Medicina de Mulher Andrea Menezes Gonçalves

Neste terceiro episódio da série especial da pandemia atualizamos algumas informações a respeito dos assuntos mais perguntados nas lives que participei e pelos meus canais de comunicação: Uso de máscaras, gestação  e telemedicina.

1. Até o presente momento não foi documentada transmissão de mãe para o feto intraútero - O vírus não foi encontrado no líquido amniótico, secreção vaginal ou leite materno;

2. Apesar de serem consideradas do grupo de risco até o momento as gestantes não parecem ter uma maior probabilidade de adquirir a doença ou de ter maior chance de gravidade/mortalidade que pessoas não-grávidas;

3. Gestantes devem manter de forma rigorosa as medidas de higiene e isolamento social - Há recomendação de manutenção das consultas pré-natais, porém  a equipe pode postergar consultas e exames de rotina de acordo com cada caso;

4. Em tempos de pandemia todas as gestantes atendidas em serviço de saúde devem ser questionadas quanto a viagens recentes e contato com casos suspeitos ou confirmados;

5. Não há evidência do aumento de abortamentos causados pela COVID-19;

6. 47% das gestantes com COVID-19 tiveram parto prematuro, porém a indicação da maioria das cesarianas não foi relatada;

7. A indicação da via de parto continua sendo obstétrica primariamente, sendo que a cesariana só estaria indicada em caso de necessidade de melhora da oxigenação materna;

8. A radiografia de tórax deve fazer parte do manejo da gestante com caso suspeito ou confirmado de COVID-19 - a decisão da realização deve ser conjunta com a mãe que deve receber consentimento informado e proteção abdominal para realização do exame;

9. O parto e manejo neonatal devem ser realizados de preferência em salas de isolamento com pressão negativa;

10. Não está contra-indicado o aleitamento materno, mães com suspeita ou casos confirmados da doença podem amamentar seguindo as orientações de higiene e utilizando máscara cirúrgica (e capote quando recomendado) de acordo com a necessidade.

Fontes: RCOG, CDC, OMS, Ministério da Saúde, ISUOG e Febrasgo

Andrea Menezes Gonçalves

Médica Ginecologista e Obstetra - CRM 52.89053-7 Hospital Universitário Gafree-Guinle(UNIRIO) -Médica obstetra  Universidade Federal Fluminense - Médica associada ao Setor de DST (DST-UFF) Mestrado Profissional em Saúde Materno-infantil - UFF (aluna)

1. O que é um vírus?

São agentes infecciosos que não tem um metabolismo próprio por isso só são ativos dentro de organismos vivos.

2. O que é coronavírus?

São um grupo de vírus composto de uma molécula de RNA coberto por uma capa de proteínas. São conhecidos desde a década de 60 e podem causar infecções respiratórias leves e moderadas comuns além de síndromes respiratórias graves.

3. O que é COVID-19?

É a abreviação de Corona Virus Disease 2019 ou em português a doença do coronavírus 2019.

4. Como a doença é transmitida?

Através de gotículas emitidas por pessoas infectadas. A transmissão por via fecal está sendo estudada.

5. Quanto tempo demora para uma pessoa infectada apresentar sintomas?

Em média 5 dias , porém pode ser de 1-14 dias.

6. Quais são os principais sintomas?

Os mais comuns são febre, tosse seca e cansaço. Muitos podem apresentar outros sintomas gripais e diarréia. Estes sintomas geralmente são leves e passam depois de um tempo. Uma em cada 6 pessoas terá síndrome respiratória mais grave.

7. Quem tem mais risco de apresentar doença grave?

Idosos, portadores de doenças crônicas como diabetes e hipertensão, gestantes e imunossuprimidos.

8. O que devo fazer para me proteger?

Seguir as medidas de isolamento social e higiene (lavagem constante das mãos e uso de álcool 70 nas mãos e em superfícies, evitar tocar o rosto) recomendadas pelas autoridades.

9. Existe vacina ou medicamente para o tratamento da doença?

A organização mundial de saúde considera que os medicamentos utilizados no momento ainda estão em fase de estudos e não coloca nenhum como tratamento padrão ou vacina aprovada.

10. Quando se deve procurar atendimento?

Quando os sintomas mais comuns estiverem mantidos, se agravando ou haja dificuldade para respirar.

Andrea Menezes Gonçalves Médica Ginecologista e Obstetra - CRM 52.89053-7 Hospital Universitário Gafree-Guinle(UNIRIO) -Médica obstetra  Universidade Federal Fluminense - Médica associada ao Setor de DST (DST-UFF) Mestrado Profissional em Saúde Materno-infantil - UFF (aluna)