Ontem Já Era Tarde

O futebol é o ponto de partida nestas conversas sem fronteiras ou destino agendado. Todas as semanas, sempre à quinta-feira, Luís Aguilar entra em campo com um convidado diferente. O jogo começa agora porque Ontem Já Era Tarde.

  1. Os mais ouvidos de 2025, com Sá Pinto: “No Vasco da Gama os treinos eram interrompidos por rusgas e tiros de metralhadora”

    5 DAYS AGO

    Os mais ouvidos de 2025, com Sá Pinto: “No Vasco da Gama os treinos eram interrompidos por rusgas e tiros de metralhadora”

    Ricardo Sá Pinto é um daqueles jogadores que deixa marca nos adeptos do Sporting. Uma ligação emocional que resiste ao tempo. Contratado ao Salgueiros na época 1994/95, criou desde logo um vínculo especial com as bancadas de Alvalade. Um laço tão forte que ainda hoje lhe vale a alcunha de “Coração de Leão”. Mais tarde, transferiu-se para a Real Sociedad e, após três épocas em Espanha, teve nova oportunidade de regressar ao clube do coração. “Voltei com aquela vontade de ganhar um campeonato e jogar uma Champions pelo Sporting. Consegui ambas”, recorda. Mas apenas 15 dias depois de assinar novamente pelos leões, no verão de 2000, surgiu uma proposta que poucos recusariam: “Os dirigentes do Sporting na altura podem confirmar. O Real Madrid quis contratar-me e estava nas minhas mãos.” Sá Pinto tinha dado nas vistas na liga espanhola. Especialmente num jogo em que deixou Roberto Carlos, um dos melhores laterais-esquerdos da história, em agonia. O Real não ficou indiferente. Florentino Pérez, já então presidente dos merengues, chegou a afirmar publicamente que faltava pouco para que Sá Pinto se juntasse a Luís Figo, o primeiro galáctico da sua era. E Figo também fez pressão para voltar a ter Sá Pinto ao seu lado. Ambos tinham sido colegas nos leões e passaram muitos anos a jogar lado a lado na Seleção Nacional. Mas o negócio não se concretizou. “O Sporting seria ressarcido em dinheiro e com jogadores. Se eu quisesse sair, tinha saído. Mas, por incrível que pareça, disse não ao Real Madrid. Tinha acabado de voltar ao meu clube e trair o Sporting não é a minha forma de estar.” Sá Pinto admite que a decisão não foi fácil e garante que, se estivesse noutro clube estrangeiro, talvez não hesitasse. Mas o sportinguismo falou mais alto. A escolha acabou por ser recompensada. Em 2001/2002, já em Alvalade, foi peça importante na equipa que conquistou o título nacional, orientada pelo romeno Lazslo Boloni, e ao lado de nomes como Schmeichel, João Vieira Pinto ou Jardel — que lhe tinha escapado na primeira passagem pelo clube. See omnystudio.com/listener for privacy information.

    1h 1m
  2. João Vieira Pinto: “O 6-3 é o jogo da minha vida. As pessoas ainda perguntam umas às outras onde estavam naquele dia"

    4 DEC

    João Vieira Pinto: “O 6-3 é o jogo da minha vida. As pessoas ainda perguntam umas às outras onde estavam naquele dia"

    “O 6-3 é o jogo da minha vida. As pessoas ainda perguntam umas às outras onde estavam naquele dia. É quase como o 25 de Abril” João Vieira Pinto recorda a época 93/94 e o jogo que marcou a fase final da luta pelo título entre Benfica e Sporting. As duas equipas estavam separadas por um ponto, com vantagem para o Benfica. O encontro em Alvalade ficaria na história. O antigo internacional descreve o arranque da partida. “Eles vinham na fase ascendente e o início do jogo foi muito difícil para nós. Até ao meu golo. E estivemos a perder por duas vezes.” O Benfica venceu por 6-3, com três golos de João Vieira Pinto na primeira parte e duas assistências na segunda. O resultado deixou a equipa mais perto do campeonato que viria a conquistar. O antigo avançado, conhecido como “Menino de Ouro”, não tem dúvidas sobre o significado daquele momento. “Claro que o 6-3 é o jogo da minha vida. As pessoas ainda perguntam umas às outras onde estavam naquele dia. É quase como fazem no 25 de Abril [risos].” Depois do jogo, João Vieira Pinto saiu de Alvalade e conduziu até ao Algarve. “Tinha lá a minha família e amigos. Fui sozinho, no meu Rover, numa altura em que ainda não havia muita autoestrada. Foi uma viagem longa e ia a pensar naquilo tudo. No que tinha acabado de acontecer no jogo.” Quando chegou ao Algarve encontrou um grupo de familiares e amigos numa discoteca. “Foi giro. Depois dos 6-3 eu podia ir a qualquer lado. Só não sabia é que estava lá aquela festa toda, com tanta gente, à minha espera.” O jogador recorda aquele dia como um dos mais marcantes da carreira. See omnystudio.com/listener for privacy information.

    1h 17m
  3. Luís Filipe Vieira: “O Benfica não está melhor do que há quatro anos. Rui Costa mentiu aos benfiquistas para promoção pessoal”

    23 OCT

    Luís Filipe Vieira: “O Benfica não está melhor do que há quatro anos. Rui Costa mentiu aos benfiquistas para promoção pessoal”

    O presidente do Benfica, Rui Costa, defende que o clube hoje está melhor do que aquele que herdou há quatro anos, quando o anterior presidente Luís Filipe Vieira deixou o cargo. Mas Vieira não concorda e apresenta números que, segundo ele, desmentem o atual dirigente. “É notório que o Benfica está muito pior e os números assim o mostram. Mas compreendo que o Rui diga isso, porque alguém o mandou dizer, já que ele não tem capacidade para analisar as contas”, afirmou. O antigo presidente explica: “Deixámos o Benfica com uma dívida de 100M€ de euros, bastante controlável, e com um passivo de cerca de 370M€. Neste período, com Rui Costa, o clube teve receitas muito superiores às que tivemos, e por isso não havia qualquer razão para que a dívida subisse mais 100M€, chegando aos 200M€, nem para que o passivo aumentasse outros 100M€. E isto sem falar nos fornecedores, cujas dívidas também subiram significativamente.” Para Vieira, “quando Rui Costa afirma que o Benfica estaria ainda melhor se não fosse a Covid-19, está a tentar justificar resultados que não dependiam dele”. “Ele não teve qualquer influência nessa questão.” Quanto ao que Rui Costa recebeu ao assumir a presidência, Vieira é categórico: “Não herdou nada. Estava tudo pago. Quem assumir a seguir terá dificuldades de gestão. Só em custos de tesouraria, o clube terá cerca de 100M€ para pagar rapidamente.” O antigo presidente não hesita em acusar o atual líder das águias: de “promoção pessoal”: “Com essa afirmação, Rui Costa mentiu aos benfiquistas para promoção pessoal.” See omnystudio.com/listener for privacy information.

    1h 3m
  4. Paulo Parreira: “Fui coagido para não avançar como candidato e levei a ameaça a sério. Tenho família”

    9 OCT

    Paulo Parreira: “Fui coagido para não avançar como candidato e levei a ameaça a sério. Tenho família”

    Paulo Parreira é uma presença habitual nos jogos do Benfica, em casa e fora. Ficou conhecido entre os adeptos por expressões como “hoje é contra quem, não interessa” ou o célebre “ganhamento”, lema que resume a ideia de que todos os jogos do Benfica são para ganhar. Ex-jogador das camadas jovens do clube, representou os escalões de escolinhas, infantis e iniciados. “Sagrei-me campeão nacional de infantis num ano em que fomos imbatíveis, sem derrotas nem empates”, recorda. Uma grave lesão — fratura da tíbia e do perónio — acabou por travar o seu percurso nas águias. Ainda passou pelo Amora, nos juniores e seniores, e pelo Futebol Benfica. “Fui treinado pelo Arnaldo Teixeira, que mais tarde foi adjunto de Rui Vitória, e marquei o golo com que eliminámos o Santa Clara da Taça de Portugal”, conta. A paixão pelo clube nunca esmoreceu. “A minha vida é o Benfica”, afirma. Aos 47 anos, decidiu dar um passo que descreve como “um desejo antigo”: candidatar-se à presidência do clube. Foi o último a oficializar a candidatura, a 11 de setembro. Mas o sonho durou pouco. No dia 27 do mesmo mês, retirou-se da corrida eleitoral. “Fui coagido para não avançar e levei a ameaça a sério, porque tenho família. Sinceramente, nunca pensei que isto me acontecesse no Benfica. Admitia ser ameaçado por um sportinguista ou portista, mas não dentro do próprio clube, que neste momento está dividido. Deixa-me triste.” See omnystudio.com/listener for privacy information.

    55 min

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O futebol é o ponto de partida nestas conversas sem fronteiras ou destino agendado. Todas as semanas, sempre à quinta-feira, Luís Aguilar entra em campo com um convidado diferente. O jogo começa agora porque Ontem Já Era Tarde.

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