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Em um contexto de grandes iniquidades e injustiças sociais se torna cada dia mais necessário que estabeleçamos canais de cura e cuidado do indivíduo com respeito à sua história e seu contexto social. Nesse processo minha atuação se coloca enquanto veículo de saberes integrados à partir da pesquisa na Arte, em Enfermagem, e na Saúde Pública na perspectiva da construção de diálogos e transformações externas e internas.

Maria Mitsuko Maria Cristina Mitsuko Peres

    • 健康/フィットネス

Em um contexto de grandes iniquidades e injustiças sociais se torna cada dia mais necessário que estabeleçamos canais de cura e cuidado do indivíduo com respeito à sua história e seu contexto social. Nesse processo minha atuação se coloca enquanto veículo de saberes integrados à partir da pesquisa na Arte, em Enfermagem, e na Saúde Pública na perspectiva da construção de diálogos e transformações externas e internas.

    Sejamos o novo! - Por Maria Mitsuko

    Sejamos o novo! - Por Maria Mitsuko

    Sejamos o novo!

    Por: Maria Mitsuko

    Vivemos em um momento histórico.

    Na percepção do meu processo de individuação encontro sincronia nos acontecimentos vivenciados por diversas mulheres com as quais me relaciono. 

    Com as trocas realizadas nos diversos locais de atuação enquanto artista, profissional da saúde, amiga, filha, irmã, companheira, aluna e mestre, é possível perceber um fluxo de trocas contínuas que a cada momento desbloqueiam inúmeros traumas de infância, adolescência e outros processos de construção social introgerados na construção individual de cada mulher. Esse desbloqueio gera dor e medo, mas ao mesmo tempo solidifica nossas personalidades no processo de individuação. 

    Com a organização feminina, vejo um potencial de construção estruturalmente sólido e aplicável como resposta ás necessidades humanas básicas enquanto ser vivo. 

    Temos uma rede ancestral de maternagem e construção de saberes que zelam não apenas pelo apoio emocional emergencial, como ao analisar a Hierarquia de Necessidades Humanas Básicas de Maslow é possível perceber que o cuidado coletivo de nossas crias, aliada á manutenção de saberes sobre a natureza e contato com a terra e outros indivíduos permite diminuir a situação de miséria global dos mais variados grupos de pessoas em escalas inimagináveis no momento. 

    Com os avanços tecnológicos, nos temos apropriado de maneira ainda pouco desenvolvida no sentido de otimização da tecnologia para funcionalidade cotidiana de aplicação de autocuidado e convivência presencial na realidade física e social que precisa ser tocada. Mas ao mesmo tempo, a atividade aplicada por essa via viabiliza um potencial de transformação pungente, porque permite o acesso á informações de momentos históricos diferenciados, conteúdo teórico e lúdico sobre empoderamento, difusão de ferramentas de cuidado, além de assimilação do conteúdo em mídias sociais que permite identificação e reconhecimento de experiências compartilhadas por um número grande de mulheres com acesso á tecnologia. 

    Para fora do mundo virtual, a realidade das mulheres nas mais diversas esferas sociais se dá de maneira diversa e a alienação e divisão social se faz nítida, além de conformar um recorte de classe debilitante no sentido de solidarização. 

    Mesmo assim, ainda é possível identificar uma comunicação comportamental no que tange a possibilidade de organização em redes de apoio mútuo para difusão de saberes, assistência direta de necessidades locais, empoderamento, formação de oficinas geradoras de renda, estímulo á autonomia e desfetichização dos mais variados espectros sociais a serem sistematicamente destruídos por nós, mulheres. 

    Simone Beauvoir nos permite refletir sobre o “tornar-se mulher” e de fato perceber os processos que unificam a mudança de paradigma imposta no momento perpassa pela organização sistemática e presencial dos mais diversos grupos de mulheres em comunidades, por geração, interesse, profissão, ou quaisquer motivos.

    A natureza nos unifica e a ela nos podemos remeter para fortalecimento de nossos saberes ancestrais. 

    Vivenciemos nossa liberdade transgredindo a cada dia, cada convenção social imposta. Suportemos a dor com resignação e luta. Pois nossa força vem da resistência, força e amor. 

    A mudança de paradigma se faz com unidade, construção, organização e irmandade. 

    Façamos-nos livres. Sejamos o novo!

    29/09/2016 03:25

    • 5分
    As entrelinhas das Amoras e Amores - Por Maria Mitsuko

    As entrelinhas das Amoras e Amores - Por Maria Mitsuko

    O pé de amoras é uma das formas de vida que interage comigo todas as manhãs e me ensina sobre a vida na constância de nossa relação. 

    Ele simplesmente é, e respeita seu próprio tempo na natureza. 

    Por acaso, nos conhecemos ao final do inverno e no princípio da primavera já éramos íntimos e nos estávamos articulando de maneira proveitosa. 

    O tal pé de amoras me fornece, quase todas as manhãs, amoras suficientes para que eu faça geléia de amoras com mel e pólen.

    É claro que parte das amoras continua no pé, amadurecendo, e outra parte fica como alimento tanto para o solo, quanto para outras formas de vida. 

    Saber o tempo de cada amora é essencial. Perceber as tonalidades de cada amora, aspecto, turgidez, perfume, nos permite fazer uma progressão sensorial de seu sabor. Podendo tender tanto para a acidez, quanto a doçura confortante que se traduz em satisfação palatina plena. 

    Há as amoras que se mostram maduras e saem do pé com apenas um toque, outras caem com o vento e ficam íntegras, mesmo com a queda ao solo. Outras se machucam e rompem seu tecido e espalhando seu sumo pelo chão, deixam marcas rubras no local de queda. Algumas inclusive são comidas por passarinhos e mesmo assim continuam vivas se mantendo ligadas ao pé de amoras. 

    Anyway...

    Estabelecer uma relação de troca, respeito e aprendizagem com um pé de amoras me permite refletir sobre a realidade das amoras e amores com os quais estabeleço relações diversas.

    O pé de amora cativou meu afeto cedendo frutos que me alimentam de maneira fisiológica, além de fomentar minha existência com o que estou compreendendo agora como estudo da natureza. 

    Entendo que as amoras todas têm seu tempo de germinar, crescer, frutificar, esmaecer ou até mesmo tornarem-se geleia real. Cada uma delas é importante e descubro com a observação da minha relação com o pé de amoras e a sua relação com a natureza que tudo deve acontecer em seu tempo, espaço e situação adequada. Além de permitir que tudo isso seja fomentado, principalmente com zelo e amor. 

    Maria Mitsuko

    28-09-2016 11:33

    • 3分
    Apresentação Podcast Maria Mitsuko

    Apresentação Podcast Maria Mitsuko

    Maria Mitsuko

    É Enfermeira, poeta, artista, militante e bailarina da vida. Autora de livros, artigos, ensaios, zines e histórias. Graduada em Enfermagem e Obstetrícia pela UFRJ. Especialista em Saúde Pública pela ENSP/ FIOCRUZ. Mestranda em Saúde Pública pela ENSP/FIOCRUZ. Idealizadora e Co-fundadora do Coletivo Nós, as Poetas! e do Mulherartes. Pesquisadora do potencial da arte enquanto ferramenta para compreender as vulnerabilidades sociais. Também contribui pesquisando para a transformação da realidade dos desastres numa perspectiva de fortalecimento do SUS, enquanto integrante do Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde/ FIOCRUZ/ ENSP e do Observatório  Covid-19 - FIOCRUZ. Além de ser parte da equipe de expatriados do Médicos Sem Fronteiras.

    • 2分

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