Pergunte ao Psiquiatra - Dicas Sobre Saúde & Bem-Estar

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Pergunte ao Psiquiatra - Dicas Sobre Saúde & Bem-Estar

Assista o Programa Pergunte ao Psiquiatra da Clínica TotalBalance com dicas sobre saúde & bem-estar. Apresentado pelo Dr. Sergio Klepacz 347727

Episódios

  1. 03/06/2021

    Gorduras Boas e Ruins para o Cérebro

    Dr. Sergio Klepacz, da Clínica TotalBalance, explica quais são as gorduras boas e ruins para o cérebro. Neste vídeo você irá conferir: A importância das gorduras para o cérebroQuais são as diferenças entre as gorduras boas e ruinsOs alimentos que você deve consumir e evitar para o equilíbrio emocional Siga o programa no Instagram. Transcrição Bom dia. Queria abordar com vocês um tema, tentar explicar pra vocês de um jeito simplificado, tá? Porque eu acho que a gente tem que entender as bases da coisa, e a importância de um determinado assunto. Vou falar sobre gorduras. Bom, o que que tem que ver gordura com questões psíquicas, com o sistema emocional? Na verdade, tem tudo a ver. O cérebro, ele é feito de gordura. E eu vou explicar pra vocês que tipo de gordura, e como isso aí acontece, tá? Vou tentar ser de um jeito sintético e simplificado, porque envolve as questões químicas, que eu não vou ficar falando muito. Então, eu vou colocar aqui. É uma aulinha sobre gorduras. Então, aqui, nós temos essa aulinha que eu vou dar sobre gorduras. Na verdade, quando a gente fala gordura, a gente fala ácido graxo, que é a mesma coisa de gordura. Então, não se espante, que vocês vão ver esse nome aqui. Então, na verdade, a gente tem aquele preconceito contra gordura. Gordura é uma coisa ruim, é uma coisa que afeta, deixa a pessoa gorda, etc., etc.". Mas, na verdade, gordura não é bem assim. Gordura... existem gorduras importantíssimas, que, sem ela, a gente não teria evoluído e se transformado em Homo sapiens. Olha que interessante. Eu vou contar essa história pra vocês. Então, por que que a gordura é importante? Porque como você pode ver, isso aqui é a célula, a membrana de um neurônio, é a parte da célula onde... que divide o exterior com o interior, ou como se fosse a pele do neurônio, e essa camadinha aqui marrom escura, aqui, e junto com essa parte mais clara, na verdade, são gorduras que ficam uma juntinho da outra, formando a chamada membrana do neurônio. E é nessa membrana que existem esses poros, essas moléculas todas aí, que fazem todo o trabalho de excitar o neurônio, desexcitar, acalmar. Então, todos os processos mentais passam por essa... pelo impulso nervoso, na verdade. Você mexe uma mão, né, você tá acionando um impulso nervoso. Então, esse aqui é o neurônio. Então, na verdade, é como se fosse um fio elétrico. E esse braço do neurônio chamado axônio, é que corre o chamado impulso nervoso, ou nada mais é do que uma espécie de eletricidade, que, obviamente, com uma corrente muito pequenininha, né? Com potencial muito pequenininho, mas que dá até pra medir eletricamente. Quando a gente faz um eletroencefalograma, a gente, na verdade, tá medindo esse tipo de eletricidade que passa pelo neurônio. Então, como eu falei pra vocês, a célula do neurônio, aonde passa a eletricidade, existem... ele é feito de gordura. Então, aqui, eu tô dando um exemplo, por que que tem gorduras boas e gorduras ruins, na verdade, pro cérebro. Então, gordura saturada, -eu vou falar da gordura saturada-, que é a gordura da carne, aquela gordura quando você come uma picanha, você vai comer a gordura saturada. E aqui é a gordura insaturada ou monoinsaturada, que é a gordura que vem do peixe, aquele chamada gordura ômega 3, que seríamos, digamos assim, a gordura boa. Então, você vê aqui, no primeiro caso, uma gordura rígida, muito bem encaixadinha uma na outra, então, o impulso nervoso não corre tão fluido, tão rápido. Já ao passo que no caso da gordura insaturada, -essa que é toda bagunçada-, mas ela é mais líquida, não é rígida, o que dá uma melhora no processo de transmissão do impulso nervoso, portanto, melhora o funcionamento do cérebro. Então, como eu tava falando pra vocês, muita gente tem preconceito a gorduras, né? Pessoas têm pânico de engordar. "Não como gordura de j

    18min
  2. 23/04/2021

    Por que Sofremos com Distúrbios Psíquicos?

    Dr. Sergio Klepacz, da Clínica TotalBalance, explica porque sofremos com distúrbios psíquicos. Neste vídeo você irá conferir: Por que chegamos neste ponto?Porque a depressão teve uma função no passadoQual é a função do cérebro Siga o programa no Instagram. Transcrição Pessoas sofrem com distúrbios psíquicos, distúrbios mentais. Digamos que é a grande sina da humanidade. O ser humano conquistou o planeta, estamos aí fazendo o que quiser com o planeta, nossa casa. Mas a gente paga um preço, né? A gente vê hoje, depressão como uma das principais de morbidade ou de sofrimento no homem, né? Mas por que isso? Quando você pega, por exemplo, um animal, você vê um animalzinho, você vê a tranquilidade, parece que eles estão sempre tranquilo. Os problemas deles se referem sempre ao aqui, agora, né? Você vê um animal estressado porque alguma coisa não está bem, está faltando alguma coisa pra ele. Você resolve aquele problema e ele está livre deste... da sua depressão, da sua ansiedade, né? Se a gente pode chamar isso no reino animal. É sempre um problema pontual. Mas o ser humano, não. Ele fica com a questão, ele fica com o problema, ele desenvolve ansiedade, ele desenvolve síndrome do pânico, ele desenvolve depressão, que é uma das grandes causas, como eu disse, de morbidade hoje, né? Mas por que isso é assim? Por que que isso acontece? Por que que a gente chegou nesse ponto? Vamos pensar o seguinte: vamos imaginar que a história da humanidade, ou do ser humano, ou do hominídeo, dos primórdios, como a gente chegou a ficar como a gente é hoje, né? Um ser humano, o Homo sapiens. Se isso... toda essa história, fosse contada em 24 horas, tá? O aparecimento do Homo sapiens, o aparecimento do homem inteligente, do homem que tem a consciência, seria, dessas 24 horas, possivelmente, os últimos minutos, né? Se a gente, pensar, por exemplo, a civilização moderna, a gente vai ver nos últimos segundos dessas 24 horas. Só pra você ter uma ideia, por exemplo, o aparecimento da internet seria os últimos 10 segundos dessa história, e hoje, a gente vive na pressão de internet, das mídias sociais, dessa coisa toda, né? Então, isso tudo é muito novo. A própria humanidade, a civilização que a gente fala hoje, -a gente chama civilização que começa há três mil anos, aproximadamente-, é nada! Então, a gente carrega a sobrevivência com a gente. Então, muitos pacientes falam: "Mas, doutor, por que eu sofro tanto, né? Por que que eu tô sofrendo com uma coisa que eu sei que é absurda?". Na verdade, você... isso que é absurdo, serviu pra gente chegar aonde chegou, por isso que, geneticamente, é um gene bem arraigado no ser humano, né? Então, o gene da depressão é muito arraigado, o gene da síndrome do pânico, a gente vê que não pula gerações; o gene da fobia social, daquele excesso de timidez, que faz muito as pessoas sofrerem, né? E como é que a gente entende isso dentro desse processo evolutivo? A força que isso tem, a força de cinco milhões de anos atrás, né? A gente tenta comparar, por exemplo, como você vai tratar um indivíduo de depressão. Então, você começa com o experimento animal, em geral isso foi feito nos últimos... nas últimas décadas, buscar o modelo animal, e através desse modelo animal, a gente consegue entender um pouco dessa força da natureza. Por exemplo, como é que você provoca uma depressão num rato? Rato, possivelmente, não costuma ter depressão, assim, como um ser humano, mas a depressão no rato, você vai provocar através, por exemplo, da natação forçada. Você joga um rato em uma bacia de água, e aquele momento de desespero em que ele para de nadar, seria a depressão no rato. E aí, você dá um depressivo, se ele for um bom antidepressivo, o rato vai ficar pouco tempo nessa situação de desespero, chamada depressão no rato. E, como essas doenças, então, têm a ver

    8min
  3. 23/03/2021

    Depressão Pós-COVID

    Dr. Sergio Klepacz da Clínica TotalBalance fala a respeito da depressão pós-COVID. Neste vídeo você irá conferir: Quais são os sintomas e o que é esta síndrome pós-COVID.As principais queixas que podem afetar as pessoas no pós-COVID.Como age o sistema serotonérgico. Siga o programa no Instagram. Transcrição Drº Sergio Klepacz - Bom, hoje eu vou falar de um tema bem interessante, a questão da depressão pós-Covid. É um assunto que tem aparecido muito em termos... principalmente pelos psiquiatras, né, a gente tá observando. As pessoas que pegaram Covid, principalmente as pessoas que pegaram grave ou que evoluíram de forma grave, com internação, têm se queixado dessa... a chamada Síndrome Pós-Covid, em que existe um desânimo muito grande, uma fraqueza, uma... que a gente chama, uma astenia, principalmente um desinteresse pelas coisas. Eu peguei o Covid grave, tá? Há um mês e pouco atrás, e eu passei por isso. Eu me lembro que eu sempre me interessei... sempre gostei muito do mar, gosto muito de atividades náuticas, esportes náuticos. Eu me lembro que eu fui convalescer lá no litoral, e eu olhava o mar assim, e aquilo parece que não tinha mais prazer. Antigamente, eu olhava o mar, falava: "Nossa, eu quero fazer atividade, esportes náuticos". E, de repente, é como se eu não tivesse mais vontade, olhava o mar assim, não significava mais nada pra mim. Ainda bem que isso durou pouco. Em uma semana eu comecei a retomar essa sensação de prazer pelas coisas. Mas por que que isso está acontecendo? Por que que a gente tem recebido esses casos? Ninguém sabe exatamente. Pode haver uma vertente física e uma vertente psicológica. Então, se você é internado, se pega Covid grave, -como foi o meu caso-, começa a vim a ideia da morte, a possibilidade de morrer, que, obviamente, que é uma coisa que... é um game-changing no teu emocional, né, muda muito o emocional da pessoa. Mas eu, pessoalmente, desconfio que não é só isso. Quer dizer, alguns trabalhos científicos mostram que pessoas que estão tomando antidepressivos e pegam o Covid, têm uma evolução melhor. Então, eu desconfio, pessoalmente, assim, que existem duas questões: uma questão é uma possível interferência do Covid diretamente no cérebro, o que pode ser justificado pela questão do olfato, o paladar, afetando áreas centrais ou áreas que recebem esses estímulos no cérebro. É uma espécie de mini encefalite por Covid. É comum os vírus terem esse comportamento e alterarem, por exemplo... Nesses casos, quando há um comprometimento do próprio vírus no cérebro, possivelmente, as pessoas vão se queixar de falta de capacidade de atenção ou deficiência de memória. Também é uma outra questão que parece que tá afetando as pessoas no pós-Covid. Mas eu tô me focando aqui mais na questão do psíquico-depressivo, né? Essa sensação de desânimo, às vezes até de astenia ou de fraqueza, e de desinteresse, essa coisa toda. Eu suspeito que existe uma interferência do sistema serotoninérgico É como se a serotonina fosse mobilizada durante o processo do Covid. Mas o que que tem que ver uma coisa com outra? Eu vou explicar pra vocês. Mas isso é uma teoria minha, ninguém sabe exatamente. O sistema serotoninérgico, ele existe tanto no cérebro quanto circulando no sangue periférico, com funções distintas, mas intercaladas. O sistema serotoninérgico, ele age, através das suas ramificações ali, a serotonina, o triptofano pode virar serotonina, pode virar quinurenina, então tem uma série de particularidades bioquímicas aí que são meio complexas, que eu não vou falar, mas, de algum modo, ele participa da defesa quanto ao excesso de inflamação. Possivelmente, quando você pega um Covid, o seu corpo reage com uma inflamação muito forte, muito exagerada, tá? Possivelmente, isso faz com que o seu sistema serotoninérgico, pelo menos a parte periférica, s

    5min
  4. 01/02/2021 · VÍDEO

    Alcoólatra, eu?

    Dr. Sergio Klepacz da Clínica TotalBalance fala a respeito do alcoolismo na pandemia. Neste vídeo você irá conferir: preciso rever meus conceitos sobre o álcool?Como saber se tenho um problema com o álcool?Quais são os sinais de alerta que devo me atentar? Siga o programa no Instagram. Transcrição Drº Sergio Klepacz - Durante a pandemia muitas pessoas têm se queixado ou têm referido momento significativo do consumo de álcool, então a pessoa tá em casa, toma um vinho, cerveja, etc, etc. Em geral o ócio é um dos grandes instrumentos que favorecem o consumo de álcool. Mas como a gente pode definir e que dica gente pode dar que tá na hora de você rever os seus conceitos sobre o álcool? Primeiro lugar assim, vamos entender: como funciona o álcool? O que que ele faz? O álcool, ele basicamente é um depressor. Então chega um ponto que a pessoa bebe e a pessoa dorme; ele é um depressor do Sistema Nervoso Central e, ao mesmo tempo, um euforizante. A princípio se dizia que ele inibia a inibição e, portanto, você teria uma resposta euforizante, mas, na verdade, a coisa é um pouquinho mais complexa. Algumas pessoas, que são as pessoas que têm muito risco de se tornar dependentes do álcool, tenham um prazer maior do que outras em beber, por liberação de um opiáceo que chama-se dinorfina. Tanto é que os tratamentos modernos usam bloqueadores de opiáceos pra gente poder tirar esse craving de álcool de algumas pessoas. Mas como saber se a gente tem um problema com álcool? Muita gente diz: "Não, eu não tenho problema com álcool, eu não sou alcoólatra, eu não preciso beber todo dia, eu não tomo pinga, eu só tomo cerveja ou eu só tomo vinho". Cada um tem a sua desculpa. "Eu não cheguei no fundo do poço". Então as pessoas têm por conceito o alcoolismo como alguma coisa assim que você passa na rua e vê aquele alcoólatra terminal, aquela fase terminal da doença, que ele tá jogado na rua com uma garrafa de pinga, aquela coisa clássica. "Ah, eu não tenho nada disso". Sim, não quer dizer que você vai chegar nesse ponto, mas você pode ter prejuízos relacionados ao álcool. Quem tem problema com álcool antes? Como é que a gente poderia definir, antes de qualquer coisa? São aquelas pessoas que têm qualquer prejuízo relacionado ao álcool, pode ser, por exemplo, um aumento de enzimas hepáticas, então a pessoa não tem nada, mas tem as enzimas hepáticas aumentadas num exame de rotina. Eu tenho visto muito isso. Você olha assim, você não diz que a pessoa tem qualquer tipo de problema: "Não, eu bebo todo dia uma dose de whisky, bebo duas doses, etc., etc.". É, mas seu fígado tá em sofrimento, ou às vezes não, depende do metabolismo de cada pessoa. Outras pessoas têm problemas de relacionamento, então quando bebe, é clássico aquele indivíduo que bebe, chega em casa e agride os filhos, agride a mulher, etc, ou a mulher que chega em casa ou bebe numa festa e faz coisas que não devia ou depois se arrepende de ter feito. Então isso é um sintoma. Outro sintoma clássico são ressacas muito fortes, a pessoa, no dia seguinte, domingo de manhã... tem até aquela música, né, que o cara diz que chega de passar mal no domingo de manhã. Então essas pessoas têm um problema com álcool. Às vezes elas chegam a ter a Síndrome de Dependência do Álcool, seria o primeiro estágio do alcoolismo, que é quando a pessoa já começa a beber basicamente sozinha, a pessoa começa a disfarçar, esconde garrafa no armário, isso é uma coisa clássica também, esconder garrafa no armário, jura que não tá bebendo, e tá bebendo, a família, o cônjuge já tá meio preocupado, a pessoa começa a mudar um pouco, já começa a ser alguma coisa que ela não era. Isso já indica um problema. Às vezes a pessoa fica muito tempo nesse estágio, e dentro dela tem sempre aquela necessidade de beber, ela não consegue conceber u

    8min
  5. 19/11/2020 · VÍDEO

    Amor – Parte 2 – Predicados

    Dr. Sergio Klepacz da Clínica TotalBalance fala a respeito do amor. Neste vídeo você irá conferir: dois predicados do amor; o amor como um anexo; e o amor como um compromisso moral; o papel do sexo na relação. Siga o programa no Instagram. Transcrição Bom, dando continuidade aos predicados do amor, pra gente entender, assim, tentar dar um significado real, né, à questão do amor, o terceiro ponto que o autor coloca é que o amor é um anexo, né? Como se fosse um anexo à nossa vida, né, você recebe lá o e-mail e tem o anexo, né? O anexo é importante. Então, o amor se torna um anexo importante na nossa vida. Então, sem aquela pessoa, a gente não consegue viver, né, a gente precisa daquela pessoa. E o sexo entra aí sempre no sentido... de qualquer atividade que resulta em orgasmo, prazer, resulta sempre no fortalecimento desse... dessa situação, né, do anexo. Já a quarta, o quarto predicado do amor, é que o amor é um compromisso moral. Isso, a gente vê a partir do momento que a gente entra nos rituais da sociedade ou da religião, em relação ao casamento, né? O casamento seria a celebração desse predicado do amor, como um compromisso moral. Então, durante a cerimônia, todo o glamour, o charme, a música, né? E a toda sociedade envolvida, a família envolvida, isso é como uma marca no casal, né? O que varia aqui, é que existe uma diferença entre como cada pessoa recebe ou introjeta esse compromisso moral. E às vezes isso é uma coisa que repercute praticamente na vida inteira da pessoa. No caso, por exemplo, da pessoa teve uma relação extraconjugal, ou no caso de divórcio, essa pessoa pode se sentir culpada por muitos e muitos anos, né? E algumas pessoas também não levam muito a sério o compromisso. Aí é uma coisa interna de cada um. E isso é uma das coisas que causam muito sofrimento em relação ao outro, quando há uma traição, quando há uma... um divórcio litigioso ou alguma questão assim, né? Então... E aí a gente vê, a gente é sempre chamado a intervir porque o grau de angústia e o grau de depressão que acomete quando há um rompimento desse compromisso moral, alguém sempre sofre muito.

    3min
  6. Amor – Parte 1

    06/11/2020 · VÍDEO

    Amor – Parte 1

    Dr. Sergio Klepacz da Clínica TotalBalance fala a respeito do amor. Neste vídeo você irá conferir: o que é o amor;porque o amor é uma força estabilizadora;definições de amor por Stephen Levine;os predicados do amor. Siga o programa no Instagram. Transcrição Boas, pessoal. Tive aqui pensando em tentar trazer pra vocês alguma coisa bastante significativa, né? Assim, algo que impacta muito o nosso dia a dia, e que a gente observa aqui na prática clínica que tem um significado muito grande, que é um dos grandes motivos de queixa, é um dos grandes motivos que trazem as pessoas aqui para... para os psiquiatras. Isso chama-se amor. Né? A gente sabe que o amor, ele constrói, amor traz coisas muito boas para as pessoas, mas pode ter o efeito contrário quando ele se desfaz, né? Quando a gente perde alguém, a gente perde um objeto que a gente ama, a gente perde a pessoa que a gente ama, em geral, o psiquiatra precisa dar o apoio. Né? Então, o amor é a grande força estabilizadora e desestabilizadora. Basicamente falando, nós não somos diferentes de um bando de zebras numa savana da África, por exemplo. Em que temos que estar todos juntos, né? Uma zebra isolada, ou um animal que tá... que é gregário, né, nós somos animais gregários, se estiver vivendo sozinho ou estiver desgarrado, ele vai pelo menos sofrer um grande impacto em termos de estresse. E por isso que as pessoas querem todas morar nas grandes cidades, né? Que concentram grande parte da população. A gente tem o espaço enorme, mas ninguém, na verdade, quer morar sozinho, né? É praticamente uma coisa difícil. Algumas pessoas conseguem ser eremitas, né? Mas é uma tarefa muito difícil. A gente precisa, realmente, das pessoas. O nosso relacionamento, ele é capaz de acalmar, ele é capaz de equilibrar e tirar a sensação de estresse. Uma pessoa isolada, se você prende uma pessoa, por exemplo, na cadeia, coloca ela num outro ambiente, você vai provocar uma depressão e um estresse enorme. Por quê? O teu nível de cortisol vai subir demais quando você rompe os relacionamentos que você tá acostumado. Existe uma... um antagonismo, em que o hormônio do amor, qual que é o hormônio do amor? Ele chama-se ocitocina. Hoje em dia, a gente fala muito ocitocina, e o cortisol que é o hormônio de estresse. Quando você rompe a ocitocina, você perde alguém que te... que você... um rosto amigável, um rosto, que você libera ocitocina, quando você perde esse contato, você tem um aumento do hormônio do estresse meio que automático, né? Então, conviver bons relacionamentos com pessoas que a gente ama, é fundamental pro equilíbrio. E aí, eu vou passar pra vocês agora, -podia até explicar basicamente, é uma coisa estranha de explicar, mas existe sim, trabalhos que demonstram e tentam explicar-, o que é o amor e por que que o amor tem um impacto tão grande na nossa vida.  Mas afinal, o que é o amor? Eu vou usar pra vocês aqui a definição desse autor aqui, o (Stephen Levine), que é um psiquiatra especializado em relacionamento, né? E ele coloca assim, como um modo de entender o amor, pra gente poder compreender a dimensão do amor, ele coloca os... ele denomina os oito ou nove predicados do amor. São itens que compõem o sentimento do amor. Obviamente, é um sentimento... O amor é um sentimento subjetivo, e transitório, ninguém ama o tempo todo uma pessoa. Isso é um conceito importante, né? Tem dia que a gente não ama. Tem dia que a gente ama mais. Então, pra gente entender o amor, às vezes precisa do tempo e precisa às vezes olhar de longe. Falar: “Puxa, esta pessoa é a pessoa que eu amo”. Né? O primeiro predicado que ele coloca, é que o amor é uma ambição idealizada. É uma ambição de amar alguém e uma ambição de ser amado. E dentro dessa ambição, a gente tem a ambição de viver em harmonia, viver em felicidade, e que esse relacionamento seja bom e que

    7min
  7. Live Como Anda a Sua Saúde Mental?

    29/09/2020 · VÍDEO

    Live Como Anda a Sua Saúde Mental?

    Transcrição Cláudio Lottenberg: É um prazer. Sérgio Klepacz: Muito obrigado pelo convite, Claudio, por ter lembrado. Muito obrigado. Cláudio Lottenberg: Imagina. Que isso, eu admiro muito o que você faz. Mesmo à distância, saiba que eu tenho muito respeito e vi coisas que você tem aprofundado, tentando ligar coisas que as pessoas, muitas vezes, tratam até com muito preconceito. E são coisas que talvez não são tão explicáveis dentro da lógica, dentro do pensamento cartesiano, e sim mais quântico. Sérgio Klepacz: Sim, sim. Essa história do preconceito é interessante. Eu sempre conto essa história e até hoje tem uma marca do preconceito. Nos meus receituários, pelo menos em uns deles, eu não coloco o meu título de psiquiatra. Quando eu comecei a exercer, em 1980, o preconceito era muito grande e quando eu falei: “Ah, vou ser psiquiatra”, as críticas foram enormes. Legal era ser cirurgião na época: “Não, você tem que ser cirurgião, porque psiquiatra é uma coisa estranha, esquisita, na família todo mundo é normal”. Aquele papo. Cláudio Lottenberg: Mas você sabe que é interessante, porque eu acho que a pandemia vai ajudar no sentido de as pessoas entenderem a importância da saúde mental. E eu queria te fazer uma pergunta, para começar: como é que você enxerga a questão da felicidade? Você fala muito sobre isso quando escreve. O que é felicidade? Sérgio Klepacz: Olha, Claudio, nós já temos muitos anos de profissão. Quando você fala das questões que você trata, você já tem toda uma reflexão sobre isso, toda uma profundidade. Então, deixa eu te contar a historinha. A historinha é simples. Quando você atende a pessoa, a pessoa sofre de depressão, aí a pessoa melhora: “Melhorou?”, “Eu melhorei, mas a vida é ruim mesmo”. E tem aquelas pessoas que falam: “Eu não sou assim, sou uma pessoa feliz”, aí quando você trata, a pessoa melhora e volta ao nível de felicidade. Ou seja, hoje em dia – os próprios trabalhos demonstram, isso é uma coisa vista na prática – nós vemos que felicidade, grau de felicidade, humor e depressão, estão descolados parcialmente. São sistemas diferentes. Então, a história da felicidade é uma história, mas cada um tem a sua. Os trabalhos mostram que se você ganhar na loteria vai ficar muito feliz por seis meses, depois tudo volta ao normal, ao teu grau anterior. E o contrário também: se acontecer uma grande desgraça na sua vida, depois você volta ao normal. Para algumas pessoas isso aqui é um copo meio vazio, para outras está meio cheio. Isso seria o grau da felicidade. A dinâmica é bem diferente, eu acho que felicidade é uma coisa que todos almejam, ninguém está imune a tentar desejar ser feliz, e nós traçamos dentro da gente nossos planos de felicidade. É até interessante, eu gosto muito de tentar trabalhar com essa coisa da química, de neurotransmissor, então até os neurotransmissores são diferentes do humor. O pessoal fala, “Puxa vida, se tomar um remédio antidepressivo, você vai ser mais feliz?” – que, aliás, foi o marketing do Prozac nos anos 80. E não, não vai ser mais feliz. O seu nível de felicidade vai continuar igual. O humor sim, é um dos componentes da felicidade, mas não é só esse. Realmente, para quem alcançou boa parte das coisas na vida, o que nós mais queremos é tentar pensar: “Sou feliz? Eu acho que eu sou feliz. Sou feliz. Eu acho que não totalmente, preciso disso e daquilo, mas eu vou chegar à felicidade”. Então, esse é nosso grande objetivo.  Cláudio Lottenberg: Olha, que interessante. Esses termos, mesmo para quem é médico – que é o meu caso –, são termos difíceis de definir. Você falou do humor, quer dizer, um remédio que é um antidepressivo trabalha com o teu humor. Como você pode definir o humor perante os leigos? Sérgio Klepacz: O humor já é mais objetivo, tem todas aquelas escalas e eu n

  8. Bye Bye, Corona

    26/06/2020 · VÍDEO

    Bye Bye, Corona

    No vídeo de hoje, Dr. Sergio Klepacz da Clínica TotalBalance fala sobre como estamos entrando na fase do bye-bye Corona. Siga o programa no Instagram. Transcrição Passado toda essa fase da pandemia, essa pior fase, nós vamos entrar agora na fase do bye-bye Corona. O que significa isso? Ele vai ter que sumir da nossa mente de alguma maneira. Ou seja, ele vai deixar de ser um monstro, essa fantasia, para ser algo dentro da realidade, algo dentro do controle. Isso é muito importante para que a gente possa continuar vivendo, tá? Parece que o pico tá diminuindo, a tendência vai ser realmente diminuir a incidência de casos, mortes, etc., e etc. Algumas dúvidas pairam no ar, é importante a gente saber quais são essas dúvidas, sempre ajuda no sentido de desestressar a nossa mente, né? Pode ser que o Coronavírus vai ser uma doença insidiosa com pequenos episódios, epidemias localizadas, que representam perigo relativo, né? Pode ser que aconteça que nem aconteceu com a gripe espanhola, ele simplesmente desapareça e suma da face da Terra, ou pode aparecer uma vacina e ajudaria a desaparecer. E uma das boas notícias possivelmente que eu tenho lido por aí, é que, de qualquer modo, parece que é possível que a mortalidade, provavelmente a mortalidade, a morbidade, vão diminuir, de algum modo, a tendência das viroses é ficar mais suave. Quando elas vêm na primeira onda, parece que o baque é maior, depois, com o tempo, parece que elas vão acalmando, possivelmente aquelas primeiras cepas de vírus eram mais agressivas, essas depois, parece que estão mais adaptadas. Veja bem, também não é interessante para o vírus matar o hospedeiro, porque senão, ele não tem como passar pra frente os seus filhotes, né? Seus viruzinhos. Vamos tentar trabalhar agora nessa desaceleração. Essa desaceleração do medo, do estresse e da tensão, é uma fase, de certa forma, perigosa. Quando a gente começa a pisar no breque do nosso aparelho mental, do nosso tônus psíquico, a gente pode, algumas pessoa derraparem, como eu falei no vídeo passado, você desacelerar a sensação de perigo, após muito tempo acelerado, é que nem pisar no freio do carro, tá? O carro pode derrapar. Então, o que pode acontecer? Algumas pessoas podem aumentar o nível de ansiedade, podem desenvolver pânico ou podem voltar a episódios de pânico que tiveram no passado, e algumas pessoas podem se envolver com algum tipo de trauma, tá? Eu me lembro na época quando surgiu a Aids, algumas pessoas incorporaram esse medo dentro dos seus outros problemas, né? Então, pode ser mais um problema, mas, na verdade, não é nada diferente do que já aconteceu, né? Na verdade, são pessoas que já têm uma tendência a focarem no perigo e vão só mudar o foco, né? É muito importante manter o equilíbrio nesse momento, manter sempre, o que eu digo, as pessoas que tão em tratamento, manter-se sempre em tratamento, não facilitar nesse momento e consultar sempre o médico, se precisar trocar a medicação, troque, vai ser o momento mais difícil, possivelmente até que um tempo atrás por razões que eu já expliquei. Então, boa sorte.

  9. Fim da Quarentena

    12/06/2020 · VÍDEO

    Fim da Quarentena

    No vídeo de hoje, Dr. Sergio Klepacz da Clínica TotalBalance fala sobre o fim da quarentena. Siga o programa no Instagram. Transcrição Bom dia. Parece que a quarentena tá chegando ao fim, o que é uma boa notícia, mas não é o momento da gente confiar totalmente em termos de como o nosso sistema emocional pode reagir. Durante essa percepção da tensão, do perigo, de que coisas estão acontecendo, coisas estranhas, no geral, nosso sistema endócrino libera uma grande quantidade de cortisol, que é o hormônio que prepara a gente para as grandes batalhas, né? Esse cortisol, ele tem uma conversa com o sistema serotonérgico e toda vez que ele muda o seu sistema de funcionamento ou ele começa liberar demais à noite, liberar demais durante o dia, ou fica muito sensível em termos de situações que possam acontecer, o sistema serotonérgico sofre modificações. É um sistema complexo que, de certa forma, a princípio, quanto maior o cortisol, a serotonina acompanha, depois a serotonina abaixa, é todo um sistema que estamos começando a tentar entender ainda. Tá? Então, uma vez que a gente ficou em tensão por um bom período de tempo, acompanhando aquelas notícias, etc., etc., coisas que a gente já sabe, com muito medo, né? O cortisol é o hormônio do medo, uma vez que a sensação do perigo vai cair, isso vai ser dado pelas pessoas em volta, pela mídia, pelas boas notícias que começam a surgir, e aí vem uma situação complicada, paradoxalmente complicada. Uma vez que a gente estava, de certa forma, acostumados com aquela tensão, uma vez caindo, alguns sintomas de aumento de ansiedade ou de sensação até de pânico, podem, em algumas pessoas, começar acontecer. A gente tem que ficar muito auto-observante em relação a isso. Por quê? Porque uma vez que o sistema serotonérgico foi mexido, qual vai ser a consequência disso no estado basal, ainda, pra certas pessoas, pode ser um problema. Então, a gente fica muito autointrospectivo em relação a esse aumento da ansiedade, aumento até da sensação de medo após o esgotamento, sessão de esgotamento, após esse período de tensão. Isso, de certa forma, até é um pouco normal, mas fica bastante... a orientação seria: se isso começar a mexer de verdade, procure ajude, não espere muito. De certa forma, é normal que aconteça, mas não é bom que isto aconteça. Então, procure ajuda. Se você já faz um tratamento, mantenha esse tratamento, não é o momento de relaxar, e procure sempre seu médico que é a melhor pessoa pra poder avaliar isso, às vezes a gente mesmo acaba se autoenganando, né? Então, boa sorte pessoal.

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