Como Assim

Como Assim

#ComoAssim é um podcast do PÚBLICO sobre fenómenos da cultura pop. Todas as semanas, a jornalista Inês Rocha desconstrói as nossas obsessões colectivas, para as compreender melhor. Publicado às quintas-feiras, às 16h.

  1. قبل ١٣ ساعة

    Pseudociência. O elefante na sala da espiritualidade “Nova Era” (Parte 2) #ComoAssim

    No último episódio de #ComoAssim, visitámos o retiro “Diana Gathering”, em Mação, organizado por Rute Caldeira e Tiago Farraia, um casal de professores de ioga e meditação. O encontro incluiu práticas como ioga, meditação, soundhealing e uma cerimónia de cacau, típicas de um universo espiritual que atrai cada vez mais seguidores: o movimento Nova Era. Mas para além das práticas de bem-estar, neste grupo cresce também uma tendência inquietante: a rejeição da ciência moderna. Entre meditações e rituais, é comum ouvir discursos de desconfiança em relação à medicina e à indústria farmacêutica, com muitos participantes a recusarem medicamentos, vacinas e diagnósticos médicos. Ao longo do retiro, ouvem-se expressões que fazem soar alarmes: “há cinco mil anos sabíamos mais sobre saúde do que sabemos hoje”; “a meditação pode curar o cancro”; “o cacau é um antidepressivo e combate a ansiedade”. Ao promover práticas ditas naturais e alternativas, o movimento tende a rejeitar o conhecimento científico, ecoando um discurso de auto-suficiência onde a responsabilidade pela saúde recai apenas sobre o indivíduo. Mas o que explica esta tendência do movimento Nova Era para diabolizar o progresso científico? Neste episódio, partimos do exemplo da espiritualidade à volta do cacau – porque nos ajuda a perceber a maneira como funciona o movimento, de que forma bebe de outras culturas e as adapta debaixo deste chapéu de espiritualidades. Através deste exemplo, olhamos para o elefante na sala: o discurso pseudocientífico que se instalou no movimento Nova Era e os riscos que pode trazer para a nossa saúde. Siga o podcast #ComoAssim e receba cada episódio todas as quintas-feiras às 16h no Spotify, na Apple Podcasts, ou noutras aplicações para podcasts.​ Conheça os podcasts do PÚBLICO em publico.pt/podcasts. Tem uma ideia ou sugestão? Envie um email para podcasts@publico.pt. See omnystudio.com/listener for privacy information.

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  2. ٢١ ربيع الآخر

    O milagre da multiplicação dos retiros espirituais (Parte 1) #ComoAssim

    Nos últimos tempos parece ter havido uma espécie de milagre da multiplicação dos retiros espirituais: nas redes sociais, actrizes, cantoras e outros influenciadores digitais juntam-se a gurus espirituais, terapeutas e coaches para promover eventos em Bali, na Índia, nas Maldivas ou simplesmente em sítios remotos em Portugal. Nos programas, planos de meditação, oga, banhos de som celestiais e práticas xamânicas. Há quem prometa momentos de transformação e cura, acabar com o stress e ansiedade, ajudar-nos a "renascer para a nossa mais incrível versão". Por vezes são retiros caros, a ultrapassar os quatro mil euros. Mas tal como os livros e cursos destes gurus, esgotam muito facilmente. Mas como assim? O que leva tanta gente a participar neste tipo de eventos? Do que estão à procura e o que encontram? Para perceber isto, o #ComoAssim entrou num destes retiros. Neste episódio, visitou o "Dhyana Gathering", um retiro de quatro dias organizado em Mação, no centro do país, por Rute Caldeira e Tiago Farraia, um casal de professores de meditação e ioga. Um retiro que contou também com convidados como Ângelo Surinder, terapeuta sonoro fundador da "Cosmic Gong", Shivani, coach espiritual que orienta cerimónias de cacau, e a cantora brasileira Tainá, que deu um concerto privado durante o retiro. No primeiro de dois episódios sobre espiritualidade, procuramos também perceber o que explica o interesse cada vez maior, em Portugal, por espiritualidades importadas da Índia e de povos indígenas da América latina. E mergulhamos no movimento Nova Era, com a ajuda de Donizete Rodrigues, professor de Sociologia da Universidade da Beira Interior, e de Tiago Pinto, investigador da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Siga o podcast #ComoAssim e receba cada episódio todas as quintas-feiras às 16h no Spotify, na Apple Podcasts, ou noutras aplicações para podcasts.​ Conheça os podcasts do PÚBLICO em publico.pt/podcasts. Tem uma ideia ou sugestão? Envie um email para podcasts@publico.pt. See omnystudio.com/listener for privacy information.

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  3. ١٤ ربيع الآخر

    Os gurus da produtividade estão a prejudicar a nossa saúde mental? #ComoAssim

    Neste episódio de #ComoAssim, mergulhamos no lado negro da obsessão com a produtividade nas redes sociais. O mundo da produtividade nas redes sociais tenta responder a um problema real da nossa sociedade: vivemos num mundo cada vez mais competitivo e frenético. Queremos fazer mais e melhor, subir na carreira mais rápido, experimentar começar aquele projecto com que sempre sonhámos.  Mas às vezes, encaixar tudo o que queremos fazer em 24 horas é um desafio. Há os imprevistos, o cansaço, a terrível preguiça e a procrastinação.  Os gurus da produtividade estão cá para nos ajudar a resolver tudo isso. Para trazer finalmente organização às nossas vidas. Para optimizá-las, com ferramentas e rotinas "super-humanas". Mas há um lado perverso em tudo isto: não só não funciona, como pode ser perigoso para a nossa saúde mental. São os próprios gurus da produtividade a admiti-lo. Neste episódio de #ComoAssim, ouvimos a youtuber Mariana Vieira, uma portuguesa bem conhecida no ecossistema internacional da produtividade no Youtube, que tem aprendido muito, à custa da própria saúde mental. Ouvimos também o que a psicologia e a sociologia nos dizem sobre a distância entre a produtividade e o burnout, com a psicóloga Tânia Gaspar, coordenadora do Laboratório Português dos Ambientes de Trabalho Saudáveis e a socióloga Ana Paula Marques, investigadora da Universidade do Minho. See omnystudio.com/listener for privacy information.

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  4. ٧ ربيع الآخر

    Lucas with Strangers e o sucesso dos bons samaritanos nas redes #ComoAssim

    Há três anos que Lucas Rodrigues, 23 anos, se dedica a cumprir desejos de pessoas anónimas, e a documentar tudo em vídeos nas redes sociais. Apesar de ser um projecto recente, os números não o deixam adivinhar: a página "Lucas with Strangers" tem mais de dois milhões de seguidores no Tiktok e mais de 500 mil no Instagram. No início oferecia apenas abraços e sorrisos, mas hoje oferece malas com 20 mil euros em dinheiro ou casas a quem não as tem.. Em Portugal, são poucos os influenciadores com a dimensão do Lucas nas redes sociais. Mas o português não é caso único a fazer sucesso com este género de conteúdos.   Um pouco por toda a internet, encontramos bons samaritanos, cheios de notas, a procurar mudar vidas de pessoas aleatórias na rua.   Mas o que é que o sucesso estrondoso que têm diz sobre nós e sobre a maneira como olhamos para os outros? Será que as redes sociais podem mudar a forma como lidamos com as desigualdades sociais?  No primeiro episódio da segunda temporada de #ComoAssim, procuramos respostas. Na última temporada, o podcast olhou para fenómenos da cultura pop mais clássicos, para os livros, filmes e séries que consumimos. Mas em 2024, segundo um estudo global da norte-americana GWI, passamos em média 6 horas e 40 minutos por dia a olhar para ecrãs. Por isso, nesta temporada, olhamos para aquilo que consumimos online, quando navegamos nas redes sociais.  Para os loops e bolhas em que entramos sem darmos por ela. E como tudo isso  nos está a mudar.  See omnystudio.com/listener for privacy information.

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  5. ٢٩ جمادى الآخرة

    Bluey. Os pais gostam mais deste desenho animado do que os filhos? #ComoAssim (episódio extra)

    A série australiana Bluey, transmitida em Portugal pela Disney, tem sido um fenómeno de popularidade nos últimos anos. Fazem-se festas de anos temáticas, há livros a esgotar e brinquedos da Bluey em todas as lojas. Mas esta não é só mais uma história sobre um desenho animado popular entre crianças. É mais do que isso. Bluey é um fenómeno nas redes sociais — entre adultos. No Tiktok, a hashtag tem 8,8 mil milhões de visualizações. No Reddit, mais de 158 mil pessoas discutem diariamente episódios dirigidos a crianças do pré-escolar. E a série parece não sair dos tops do serviço de streaming Disney Plus. A série australiana é aplaudida também pela crítica. Foi galardoada com um Emmy e um Bafta e o episódio Sleepytime foi considerado, pelo New York Times, como um dos melhores episódios de televisão de 2020. O mesmo episódio chegou mesmo a estar em oitavo lugar na lista de episódios de televisão mais bem cotados de sempre, no IMDB. Mas... Como Assim? Como é que uma família de cães australiana é tão popular entre adultos, e até entre pessoas que não têm filhos? Na véspera da estreia de dez novos episódios de Bluey no Disney Plus, em inglês, procuramos perceber o que é que esta série tem de tão especial. Neste episódio extra de #ComoAssim, conversamos com pais que, sem querer, se tornaram fãs de Bluey — Tiago Amorim, mais conhecido como "Chefe Jamon" e Sara Marques, jornalista e gestora de redes sociais. Ouvimos também alguém que conhece a série por dentro: Afonso Lagarto, o actor que dá voz ao pai de Bluey, Bandit. Tem uma ideia ou sugestão para a próxima temporada do podcast #ComoAssim? Envie um email para podcasts@publico.pt. Conheça os podcasts da Rede PÚBLICO em publico.pt/podcasts. See omnystudio.com/listener for privacy information.

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  6. ٠١‏/٠٦‏/١٤٤٥ هـ

    Taylor Swift e a digressão que lhe garantiu um lugar na história #ComoAssim

    O filme-concerto “Taylor Swift: The Eras Tour" deu-nos um pequeno vislumbre do entusiasmo que os fãs da cantora – os “swifties” - conseguem atingir quando se juntam. Grupos de adolescentes em êxtase, a cantar em coro, e abanar as lanternas dos telemóveis ao ritmo da música. Jovens a dar as mãos e a formar um círculo, enquanto cantam em uníssono as músicas da sua cantora preferida. Tudo isto num cenário improvável – uma sala de cinema. Há quem o descreva como uma espécie de culto: um culto que gera muito dinheiro. Com mais de 150 concertos previstos, incluindo duas datas em Portugal, a Eras Tour é a primeira digressão na história a ultrapassar a marca dos mil milhões de dólares. Mas a digressão ainda vai a meio. Segundo a Pollstar, estima-se que Swift ganhe mais de dois mil milhões de euros em toda a tour. Para referência, a segunda maior digressão de sempre foi de Elton John. Fez 939 milhões de dólares, mas teve um total de 330 concertos - mais do dobro dos concertos previstos para a Eras Tour. 2023 foi um ano de sonho para Taylor Swift, que sucedeu a Volodymyr Zelensky como “Pessoa do Ano” para a revista Time. O editor-chefe da revista, Sam Jacobs, justificou a distinção com o facto de Taylor ter “trazido alegria a uma sociedade que precisava desesperadamente dela”. Mas este é um fenómeno recente. Há apenas quatro anos, quando Swift anunciou que vinha a Portugal – não em nome próprio, mas num festival de Verão – os bilhetes nem chegaram a esgotar. Na rádio, era muito raro ouvir músicas da norte-americana. E apesar de ser um nome conhecido na música pop, o clube de fãs era bem mais tímido. Mas… Como Assim? Como é que em pouco mais do que quatro anos, Taylor Swift ascendeu de cantora famosa a autêntica lenda da música pop? No último episódio da temporada, mergulhamos na história da cantora norte-americana, desde a música à relação com os fãs. E tentamos perceber porque é que o entusiasmo à volta de Taylor Swift cresceu tanto nos últimos tempos. Para isso, conversamos com o musicólogo André Malhado e com duas fãs: Rita da Nova, escritora e co-autora do Podcast "Terapia de Casal", com o marido, o humorista Guilherme Fonseca, e Laura Limede, freelancer na área do marketing e fã antiga da cantora. Tem uma ideia ou sugestão para a próxima temporada do podcast #ComoAssim? Envie um email para podcasts@publico.pt. Conheça os podcasts da Rede PÚBLICO em publico.pt/podcasts. See omnystudio.com/listener for privacy information.

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  7. ٢٣‏/٠٥‏/١٤٤٥ هـ

    “Pôr do Sol”, uma série que enche salas de cinema e coliseus? #ComoAssim

    Com 1 milhão e 200 mil espectadores, “Pôr do Sol” foi a série mais vista de sempre na RTP Play e a primeira série portuguesa a estar simultaneamente em duas plataformas de streaming: Netflix e Prime Video. Detém também o título de primeira ficção portuguesa com trigémeas. O último episódio da segunda temporada foi exibido em nove salas de cinema pelo país, todas com lotação esgotada .  A banda Jesus Quisto lançou dois discos com milhares de reproduções no Spotify e saltou da ficção para palcos emblemáticos. Encheram os Coliseus de Lisboa e do Porto e reuniram mais de três mil pessoas num palco com capacidade para 300 no Nos Alive. Abriram o Festival da Canção e continuam na estrada, com concertos agendados para 2024. Feitas as contas, foram 36 episódios, 18 horas de Pôr do Sol, uma banda, dois álbuns cantados em vários concertos e um final de temporada no cinema, mas os fãs quiseram mais e os criadores acederam. O sol também se pôs no cinema e “Pôr do Sol: O Mistério do Colar de São Cajó” é o filme português mais visto do ano em Portugal. O fenómeno tomou proporção tal que chegou a ser objecto de estudo de pelo menos uma tese de mestrado na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, da autoria de Luís Teixeira Guedes. Mas Como Assim? Como é que uma série “nonsense” conquistou o público português, deu origem ao filme mais visto do ano, encheu salas de espetáculos pelo país foi tema de uma tese de mestrado?  Afinal, o nonsense faz sentido para o público português? Descobrimos o que os espectadores procuram? Para perceber isto, conversamos com os criadores: Henrique Dias, Manuel Pureza e Rui Melo. Siga o podcast #ComoAssim e receba cada episódio todas as quintas-feiras às 16h no Spotify, na Apple Podcasts, ou noutras aplicações para podcasts.​ Conheça os podcasts da Rede PÚBLICO em publico.pt/podcasts. Tem uma ideia ou sugestão? Envie um email para podcasts@publico.pt. See omnystudio.com/listener for privacy information.

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