Deu Tilt

Deu Tilt

Podcast sobre tecnologia para os humanos por trás das máquinas.

  1. -2 J

    IA não está roubando seu emprego (ainda), mas está usando seus dados como nunca

    Muita gente ficou com medo de ter o emprego roubado pela inteligência artificial. Antes disso, porém, estamos vendo outro movimento: dados criados por pessoas são usados para ensinar robôs a se comportar como seres humanos. Nesse episódio de Deu Tilt, Luca Schirru, diretor executivo do Instituto Brasileiro de Direitos Autorais, conta por que não é nada simples dizer que a IA está roubando as informações feitas por nós. O debate fica ainda mais complexo quando se discute a finalidade desses dados. “O grande debate é um só processo tecnológico, o da mineração de dados, ser usado no treinamento de IA, no treinamento de IA generativa e em pesquisas intensivas em dados que não tem qualquer ligação com inteligência artificial”, diz ele. Por outro lado, ferramentas inteligentes viraram o melhor assistente de muito trabalhador, seja para escrever textos ou criar imagens na velocidade de um estalar de dedos. A quem pertence essas criações? Ao robô, ao humano ou à empresa que desenvolveu a máquina? Essa é outra pergunta complexa que Luca Schirru responde em Deu Tilt. “Os prompts que a gente dá para o sistema de inteligência artificial generativa são suficientes para justificar que eu sou autor daquilo que for gerado?”, pergunta para resumir a questão. Aí vai um spoiler para os ansiosos: Brasil, Estados Unidos e China possuem visões diferentes sobre a questão. Está em curso uma verdadeira batalha entre empresas que produzem conteúdo e aquelas que usufruem desse conteúdo para treinar suas inteligências artificiais. E o objetivo é claro: quem vai pagar a conta? O melhor exemplo é o New York Times, que processa a OpenAI, dona do ChatGPT, para impedi-la de usar artigos do jornal para treinar o bot. Isso levanta outra dúvida: pessoas comuns podem pleitear alguma remuneração das Big Techs?  See omnystudio.com/listener for privacy information.

    1 h
  2. 8 OCT.

    Voz clonada, Brasil líder em IA e R$ 15 bi: Tânia Cosentino, presidente da Microsoft, no Deu Tilt

    Em evento em São Paulo que contou com a presença do CEO Satya Nadella e do vice-presidente do Brasil Geraldo Alckmin, a Microsoft anunciou investimento de quase R$ 15 bilhões no Brasil ao longo de três anos. Em entrevista exclusiva a Deu Til, a presidente da empresa no Brasil, Tânia Cosentino, explicou como o dinheiro será usado para ampliar a infraestrutura de data centers da empresa para atender as necessidades de inteligência artificial no país. Ela afirmou ainda que as instalações são coordenadas com consumo de energia renovável e de modo a não impactar a demanda de água na região. 'Brasil pode liderar a era de IA de baixo carbono', diz presidente da Microsoft. Tânia Cosentino afirmou ainda que trabalhadores que não se adaptarem às transformações podem ficar para trás. 'A obsolescência do humano existe', diz ela. Por outro lado, aqueles que se adaptarem, podem almejar empregos mais qualificados. ‘O grande problema não é o [emprego] que eu crio ou elimino, mas é como eu transformo o profissional para ele pegar um emprego de maior valor agregado', afirma. Além do investimento de R$ 15 bilhões em três anos no Brasil, a Microsoft anunciou ainda uma trilha de capacitação gratuita para IA que pretende formar 5 mil trabalhadores. A presidente da Microsoft no Brasil afirmou que a empresa é favorável a uma regulação de IA no país, sobretudo para usos inadequados de ferramentas inteligentes. 'Com apenas 3 segundos de áudio, eu copio a sua voz. E, com pouco mais de 10 segundos, eu copio a sua imagem. No meu tempo, falavam que tinha de ver para crer. Hoje, é melhor checar a fonte e mais de uma, porque você vai ver, vai ler e não pode crer', diz ela. Corintiana apaixonada, ela mesmo já teve a voz clonada com IA: "fizeram áudio 'toca no Calleri que é gol'. Isso é fake news". Tratando do espinhoso assunto do treinamento de IA feito com dados de pessoas comuns, Tânia diz que a Microsoft 'não usa dado de cliente para treinar IA, só dados públicos'. 'O dado é seu e, se eu quiser usar, eu tenho que pagar por ele', afirma ela. See omnystudio.com/listener for privacy information.

    53 min
  3. 24 SEPT.

    Redes sociais, games e jogos de azar: apostas adoecem pessoas, e Brasil vai na contramão do mundo

    Redes sociais, games e agora casas de apostas. É difícil ligar o celular e não se deparar com alguma plataforma repleta de estímulos para atingir em cheio seu cérebro e manter você curtindo, jogando e apostando. Neste episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para humanos por trás das máquinas, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes recebem Rodrigo Machado, psiquiatra do Programa de Transtornos do Impulso do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. Machado conta como as redes sociais e games incorporaram mecanismos dos jogos de azar para fazer você perder mais tempo nelas –e eventualmente ficar viciado.  Quase 9% da população mundial já apresenta algum tipo de problema com vício em apostas. A partir de 2025, o Brasil vai legalizar centenas de casas de apostas. Será que o país está preparado para a grande quantidade de dependentes em jogo que vai surgir? “Nenhum país está preparado”, diz Machado. A intersecção entre redes sociais, games e jogos de azar é tão poderosa que cria uma nova geração de apostadores. O motivo? “Hoje em dia cada um tem seu cassino online na palma da mão por causa do smartphone”, diz Machado. Ele defende que influenciadores digitais fossem proibidos de promover apostas online. Também critica escolas que promovem o uso de smartphones, pois há pouca comprovação de que os aparelhos contribuem com o ensino, mas muitas evidências que mostram como ele atrapalha as capacidades cognitivas. 'Minha filha só vai ter smartphone com 14 anos', diz o psiquiatra. See omnystudio.com/listener for privacy information.

    53 min
  4. 3 SEPT.

    Da exposição à exploração: rede social não é lugar de criança, mas elas estão lá

    As redes sociais já existem há tempo suficiente para sabermos seus efeitos na nossa vida. Será? Ainda hoje descobrimos os efeitos dessas plataformas, do Tiktok ao Instagram, sobre adultos. Quando são crianças do outro lado da tela, porém, o buraco é mais embaixo. Nesse novo episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para humanos por trás das máquinas, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam com Maria Melo, coordenadora de programas do Instituto Alana, organização que atua na defesa e promoção dos direitos de crianças e adolescentes. Ela fala sobre uma infância cercada por telas e cujas informações são espremidas por redes sociais. Até os 11 anos, são 13 milhões de dados coletados. E o que elas as plataformas que sabem mais do seu filho do que você sabe delas? Primeiro, negam que há menores de 13 anos por lá. Depois, afirmam que cuidam dos que estão por lá. “Pais e mães ficam reféns. Famílias são o elo mais frágil”, diz Maria Melo. E ela conta o por quê. Em teoria, crianças não poderem usar redes sociais as impede de ser influenciadoras digitais. Na prática, o que se vê é um cenário diferente. Maria Melo fala que já encontrou crianças de 6 e 7 anos fazendo publicidade para o Jogo do Tigrinho, um popular game de cassino online. Como denunciar esse tipo de abuso não é possível, o instituto levou o caso ao Ministério Público. "Redes sociais não são meros túneis por onde circulam esses conteúdos; Elas modulam, moderam e direcionam esse conteúdo. Ampliam ou diminuem esse conteúdo dependendo de quanto dinheiro você coloca nelas. E precisam ser responsabilizadas por esse tipo de conteúdo", diz Maria Melo. O contato entre crianças e tecnologia é tão frequente que já produz consequências inusitadas. Uma pesquisa detectou que os baixinhos já confiam mais em robôs do que em humanos. Mas por que isso acontece? See omnystudio.com/listener for privacy information.

    1 h 7 min

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