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"Podcast da Semana" e episódios especiais em áudio da Gama Revista.

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    • Sociedade e cultura
    • 4,7 • 25 avaliações

"Podcast da Semana" e episódios especiais em áudio da Gama Revista.

    Luciana Paes: "A primeira coisa que se diz é que os homens são mais engraçados que as mulheres"

    Luciana Paes: "A primeira coisa que se diz é que os homens são mais engraçados que as mulheres"

    Se você segue Luciana Paes no Instagram sabe que ela tem a incrível capacidade de fazer rir com um único post sobre fatos cotidianos -- como a sua prática de hot yoga ou as infinitas obras do bairro paulistano em que ela morava, Pinheiros. Mas a atriz e comediante, entrevistada do novo episódio do Podcast da Semana, faz muito mas do que postagens geniais nas redes.

    Aos 43 anos, ela tem em seu currículo inúmeras séries como "Notícias Populares" (2023), "Encantado's" (2022), "B.O" (2023) e "Férias Trocadas" (2024), além da participação em filmes e novelas como "Fina Estampa", da Globo, e "Sintonia da Necrópole" (2014), de Juliana Rojas. Em breve, Paes estreia na Star+ a série "Jogos Cruzados", dirigida por Pedro Amorim. E, ao longo do mês de agosto, uma nova temporada da peça "Portátil," da qual ela participa ao lado de Gregório Duvivier e grande elenco, estará no Teatro Adolpho Bloch, no Rio.

    Na conversa com Gama, a atriz fala do desafio de fazer humor quando o mundo está acabando, dos comentários maldosos e julgamentos que ela ainda tem que enfrentar por ser uma comediante mulher e das crises e prazeres de sua profissão. "É o perigo da mulher engraçada. Socialmente foi dado aos homens um lugar de despudor. "Uma mulher engraçada é aterrorizante", diz.

    Roteiro e apresentação: Luara Calvi Anic

    • 33 min
    Luciano Ramos: "A prática antirracista é necessária para a paternidade negra"

    Luciano Ramos: "A prática antirracista é necessária para a paternidade negra"

    Políticas públicas são fundamentais para que um homem negro consiga exercer sua paternidade. Para que essas políticas existam, é preciso de uma mentalidade antirracista, que entenda a importância de proteger e oferecer à comunidade negra acesso à saúde e à educação.

    “Esse homem negro, quando protegido, consegue paternar. Quando ele está exposto, nas grandes periferias, está exposto também à morte, porque há uma necropolítica. Se ele não tem proteção do estado, ele não se sente protegido para cuidar”, afirma o historiador Luciano Ramos, estudioso da masculinidade e da paternidade negra. É ele o entrevistado deste episódio do Podcast da Semana.

    Ramos coordenou um relatório produzido pelo Instituto Promundo que mostrou os desafios dos homens negros que são pais no Brasil hoje e entre os destaques está a ideia de que eles não são afetuosos. Hoje, Ramos tem viajado por vários estados brasileiros para visitar quilombos e aprender com a experiência nessas comunidades. Uma das conclusões, segundo ele, diz que quando o homem negro tem apoio, vive numa comunidade mais solidária, quando a provisão de recursos não é o único foco, a relação com os filhos muda pra muito melhor. Mas, numa sociedade racista, isso é muito, mas muito difícil.

    Ao Podcast da Semana, Ramos falou sobre o desafio de explicar para uma criança o que é o racismo e dá dicas de como e quando fazê-lo, e afirma que há uma diferença geracional positiva sobre o papel e a presença do pai que é negro, hoje mais ligado aos cuidados dos filhos em muitas situações e cenários.

    Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima

    • 32 min
    Felipe Fortes: "O abuso de telas é o grande tema da parentalidade contemporânea"

    Felipe Fortes: "O abuso de telas é o grande tema da parentalidade contemporânea"

    A vida digital dos adolescentes virou um assunto emergencial. Isso porque problemas de saúde mental como ansiedade e depressão estão cada vez mais comuns e presentes nas vidas dos jovens e são vistos por muitos especialistas como efeitos do uso do celular. O médico hebiatra, especialidade focada em adolescentes, Felipe Fortes afirma ao Podcast da Semana que vê esse como o grande desafio da parentalidade contemporânea.

    “Telas é algo muito recente e esse é um dos grandes problemas também. Temos que trocar o pneu do carro com ele andando e principalmente depois do momento pandêmico. Fomos obrigados, para poder sobreviver, a mergulhar de cabeça dentro do mundo conectado”, disse em entrevista a Gama. “Demos o doce na boca da criança e agora temos que tirar. (…) E esse tem que ser um esforço coletivo, precisamos estar juntos enquanto sociedade: o poder público, escolas, ciência, big techs”, afirma o hebiatra.

    Fortes, que há 22 anos se especializou na saúde do adolescente na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, hoje faz parte do Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente da instituição e atende adolescentes em consultórios no Rio de Janeiro e em Porto Alegre, além de fazer vídeos para conscientizar pais e jovens sobre saúde física e mental nessa fase da vida. Em suas duas décadas como hebiatra, ele diz notar uma diferença no jeito que o adolescente se porta, hoje com muito mais dificuldade para se expressar e entender o que está acontecendo com ele mesmo, quase como se o raciocínio tivesse dificuldade de seguir.

    Neste episódio, o entrevistado aponta caminhos e fala da importância de se aproximar dos filhos. Ele fala da importância de regular o uso do celular e das redes sociais pelos jovens e dá dicas de como fazê-lo.

    Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima

    • 39 min
    Renata Silveira: “A pessoa nunca ouviu uma narração sua, mas só porque é mulher fala mal e abaixa o volume”

    Renata Silveira: “A pessoa nunca ouviu uma narração sua, mas só porque é mulher fala mal e abaixa o volume”

    Durante 40 anos, as mulheres não podiam jogar futebol, a prática foi proibida por um decreto assinado pelo então presidente Getúlio Vargas, em 1941. Se ser jogadora profissional era algo impensável, a carreira de narradora de futebol em uma grande emissora era algo impossível de acontecer.



    Só em 2022, o Brasil presenciou a primeira mulher a narrar um jogo de futebol de Copa do Mundo na TV aberta. Era Renata Silveira, 34, entrevistada deste episódio do Podcast da Semana.



    Ela, que irá narrar os jogos das Olimpíadas de Paris, não cobre apenas futebol, mas definitivamente é quando Silveira grita "gooool" que sua voz parece incomodar os ouvidos de quem não está acostumado com uma mulher ocupando esse posto.



    Principalmente nas redes, a narradora precisa lidar com xingamentos e comentários maldosos que debocham de seu trabalho. "Às vezes, a pessoa nunca nem ouviu uma transmissão minha, nunca acompanhou um jogo, mas se é uma mulher que está narrando o cara troca de canal, fala mal, abaixa o volume", diz a Gama.



    Ja seu filho, Bernardo, de dez anos, joga bola com amigas e amigos da escola e não vê problema em ter uma mãe trabalhando nessa área. Pelo contrário. "Para ele e para a geração dos amigos, é normal menina jogar bola, eles jogam com as meninas da turma dele no recreio da escola", diz a Gama.



    Roteiro e apresentação: Luara Calvi Anic

    • 26 min
    Tatiana Roque: "O governo está emparedado, com restrições, mas a comunidade científica está precisando de alguns gestos a mais"

    Tatiana Roque: "O governo está emparedado, com restrições, mas a comunidade científica está precisando de alguns gestos a mais"

    A ciência no Brasil vive um momento desafiador. Além do negacionismo, que se revelou especialmente durante a pandemia da covid-19, a carreira de cientista enfrenta uma crise marcada por restrições orçamentárias e falta de estímulo à essa comunidade. O que, como consequência, compromete o seu avanço em diferentes frentes e também o desenvolvimento do país.

    Neste episódio do Podcast da Semana, Tatiana Roque, professora titular do Instituto de Matemática da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e ex-secretária de Ciencia e Tecnologia da cidade do Rio de Janeiro trata desse momento.

    A convidada é autora de "História da Matemática: uma visão crítica, desfazendo mitos e lendas" (Zahar, 2012), que foi um dos vencedores do Prêmio Jabuti 2013; e de "O Dia em que Voltamos de Marte: As relações entre ciência e política em quatro séculos de história" (Crítica, 2021), que foi finalista do Prêmio Jabuti 2022.

    Na conversa com Gama, Roque fala dos desafios da ciência hoje e também das possibilidades de transformação da sociedade por meio da pesquisa e da tecnologia. "A ciência e a tecnologia tem um papel estratégico para um projeto de desenvolvimento do país", diz.

    A professora também trata das críticas ao programa do Governo Federal apresentado recentemente e que pretende repatriar pesquisadores brasileiros que vivem e trabalham em outros países, uma resposta a chamada "fuga de cérebros", relacionada a falta de oportunidades e investimento em ciência do país. A maioria das críticas parte de profissionais da área e está relacionada ao fato desse programa não colaborar diretamente para melhorar os problemas que a pesquisa enfrenta hoje.

    "Entendo perfeitamente todas as restrições, o governo está muito emparedado, tem uma série de restrições do Congresso, tem o arcabouço fiscal, mas eu acho que a gente está precisando de alguns gestos a mais para a comunidade científica, para as universidades", diz a Gama.

    Roteiro e apresentação: Luara Calvi Anic

    • 32 min
    Ana Lima Cecilio: "É um momento muito rico para a poesia, eu consigo ver uma geração de poetas"

    Ana Lima Cecilio: "É um momento muito rico para a poesia, eu consigo ver uma geração de poetas"

    A curadora da 22ª edição da Flip, a Festa Literária Internacional de Paraty, Ana Lima Cecilio tem 20 anos de experiência no mercado editorial de ponta a ponta, de editora a livreira. Foi ela, por exemplo, quem trouxe a tetralogia italiana de Elena Ferrante ao Brasil, editou obras importantes de Balzac e selecionou os títulos a serem lidos pelos clubes de livros mais pops dos últimos tempos.

    Mas, acima de tudo, Cecilio sempre foi uma grande leitora. Ainda muito pequena, na infância, descobriu o mundo dos livros ao ver os pais, médicos, usarem qualquer tempinho de folga para mergulhar na leitura. E foi assim, em casa, aos 11 anos, que se encantou de vez e totalmente pela poesia. Ela conta essa história na edição do Podcast da Semana desta semana em que o assunto é poesia.

    "Eu tinha uns 11 anos, foi mais ou menos quando Leminski morreu, e eu me apaixonei de um jeito louco ao entender essa facilidade da poesia. A gente tem um preconceito de achar que a poesia são as redondilhas, os sonetos e aquela ordem trocada, que é difícil entender poesia, mas depois do modernismo brasileiro — e principalmente depois que você passa por essa geração da poesia marginal — a poesia é um estalo. A rima só vem confirmar uma coisa que você já estava vendo", afirma na conversa.

    Conhecedora profunda da obra da Hilda Hilst, ela mostra entusiasmo pela poesia feita no Brasil hoje. "É um momento muito rico, eu consigo ver uma geração de poetas", afirma e cita nomes como Ana Martins Marques, Marília Garcia, Bruna Mitrano, Fabiano Calixto e Rodrigo Lobo Damasceno. Segundo a curadora, essa geração tem em comum uma visão para o cotidiano mas também consegue falar de grandes temas políticos.

    Na entrevista, Cecilio fala ainda sobre a relação da poesia brasileira com a MPB, "Quando alguém fala para mim que não gosta de poesia, eu pergunto você não ouve Chico, Caetano?", diz —, sobre a ponte que pode fazer com o humor, e sobre como é uma boa porta de entrada para a literatura. "As pessoas têm um preconceito com poesia, é mais inalcançável que é muito difícil, mas ela é um bom começo para quem quer ler e não sabe por onde começar", afirma. "Procure esse poetas contemporâneos, são pessoas que vão te dar a mão."

    Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima

    • 40 min

Opiniões de clientes

4,7 de 5
25 avaliações

25 avaliações

fabioluizcs ,

Demais

Como pode ter tanto conteúdo con ótima periodicidade e conteúdo? E ainda grátis? Parabéns

MiMeBra ,

Leve

Amei... assuntos interessantes e discutidos de forma leve!

JaLN2789 ,

Muito interessante.

Conteúdos diversos e interessantes.
No entanto, não dão muita credibilidade para os ouvintes. Fazem seu trabalho mas seguem um modelo engessado sem levar em consideração a fala de quem é assinante do podcast. Não retornam os e-mails, não respondem os comentários. Parecem não se importar.

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