no sentido grego antigo (e não cristão): finalidade dos seres.



    CRÉDITOS:

    Esse episódio usou como referência as obras "Introdução a história da filosofia" de M. Chauí e "Metafísica" de Aristóteles. 

    As músicas usadas neste episódio são livres e pertencem aos seus criadores: Blue Dot Sessions (www.sessions.blue).

    • 18 min
    Epistemologia antiga: Aristóteles (parte 2)

    Epistemologia antiga: Aristóteles (parte 2)

    Imagina que você decida, num dia qualquer, organizar o seu quarto. Imagina agora que você resolveu organizar cada coisa que existe ali por categorias. Imaginou? Aristóteles fez a mesma coisa que você, mas ele fez isso tudo com o mundo, com as coisas que existem no mundo.

    Esse é o segundo episódio (de uma série de três) sobre Aristóteles e o quinto sobre epistemologia antiga. Nele, buscamos a sistematização do conhecimento construída pelo nosso personagem principal, além de apresentar a sua definição de filosofia como um conhecimento verdadeiramente livre. Aqui você irá se familiarizar com a ideia de que na filosofia "porque sim" não é resposta.

    Você pode nos seguir no Instagram @cavaloaladopodcast para acompanhar os novos episódios.



    AGRADECIMENTO:

    Agradecemos à Nat Rozendo pela narração das citações de trechos da Metafísica. Para conhecer o trabalho dela visite o site do Coletivo Tocaya (coletivotocaya.com.br) e o Tocaya TV no YouTube (https://www.youtube.com/c/TocayaTV)



    CRÉDITOS:

    Esse episódio usou como referência as obras "Introdução a história da filosofia" de M. Chauí e "Metafísica" de Aristóteles. O inserção de áudio é da TV Cultura.

    As músicas usadas neste episódio são livres e pertencem aos seus criadores: Blue Dot Sessions (www.sessions.blue) e DJ Micheletti (soundcloud.com/mmicheletti).



    GUIA


    "Todos os homens desejam por natureza saber”. Postura própria da Filosofia: espanto, admiração, investigação das causas e “porquês”, contemplação (theoría).
    Filosofia é único conhecimento verdadeiramente livre: não serve a nada e a ninguém, apenas a si mesma. “Ser livre é ter o poder de dar a si mesmo seu próprio fim e ser para si mesmo seu próprio fim”.
    Busca pelo conhecimento do Ser: "O ser se diz de muitas maneiras" e a filosofia tem como papel conhecer o Ser nas muitas formas que ele existe. Filosofia é a totalidade do conhecimento.
    Sistematização do conhecimento: organização e classificação das ciências segundo o tipo de ser que ela estuda.
    Três grandes grupos de ciências: teoréticas, práticas e técnicas:


    O conhecimento teorético é aquele que se dispõe a ir atrás das causas e finalidades das coisas, por isso representa a maneira essencial de chegar à sabedoria. São exemplos: Ciências da Natureza, Física, Biologia, Matemática, Aritmética, Astronomia e, principalmente a Filosofia Primeira (Metafísica).
    O conhecimento prático (práxis) se dedica a estudar o homem e suas ações. São exemplos: a ética e a política.
    O conhecimento técnico (poíesis) é aquele que se dedica às artes e técnicas. São exemplos: artesanato, medicina, mecânica, marcenaria, poesia, literatura, pintura, desenho.

    • 24 min
    Estado e relações de poder: democracia representativa

    Estado e relações de poder: democracia representativa

    Nesse episódio, percorremos a história recente da democracia brasileira, pós 1988. Abordaremos o processo que levou ao primeiro impeachment da história do Brasil, mas também iremos entender o que é uma democracia representativa. E, para ficar ainda mais atual, conheceremos as diferenças no sistema de eleições no Brasil para os cargos do executivo e do legislativo, fazendo também uma comparação com os Estados Unidos da América e seu sistema indireto de votação. Por fim, uma breve ponderação sobre os limites da democracia representativa.

    Você pode nos seguir no Instagram @cavaloaladopodcast para acompanhar os novos episódios.

    CRÉDITOS:

    Esse episódio usou como referência as obras "O futuro das democracias" de N. Bobbio, "Direitos políticos e representatividade da população negra na ALESP e Câmara Municipal de São Paulo" de Osmar Teixeira Gaspar (tese de doutorado, USP, 2017), além de escritos da Agência Senado e do Tribunal Superior Eleitoral. 

    As inserções de áudios são: Jingle da campanha eleitoral de Fernando Collor de 1989; Material de Campanha de Fernando Henrique Cardoso de 1994; Fantástico (Rede Globo, 1992); SP no Ar (Rede Record, 2016); discurso de Donald Trump (CNN, 2016); documentário "Sementes: mulheres pretas no poder" (Brasil, 2020, dir.: Éthel Oliveira e Júlia Mariano, disponível em https://youtu.be/8vEcUORITC4).

    As músicas usadas neste episódio são livres e pertencem aos seus criadores:  "Priscilla Ermel - Corpo do Vento" edit de Ulises (disponível em https://soundcloud.com/ulize); e Blue Dot Sessions (www.sessions.blue).

    GUIA


    Impeachment/renúncia de Fernando Collor de Mello - 1992;
    Movimento dos Caras Pintadas - 1992
    Democracia Representativa e sua definição sociológica
    Princípios da Democracia Representativa: 1) O sufrágio universal; 2) As eleições devem respeitar a Constituição; 3) A igualdade de todos perante a lei; 4) Os mandatos eletivos tem tempo definido; 5) A existência de partidos políticos.
    Sistema Eleitoral Brasileiro: 1) Maioria Simples (50% + 1) para cargos do Executivo; 2) Quociente Eleitoral (QE) e Quociente Partidário (QP) para cargos do Legislativos.
    Contas: QE = número de votos válidos dividido pelo número de cadeiras (vagas); QP = Total de votos válidos do partido dividido pelo QE
    Sistema Eleitoral Estadunidense: 1) Voto não obrigatório; 2) Eleições Indiretas (o voto dos superdelegados tem mais peso que o do povo)
    Representatividade na democracia representativa: negros e mulheres em cargos políticos no Brasil.

    • 26 min
    Epistemologia antiga: Aristóteles (parte 1)

    Epistemologia antiga: Aristóteles (parte 1)

    Pare um momento e preste atenção nas coisas que existem ao seu redor. O que você vê com seus olhos? O que você sente na sua pele? Quais aromas e gostos você pode sentir pelo seu olfato e pela sua boca? Os sons que você ouve agora no seu fone de ouvido? Quais sensações o mundo lhe provoca? Agora que a sua atenção está nos sentidos, reflita aqui comigo. Essas sensações que você teve permitem um conhecimento válido sobre o mundo? Será que nós podemos conhecer esses seres que existem ao nosso redor? No quarto episódio sobre epistemologia antiga, nós vamos começar a conhecer a vida e a obra de Aristóteles. Discípulo de Platão, Aristóteles teve a coragem de produzir um conhecimento que se diferenciava daquele apresentado pelo seu mestre, colocando em cheque o dualismo platônico através de uma obra monumental. A obra de Aristóteles pode-se dizer foi alicerce para o desenvolvimento da ciência nos séculos posteriores. Embarque conosco nessa primeira parte de uma série de três episódios sobre esse filósofo antigo.

    Você pode nos seguir no Instagram @cavaloaladopodcast para acompanhar os novos episódios.

    CRÉDITOS:

    Esse episódio usou como referência as obras "Introdução a história da filosofia" de M. Chauí e "Metafísica" de Aristóteles. O inserção de áudio é de Poder360.

    As músicas usadas neste episódio são de copyright livre e pertencem aos seus criadores: Blue Dot Sessions (www.sessions.blue) e Premium Beat. Agradecemos especialmente ao DJ Micheletti (soundcloud.com/mmicheletti) e ao Coletivo Tocaya (coletivotocaya.com.br) pelas músicas cedidas.

    GUIA


    Aristóteles: nasceu em Estagira (cidade da Macedônia)
    Mudou-se para Atenas e foi discípulo de Platão na Academia
    Viveu no final período clássico grego (384-321 a.C.)
    Preceptor do jovem príncipe macedônico Alexandre, o Grande
    Fundador do Liceu em Atenas
    Valoriza os sentidos para se alcançar o conhecimento.
    Busca da verdade: Mundo das Ideias (Platão) x Contato prévio com as coisas materiais (Aristóteles)
    O inteligível está no sensível (ideias participam das coisas no mundo material e podem ser conhecidas pela razão)
    Acepção do mundo através de categorias (ordenamos do mundo através dos sentidos e assim podemos categorizar as coisas, seres e entes)
    Mundo material: diversidade de substâncias distintas que podem ser separadas categorias comuns

    • 23 min

Top Podcasts In Education

The Mel Robbins Podcast
Mel Robbins
The Jordan B. Peterson Podcast
Dr. Jordan B. Peterson
Academy of Ideas
Academy of Ideas
UNBIASED
Jordan Is My Lawyer
TED Talks Daily
TED
Mick Unplugged
Mick Hunt