Programa Bem Viver

Brasil de Fato
Programa Bem Viver

Programa diário gravado, veiculado das 11h às 12h. Aborda questões sobre saúde, alimentação e agroecologia, com dicas de médicos, receitas de chefs de cozinha e colunistas trazendo curiosidades sobre pratos que são comuns nas mesas dos brasileiros.

  1. HÁ 1 DIA

    ‘Nosso rio vai rolar 200 anos sem voltar a ser o que era’, diz cacique Pataxó sobre crime de Mariana

    Após quase uma década, a comunidade Gerú Tukunã, do povo Pataxó, voltou a fazer a tradicional festa de batismo das crianças no rio Corrente, que banha a aldeia. Ainda assim, foi bem diferente de como os mais antigos se lembravam. “Ela ainda tá barrenta, antes era toda clarinha, tu via os peixes tudo nadando nela”, relata o cacique Bayara sobre a água do rio, que revela a olho nu o estrago pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), há nove anos. A decisão de voltar a realizar os rituais no rio, mesmo com as recorrentes contaminações de quem tenta comer algum peixe dali ou usar a água para outro fim, veio por uma trágica constatação do cacique. “Nosso rio vai rolar 200 anos sem voltar a ser o que era”, afirma em entrevista ao programa Bem Viver desta terça-feira (5). A aldeia Gerú Tukunã fica próximo a divisa com o estado do Espírito Santo, já no meio do caminho por onde a lama tóxica percorreu até chegar ao mar, na cidade de Linhares (ES), onde o rio Doce desagua. No final de outubro, o cacique esteve em Londres, junto como a comitiva do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) para acompanhar os primeiros dias do julgamento contra a BHP Billington, empresa que, junto com a Vale, é dona Samarco – que administrava a barragem rompida em 2015. “Nós queremos ver essa empresa no banco dos réus, e a gente quer ver ela pagar o desastre que ela fez. Não é só aqui no Brasil. Ela continuou nos outros países fazendo o mesmo desastre, nada acontece com ela.” Para o cacique, o julgamento de lá é a grande esperança de receber algum tipo de reparação, porque as medidas apresentadas ao longo dos últimos nove anos, incluindo o novo acordo firmado pelo governo federal, são de “abandono” para a comunidade. “Essa pactuação que governo federal assinou é um ‘cala a boca’, que ninguém nem vai ver isso. Isso não considera a vida dessas pessoas, a memória dessas pessoas, a saúde dessas pessoas”, diz. “Até hoje nós não recebemos um centavo. Continuou a mesma coisa, nós não recebemos nem uma reparação de bens, nunca recebemos nada”. O território indígena, que até hoje não foi regularizado, começou a ser ocupado na década de 1970, quando parte dos Pataxó do Sul da Bahia se dispersaram depois de sucessivos episódios de violência contra o povo. Ate hoje a comunidade vive sob pressão de fazendeiros de regiões próximas que tentam reduzir o território. No entanto, até aquele 5 de novembro de 2015, as famílias tinham condições de autossustento, lembra o cacique: “aqui era o berçário dos peixes, eles vinham desovar aqui dentro, porque aqui tem mata, tem barranco pro peixe desovar”. “Para a gente é uma memória perdida, porque você fazia as festas, as brincadeiras nesses rios, você pescava e hoje você tem que comprar um peixe que produzem em outro lugar, longe daqui, porque se pegar um da região pode ser que fique doente”. Campanha Aqui, a luta é pauta!_ Há mais de duas décadas, construímos uma visão popular do Brasil e do mundo a partir do conhecimento jornalístico. Nosso trabalho alia rigor na apuração ao interesse público. Não temos medo de dizer: aqui, a luta é pauta. O jornalismo do Brasil de Fato sempre esteve em defesa da classe trabalhadora. Estamos ao lado daqueles e daquelas que sabem que outro mundo é possível. Esse mundo está em plena construção nas experiências de reforma agrária, nos saberes ancestrais dos povos e territórios, na agroecologia, na organização popular e no combate às desigualdades. Mas para que essas notícias cheguem longe, precisamos de você. Nosso jornalismo de visão popular não anda só. Vem com a gente nessa luta? _ Apoie. Leia. Lute. Receba notícias no seu e-mail: Assine a NewsLetter do Brasil de Fato. Ficha técnica:

    1h
  2. HÁ 1 DIA

    Pastor Henrique: ‘Coragem e ternura, rebeldia e poesia é o que aprendi com Marighella e levo para a vida política’

    Um ano após a estreia nos cinemas do país do filme Marighella, o Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) era eleito, pela primeira vez, deputado federal. Há uma conexão simbólica entre os fatos, afinal, o parlamentar atuou no longa, interpretando um frade dominicano brasileiro, que lutou contra a ditadura militar (1964-1985) e foi torturado. No filme, o personagem interpretado pelo deputado participa de uma cena na qual ele defende a Carlos Marighella (interpretado por Seu Jorge) que Jesus foi um homem negro. No entanto, o frade acaba sendo um dos responsáveis pela captura do militante pela ditadura. “Foi uma das experiências mais bonitas da minha vida”, relembra o deputado em entrevista ao programa Bem Viver desta segunda-feira (4), quando se completam 55 anos do assassinato de Marighella. “A vida de Marighella tem que ser sempre lembrada e homenageada, um homem que foi preso por duas ditaduras, um amante da liberdade, da democracia, do socialismo, como declaração de amor, da humanidade, do enfrentamento e superação da injustiça, da exploração, da miséria, da fome. Um brasileiro nordestino, homem negro,  enfim, que figura histórica foi o intelectual e militante Carlos Marighella”, defende o deputado. Carlos Marighella nasceu em Salvador (BA), em 1911, e chegou a ser considerado o inimigo número um do regime, muito pela sua atuação na Ação Libertadora Nacional (ALN), grupo fundado por ele. O filme, dirigido por Wagner Moura, foi inspirado na biografia escrita por Mário Magalhães e deveria ter chegado aos cinemas ainda em 2019, mas enfrentou restrições por parte da Agência Nacional de Cinema (Ancine), que foram lidos como censura pela equipe do filme, inclusive pelo deputado. Pastor Henrique Viera relata o que leva para sua atuação como deputado do que aprendeu na biografia de Marighella. “Essa coragem com ternura e essa poesia com força política, essa rebeldia que, ao mesmo tempo, não vai para um lugar apenas, sei lá, de dureza. Essa síntese entre coragem e ternura, entre rebeldia e poesia, é alguma coisa que eu aprendo com Marighella, tento atualizar na minha vida, na minha militância e nos corredores de Brasília.” Na conversa, o deputado também faz uma avaliação do resultado das eleições. Campanha Aqui, a luta é pauta!_ Há mais de duas décadas, construímos uma visão popular do Brasil e do mundo a partir do conhecimento jornalístico. Nosso trabalho alia rigor na apuração ao interesse público. Não temos medo de dizer: aqui, a luta é pauta. O jornalismo do Brasil de Fato sempre esteve em defesa da classe trabalhadora. Estamos ao lado daqueles e daquelas que sabem que outro mundo é possível. Esse mundo está em plena construção nas experiências de reforma agrária, nos saberes ancestrais dos povos e territórios, na agroecologia, na organização popular e no combate às desigualdades. Mas para que essas notícias cheguem longe, precisamos de você. Nosso jornalismo de visão popular não anda só. Vem com a gente nessa luta? _ Apoie. Leia. Lute. Receba notícias no seu e-mail: Assine a NewsLetter do Brasil de Fato. Ficha técnica: 04-11-24 – PROGRAMA BEM VIVER Veículo – Rádio Brasil de Fato Tempo: 01:00:09 Apresentação: Daniel Lamir Roteiro: Daniel Lamir Edição e Produção: Daniel Lamir e Douglas Matos Trabalhos técnicos: André Paroche, Lua Gatinoni e Adilson Oliveira Direção de programas de Áudio: Camila Salmazio Coordenação de Rádio e TV: Monyse Ravena Direção Executiva: Nina Fideles Agradecimento: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

    1h
  3. HÁ 5 DIAS

    ‘Temos falhado em discutir a raiz do problema, que é a produção’, diz especialista sobre alto consumo de plástico no Brasil

    A poluição causada por plástico nos oceanos atinge hoje montantes alarmantes no Brasil: o país despeja anualmente 1,3 milhão de toneladas desse tipo de resíduo nos mares, o equivalente a 8% de todo o plástico que chega aos oceanos do mundo. A estatística faz com que o Brasil ocupe a 8ª posição no ranking dos dez maiores poluidores globais e a primeira quando o assunto é a situação da América Latina. O problema pode ser traduzido em outros números: pesquisadores já encontraram microplástico em nove de cada dez espécies dos peixes mais consumidos no planeta. Além disso, na Amazônia brasileira, 98% dos peixes já apresentam resquícios de plástico no intestino e nas brânquias. As estatísticas integram o relatório Fragmentos da destruição: impactos da poluição plástica na biodiversidade marinha brasileira, divulgado este mês pela Oceana, organização sem fins lucrativos que atua na conservação dos mares. Em conversa com o Brasil de Fato, o analista de campanhas da entidade, Iran Magno, chama a atenção para o alcance do plástico tem tido junto à fauna dos oceanos. “Esse plástico tem afetado toda a cadeia alimentar e a ecologia das espécies. As tartarugas estão entre os grupos mais afetados pela poluição plástica, porque evoluíram para entender itens flutuando no oceano como alimento. Hoje elas não conseguem diferenciar o plástico da sua fonte de alimentação”, sublinha, ao afirmar ainda que o problema exige uma mudança de postura por parte de atores do Estado brasileiro. Além de se engajar na campanha “Pare o tsunami de plástico”, que envolve dezenas de organizações e promove um abaixo-assinado virtual (https://pareotsunamideplastico.org/ ), a entidade tem feito apelos também pela aprovação do projeto de lei (PL) 2524/2022, que está parado no Senado e prevê uma mudança de rumos para o país na produção de plástico. “A gente tem uma tarefa de casa importante pra fazer. A gente acredita na nossa capacidade e criatividade como país de reverter esse quadro”, afirma o especialista. Confira a seguir a entrevista na íntegra. Campanha Aqui, a luta é pauta!_ Há mais de duas décadas, construímos uma visão popular do Brasil e do mundo a partir do conhecimento jornalístico. Nosso trabalho alia rigor na apuração ao interesse público. Não temos medo de dizer: aqui, a luta é pauta. O jornalismo do Brasil de Fato sempre esteve em defesa da classe trabalhadora. Estamos ao lado daqueles e daquelas que sabem que outro mundo é possível. Esse mundo está em plena construção nas experiências de reforma agrária, nos saberes ancestrais dos povos e territórios, na agroecologia, na organização popular e no combate às desigualdades. Mas para que essas notícias cheguem longe, precisamos de você. Nosso jornalismo de visão popular não anda só. Vem com a gente nessa luta?

    1h
  4. HÁ 6 DIAS

    Cadeia da carne: 95% das grandes varejistas receberam nota zero no controle de desmatamento na Amazônia

    Um estudo analisou informações sobre políticas de sustentabilidade de 67 grandes varejistas brasileiros e concluiu que 95% merecem nota zero no que diz respeito à atuação para não financiar o desmatamento da Amazônia na indústria da carne. A avaliação, divulgada no dia 16 de outubro, foi feita pelo Radar Verde, que, pelo terceiro ano consecutivo, realiza a iniciativa. Embora haja uma melhora nos resultados a cada levantamento, eles seguem insuficientes, avalia a equipe realizadora. A metodologia do trabalho consiste em analisar informações públicas disponibilizadas pelas próprias empresas, e também o envio de um questionário com perguntas a respeito de como o grupo atua para ter certeza de que o fornecedor de carne não comete irregularidades, como acelerar o desmatamento na Amazônia. Das 67 varejistas, nenhuma empresa respondeu ao questionário. Do total, 63 das que não responderam ao questionário também não forneciam informações sobre compromisso ambiental dentro da cadeia da carne, por isso a nota zero. Apenas quatro grupos já forneciam algum tipo de dado sobre o tema. Entre eles está o Grupo Pão de Açúcar, que somou 53 pontos numa escala de 0 a 100, sendo o melhor avaliado, seguido Carrefour (48), Assaí (48) e Cencosud Brasil (7). “O setor ainda não vê a cadeia da carne como um foco do qual eles tenham essa responsabilidade compartilhada de retirar o desmatamento dessa cadeia“, avalia uma das autoras do estudo, a engenheira de alimentos Camila Trigueiro, analista de pesquisa do Radar Verde. “É importante a gente lembrar que os varejistas têm um papel essencial na retirada do desmatamento da cadeia de produção, porque 75% do que o Brasil produz de carne é consumido no mercado interno e os principais compradores ali do frigorífico é o setor de varejo”, destaca a especialista em entrevista ao programa Bem Viver desta quinta-feira (31). A atividade agropecuária é responsável por 95,7% do desmatamento no Brasil, segundo o Relatório Anual de Desmatamento (RAD) do MapBiomas, representando uma das maiores contribuições para emissões de gases de efeito estufa no país. “A grilagem é a percussora desse grande número de desmatamento. Trata-se do fato de que um indivíduo vai em uma terra pública, desmata aquela terra pública, ocupa aquela terra pública com alguns animais, então ele faz uma pecuária de baixíssima produtividade para que ele consiga demonstrar que aquela terra foi ocupada, que ele está produzindo alguma coisa e depois ele requer a posse daquela terra”, explica Trigueiro sobre como se dá o crime ambiental. Em seguida, a especialista cita quais iniciativas são esperadas dos grandes varejistas. “Cobrar dos frigoríficos que eles tenham critérios mais claros, que tenham um monitoramento e controle sobre os seus fornecedores de maneira muito mais transparente também, para que outras entidades consigam acompanhar se esses frigoríficos estão cumprindo a política deles”, diz Trigueiro. No Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), ela,

    1h1min
  5. 30 DE OUT.

    ‘Resposta aos que acreditam que violência política é o caminho’, diz diretora do Instituto Marielle Franco sobre julgamento

    Começou nesta quarta-feira (30) o julgamento dos assassinos confessos da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Desde o início do dia, um ato mobilizado por familiares reforça o pedido de justiça em frente ao local onde ocorre o júri popular, no Rio de Janeiro (RJ). Os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz estão presos desde 2019, um ano após o crime, acusados de serem os executores do crime. Agora, o júri decidirá qual será a pena final. “Antes de mais nada é muito importante dizer que o Brasil tem uma chance histórica de começar a justiça por Marielle e Anderson”, define a diretora do Instituto Marielle Franco, Lígia Batista, em entrevista ao programa Bem Viver desta quarta. “Esse caso é simbólico, ele é sintomático de muitas maneiras. Nossa expectativa é, de fato, que esse momento do júri popular seja para gente ter finalmente uma resposta contundente sobre essa violência, e que o Estado brasileiro comece a se posicionar de forma intencional sobre a necessidade de responsabilizar aqueles que acreditam que a violência política é o caminho”, explica a advogada. O Ministério Público Estadual chamou sete testemunhas para participar do julgamento: a mãe de Marielle, Marinete da Silva; a viúva da vereadora, Mônica Benício; a viúva de Anderson Gomes, Ágatha Reis; a única sobrevivente do atentado, Fernanda Chaves; uma perita criminal e dois policiais civis. Ronnie Lessa, que está na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo (SP), e Élcio Queiroz, que está no presídio da Papuda, em Brasília (DF), prestarão depoimento também, mas por videoconferência. Embora a expectativa do Instituto Marielle Franco seja a de “sair vitoriosos”, Lígia Batista confessa que teme por uma “revitimização para essas famílias”. “O júri popular é uma instância muito desafiadora, justamente porque são jurados escolhidos aleatoriamente na nossa sociedade. Não são pessoas necessariamente com um contexto de formação jurídica e eles são aplicáveis justamente em casos de crimes contra a vida”, explica. para exemplificar, Lígia Batista lembra que em março deste ano o júri entendeu que a PM não teve intenção de matar o jovem Johnatha de Oliveira Lima na favela de Manguinhos, em 2014. O menino levou um tiro nas costas e a sentença revoltou parentes. A mãe de Johnatha, Ana Paula de Oliveira fundou o grupo Mães de Manguinhos a partir deste caso. O julgamento iniciado nesta semana não trata dos dois acusados de serem os mandantes do crime, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), a href="https://www.brasildefato.com.

    1h
  6. 29 DE OUT.

    Transição energética não pode perpetuar injustiças do modelo atual, alerta pesquisador do Inesc

    Lançado nesta terça-feira (29), o novo estudo do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) alerta para a discrepância dos subsídios ofertados pelo governo federal para produção e consumo de energia de fonte fóssil em relação às renováveis. Os incentivos aos combustíveis provenientes do petróleo, gás natural e carvão somaram R$ 81,74 bilhões, 81,9% do total de tudo que o Estado brasileiro contribui em isenção energética, enquanto os subsídios às renováveis somaram R$ 18,06 bilhões ou 18,10% do total. Em resumo, a cada R$ 1,00 gasto em fontes renováveis de energia, R$ 4,52 são subsidiados aos combustíveis fósseis. “Esse estudo foi feito para pressionar o governo para que possamos ter uma transparência maior, que a gente possa saber quais são esses subsídios, visto que a gente vive um cenário muito preocupante a nível global de mudanças do clima”, explica Cássio Carvalho, autor do estudo em entrevista ao programa Bem Viver desta terça. “Combustíveis fósseis são os grandes responsáveis pelo aquecimento global. E que, como resultado, traz para as populações desastres, como foi, no primeiro semestre, as enchentes no Rio Grande do Sul, ou agora, no segundo semestre, as secas.” Embora o especialista alerte que a transição energética é um tema urgente, ele aponta para que esse processo não “continue perpetuando um modelo injusto do sistema energético.” “O que está sendo debatido muito fortemente, sobretudo no Nordeste, são os impactos que as eólicas estão levando para as comunidades”, alerta o pesquisador. As famílias “estão abrindo a janela e vendo uma torre eólica quase entrando dentro da sua casa e trazendo diversos problemas de saúde, de ruído, desterritorialização. Isso tudo está ampliando, inclusive, o êxodo rural”. “Essas empresas, por mais que sejam empresas que vão instalar fontes renováveis, como é o caso da eólica, como é o caso das fazendas solares que ocupam gigantescas áreas, seja aqui no Centro-Oeste, é mais um entrave na disputa das terras da questão agrária do país.” O estudo mostra que, em 2023, os subsídios para produção e consumo de energia chegou a R$ 99,81 bilhões, o que representou um aumento de 3,57% em relação a 2022. Esse foi o resultado de uma elevação de R$ 3,82 bilhões ao incentivo às fontes renováveis, em detrimento das fontes fósseis, que tiveram uma queda de R$ 372 milhões, uma diminuição de menos de meio ponto percentual. Campanha Aqui, a luta é pauta!_ Há mais de duas décadas, construímos uma visão popular do Brasil e do mundo a partir do conhecimento jornalístico. Nosso trabalho alia rigor na apuração ao interesse público. Não temos medo de dizer: aqui, a luta é pauta. O jornalismo do Brasil de Fato sempre esteve em defesa da classe trabalhadora. Estamos ao lado daqueles e daquelas que sabem que outro mundo é possível. Esse mundo está em plena construção nas experiências de reforma agrária, nos saberes ancestrais dos povos e territórios, na agroecologia, na organização popular e no combate às desigualdades. Mas para que essas notícias cheguem longe, precisamos de você. Nosso jornalismo de visão popular não anda só. Vem com a gente nessa luta? _ Apoie. Leia. Lute. Receba notícias no seu e-mail: a href="https://www.brasildefato.com.

    1h
  7. 28 DE OUT.

    Como Bolsonaro foi derrotado nas eleições, mas bolsonarismo ganhou força?

    Neste segundo turno das eleições municipais, candidaturas apoiadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram derrotadas em cidades como Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB) e Belém (PA). No entanto, a extrema direita, de forma geral, avançou, principalmente pelas alianças que consolido com partidos considerados de centro, analisa Josué Medeiros, cientista político e coordenador do Observatório Político e Eleitoral (Opel). “Bolsonaro sai muito forte para o jogo político de 2026, apesar de ter sido derrotado na maioria das cidades”, disse em entrevista ao programa Bem Viver desta segunda-feira (28). “Não tem como minimizar que quem saiu vitorioso das eleições de São Paulo, por exemplo, ou em Porto Alegre, foi a extrema direita, em que pese que, nessas duas cidades, ela teve uma estratégia de se aliar com partidos da direita tradicional e não apresentar candidatos próprios”, defende o cientista político. Uma vitória direta de Bolsonaro aconteceu em Cuiabá (MT), onde Abílio Brunini venceu o petista Lúdio Cabral. Já em São Paulo, o que se viu foi uma vitória da extrema direita, numa dobradinha de Ricardo Nunes (MDB) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), que, segundo Josué de Medeiros, “esconderam Bolsonaro durante a campanha”. “Se for verdade que o PL vai pegar a Secretaria de Educação do Nunes, o que é que a gente vai ter? A gente vai ter, na principal capital do país, uma secretaria de educação fazendo luta ideológica a favor da extrema direita.” No balanço geral das eleições, o partido de Bolsonaro conquistou 16 cidades dentre os 103 municípios brasileiros com mais de 200 mil eleitores, sendo quatro capitais. Campanha Aqui, a luta é pauta!_ Há mais de duas décadas, construímos uma visão popular do Brasil e do mundo a partir do conhecimento jornalístico. Nosso trabalho alia rigor na apuração ao interesse público. Não temos medo de dizer: aqui, a luta é pauta. O jornalismo do Brasil de Fato sempre esteve em defesa da classe trabalhadora. Estamos ao lado daqueles e daquelas que sabem que outro mundo é possível. Esse mundo está em plena construção nas experiências de reforma agrária, nos saberes ancestrais dos povos e territórios, na agroecologia, na organização popular e no combate às desigualdades. Mas para que essas notícias cheguem longe, precisamos de você. Nosso jornalismo de visão popular não anda só. Vem com a gente nessa luta? _ Apoie. Leia. Lute. Receba notícias no seu e-mail: Assine a NewsLetter do Brasil de Fato. Ficha técnica: 28-10-24 – PROGRAMA BEM VIVER Veículo – Rádio Brasil de Fato Tempo: 01:00:40 Apresentação: Afonso Bezerra Roteiro: Daniel Lamir Edição e Produção: Daniel Lamir e Douglas Matos Trabalhos técnicos: André Paroche, Lua Gatinoni e Adilson Oliveira Direção de programas de Áudio: Camila Salmazio Coordenação de Rádio e TV: Monyse Ravena Direção Executiva: Nina Fideles Agradecimento: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

    1h
  8. 25 DE OUT.

    Progresso da população periférica começa pela alimentação, diz Rincon Sapiência

    Frango desfiado, chimichurri, pasta de amendoim, tomate e cúrcuma. Para acompanhar, cuscuz temperado só com sal. A receita com influência da culinária africana foi uma dica que o rapper Rincon Sapiência divulgou nas redes sociais dele como forma de incentivar a população periférica melhorar a relação com os alimentos: “modéstia à parte, é um prato que eu bolei”, diz. Segundo o artista, o objetivo de atuar como ‘influencer da alimentação’ é propagar a importância de relacionar, conscientemente, comida e saúde. “Quando a gente defende, almeja um progresso da população periférica, da população preta e tudo mais, a gente precisa priorizar a alimentação. Muitas vezes existe uma recorrência da população preta, por exemplo, com casos de diabetes ou problema de pressão.   São coisas relacionadas ao colesterol, a excesso de sal, excesso de açúcar”, explica em entrevista ao programa Bem Viver desta sexta-feira (25). Embora Sapiência atribua a aparição dessas doenças ao “descaso” e “abandono” por parte do Estado com a população periférica, não ofertando alimentos de qualidade, o rapper acredita que é possível buscar uma consciência pessoal dentro de cada cidadão sobre por quê preparar o próprio almoço ou janta. Campanha Aqui, a luta é pauta!_ Há mais de duas décadas, construímos uma visão popular do Brasil e do mundo a partir do conhecimento jornalístico. Nosso trabalho alia rigor na apuração ao interesse público. Não temos medo de dizer: aqui, a luta é pauta. O jornalismo do Brasil de Fato sempre esteve em defesa da classe trabalhadora. Estamos ao lado daqueles e daquelas que sabem que outro mundo é possível. Esse mundo está em plena construção nas experiências de reforma agrária, nos saberes ancestrais dos povos e territórios, na agroecologia, na organização popular e no combate às desigualdades. Mas para que essas notícias cheguem longe, precisamos de você. Nosso jornalismo de visão popular não anda só. Vem com a gente nessa luta? _ Apoie. Leia. Lute. Receba notícias no seu e-mail: Assine a NewsLetter do Brasil de Fato. Ficha técnica: 25-10-24 – PROGRAMA BEM VIVER Veículo – Rádio Brasil de Fato Tempo: 01:00:40 Apresentação: Lucas Weber Roteiro: Daniel Lamir Edição e Produção: Daniel Lamir e Douglas Matos Trabalhos técnicos: André Paroche, Lua Gatinoni e Adilson Oliveira Direção de programas de Áudio: Camila Salmazio Coordenação de Rádio e TV: Monyse Ravena Direção Executiva: Nina Fideles Agradecimento: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato Foto: Divulgação/Mgoma

    21min

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