Israel deve ser classificado como estado de apartheid e ser expulso da ONU, diz escritor palestino
TUTAMÉIA entrevista o escritor Atef Abu Saif, um ano depois de ele ter conseguido sair de Gaza, no final de dezembro de 2023, sobrevivente ao genocídio executado por Israel. Ele afirma: "Enquanto houver ocupação, haverá resistência". E alerta: "O que Israel quer é continuar a guerra, a guerra pela guerra. Se soltarem todos os reféns, Israel não vai acabar a guerra". Considera que os crimes de Israel na Palestina são "uma humilhação a todos nós, humanos" e comenta o que pode acontecer com a posse de Trump na presidência dos EUA, dentro de vinte dias. Atef é autor de “Quero Estar Acordado Quando Morrer”, relato cotidiano dos 85 dias em que driblou a morte na Palestina. Além da entrevista, apresentamos também neste 31 de dezembro de 2024 o último registro feito no livro, editado no Brasil pela Elefante, que gentilmente autorizou a leitura dos capítulos da obra em nosso canal –o que vem sendo feito desde 17 de outubro último, na série “Diário do Genocídio em Gaza – Hoje, Há Um Ano”. Atef Abu Saif nasceu no campo de refugiados de Jabalia, na Faixa de Gaza, em 1973. Formou-se na Universidade de Birzeit, na Cisjordânia, com estudos de pós-graduação na Universidade de Bradford, Inglaterra, e no Instituto Universitário Europeu de Florença, Itália. É autor de cinco romances e dois livros de contos, além de ensaios políticos, como The Drone Eats with Me [O drone almoça comigo] (Comma, 2015) e A Suspended Life [Uma vida em suspenso] (Al-Ahleya, 2015). Colabora frequentemente com jornais e revistas árabes, além de já ter publicado no New York Times e no Guardian, entre outros meios de comunicação ocidentais. Já foi porta-voz do partido político Fatah e, em 2019, mudou-se para Ramallah, onde atuou até março/24 como ministro de Cultura da Autoridade Nacional Palestina. Ele estava em Gaza cumprindo uma agenda de trabalho quando grupos da resistência armada palestina realizaram uma série de ataques ao território israelense, prontamente respondidos por Israel com todo seu poderio militar. Encurralado na estreita faixa territorial sob intenso bombardeio junto com seu filho, parentes e outros 2,3 milhões de compatriotas, Atef começou a escrever — e escreveu todos os dias até que conseguiu sair de Gaza, quase três meses depois. “Quero Estar Acordado Quando Morrer” é resultado desse diário do genocídio, publicado simultaneamente por editoras de dez países. Inscreva-se no TUTAMÉIA TV e visite o site TUTAMÉIA, https://tutameia.jor.br, serviço jornalístico criado por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena. Acesse este link para entrar no grupo AMIG@S DO TUTAMÉIA, exclusivo para divulgação e distribuição de nossa produção jornalística: https://chat.whatsapp.com/Dn10GmZP6fV...