Wilson Amaral Wilson Lopes do Amaral
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- アート
Poesias, contos, crônica e textos curtos.
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Primavera
Aquele seu jardim me diz: é primavera.
Quem me dera ter todas as manhãs floridas;
A vida perfumada, por rosas e margaridas.
E que o inverno fosse uma breve espera;
Da aurora dos abraços quentes e demorados.
De vidas fecundas e de jardins regados.
E mesmo com folhas caindo ao final de uma estação,
Poder alegrar-me com o seu brilhos seu que é como verão.
Só o seu sorriso me ilumina e aquece.
Sol e chuva são precisos como o amor que acontece.
Em noites estreladas, serenata é vento que sopra o canto.
Tempestade é garoa fina, quando me acalenta o pranto. -
Chuva
E quando chove e o frio me invade; Você está aqui a me aquecer. E todo fim é fim de tarde.Tudo me faz lembrar e tudo me faz esquecer. Lembro-me dos nossos primeiros beijos e esqueço-me das nossas brigas. Tudo que se foi e é tão distante, torna-se importante para mim. Amar é reinventar e guardar coisas antigas; É ter começo e meio sem querer o fim.
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Alegro
Alegro
Todo texto é um pretexto pra te encontrar. Pra te ver entre as linhas mal traçadas da vida. Entre os traços maltratados do meu rosto. A palavra é um pré-texto, nela habita o abstrato das intenções. É o vago sentido nas interações. É toda minha fragilidade e na ambiguidade meu domínio de poder.
Todo palavra é ponte que me liga a você ou pode distanciar. É um fio mental que liga almas.
As palavras mais doces são aquelas que saem da sua boca. Tremo e me calo pra te ouvir.
Todos os dias, os meus sonhos são requentados no café da manhã.
Na delicadeza dos sons e perfumes. Um sorriso pra despertar uma alma que dorme.
Eu e você. No equilíbrio de sermos dois, de estarmos antes, agora e depois.
Um toque quente e suave. Soamos e somos como música na mesma clave. Entre pausas, sons e silêncios nos fazemos canção. Cada doce nota dos nossos toques faz a sinfonia de um dia que queremos que não se acabe.
Mesmo nas manhãs cinzentas alegro-me com sua companhia. Há almas iluminadas que nos trazem este brilho. Alegria.
Entre Mi, Fá, Lá e o que Sóis quero fazer estribilho no brilho do teu sorriso, -
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Sinfonia heróica
Em meio aos embaraços da vida ela me pediu ajuda pra desembaraçar os cabelos. Ainda úmida do banho quente, sua pele cintilava e como mais puro ouro seu corpo a reluzir. A poesia habita no doce sorriso e na voz quente que me acalentava.