Domingo é dia de #JesseKoz e #Shurastey
Todo domingo, desde a morte prematura desses dois meninos, escrevo uma crônica no Instagram @jornalistanakombi. Agora também vamos colocar nossos episódio aqui no spotify. Se você quiser, também temos videos no youtube.com/jornalistanakombi. Segue o texto desse primeiro episódio: Domingo é dia de #JesseKoz e #shurastey Todos estão falando sobre a volta da COVID, e o uso de máscara e a nova onda de contágio. E o que isso tem a ver com O domingo de Jesse e Shurastey? Tudo! Jesse escreveu como estava sendo difícil parar um projeto, que já estava na sua reta final. “Desde setembro do ano passado está tudo sendo meio doido, porque fui obrigado a parar com um projeto que estava na reta final, e com isso, tentar me adaptar a algo que seria momentâneo sem saber quanto tempo iria durar”, desabafou nosso aventureiro. Mas quanto tempo vai durar? Qual o controle que temos sobre nossas vidas, sobre o tempo e o universo? Não controlar um vírus que fez o mundo parar, roubou nosso tempo e sonhos. Não conseguimos controlar um fusca 1970 em uma curva, em uma manhã cinza, perto da fronteira com o Canadá. Não conseguimos controlar a falta que faz um cara livre, que tinha planos, e o mundo na bagagem. Não conseguimos controlar a saudade e o estrago que ela faz. “Tudo que eu mais queria era ter concluído o Alaska no ano passado, ter voltado com o fusca para o Brasil , e estar organizando outras coisas na minha vida, mas não deu, e os outros projetos que eu tinha ficaram engavetados, por ter uma pendência com o fusca e o Alaska para serem resolvidos”, concluiu Jesse Koz. Olhando agora do futuro, vejo com ironia o destino, e como ele trabalha com nossa vida. É estranho olhar do alto e ver como a vida deles foi caminhando para aquele dia 23. Quantos planos, quantos projetos, sonhos e quanta vida! E volto para o início: O vírus não matou só de insuficiência respiratória. Ele matou os sonhos de um herói. Ele interferiu na roda do destino. Engavetou para sempre projetos e vontades. Ele matou nossos sonhos de querer chegar junto no Alaska. Matou a vontade de gritar e chorar junto com ele. E na filosofia Koz, a simples vontade de voltar para a estrada, para o fusca, e para todas as dificuldades que aquilo representava. Era a tradução de felicidade. Na roda do tempo não enxergamos com “Olhos de Tandera”, e não temos a visão além do alcance. Então simplesmente viva o agora, porque o amanhã é um talvez! Faça uma prece 🕯 Texto:@jornalistanakombi Foto: enjoytripbr