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  1. Ricardo Marchi: o Chega parece perdido com o caso das malas de Arruda

    3 DAYS AGO

    Ricardo Marchi: o Chega parece perdido com o caso das malas de Arruda

    Na campanha eleitoral para as eleições legislativas do ano passado, Miguel Arruda, candidato pelas listas do Chega nos Açores, defendia o aumento da capacidade de cadeia para que a “limpeza” do país prometida pelo seu partido pudesse acontecer. Passado um ano, a exigência feita pelo agora deputado açoriano parece ter acontecido em defesa de um interesse pessoal. Vejamos porquê: se as suspeitas da polícia se confirmarem, Miguel Arruda terá cometido vários roubos de malas, ao longo de meses, nos tapetes do aeroporto de Lisboa. O PÚBLICO noticiava até que, depois de as buscas das polícias terem encontrado as malas roubadas, bem como parte dos seus recheios na sua casa de Lisboa, o deputado terá até confessado a autoria do crime. Assim sendo, sempre terá uma cadeia com espaço para o acolher, do que outra sem grandes condições de conforto. O caso de Arruda não é novo, mas serve sempre para expor os limites do discurso moralista de partidos, como o Chega, que tendem a dividir as sociedades entre eles, os bons, e os maus, todos os que não pensam ou defendem os mesmos valores que eles, sejam militantes ou dirigentes da esquerda, intelectuais ou imigrantes. A diferença entre o discurso da limpeza de um país supostamente contaminado de corruptos e a bancada que faz esse discurso, onde cerca de 20% dos deputados têm ou tiveram problemas com a justiça, é reveladora. Um deputado de um partido com este discurso ser apanhado num crime tipo pilha-galinhas, é tanto uma prova de hipocrisia como de inconsistência. André Ventura percebeu depressa o perigo que o caso das malas representa para o Chega e tratou de atacar o foco da potencial infecção, prometendo agir em nome da defesa do partido. Em teoria, casos como este têm potencial para desgastar a credibilidade e o poder de atracção de políticos e de partidos. Mas, a prática, nos casos da extrema-direita, está longe de o confirmar. A eleição de um homem sem qualidades como Donald Trump nos Estados Unidos, a associação de Salvini ou de Marine Le Pen a casos de uso indevido de dinheiros públicos ou de financiamentos suspeitos da Rússia não bastaram para reduzir o seu poder eleitoral. E entre nós, que implicações pode ter este caso? Será que vai ser um problema para Ventura? Convidámos para este episódio do P24 o cientista político, investigador do ISCTE e professor na Universidade Lusófona Ricardo Marchi, um italiano que se doutorou em História em Lisboa e escreveu vários livros sobre a Direita em Portugal, entre os quais "A Nova Direita Anti Sistema - O caso do Chega". See omnystudio.com/listener for privacy information.

    18 min
  2. Três grandes do futebol empatados no despedimento de treinadores

    6 DAYS AGO

    Três grandes do futebol empatados no despedimento de treinadores

    É assim desde que o futebol se transformou na mais poderosa e rica indústria de entretenimento da Europa: sempre que uma equipa treme ou perde, pede-se a cabeça do treinador. Este ano, a fórmula com que dirigentes de clubes tentam apagar os seus erros ou a falta de sorte já foi aplicada no Benfica, no Sporting, no Porto e em pelo menos mais nove clubes da divisão principal do futebol português. Para lá da discussão apaixonada que o clubismo promove sobre estas chicotadas psicológicas, há a eterna questão de se saber se a receita faz sentido num ponto de vista de gestão. O que a experiência no diz é que há treinadores com um currículo tão blindado que escapam a todas as pressões – veja-se o que acontece este ano com o treinador do Manchester City, o prestigiado Josep Guardiola. Ou vejam-se os desaires que o anterior treinador do Porto, Sérgio Conceição, sofreu, sem que alguém ousasse pedir a sua cabeça. Mas se há treinadores blindados, os outros, os que têm menos curricula ou carisma, estão sempre vulneráveis à bola que bate no ferro ou aos humores dos adeptos. Quer isto dizer que eles saem, ou podem sair, sem culpas? O caso de Roger Schmidt, de João Pereira ou de Vítor Bruno mostram que não. Que as suas equipas jogavam mal e, pior, não ganhavam jogos. Mas será que uma substituição do líder resolve os problemas? Não serão as demissões também uma parte inalienável do espectáculo emocional do futebol? Será que a receita do sucesso ou do insucesso paga com a continuidade ou a demissão faz sentido, por exemplo, na política? Nuno Sousa é editor do Desporto do PÚBLICO e vai-nos ajudar a responder a estas perguntas. See omnystudio.com/listener for privacy information.

    15 min

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