O Poema Ensina a Cair

Raquel Marinho
O Poema Ensina a Cair

Perseguindo a ideia de Lawrence Ferlinghetti - "a poesia é a distância mais curta entre duas pessoas" - esperamos, através das escolhas poéticas dos nossos convidados, ficar mais perto deles e conhecê-los melhor. Usamos o verso de Luiza Neto Jorge “O Poema Ensina a Cair” para dar título a este podcast sobre os poemas da vida dos nossos convidados. Um projecto da autoria de Raquel Marinho. "Melhor podcast de Arte e Cultura" pelo Podes 2021 - Festival de Podcasts.

  1. José Luís Peixoto: "O primeiro texto que eu alguma vez publiquei foi um poema, também num espaço destinado a jovens, mas que existia no Jornal de Letras. Chamava-se Prova dos Novos. "

    1 DAY AGO

    José Luís Peixoto: "O primeiro texto que eu alguma vez publiquei foi um poema, também num espaço destinado a jovens, mas que existia no Jornal de Letras. Chamava-se Prova dos Novos. "

    Episódio gravado ao vivo no Festival Utopia, em Braga. José Luís Peixoto nasceu em Galveias, Alentejo, em 1974. Um lugar, o seu lugar, onde, como disse numa entrevista, “o céu é maior”; onde criou uma banda de música pesada com os amigos da adolescência chamada Hipocondríacos; onde começou a ler, os livros que o Sr. Dinis trazia mensalmente numa carrinha Citroen, que estacionava em frente à cooperativa, no terreiro da povoação. Aos 18 anos mudou-se para Lisboa, para estudar Línguas e Literaturas Modernas, variante inglês e alemão, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova. A mesma universidade que lhe atribuiu recentemente o Prémio Alumni, na categoria de Humanidades. É um dos autores portugueses contemporâneos de maior destaque, com obra ficcional e poética estudada em diversas universidades nacionais e estrangeiras, e traduzida em muitos idiomas. É também amplamente premiado mas temos, talvez, de destacar o prémio literário José Saramago, em 2001, com o romance Nenhum Olhar. Poemas Joaquim Cardoso Dias – O Vento Margarida Vale de Gato – Primeira Canção da Planície Paulo Lourenço – Quantas rosas são precisas para matar um homem José Mário Silva – Décimo quinto andar e. e. cummings – Uma vez que sentir é primeiro, tradução de José Luís Peixoto Lucille Clifton – desejos para os meus filhos, tradução de José Luís Peixoto Mark Strand – Manual da Nova Poesia, tradução de José Luís Peixoto Hal Sirowitz - A separação é difícil, Timing, Esta noite não, tradução de José Luís Peixoto

    1h 2m
  2. Fernando Alves (I):"Fui talvez o tipo que na rádio mais leu o Ruy belo. Às vezes até invento esta ideia: o Ruy Belo secretamente escreveu para uma rádio qualquer que existia na cabeça dele."

    DEC 6

    Fernando Alves (I):"Fui talvez o tipo que na rádio mais leu o Ruy belo. Às vezes até invento esta ideia: o Ruy Belo secretamente escreveu para uma rádio qualquer que existia na cabeça dele."

    Habituámo-nos a ouvi-lo na rádio, todas as manhãs, reflectir sobre o mundo à nossa volta, o que vem e não vem nas notícias. Fernando Alves, 70 aos, começou por escutar a “magia da rádio” ainda adolescente no Rádio Clube de Benguela, em Angola. Já em Portugal, esteve mais de uma década na RDP - Antena 1, antes de ajudar a fundar a cooperativa de onde haveria de nascer a TSF. Aos microfones dessa rádio, e ao longo de 35 anos, fez tudo menos relatos de futebol. É dele a frase “até ao fim da rua, até ao fim do mundo", que encerra uma espécie de tratado sobre uma certa visão do jornalismo.   De regresso à Antena 1, assina agora uma crónica diária, de segunda a sexta, chamada “Os Dias que Correm”. Tem uma relação precoce com os livros iniciada ainda em Angola, quando era adolescente, e uma admiração por alguns autores que veio a conhecer já em Portugal nos muitos caminhos da rádio. Herberto Helder é um deles, mas também, por exemplo, Fernando Assis Pacheco ou António José Forte. Nesta primeira parte do podcast, conversamos sobre alguns dos poemas de que mais gosta e sobre os poetas, os seus mestres. Conta-nos que pode visitar de propósito um lugar por causa de um poema, ou até ler um livro de ficção nos locais onde a narrativa decorre. Para Fernando Alves, que não sabe poemas de cor mas tem inúmeros versos que o acompanham pelos dias, os poetas são uma espécie de feiticeiros e "a poesia é como comer um cacho de uvas todos os dias, vais ali depenicar. Deixa-me ir ali depenicar um poema". Nesta primeira parte, depenicamos 5 poemas: Ruy Belo – Morte da Água Herberto Helder – Fonte – No sorriso louco das mães Daniel Faria – Sabes, leitor, que estamos ambos na mesma página António José Forte – Dia a Dia Amante do Poeta Jorge de Sena – Soneto do Envelhecer

    1h 12m

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Perseguindo a ideia de Lawrence Ferlinghetti - "a poesia é a distância mais curta entre duas pessoas" - esperamos, através das escolhas poéticas dos nossos convidados, ficar mais perto deles e conhecê-los melhor. Usamos o verso de Luiza Neto Jorge “O Poema Ensina a Cair” para dar título a este podcast sobre os poemas da vida dos nossos convidados. Um projecto da autoria de Raquel Marinho. "Melhor podcast de Arte e Cultura" pelo Podes 2021 - Festival de Podcasts.

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