@edgarluizxxi Edgar Luiz

A guerra da propaganda e do marketing-digital traz uma cortina de fumaça que fazem com que poucos colegas de música percebam que não estamos diante de um maior acesso as ferramentas musicais para uma gama mais ampla de pessoas.

A maquiagem vendida na PNL do marketing dos cursos da pílula milagrosa traz por conseqüência uma desinformação e um enfraquecimento da arte musical de proporções colossais.

Como se aprofundar na música adotando a postura que doar nossa dedicação é uma perca de tempo irrelevante, e um entretenimento secundário?

Centenas de anúncios que copiam uns a outros vendem metodologias criadas no vácuo que se auto-intitulam inovadoras e irrefutavelmente eficazes a partir de atalhos que facilitarão o caminho para uma idéia subjetiva de sucesso, anulando o esforço compromissado em troca do atalho para chegada mais rápida na etapa de um resultado final.

Tornando-nos indefesos em aderir aos novos pastiches emotivos virtuais que dizem trazer um sentido para a nova realidade que nos foi violentamente imposta na retirada do direito natural de ir e vir, o estudo pautado no diálogo pedagógico com o presente e com o passado; será trocado pela impulsividade virtual, em copiar nos pares qual discurso é o mais aprovado e reproduzi-lo.

“... e porque eu a amo tento libertá-la das tradições estéreis que a sufocam. (A Música) É uma arte livre... como o vento, o céu, e o mar. Nunca deve ser enclausurada como uma arte acadêmica.” C.D.

Nossa atenção deve estar voltada em perceber que a música não perderá de sua natureza a qualidade de gerar signos que extrapolam sua análise como linguagem. O perigo são os filtros de qualificadores extra-musicais que interferem na estrutura interna do fazer musical.

Refletir sobre empatia musical não é um escopo de pessimismo, mas seríamos ainda obsoletos e ingênuos não trazer à tona diante o fazer musical elementos de reflexão.