Balanço e Fúria Rodrigo Corrêa
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- Musik
Um podcast dedicado a interpretar as relações entre música e política.
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Ameaça menor – breves notas sobre o punk e a infância com Jonas Dornelles e Zé Ulisses
É comum percebermos a potência do punk a partir de suas diversas manifestações políticas e estéticas, de sua interlocução com movimentos sociais variados e com vanguardas artísticas, mas apesar de ser tão explícito em sua história e produção, a infância é algo que fica invisível em discussões que tem o punk como tema.A história do punk foi construída por pessoas que tiveram acesso à essa cultura antes mesmo dos 15 anos. Por pessoas que aos 11, 12 ou 13 anos de idade já tinham bandas, faziam fanzines, participavam de protestos e tinham abandonado suas crenças em deuses e na palavra dos adultos.Essa não é uma conversa que trata o punk como instrumento pedagógico, nem mesmo uma conversa entre especialistas da infância, mas sim uma troca entre pessoas que muito jovens começaram a produzir suas vidas nessa cultura, que tem como elemento central a crítica à vida burocratizada e especializada – que é o que qualifica o mundo das pessoas crescidas.
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Under me sleng teng – a vibração do dancehall entre a Jamaica e o Brasil com Ricardo Magrão e Lei Di Dai
A história da música jamaicana nos diz muito sobre a história da própria Jamaica.
Se no início dos anos 60 o processo de libertação do colonialismo britânico implicou na necessidade do desenvolvimento de um gênero musical que representasse a identidade jamaicana, dando origem ao Ska, e nos anos 70, o Roots vem aliado à temáticas que remetiam aos movimentos de libertação da África e de consciência espiritual e política, nos anos 80 o Dancehall retrata uma Jamaica que ginga entre o sexo e a violência, as drogas e os bailes, em um contexto em que há a intensificação do neoliberalismo e a transformação nos processos de produção musical advindos de novas tecnologias.
Considerar essa mistura de elementos nos leva a romper com qualquer purismo, e voltar à história do Dancehall é se deparar com a criatividade e desejo de vida de músicos, Djs e MCs que a partir de samples, riddims e soundsystems criam na música jamaicana aquilo que no baile faz o grave bater forte. -
Stranger fruit – a imaginação das mulheres negras no jazz com Nathalia Grilo
Essa conversa que retoma à contrapelo a história do jazz, se desenvolve não só na intenção de demonstrar a presença das mulheres na construção do som e do pensamento, mas também no exercício de trazer à vista o que há de belo e estranho nessas elaborações sonoras e intelectuais, combatendo a ideia de "diva" e "musa" e celebrando o potencial no que há de experimental, no controle das formas de produção, na genialidade e na maneira diversa que essas mulheres criaram sobre o jazz.
Do continente Africano às Américas. De Mary Lou Williams, de Atlanta à Tânia Maria, de São Luís do Maranhão. De Jeane Lee, de Nova York à Emahoy Tsegué-Maryam Guèbrou, de Adis Abeba. Elas estiveram lá e permanecem aqui. -
A Vanguarda Paulista Instrumental e o jazz nos primórdios da música independente no Brasil com Renan Ruiz
O exercício de pensar o lugar da música instrumental em associação ao seu contexto histórico demanda mais que uma especulação voltada aos artistas e às suas obras, demanda considerar as minúcias das entrelinhas, os procedimentos das produções, o vocabulário que permeia a universo dessas expressões.
Nessa conversa com Renan Ruiz, percebemos que a Vanguarda Paulista Instrumental não só foi fundamental para pensarmos a história da música instrumental/jazz no Brasil, como também representou os primórdios das produções musicais independentes durante os anos de chumbo. -
O jazz afropindorâmico do Maranhão com Tonny Araújo Jr. e Isaías Alves
Mais do que a capital do reggae no Brasil, a história do Maranhão é marcada também pela produção jazzística que desde os anos 1920 não só se demonstra a partir da aparição de exímios músicos, como também é instrumento para leitura das contradições e lutas presentes entre as classes subalternizadas no Brasil de ontem e hoje.
De Adhemar Corrêa à Tânia Maria, de New Orleans a São Luís, nessa conversa tratamos da potência que transcende e combate qualquer noção de regionalismo, tendo todo sotaque da produção legitimamente maranhense.
Acompanhe Tonny Araújo Jr. (@tonnyaraujojr) e Isaías Alves (@isaiasalvesmusic):
Os negros na história do jazz do Maranhão:
https://agenciatambor.net.br/opiniao/os-negros-na-historia-do-jazz-do-maranhao/
Cultura, música, literatura e jazz no Maranhão:
https://www.youtube.com/live/zKfGRYBwNdA?si=1642xMXvYEJFpP3u
De St. Louis a São Luís: os primeiros vestígios do jazz no Maranhão:
https://www.sobreotatame.com/de-saint-louis-a-sao-luis-os-primeiros-vestigios-do-jazz-no-maranhao/
Escute Isaías Alves:
https://open.spotify.com/intl-pt/artist/1KqNJYcYfLtszc3g1aoCVN -
De Baden Powell a Sonic Youth com Kiko Dinucci [Discotecagem Comentada]
Em fevereiro, encontramos @kikodinucci na Intercommunal Music, em uma escuta coletiva/processo de troca que toma seu último disco, “Rastilho”, como referência para desbravar aquilo que compôs suas referências estéticas, poéticas, sonoras e visuais na materialização desse disco.A Discotecagem Comentada é uma atividade que visa promover um espaço de encontro, audição e troca sobre obras e expressões que incorporam em sua forma diferentes tipos de luta, experimentos, invenções e alternativas para os meios de produção, de criação e de vida.
Captação e edição por @igorsouzadbk