O que elas pensam?

oqueeleaspensam_podcast
O que elas pensam?

Um podcast sobre política. Produzido por Franciele Rodrigues, Isabella Alonso Panho e Leiliani de Castro

  1. O que elas pensam #119 - “Poéticas de Terreiro: uma cartografia ancestral com o Ylê Àxé Òpó Omim” - Entrevista com Lari Alvanhan

    ١٧‏/٠٦‏/١٤٤٥ هـ

    O que elas pensam #119 - “Poéticas de Terreiro: uma cartografia ancestral com o Ylê Àxé Òpó Omim” - Entrevista com Lari Alvanhan

    Nas encruzilhadas, encontramos Lari. Quatro letras, uma imensidão. Multiartista, esbanja generosidade em todas as linguagens. Nada nela – e com ela – passa despercebido ou é pequeno. Ao final de toda aula, ela diz “eu escrevi um textinho” e, assim, sem pretensão, te convoca para outros mundos – o dela, o seu, onde todes cabem sem precisar se espremer. Foi através deles que, cada vez mais, Lari foi chegando para nós. O nosso primeiro encontro: em 2021, durante uma reunião do grupo de pesquisa DECO (Decolonialidades na Comunicação) e como banzeiro que é, Lari nos chacoalhou da cabeça aos pés, mas também se fez colo. No último dia 4 de dezembro, Lari defendeu sua dissertação “Poéticas de Terreiro: uma cartografia ancestral com o Ylê Àxé Òpó Omim”, vinculada ao PPGCOM (Programa de Pós-Graduação em Comunicação) da UEL (Universidade Estadual de Londrina (UEL) sob a orientação de Mônica Panis Kaseker e Mãe Omin. A pesquisa é marcada por uma série de pioneirismos: a primeira dissertação do Programa defendida em um terreiro de candomblé, o desenvolvimento de uma “cartografia ancestral”, o emprego de saberes dos terreiros entre outros grupos subalternizados. Aqui, você escuta Lari partilhar sobre sua chegada ao Ylê – que completou 35 anos neste mês – a busca por sua ancestralidade – o que lhe conduz a realização de uma ciência encarnada e “xirê decolonial”. Ela também aborda a importância da branquitude ser aliada na luta antirracista, o papel de uma educação menos tecnicista, atenta às diversidades no combate à intolerância religiosa, incluindo a desfolclorização das religiões de matriz africana. E como não poderia deixar de ser, também ouve Lari falar sobre resistência.

    ١ س ٣٢ د
  2. O que elas pensam #118 - "Lute como uma gorda" - Entrevista com Malu Jimenez e Bruna Mendroni

    ٠٢‏/٠٦‏/١٤٤٥ هـ

    O que elas pensam #118 - "Lute como uma gorda" - Entrevista com Malu Jimenez e Bruna Mendroni

    Londrina, 8 de dezembro de 2023. Foi nesta sexta-feira ensolarada, mas com vento gelado que encontramos Malu Jimenez e Bruna Mendroni na UEL para a roda de conversa “Basta de Gordofobia: lute como uma gorda”. Malu é filósofa, pós-doutoranda na UFRJ, coordenadora do Grupo Estudos Transdisciplinares das Corporalidades Gordas no Brasil, professora do PPGCOM/UEL. Malu sorri com os olhos sem parar e tem uma das escutas mais atentas que já tivemos o privilégio de topar. Bruna é mestranda em Psicologia na UEL, idealizadora do @descategorizando (descat para os íntimos) que tem o propósito de “desconstruir o imaginário que temos de ‘categorizar’ vivências e subjetividades”. Amante de comédias românticas e massas, com suas frases certas, sem muitas vírgulas, ela te vira de cabeça para baixo. Artesãs de uma ciência encarnada, que não economiza nos afetos e, portanto, esbanja sentidos, Malu e Bru têm se dedicado a compreender a construção e consequências da gordofobia. A estigmatização, sobretudo de mulheres, entre outras violências que de múltiplas formas, tentam excluir corpas gordas do cotidiano. Para nossa sorte, o encontro se estendeu para a tarde, no lançamento do livro de Malu “Lute como uma gorda”, na Olga, a livraria da cidade, seguida da gravação deste episódio. Ainda, estivemos juntas na banca-performance de Bruno Azzani no sábado pela manhã, dia 9, no Ibirá das Artes. Foram dois dias de imersão e a certeza para vida toda de que como diz Malu “escolhemos ao lado de quem queremos caminhar”. Atravessadas pelo gênero, também pelas corporalidades dissidentes, Malu e Bru são corações-pesquisadoras que incessantemente precisam “colocar o pé na porta” para acessar espaços, direitos, para serem ouvidas. Aqui, você acompanha elas falarem sobre resistência, feminismo gordo, indústria do emagrecimento, entre outros assuntos. Malu e Bru, muito obrigada pelas imensuráveis partilhas.

    ٤٢ من الدقائق
  3. O que elas pensam #116 - Feirão da resistência e o protagonismo de mulheres

    ٢٤‏/٠١‏/١٤٤٥ هـ

    O que elas pensam #116 - Feirão da resistência e o protagonismo de mulheres

    Existem muitas Londrinas dentro de Londrina. Há muita vida pulsando para além do concreto que cada vez mais engole a Gleba Palhano. Londrina é muito mais que isso, tem infinita potencialidade de histórias outras e espaços de luta como o Feirão da Resistência.  Completando seis anos na cidade, a iniciativa surgiu como uma ocupação e aos poucos se tornou um local de encontro, onde experienciamos outros modos de ser e estar no mundo - o que perpassa desde o cultivo de alimentos sem veneno, com respeito à terra, conforme nos conta Jovana Cestille, agricultora do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), assentada na comunidade Eli Vive, localizada no distrito de Lerroville, em Londrina.  E continua no preparo de cada ingrediente em uma alquimia que carrega a ancestralidade na construção dos sabores, como compartilha Mara Tapajós - “mulher que luta”. Criadora e cozinheira da marca “Amor em Pedaços”, ela participa do Feirão desde o surgimento e nos relata as transformações que o local passou desde lá, também comenta as redes de cuidado que se estabelecem entre organizadores, expositores e visitantes.  O hackeamento da realidade também está presente na arte que acarinha, mas tensiona os poderes constituídos como nos traz a historiadora e artesã Vanessa Coutinho, idealizadora da “Via Criativa”. Entre a produção de chaveiros, imãs de geladeira, bottons e quadros, Vanessa afirma que o Feirão é um lugar de “oportunidades”.  Te convidamos a conhecer ou (re)conhecer este local pelos olhares e vozes destas três mulheres que não só fazem dele um ambiente de trabalho e sustento, mas de dar sentido à vida.

    ٤٧ من الدقائق
  4. O que elas pensam #115 - Termo de “escurecimento” e a urgência de decolonizar as ciências – entrevista com Dany Barros

    ٠٩‏/٠١‏/١٤٤٥ هـ

    O que elas pensam #115 - Termo de “escurecimento” e a urgência de decolonizar as ciências – entrevista com Dany Barros

    Neste episódio, destinado a todes que nos levam a fabular mundos outros, recebemos Danyela Barros - e todas as mulheres que a atravessam – para uma troca de cartas. Dany é mãe da Lulu, formada em Relações Públicas pela UNESP (Universidade Estadual Paulista) e a mais nova mestra em Comunicação pela UEL (Universidade Estadual de Londrina) com “pesquisa-despacho” intitulada “Feminismos subalternizados e imprensa alternativa: encontros e disrupturas hegemônicas”. Nossa conversa abordou as potencialidades de uma comunicação não hegemônica, feminismos subalternizados, escrita como ato político, formas diversas de ocupar a universidade, a importância de existir redes de saberes múltiplos e de afetos, como os grupos Entretons e DECO (Decolonialidades na Comunicação) a fim da produção de brechas, cirandas que possibilitam uma ciência encarnada. Aqui, Dany nos convida a caminhar pelas páginas do Chanacomchana e Nzinga, jornais que durante a ditadura empresarial-militar pautaram as lutas de mulheres lésbicas e negras, respectivamente, para questionar os limites de um conhecimento tido pretensiosamente como universal – porque branco, masculinista, heterossexual e cisgênero – ao mesmo tempo em que nos enseja a criar “furos no muro”, romper com os “perigos de uma história única”, re-existir e ecoar todas que vieram antes de nós. Afinal: “sem discurso alternativo não há meio alternativo”, ela diz.

    ١ س ٧ د
  5. O que elas pensam #114 - O (cis)tema que adoece: direitos reprodutivos, saúde mental e conservadorismo

    ٠٩‏/١١‏/١٤٤٤ هـ

    O que elas pensam #114 - O (cis)tema que adoece: direitos reprodutivos, saúde mental e conservadorismo

    28 de maio é considerado o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e Dia Nacional da Redução da Mortalidade Materna. Face à data, recebemos a médica de Família e Comunidade, Débora Anhaia de Campos para uma conversa sobre as disputas envolvendo o acesso aos direitos sexuais e reprodutivos no Brasil, serviços que, como sabemos ao longo do episódio, são ainda mais negligenciados para mulheres negras, vítimas mais recorrentes de internações e mortes por aborto no país, por exemplo. Ainda, falamos sobre a resistência à educação sexual nas escolas, afinal, a quais grupos interessa que crianças e adolescentes não reconheçam que seus corpos estão sendo violados? Também discutimos a importância de os meios de comunicação pautarem as violências de gênero de maneira a não reproduzir estereótipos, de saúde mental e a potencialidade de criarmos redes para nos mantermos seguras e vivas. Na luta contra misoginia, racismo, colonialismo que todos os dias arranca muitas de nós – visto que o Brasil é o 5º país que mais mata mulheres no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde – precisamos estar de pé, mas quem cuida de quem passa grande parte do tempo cuidando? Como alertou Conceição Evaristo: “Combinaram de nos matar. Mas nós combinamos de não morrer” e neste processo de não tombar, a escuta é preponderante. Por isso, lhe convidamos para conhecer, além de nossas memórias, também as compartilhadas por nossa entrevistada Débora e de tantas outras mulheres que lhe atravessam ao prestar atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS).  Canais de denúncia Para emergências, a vítima ou qualquer pessoa que presencie a agressão, deve acionar a Polícia imediatamente, ligando para 190. Caso esteja vivenciando um relacionamento abusivo ou saiba de uma situação violenta, ligue 180 para registrar uma denúncia que pode ser anônima. O serviço também possui canal via WhatsApp através do número (61) 9610-0180. O atendimento está disponível para todo o Brasil, 24 horas por dia, durante os sete dias da semana, inclusive feriados. Você também pode registrar boletim de ocorrência em uma Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM), especializada para esse tipo de situação. Clicando aqui, você encontra o Mapa das Delegacias da Mulher, realizado pela AzMina.

    ١ س ٤٣ د

حول

Um podcast sobre política. Produzido por Franciele Rodrigues, Isabella Alonso Panho e Leiliani de Castro

للاستماع إلى حلقات ذات محتوى فاضح، قم بتسجيل الدخول.

اطلع على آخر مستجدات هذا البرنامج

قم بتسجيل الدخول أو التسجيل لمتابعة البرامج وحفظ الحلقات والحصول على آخر التحديثات.

تحديد بلد أو منطقة

أفريقيا والشرق الأوسط، والهند

آسيا والمحيط الهادئ

أوروبا

أمريكا اللاتينية والكاريبي

الولايات المتحدة وكندا